terça-feira, 26 de maio de 2009

Refugiados palestinos no Brasil fazem protesto na Esplanada e conseguem audiências para 2ª feira no Itamaraty, CONARE e no Congresso Nacional


Brasilia-DF-Brasil-23/05/09- INTERPRENSA - Após intensa ação dos membros do Comitê de Apoio aos Refugiados Palestinos no Brasil como o MDD, Movimento Democracia Direta, e movimentadas articulações do principal portavoz dos palestinos refugiados no país, Advogado Acilino Ribeiro, tambem Coordenador Nacional do MDD, os mesmo conseguiram ver atendidas em parte suas reinvindicações e suspenderam provisoriamente, até a próxima semana o acampamento que seria montado na porta do Ministério da Justiça e na calçada do Itamaraty, tanto pelos refugiados como pelos movimentos sociais que os apoiam.
A partir das dez ( 10 ) horas da manhã dessa sexta feira, 22, após passarem no Congresso da CUT - DF que se realiza em Brasilia e manifestou todo apoio aos refugiados, inclusive tendo aprovado moção de apoio e ajuda para o Fundo de Solidariedade que foi criado para manter as despesas do grupo, os palestinos, acompanhados de seu Advogado, Acilino Ribeiro, e de um grupo de manifestantes pró-causa palestina, seguiram para a Esplanada dos Ministérios, onde já se encontravam um bom número de refugiados e manifestantes.
O primeiro contato tentado, após diversas entrevistas e fotos principalmente para a imprensa estrangeira que estar acompanhando cada passo do caso dos palestinos refugiados no Brasil, foi comparecerem ao Ministério da Justiça, onde foi tentado uma reunião com o gabinete do Ministro e a direção do CONARE. Lhes foi informado que como era sexta feira a maioria dos servidores e chefes do Ministério já tinham viajado e que não tinha niguem com autoridade para se reunir com os mesmos. Ficou acertado uma audiência com o Presidente da CONARE - Comissão Nacional de Refugiados para 2ª ou no máximo 3ª feira próxima, o que depois de muita discussão, pois muitos queriam esperar acampados em frente ao Ministério até serem atendidos, surgir a intervenção do advogado que aceitou a proposta e convenceu os palestinos a suspenderem o protesto , mas avisou que se a reunião não se realizar até 3ª feira não mais fará qualquer interferencia para evitar o acampamento.
O mesmo aconteceu no Itamaraty, que apesar de não se realizar a reunião o acampamento tambem só foi suspenso porque a pessoa com a qual os refugiados desejavam falar estava viajando para o Cairo, no Egito. Desta forma ficou um indicativo de reunião para ser realizada até terça feira, 26, a ser confirmado nesta segunda, 25, com o Presidente da CONARE, Comissão Nacional de Refugiados, Luis Paulo Telles Barreto e com a Chefe da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, Conselheira Gilda Motta Santos Neves. Caso as duas reunião não se realizem os refugiados retornam essa semana com centenas de simpatizantes para promoverem o acampamento.
Segundo informou o Advogado Acilino Ribeiro, além do MDD diversas entidades dos movimentos sociais estão ajudando na luta dos refuigiados palestinos no Brasil e o principal objetivo do momento foi conseguido, que era levar ao conhecimento da opinião pública brasileira e mundial o que estar acontecendo, como o abandono dos mesmos pelo ACNUR e o descaso e omissão de algumas autoridades brasileiras e por essa razão começaram a chegar diversas manifestações de apoio dos diversos estado brasileiros e de vários países do mundo, com manifestações inclusive de ajuda financeira que deu para colocar os palestinos que estão fora do programa da ONU pelopróximo mês em hotéis nas cidades satélites de Brasilia, já que o ACNUR e a ONU se recusam a ajudar e a pagar os atrasados a que os mesmos tem direito.
A CUT conseguiu mobilizar diversos sindiatos no Distrito Federal que garantiram a hospedagem para os proximos dias, enquanto o MDD assumiu despesas outras que incluem o transporte e alimentação.
Esta semana diversas entidades estudantis deverão fazer explanação da situação nas universidades e colégios de ensino médio de Brasilia, além de uma ampla mobilização popular em favor dos palestinos para uma grande manifestação que se prepara, ainda sem data prevista. Outras entidades e organizações populares como a UNE, OAB, CMP e outras estão sendo contactadas para ajudarem na luta que os membros do Comitê e os próprios palestinos prevêem seja longa, mas que estão disposto a enfrentar. O MST - DF já manifestou solidariedade aos refugiados e ofereceu alojamento em um de seus assentamentos, enquanto alguns diretores da CONTAG foram contactados pelo advogado dos palestinos, Acilino Ribeiro,que pediu para para após o Grito da Terra esta semana a entidade ajuda-los com a estrutura de que dispoem em Brasilia.
Um grupo de jornalistas, professores e estudantes de Jornalismo e Comunicação do Comitê de Apoio aos Palestinos acusam o ACNUR de mentir e através de sua assessoria de imprensa soltar informes falsos á imprensa, ao afirmar que em sua nota, um relless enviados á imprensa, o ACNUR diz que todos os palestinos estão integrados ao programa, quando não é verdade, e que a direção do orgaão no Brasil estar mandando relatórios mentirosos a Genebra com informes que apenas lhes interessa divulgar. Afirmam ainda que alguns de seus dirigentes no Brasil estão com medo de perder os cargos e por essa razão não querem que Genebra tome conhecimento do que estar acontecendo no Brasil, e concluiram afirmando que o ACNUR não tem nenhuma moral para criticar os palestinos, lembrando que sua história, do ACNUR / ONU foi construida com o que aconteceu em Ruanda , quando abandonou quase um milhão de tutsi massacrados pelos hutús, e na Yugoslavia, quando milhares de mulçulmanos foram abandonados na Bósnia--Herzegovinia. Sugeriram que o mundo assista os filmes Tiros em Ruanda e Terra de Niguém que trata dos dois assuntos.
Ontem era discutida a possibilidade do advogado Acilino Ribeiro ir a Genebra tratar do assunto diretamente com o ACNUR na Suiça, onde se encontra a direção do orgão. Nesta segunda feira porem o Advogado e dois outros membros do Comitê serão recebidos pelo Senador Cristovam Buarque, Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal e ainda terão reunião com membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, onde levam a proposta de uma uma Audiência Pública ras respectivas Comissões do Congresso Nacional sobre a questão dos refugiados palestinos no Brasil.

Fonte - Ascom do MDD - Asimp da CUT/DF - CELA - EFP - INDERI -
Colaboraram : INTERPRENSA - AGNOT - RENOT - INTERDIPLOMACIA

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Al Nakba - A Catástrofe Global


Semana passada telefona um novo amigo, a quem aprendi a admirar pela cordialidade e sabedoria, me convidando para uma reunião de militantes da causa palestina.
Fui. Pelo amigo e pela causa.
Recebido com cordialidade por alguns que já conhecia e muitos que não conhecia, encontrei o Nildão, vizinho e sergipano que ameniza minhas saudades do nordeste.
Usufrui da conversa de pessoas de diversas idades e observei a beleza de suas mulheres, muito naturalmente trajadas e participativas. Apenas duas tinham a cabeça envolta por panos a protegê-las do frio daquela noite de final de outono. Uma delas num lenço cinza pastel e sem estampa, e outra com os desenhos de losangos em fundo vermelho. Realçava-lhes a profundidade do olhar.
O amigo do convite explicou que o nome daquele lenço dos losangos é hata. Quando brancos, um sinal de paz; os rubros indicam guerra. Ninguém mais, homem ou mulher, o exibia, e imaginei naquela moça bonita uma guerrilheira de Gaza, ou vinda da Cisjordânia, apesar de seu perfeito português sem nenhum sotaque.
Tomamos chá, serviu-se esfirras. Depois fomos convidados a entrar numa sala com umas quantas cadeiras de platéia e outras tantas postadas à frente, onde evidentemente sentariam aqueles que discorreriam os temas da reunião. A bela guerrilheira da hata vermelha assumiu a palavra explicando a palavra título do evento: Al Nakba quer dizer A Catástrofe. Assim se denomina aquele dia em que se completavam os 61 anos de invasão da Palestina.
Expressou sensibilidade pelo sofrimento das crianças e mulheres de Gaza e Cisjordânia, mas suas palavras não me pareceram tão aguerridas. Talvez por usar um português tão nosso, imaginei. Como se lesse meus pensamentos, contou ser brasileira e descendente de italianos, ainda que envolvida com a causa palestina por senso de humanidade.
Daí chamou para compor a mesa ao Nildão, o Nildomar Freire, na qualidade de Presidente do Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino. Um senhor, Abdel, que não consegui depreender o sobrenome, mas é da Associação Palestina de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Fauzi El Machine, ex-embaixador da Palestina no México. Walid Altamimi, recém chegado dos campos de refugiados do Iraque. E, entre outros brasileiros, para meu espanto, chamou a mim, anunciando-me como poeta.
Cometo meus versos, é verdade, mas os sei modestos e sem maiores pretensões, além do que, isso de ser indicado como poeta em meio a povos arábicos, é coisa de muita responsabilidade. Eles são os pais da arte. A Europa ainda estava nas redondilhas quando os mouros trouxeram para a Península Ibérica suas odes, seus épicos e narrativas de longo fôlego, dando origem às grandes obras literárias que envaidecem todos os povos e culturas. Não é a toa que a gesta Mio Cid, de autoria desconhecida, surgiu em Espanha. Também anônima e espanhola é a primeira novela picaresca, precursora do realismo literário: Lazarillo de Tormes.
Ainda há pouco um clérigo espanhol e arabista renomado descobre que a Divina Comédia, a principal e mais antiga obra prima da literatura ocidental depois da Ilíada e Odisséia de Homero, nada mais fora do que uma adaptação ao toscano (uma aproximação do latim ao italiano atual) de antiga composição árabe. O que, entendem os estudiosos, em nada diminui o gênio do mestre florentino, pois como bem sabem os tradutores, poesia não se traduz, se as reescreve. Para se traduzir um poeta há de ser tão poeta quanto aquele que concebeu os versos originais.
De toda forma, que poeta era eu ali, para atender ao cochicho da guerrilheira pedindo minha participação com o dizer de algum poema próprio ou de outrem, que se acomodasse ao tema daquela noite?
Enquanto ouvia meu simpático vizinho, naquele vozeirão nordestino, transmitindo brasileiras homenagens à resistência do povo palestino, tentava catar memórias de João Cabral de Melo Neto. Mas na cabeça as estrofes se misturavam às de Manoel Bandeira e Gregório de Matos Guerra, pois há muito já se foi o tempo que conseguia reproduzir, sem tropeço, todo O Século ou o Navio Negreiro do Castro Alves.
Depois falou o senhor Abdel. Não seria correto interpretar mansuetude em seu tom, mas havia uma indignação contida, e não o ódio tão propalado como tônica dos corações palestinos. Enquanto isso eu tentava recompor os versos de Brecht, exortando reação contra os usurpadores e dominadores, buscando lembranças das coxias e dos ensaios de amigos que interpretaram as obras do dramaturgo alemão.
Falaram outros, palestinos e brasileiros, e os olhos da italiana travestida de guerrilheira anti-sionista, ali me cobrando pela memória que não vinha. Tão identificada é, que assumiu aquela expressividade árabe no olhar para exigir-me uma poesia de minha autoria. Imaginem! De minhas só decorei uma do único livro publicado no gênero: A Cabeça de Pinochet. E ainda assim por não ter mais do que três ou quatro versos para concluir que se o tirano lera Neruda, o fizera tão mal como nenhum analfabeto o faria. Mas como justificar, com isso, o Al Nakba?
Então falou Walid, o refugiado, em árabe. Enquanto um patrício o traduzia, o som daquelas palavras, que se iniciavam no fundo da garganta para depois estalar no palato, me sussurrou os rubaiyat de Omar Khayyam. Mas como recordar a tradução adaptada em versos alexandrinos por si tão complexos, ainda que insuficientes para transmitir a refinada estrutura algébrica do matemático persa que influenciou Descartes?
Além disso, embora o tradutor reduzisse a dor do falar, no brilho daqueles olhos se refletia tantos horrores que, mesmo me fosse possível reproduzir os versos, impossível, ali, a celebração do astrônomo Khayyam a brindar, em galáxias e nebulosas das noites árabes, a beleza das silhuetas das mulheres.
Entre brasileiros e palestinos, não recordo a exata seqüência dos que se pronunciaram, pois do Omar Khayyam pulava para Vinícius de Moraes, numa relação lógica às influências daquele clássico ao nosso “poetinha” moderno. Mas claro que também Vinícius não se coadunaria ao momento.
Outra que falou foi Gina Couto, uruguaia e secretária do MST, vinda ao evento do Vale do Itajaí, onde diretores do INCRA e Sem Terras foram rendidos à mão armada pelo governador Luís Henrique da Silveira, através da Polícia Militar que impediu a posse de área desapropriada pelo desmatamento ilegal promovido pelos ex-proprietários.
Enquanto o ENTRA aguarda o apoio da Polícia Federal para enfrentar a reação armada do governador e dos jagunços dos madeireiros, Gina contou que os Sem Terras e sem seus mantimentos, agasalhos e colchões confiscados pela PM junto com as ferramentas de trabalho, estão acampados às margens de rodovias com suas mulheres e crianças, sob temperaturas que nas noites variam de 5 a 3 graus, no município de Taió.
O relato confundiu-se à dor da tristeza úmida nos olhos do Walid, mas o sotaque daquela mulher que deixou seu país para lutar com nossa gente pelos territórios ocupados por invasores e especuladores do ganho fácil e irresponsável, me trouxe à lembrança seu conterrâneo Mário Benedetti e nem poderia imaginar que iríamos perdê-lo dois dias depois.
Lembro que, por fim, falou o diplomata Fauzi, me impressionando com uma extensa relação de intelectuais, cientistas, oficiais militares de alta patente, todos judeus, mas anti-sionistas. Nominou um a um e reproduziu as palavras desses israelenses, reprovando a covardia e violência sionista contra o povo palestino.
Lamentei não mais lembrar o Kaddish de Allen Ginsberg, norte-americano de origem judaica, que bem poderia servir de incentivo a todos judeus para exorcizarem os fantasmas que os sionistas lhes impregnam na alma, alimentando-os da paranóia que tanto infelicitou a mãe de Ginsberg e a infância do próprio poeta.
Impressionou-me muito o profundo e sincero agradecimento do ex-embaixador à solidariedade desses tantos judeus que apóiam a causa da criação de um estado palestino. Também agradeceu, de forma muito comovente, a solidariedade mundial e, especificamente, a brasileira. Nem por isso deixou de ser duro contra grupos árabes que se vendem aos interesses sionistas ou a eles se associam na exploração e comércio do petróleo da região, através da espoliação de seus povos, particularmente do genocídio de palestinos.
Envolvido pela tragédia de todo o conteúdo ali exposto com tamanha ponderação e sobriedade, que muito mais dignifica o sofrimento daquele povo do que a exaustiva manipulação e exploração do holocausto judaico; não consigo recordar ao certo em que momento a “Anita Garibaldi” das arábias me convocou a falar.
Falar o quê, naquelas alturas? Recitar versos meus ou de quem fosse, nem pensar! Mas mesmo sem rimas ou estrofes, que mais poderia dizer, exprimir, além de um desespero que me engasgava e ao qual todos, ali, pareciam imunes. O que neles era ponderação, em mim era revolta, indignação! O que neles era dor, em mim era ódio!
Tentei falar do Crime Organizado Internacional para explicar porque o Al Nakba, a catástrofe, não é só dos palestinos, mas não consegui demonstrar como estamos, em todo o mundo, em cada país, entre cada povo, submetidos às organizações criminosas. Submetidos pela capilaridade sutil de pequenas organizações, governamentais ou não, sistematicamente centralizadas e comandadas pelos poderes financeiros e econômicos que regem o mundo. São os que determinam quais povos serão extintos à míngua e ao abandono como em África, por bombardeios como no Iraque e no Afeganistão, ou por massacre e humilhação como em Gaza, Cisjordânia e no Taió, do Vale do Itajaí, a mais rica e importante região do estado de Santa Catarina.
São eles que decidem quais massas sociais ou faixas etárias deverão ser inutilizadas ou tornadas inativas pela obesidade dos fast foods, idiotizados pelas drogas, alienados pelo consumismo, como nos Estados Unidos e demais centros das Américas e da Europa.
Difícil demonstrar, assim de repente, como se tem me tornado claro que a partir da 2ª Guerra Mundial se começou a montar uma super estrutura muito maior do que as dos estados nacionais, com poder de manipular os governos destes estados.
Como explicar que, a meu ver, Hitler foi o último verdadeiro ditador, e todos os posteriores, meros tiranetes a serviço de um poder por trás do trono. Depois de Hitler, ou em meio ao caos promovido pela derrocada do ideal da supremacia do estado alemão, alguns detentores de grandes capitais planejaram evoluir a milenar utilização de grupos mercenários que da Antiguidade, se estendeu aos corsários do Império Britânico e ao lumpemproletariado de Bonaparte (analisado no 18 Brumário de Karl Marx); para enfim chegar ao comando do mundo através do capital. Hoje não são os reis e ditadores que contratam os criminosos. Os criminosos é que são os reis e ditadores do sistema político/econômico global, contratando e aliciando ridículos “laranjas” como Bush, Uribe, Berlusconi ou Luís Henrique, para que os povos se acreditem governados.
Seria necessário rastrear a história para identificar, entre aqueles que financiaram o delírio nazista, os nomes dos que se associaram a corporações bancárias desenvolvidas ao longo da história européia. Ninguém, dessas corporações, esteve em algum dos tantos campos de extermínio do nazismo, embora muitos fossem e são judeus que continuam vivendo na Suíça, na Áustria, Itália, Polônia, França, Bélgica, Holanda e outros países ocupados pelas armas nazistas.
Esses não emigraram para Israel, não se expõem a insegurança de um estado em permanente guerra desde sua criação. Assim como judeus mortos e escravizados nos campos e guetos nazistas, em maioria, eram pobres e socialistas.
A primeira manifestação do poder dessas forças acima do poder dos estados e das nações que se recuperavam da 2º Guerra ocorreu em reunião da ONU, onde se criou o Estado de Israel sob a assinatura do brasileiro Osvaldo Aranha. Uma resolução já antes condenada pelos mais atilados observadores e analistas da proposta, muitos dos quais judeus, como Sigmund Freud e Albert Einstein.
Aquele crime praticado contra um povo milenar veio a ser o primeiro de uma série que se comprova pela falta de respostas a milhares de perguntas suscitadas ao longo das últimas seis décadas, por onde se dê atenção aos acontecimentos do mundo. Alguns exemplos aleatórios:
Filho de família tradicional e conservadora, a aproximação de John Fitzgerald Kennedy à Máfia, seria apenas por ser católico? Ou tentava encontrar na Máfia um exército paralelo a lhe oferecer alguma defesa? Contra quem? Lee Oswald?
Porque as mais proficientes instituições policiais do mundo até hoje não explicaram quem teriam sido os assassinos do presidente de seu país, nem os assassinos de seu suposto e impossivelmente único assassino? Alguma relação com a anunciada indisposição daquele presidente a iniciante Guerra do Vietnam?
Contasse que após o conclave que o elegeu, João Paulo I teria comentado: “Alguém mais forte do que eu e que mereceria o lugar, esteve sentado à minha frente”. Premonição ou coincidência ter sido Karol Wojtyla quem se sentara a frente do escolhido pelo próprio João XXIII, responsável pelo movimento Teologia da Libertação, para sua sucessão. João Paulo I morreu um mês depois.
Coincidência Ratzinger, o secretário de Wojtyla que mais perseguiu a Teologia da Libertação e cassou nosso Leonardo Boff, ser o sucessor de João Paulo II?
Voltando à Máfia, evidentemente dela não se pode pretender fidelidade partidária, mas por qual razão, após a proximidade com o democrata John Kennedy, compareceu em peso a posse do republicano Ronald Reagan? Depois disso foi glamorizada pelo seriado Godfather e ultimamente anda no ostracismo. Será por causa da Operação Mãos Limpas na Itália?
E Berlusconi, que é ridicularizado aos olhos do mundo, flagrado comendo caca de nariz, como sai e consegue voltar ao poder em tão pouco tempo?
Como que, no estado de Santa Catarina, recentemente afetado por um cataclismo climático que deixou dezenas de mortos e centenas de desabrigados, se aprova uma resolução de desmatamento que reduz para 1/3 a determinação do Código Florestal Federal? Isso apesar de todos os avisos de cientistas e ambientalistas nacionais e internacionais sobre os graves riscos de carência de água potável já para as próximas gerações! E enquanto esse mesmo governo se divulga por comerciais de TV, dizendo-se exemplo de preservacionismo!
Como que no Japão, país tão rígido e eficiente em todos os sentidos, se mantém a Yakuza?
Porque a família Bush, conhecida por financiar Hitler mesmo depois dos Estados Unidos declararem-se em guerra contra o nazismo, se indispôs com o mesmo Sadam Hussein poucos anos antes colocado no governo pelo também republicano Reagan?
Associados à família de Ben Laden, porque a despacha tão as pressas para a Arábia Saudita às vésperas do 11 de Setembro?
Se os Bush financiaram o nazismo e são sócios da família de Ben Laden, porque são tão queridos e apoiados pelos sionistas?
Claro que levantando ali todas essas questões, não colaboraria com a compreensão da extensão do conflito do Oriente Médio, mas acredito que refletir sobre as tantas perguntas sugeridas pelos acontecimentos do mundo, nos dará a exata dimensão das fronteiras do Al Nakba – A Catástrofe.
Quais as fronteiras de uma esfera?
Todos os crimes cometidos contra a humanidade e todas as catástrofes que nos abatem em qualquer parte do mundo, são um único Al Nakba. Uma única catástrofe relacionada a tiranetes manipulados por poderes econômicos regionais que, num processo sistêmico, respondem a uma Organização Criminosa Internacional.
Nada mais foi globalizado pelo liberalismo econômico, além do crime internacional e da catástrofe da humanidade. Ou terá sido apenas o muro de Berlim que impedia a emigração das tantas máfias:coreana, chinesa, albanesa, turca, russa, siciliana, etc.? Foi a queda do muro que possibilitou Carlos Menem? A privataria no Brasil? Os golpes políticos perpetrados por instituições de mero entretenimento e transmissão de informações? A promulgação de leis notavelmente irresponsáveis e imprevidentes, como as dos ruralistas de Santa Catarina?
Difícil saber se o Crime Organizado Internacional é comandado exclusivamente por loiros de olhos azuis, mas certamente não o será por negros, índios, ou pelos piratas da Somália.
Não são nenhum desses que ameaçam e humilham os Sem Terra de Taió. Os algozes daqueles camponeses são similares, praticamente os mesmos que humilham e trucidam palestinos há 61 anos.
Raul Longohttp://br.mc562.mail.yahoo.com/mc/compose?to=pousopoesia@ig.com.brhttp://br.mc562.mail.yahoo.com/mc/compose?to=pousopoesia@gmail.comwww.sambaqui.com.br/pousodapoesiaPonta do Sambaqui, 288688.051-001 - Floripa/SCTel: (48) 3206-0047

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Crianças palestinas, escudos Humanos


Tropas Nazi-Sionistas armadas até os dentes, mas sempre com medo das pedras palestinas!

Os nazi-sionistas acharam que com uso do terror criado pelos métodos mais bárbaros e
monstruosos iriam despertar o medo e fazer com que o povo palestino renunciasse a luta!
O povo palestino vive a resistência e jamais será dominado!
Há 61 anos o povo palestino luta incansávelmente pelos seus direitos... e verdade triunfará, mesmo usando palestinos como escudos humanos.
Fonte: foto é do Grupo Israelense de Direitos Humanos. O Exército Israelense usou este menino, que se chama
Mohammed Badwan, como escudo humano para enfrentar os protestos de grupos palestinos e de pacifistas contra a construção de uma barreira de isolamento na aldéia de Biddo ao norte-oeste de Jerusalém.
Fonte: Comite catarinense de solidariedade com o povo palestino

segunda-feira, 18 de maio de 2009

SOLIDARIEDADE NÃO TEM FRONTEIRAS

Brasilia-DF-Brasil, 14 de maio de 2009.

Companheiro e companheira:


Como é de conhecimento público o Brasil recebeu em 2007, cento e dezessete ( 117 ) refugiados palestinos que passariam a viver no Brasil, com todos os direitos, e deveres claro, que nossa Constituição Federal outorga. Nossa histórica solidariedade como país latino nos faz seguir com esta politica. No entanto os mesmo ficaram sob responsabilidade do ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - Uns foram para o Estado de São Paulo, outros para o Rio Grande do Sul e alguns para Brasilia.
De 2007 até o mês passado os palestinos passaram por muitas dificuldades, alguns especialmente pelo não recebimento dos recursos que lhe são destinados e que não lhes chegou ás mãos. Assim nos foi dito e confirmado por vários deles.
Posteriormente outros vieram, especilamente de MOGI DAS CRUZES / SP, para Brasilia, reclamarem seus direitos. Não sendo atendidos pelo ACNUR decidiram por acampar na calçada, em frente á sede do orgão. Do ACNUR. Êste ao invés de tentar resolver o problema preferiu fechar a sede e alugar um outro escritório para funcionar, escondendo o endereço para que lá os palestinos não apareçam.
O Governo Brasileiro, que deve agir através do ITAMARATY e do CONARE até agora pouco se conhece de suas ações, a não ser dizer que está fazendo isso, trabalhando naquilo, enquanto os palestinos passam fome, sofrem de doenças gravissimas sem serem atendidos na rede de saúde e ainda sofrendo o constrangimento e contantes ameaças da Policia do DF para que os mesmos saiam dos locais onde estão acampado. Segundo o relato de um deles, ação movida pelos vizinhos do ACNUR a pedido do próprio orgão da ONU. Outro levado a força para um asilo como louco e outros sendo ameaçados de despejo no Hotel em que estar, além dos que estão num apartamento e agora tem uma semana para sairem porque o ACNUR não aceita mais pagar as despesas dos mesmos e afirma que não tem mais responsabilidades sobre a questão.
Desta forma e tentando resolver essa questão, que muito mais que juridica é uma questão politica, e vendo o lado humanitário da questão é que atendemos e aceitamos convite dos vinte e hum ( 21 ) palestinos que se encontram em Brasilia para funcionar como advogado dos mesmos, assim como auxiliar dentro de nossas possibilidades a advogada que já funcionava como defensora para outros quatro e que vamos atuar juntos.
Porém, sabendo que essa questão envolve inumeros outros problemas e acreditando que um COLETIVO funcione e tem um peso bem maior que atuar sozinho é que sugerimos aos PALESTINOS, e êles aceitaram, a criação de um COMITÊ DE APOIO AOS REFUGIADOS PALESTINOS NO BRASIL, onde além da questão juridica, e aí outros advogados poderão contribuir, formando comigo e Dra Sandra Nacimento oum Grupo Tarefa Juridico, formaremos tambem um Grupo Tarefa de Comunicação e Mobilização, para envolver á imprensa e os movimentos sociais, além de um outro Grupo Tarefa de Logistica, onde teremos além da tradutora, a quem êles confiam, uma Psicologa e uma Assistente Social, dentre outras profissionais que poderão ajudar da forma que for possivel.
Até o momento tentamos resolver a questão de forma moderada, no dialogo e com muita responsabilidade , dentro inclusive dos padrões institucionais que nos permitiram, mas só temos enfrentados problemas e encontrado obstáculos.
Assim estamos enviando essa menssagem em nome do MDD, Movimento Democracia Direta e de várias outras entidades dos movimentos sociais e organizações populares , além de personalidades comprometidas e solidarias com a causa palestina para CONVIDAR-LHE a participar da reunião de AMPLIAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO desse Comitê que realizaremos:

Dia ......... 19 de maio / terça feira
Horário......17 ás 18.30 horas - 5 ás 6 e meia da tarde
Local........ Sede do MDD - SCS. Quadra 02
Ed. ANHAGUERA
Sala 404 / 406 - Fone 9551.9277

Nessa reunião, além dos objetivos do Comitê vamos discutir o que fazer e como fazer, inclusive preparar uma grande manifestação de apoio aos refugiados palestinos, que estar sendo programada para a próxima semana, além do acampamento na Esplanada dos Ministérios, caso o problema , que tambem é nosso, não seja resolvido até a próxima semana.
Como esta MENSAGEM está sendo enviada aos militantes do MDD - DF e demais estados onde estar organizado, em total de 12 , e mais os movimentos sociais de todo o Brasil, pedimos que se formem em todos os outros estados brasileiros Secções desse COMITÊ. Para maiores informações nos contacte e ao mesmo tempo repasse essa mensagem para que até 2ª feira tenhamos atingido no minimo HUM MILHÃO de pessoas, pois se vc encaminha-lho a mais vinte hoje, como estou encaminhando para 11 mil pessoas, duzentas mil pessoas receberão, e se estas encaminharem para mais 20, então 5 milhões receberão depois, e assim sucessivamente. Não quebre essa corrente de luta.

Aquí no DF, como essa é uma reunião pública e aberta a todos os militantes dos diretos humanos e defesores da paz mundial, solicitamos que o companheiro e/ou companheira que receber repasse-a a quantos e tantas pessoas puder, para assim os mesmo tomarem conhecimento e se puderem e quiserem, ajudar da forma que melhor lhe convier e irem á reunião na próxima semana.
Antecipadamente agradeço sua atenção e apoio.


ACILINO RIBEIRO Coordenador Nacional do MDD
Movimento Democracia Direta


p/ Comitê Brasileiro de Apoio aos
Refugiados Palestinos no Brasil

Al Nakba e o Direito e Retorno


Hoje completando 61 anos de ocupação sionista, neste mês de maio de 2009,. Lembramos que no dia 10 de dezembro de 1948, foi feita a Declaração Universal dos Direitos Humanos. No dia seguinte, 11 e dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 194; para chamar a atenção do mundo para o fato que a Declaração havia sofrido uma fratura com a imposição do estado sionista em maio do mesmo ano, e pela expulsão de mais de três quartos de um milhão da população nativa da Palestina (os palestinos) e o roubo de suas casas e terras que os sionistas ocuparam por meio de massacres e violência.

Este ato horrendo foi seguido pelo assassinato, do mediador da ONU, Conde Folke Bernadotte por um esquadrão terrorista sionista. Ele havia sido enviado pela ONU para trabalhar pelo o retorno seguro dos refugiados. A Organização das Nações Unidas - Geral de Assembléia : Resolução 194, exige que o Estado de Israel não interfira no retorno seguro dos palestinos a suas casas e terras, com compensação.

Depois de 61 anos, a ocupação sionista, roubo de terras; o mais longo problema de refugiado do mundo continua.

As resoluções de ONU significam proteção para a humanidade de países predadores, mas tem sido ignoradas regularmente no caso de "Israel". A resolução 194 foi reafirmada mais de 130 vezes durante os anos da Nakba (Catástrofe Palestina com a criação de “Israel”), mas o Estado sionista de “Israel” foi isento de quaisquer ações da ONU contra seu desprezo pela lei internacional em grande parte por causa do apoio dos governos dos EUA e europeus.


Aqui a o parágrafo 11 da Resolução 194 :

“Nações Unidas – Assembléia Geral – Resolução 194, parágrafo 11

Resolve que os refugiados desejando retornar a suas casas e viverem em paz com seus vizinhos lhes devem ser permitido fazê-lo assim na data o mais cedo possível, e que compensação deve ser lhes paga pela propriedade desses que escolherem não retornar e por perdas e danos a propriedade que, sob princípios da lei internacional ou na equidade, deve ser bem feitas pelos Governos ou pelas autoridades responsáveis; Instrui a Comissão de Conciliação facilitar o repatriamento, restabelecimento e reabilitação econômica e social dos refugiados e o pagamento de compensação.”

O povo que vive na Palestina e no Shatat (exílo forçado) continuam sua luta para retornar e para recuperar a sua pátria. O individual e coletivo Direito de Retorno a uma Palestina livre é sagrado, legal e não-negociável.

Nós não pararemos nossa luta pelo Direio de Retorno e convidamos todas pessoas de bem que se juntem a nós nesta luta por Justiça.

Fonte : Badil & U.N.
Comite de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino - CSLPP - D.F.
Comite de Apoio aos Refugiados Palestinos no Brasil - D.F.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Palestina, 61 anos da Catástrofe

Nesta ocasião, mais de 70 massacres, mais de 85% expulsos, mais de 531 aldeias e vilarejos destruídos e eliminados do mapa.

Esta data considerada um período negro na história do povo palestino. Uma parte da população foi expulsa de suas terras e lares, e a outra foi espalhada em vários cantos do mundo enfrentando todos os tipos de sofrimento.

Catástrofe em 1948; mais de 78% do território da Palestino histórica foi ocupado pelos grupos sionistas.

O censo palestino represento nesta data o seguinte relatório :

Nakba- Catástrofe = Limpeza étnica

Mais de 800 mil palestinos foram expulsos de um total de 1,4 milhões que habitavam 1.300 cidades e aldeias palestinas em 1948.
As informações de um site eletrônico ( Palestina na memória) registrou que nesta data e nas datas seguintes em 1949, os grupos sionistas dominaram 774 cidades e aldeias e destruiram 531 cidades e aldeias, e praticou mais de 70 massacres; o que resultou em mais de 15 mil palestinos durante esta catástrofe.

Realidade demográfica: o povo palestino aumentou 7 vezes mais.

Os dados estatísticos indicam que em 1948, o povo palestino contava com 1,4 milhões de palestinos. E em 2008 os palestinos alcançaram 10,6 milhões, 7 vezes mais desde ano da Nakba. Os palestinos que vivem na palestina histórica hoje, conforme as estatísticas são 5,1 milhões, onde se encontram 5,6 milhões de colonos judeus. Conforme as estatísticas de 2007, e as estimativas para ano de 2016 estas dizem que os palestinos e colonos sionistas dentro da palestina ocupada vão estar igualados; segundo o censo
Os refugiados palestinos que vivem no território palestino somam 43,6% do total dos palestinos que vivem nos territórios palestinos. Tendo 4,7 milhões de refugiados palestinos registrados na UNRWA no fim do ano 2008, que somam 44,3% de total do povo palestino, distribuídos 41,8% na Jordânia, 9,9% na Síria, 9% no Líbano, 16,3 na Cisjordânia, 23% na Faixa de Gaza, a maioria deles vivem em 59 Campos de Refugiados.

Os palestinos que ficaram nos territórios palestinos ocupados em 1948, no final de 2008 contam 1,2 milhões de palestinos, e na Cisjordânia, ocupada em 1967; os palestinos somam 2,42 milhoes, na faixa de Gaza 1.46 milhões, e em Jerusalém são 379 mil palestinos conforme as estatísticas do fim do ano 2008.
27,2% do total do população da Cisjordânia são refugiados, e na faixa de Gaza são 67,9%.
A Nakba transformou a Faixa de Gaza na região mais populoso do mundo:
A densidade populacional nos territórios palestinos chegou a 645 pessoa/ km. Na Cisjordânia 427 pessoas por km2 e na Faixa de Gaza 4.010 pessoa por km2. E no território ocupado em 1948; tem 334 pessoas por km2, entre palestinos e colonos sionistas.
Colonialismo: A grande maioria dos colonos vivem em Jerusalém, a fim de judaizar
a área.

A maioria dos colonos sionistas vivem em Jerusalém (Al-Qods), onde os dados indicam que o número de colonias na Cisjordânia atingiu 144 colônias no final do ano 2008. As estimativas preliminares mostram que o número de colonos na Cisjordânia aumentou para cerca de meio milhão no final do ano 2008.
Muro de apartheid, confisca 13% dos territórios de Cisjordânia:
O muro tem comprimento de 770 km, 409 já são construídos, o muro isola 733 km2. das terras dos palestinos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A outra crise em Gaza


por Michelle Amaral da Silva
7/05/2009

Inúmeras plantações de frutas desapareceram da faixa de Gaza, e fazendas inteiras foram destruídas.
Os restos das milhares de casas destruídas espalham amianto no ar, enquanto a infra-estrutura dilapidada lança esgoto no mar Mediterrâneo. A profunda crise ambiental que a Gaza sitiada já sofria foi agravada pela última guerra. Ao longo de toda a Operação Chumbo Derretido, que durou três semanas, Israel atacou quase toda a infra-estrutura deste território costeiro. Casas, comércios, fábricas, redes elétricas, sistemas de distribuição de água e unidades de tratamento de esgoto foram reduzidos a montanhas de escombro.
Uma avaliação preliminar do dano ambiental e da infra-estrutura, elaborada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) indica que o ataque israelense, além de exarcebar as dificuldades já existentes em Gaza, criou novas ao contaminar tanto a terra como os ambientes urbanos, deixando uma pilha de escombros sem precedentes. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) anunciou no mês passado que enviaria uma equipe de especialistas à faixa de Gaza neste mês para avaliar as principais ameaças à população.
Antes da guerra, a infra-estrutura local estava paralisada devido a três anos de sanções e mais 18 meses de bloqueio conjunto egípicio-israelense que proibia a importação de todos os bens “essenciais”. Muitas áreas de Gaza, particularmente os crescentes acampamentos de refugiados, careciam de sistemas de saneamento. Onde existiam, não havia geradores ou eletricidade relacionada. A proibição de importar materiais para sua manutenção, como cimento, aço e tubulações, os condenava ao mau estado perpétuo.
Um informe divulgado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários apenas 10 dias antes do início da Operação Chumbo Derretido indicava que pelo menos 80% da água fornecida em Gaza “não atendia aos padrões da Organização Mundial da Saúde para ser bebida”. A “muito necessária manutenção é impedida por falta de tubulações, peças e materiais de construção. A degradação resultante do sistema impõe um grande risco sanitário público”, diz o documento.
As restrições aos bens e aos materiais deixaram pelo menos 70% da terra agrícola de Gaza sem irrigação, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), enquanto as autoridades foram obrigadas a lançar aproximadamente 70 milhões de litros de esgoto ao mar diariamente. A escassez de combustível faz com que a coleta de lixo não seja freqüente, no melhor dos casos.
Durante o ataque, os projeteis israelenses afetaram os já frágeis sistemas de saneamento e tratamento de água, fazendo com que a água potável e a contaminada se misturassem nas áreas mais populosas de Gaza. Os tanques israelenses prejudicaram a maior estação de tratamento de água da região, na área de Sheikh Aljeen, fazendo com que o esgoto agora seja lançado diretamente na vizinhança, em fazendas e no mar. Quarenta por cento dos tanques de água nos tetos das casas de Kahn Younis foram danificados ou destruídos, e quatro poços ficaram completamente arruinados na cidade de Gaza, em Beit Hanoun e em Jabaliya, segundo o grupo Água, Saneamento e Higiene (Wash), que trabalha vinculado ao Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas.
“Depois da guerra, o maior impacto se sente nas áreas setentrionais de Gaza, onde a maioria das redes de água foi destruída”, disse Najla Shawa, a chefe de informação da Wash. “Em Kahn Younis também, onde apenas 30% contam como rede de saneamento”, acrescentou. Dez milhões de litros de esgoto são lançados mais do que antes da guerra no mar Mediterrâneo, afirmou Wash, ameaçando a vida marinha na costa de Gaza. Os mísseis israelenses também afetaram fábricas em áreas urbanas residenciais e rurais, liberando substâncias químicas potencialmente tóxicas tanto no ar quanto no solo. As pilhas de escombros que continuam marcando a paisagem de Gaza conteriam grandes quantidades de amianto, uma fibra mineral cancerígena usada comumente na construção civil.
“O lixo da demolição criada pelas últimas hostilidades contêm potenciais materiais de risco, como o amianto”, disse à IPS em conversa telefônica desde Genebra um representante do escritório de Pós-conflito e Administração de Desastres do Pnuma. “Os altos níveis de exposição ao amianto estão vinculados com o câncer de pulmão”, afirmou. Mais de 20 mil edifícios e cinco mil casas foram destruídos, segundo autoridades locais. Aproximadamente 600 mil toneladas métricas de escombros ainda devem ser retiradas.
Em fevereiro, estudos sobre mostras do solo de Gaza concluíram que havia fósforo branco. A pesquisa foi feita pela Universidade Técnica Yildiz, de Istambul, na Turquia. O solo de Gaza será afetado no longo prazo pelo uso por parte de Israel de fósforo branco na guerra, disse Sameera Rifai, representante da União Internacional para a Conservação da Natureza nos Territórios Palestinos Ocupados. “O solo da terra agrícola agora está contaminado pelas armas israelenses, particularmente o fósforo branco”, disse Rifai à IPS. Esta substância é um agente químico incendiário, e pode permanecer inalterado nos sedimentos do solo e nos corpos dos peixes por muitos anos, segundo a Agência para o Registro de Enfermidades e Substancias Tóxicas dos Estados Unidos. IPS/Envolverde
* Este artigo é parte de uma série produzida pela IPS (Inter Press Service) e pela IFEJ (Federação Internacional de Jornalistas Ambientais) para a Aliança de Comunicadores para o Desenvolvimento Sustentável (http://www.complusalliance.org/).

O que está acontecendo com os palestinos?

Por Thiago de Avila


Antes de explicar a situação dos refugiados palestinos aqui no Brasil, é importante saber de você uma coisa: o que você ganhou de presente de Natal no ano passado? Uma camiseta, um celular, um livro? Talvez você nem tenha gostado do que ganhou, ainda assim, deve lembrar com alegria dos bons momentos passados ao lado da família confraternizando e agradecendo ao ano que se acabava. Para Fahrouk, Ramdam, Kammal e os outros companheiros palestinos refugiados no Brasil, o natal teve um gosto um pouco mais amargo. O ataque genocida de Israel à Faixa de Gaza, onde estão muitos de seus familiares, mostrou mais uma vez o lado podre do nazi-sionismo e a inércia e ineficácia da diplomacia ocidental. Para os refugiados ao redor do mundo, este ataque representava a certeza de que a fúria e o ódio daqueles que fazem da Faixa de Gaza hoje um novo Gueto de Varsóvia iriam destruir o pouco que ainda lhes restava de pátria, onde um dia sonhavam em retornar para viver com seus familiares.

A ONU condenou o ataque verbalmente, o governo brasileiro o qualificou como “uso desproporcional da força”, assim como muitos outros países. Tudo retórica, talvez exceto pela expulsão dos embaixadores israelenses da Bolívia e Venezuela por parte de seus presidentes. A imprensa livre e os movimentos sociais tentaram em vão romper o bloqueio da mídia corporativa, preocupada demais em fomentar o gasto do 13º salário do trabalhador brasileiro. Foram denunciados inúmeras vezes os assassinatos em massa de civis, em sua maioria crianças, e o uso de armas proibidas pela ONU, como o fósforo branco. Apesar disso, assim como acontece com a parcela do território palestino demarcado pela própria ONU, nada aconteceu.

Enquanto isso, um grupo de palestinos estava dormindo no chão, sem atendimento médico, comendo manga e comida doada pelo pessoal do mercado, enquanto clamavam pela atenção dos organismos internacionais para que alguém aliviasse sua dor e sofrimento. Casos como esse são corriqueiros no Oriente Médio, no entanto, dessa vez estamos falando de um fato que aconteceu, e acontece, aqui no Brasil. Essa pequena versão de um campo de refugiados acontece em plena capital federal, em seu bairro mais rico, o Lago Sul, que tem o IDH comparável ao de países como a Suécia e Islândia.

O “programa” para refugiados



É assim a nossa versão tupiniquim da tragédia palestina: O governo, gentilmente (ou para mostrar serviço e ser premiado com um “assento” ao lado dos causadores dos grandes problemas do mundo) oferece nosso país para ser o lar temporário de um grupo de palestinos que estavam em um campo de refugiados na Jordânia. A ONU (a mesma que criou toda essa confusão em 1948), representada aqui pelo ACNUR, recebe dinheiro para cuidar então desses refugiados. No entanto, a ONU não acredita ter o tempo necessário para cuidar dessa situação (claro, afinal, Palestina, Sudão, Colômbia, Haiti, Timor Leste não são os países que mais contribuem com o milionário orçamento desse organismo internacional), então incumbe a Cáritas Brasileira (entidade da Igreja Católica, designada enquanto “representante da sociedade civil”) de monitorar e acompanhar o programa para os refugiados. No caso de algum problema no “programa”, o governo brasileiro diz que só repassa os recursos, a ACNUR não dá nenhuma resposta, pois é um “organismo internacional”, e a Cáritas Brasileira diz que só administra o “programa”, que quem o criou foi a ACNUR e o governo brasileiro.

Mesmo para nós brasileiros parece algo complicado, agora imagine para um estrangeiro que não fala português, não está acostumado com a nossa cultura e ainda necessita atendimento médico. Imagine então se você fosse colocado dentro de um asilo nessas condições, sem ter ninguém com quem se comunicar. O que você faria? Imagine também que os organismos que batem no peito e fazem marketing social dizendo que cuidam de vocês desviassem dinheiro, comprassem eletrodomésticos novos para você, mas lhe entregassem velhos. Como se não fosse suficiente, imagine uma comunidade árabe ausente, um governo que não quer se indispor com a ONU, além de inúmeros aproveitadores à sua volta querendo ganhar destaque e lucrar com a sua deplorável situação. Que fazer?

O ano em que os palestinos acamparam em protesto em frente ao ACNUR







Mais de um ano se passou sem que nenhum dos envolvidos pudesse resolver a situação. Inúmeras foram as vezes em que levamos os companheiros às pressas para o hospital, por conta de seus problemas de saúde, ainda mais agravados pelo desumano tratamento que lhes era dispensado pelas autoridades. Chegou uma hora em que o impasse gerou o mesmo conformismo que impregna todo o conflito israelense e palestino: a idéia de um caso sem solução.

E assim ficaria até que, para piorar a situação, o ACNUR, com a ajuda do digníssimo judiciário brasileiro (aquele mesmo que barra a reforma agrária, solta Daniel Dantas e criminaliza os movimentos sociais), consegue uma autorização para retirá-los da frente da bela mansão-sede do ACNUR com ajuda da Polícia Federal. Era uma bela manhã de sábado quando alguns dos vizinhos ricos viam sua bela vizinhança sendo “higienizada”, removendo aqueles senhores do caminho. Outros vizinhos, mas estes loucos ou desavisados, que tinham de alguma forma criado um carinho pelas pessoas que, de forma tão determinada, protestavam em frente às suas casas (apesar do ACNUR ter enviado uma carta a cada vizinho dizendo para NÃO ajudarem os palestinos), discutiam com os policiais inutilmente.

O que pensava o ACNUR? Que os palestinos, justo eles, iam desistir ao primeiro sinal de violência? Que ia adiantar jogar para longe as suas coisas, que eles se calariam e resignariam? Obviamente, não foi isso que aconteceu. Os nossos dignos e corajosos companheiros palestinos resistiram, colocaram suas coisas um pouco mais afastado da sede-mansão do ACNUR, mas ainda ficaram por lá, dessa vez na avenida principal do Lago Sul. Foi um ato de coragem maravilhoso, mas que infelizmente introduziu na história um personagem talvez ainda mais sinistro que todos os anteriores: nosso digníssimo governador do DF, ex-violador de painel eletrônico, atual chefe da polícia, José Roberto Arruda. A saída da frente da sede do ACNUR fez com que a polícia deixasse de enxergar aquilo como um ato político de protesto e encarasse como uma mera ocupação de área pública, justamente no lugar onde todo mundo sabe que não se pode ter ocupação de área pública.

O que aconteceu em seguida seria óbvio, não fosse pela proporção que atingiu. Eram mais de vinte viaturas da Polícia Militar e seus grupos táticos com rifles, talvez em maior número que para prender Daniel Dantas ou os grandes bandidos do tráfico de drogas no Rio e São Paulo. A ação militar tinha como objetivo não apenas assustar e intimidar os palestinos e seus apoiadores, mas também dar o recado para qualquer pessoa que tentasse ocupar um local no Lago Sul. Curiosamente, a operação era comandada por um oficial SUDESA, a Superintendência de Defesa do Solo e da Água (a mesma que não se manifesta para defender o solo de pessoas como Pedro Passos e as águas de gente como PaulOOctávio). Funcionários do GDF recolhiam as coisas e as atiravam em um caminhão, apreendendo as barracas, as roupas, os alimentos e todos os outros “luxos” que os palestinos tiveram nesse ano em que acamparam no chão. Teriam levado tudo, não fosse pela ajuda de alguns companheiros solidários com os palestinos que aceitaram guardar as coisas em suas próprias casas. Para os que presenciaram o fato, era inconcebível tamanha mobilização militar para retirar um grupo de idosos pacíficos de seu protesto político. Era uma versão brasileira do “uso desproporcional da força”, tão criticado por Lula e Celso Amorim, agora praticado pelo governador e seus “capangas”.

O desespero tomou conta por muitas vezes dos companheiros palestinos nesse dia. Agora encontravam-se na rua sem assistência do governo, da ACNUR ou da Cáritas, sem tratamento médico, quase sem apoio da comunidade palestina e árabe e agora sem suas barracas e o pouco de alimento que lhes restavam. Parecia demais para pessoas que tinham sofrido uma vida de privações, de acossamentos e de abusos perpetrados pelo nazi-sionismo. Para eles, era a extrema-unção definitiva da ingênua idéia e do sonho do país tropical, terra de deus, que lhes foi oferecida enquanto estavam em um triste campo de refugiados palestinos na Jordânia.
Uma nova fase do conflito





Sem casa, sem barraca, quase sem alimentos, o grupo de palestinos, principalmente as mulheres grávidas e as crianças, saiu de lá e concentrou-se em um alojamento cedido pela comunidade árabe para a emergência, que expira essa semana. Uma viatura da polícia manteve-se no local, como se fosse uma bandeira cravada no chão dizendo: nós vencemos. Só que os policiais deram de cara com uma coisa que eles não contavam: a persistência, a dignidade e a determinação ferrenha dos palestinos Fahrouk e Ramdam.

Sem comida, sem teto, sem cobertor, sem amigos, eles permaneceram lá, como quem fica simplesmente sentado na grama conversando com um amigo. Não carregam consigo nada grande, porque senão caracteriza uma ocupação e serão presos pelos policiais. De noite acendem um fogo para espantar o frio, mas ainda estão expostos ao sereno e às chuvas. Mais de uma semana já se passou desde o despejo, no entanto os dois palestinos resistem, em uma demonstração clara de dignidade e moral. Eles são dois, assim como são a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, resistindo pequenininhos, apesar de toda a ofensiva imperialista do vizinho. É uma singela representação do que acontece no Oriente Médio e, em ambos os casos, pode ter um final diferente dependendo da nossa intervenção.

Como ajudar?





A urgência da situação nos obriga a sermos rápidos. A saúde de todos os refugiados palestinos está em jogo, além de todos nós sabermos que eles merecem um tratamento humano. Cabe agora a nós, cidadãs e cidadãos brasileiros, ajudarmos essas pessoas que estão dando a cada dia uma nova lição de dignidade, de valentia e pureza. É importante concentrar os esforços de forma organizada e eficiente, para podermos desfazer um pouco do mal que alguns maus representantes de nosso maravilhoso país tropical fizeram a essas pessoas. Moradia, alimentação, tratamento médico, são apenas algumas das necessidades que passam esses grandes homens sem pátria, filhos de uma brava terra para a qual eles não podem voltar, longe de sua família, com nada que lhes comprove o direito a viver ali exceto um papel sem valor da ONU, que demarcou tanto o território israelense como o palestino. Cabe a nós agora formar uma rede de apoiadores e ajudar da melhor maneira possível, e sim, é possível, a esses corajosos homens de paz, de amor e de justiça, que sonham em ver um dia esse planeta onde vivemos transformado na Terra, a Pátria do Homem.


Um enorme abraço internacionalista para todos vocês,

sábado, 9 de maio de 2009

Na guerra que vem dos céus, os civis pagam o preço

Robert Fisk:
7/5/2009,
The Independent, UK
- http://www.independent.co.uk/opinion/commentators/fisk/robert-fisk-civilians-pay-price-of--war-from-above-1680408.html

Claro que haverá uma 'investigação'. Enquanto isso, nos dirão que todos os civis mortos no Afeganistão estariam sendo usados como "escudos humanos" pelos taliban. E todos "lamentaremos profundamente" as vidas humanas sacrificadas. Mas sempre alguém dirá que a culpa foi dos terroristas, não dos heroicos pilotos das Forças Especiais da Marinha dos EUA que faziam tiro ao alvo nos arredores de Bala Baluk e Ganjabad.
Quando os norte-americanos destroem casas de iraqueanos, sempre há uma investigação. E ah! Como os israelenses adoram investigações! (Mesmo que só raramente alguém seja informado de alguma coisa). Essa é a história do moderno Oriente Médio.
Os ocidentais sempre têm razão e, quando não temos, nós (às vezes) "lamentamos profundamente" e, em seguida, jogamos a culpa de tudo sobre "terroristas". Claro. Todo mundo sabe que cortadores de gargantas e degoladores e suicidas-bomba estão bem preparados para sacrificar inocentes.
Mas e indício de o quanto foi terrível o massacre de afegãos ontem , o impotente presidente Hamid Karzai falou como ícone de bondade ontem, e conclamou a buscar "uma plataforma superior de moralidade" numa guerra feroz; que todos fizessem guerra "como seres humanos melhores".
Claro. O argumento é bem simples: nós vivemos; eles morrem. Não arriscamos nossos valorosos soldados no chão nem para proteger os civis. Nem por coisa alguma.
Choveram bombas de fósforo sobre Fallujah. Houve fogo cerrado, de tanques, em Najaf. Sabemos que estamos matando inocentes.
É exatamente o que Israel sempre fez e faz. Israel disse o que ontem disse Clinton, também depois de seus aliados terem massacrado 1.700 civis nos campos de refugiados de Sabra e Chatila em 1982; e também depois da morte de milhares de civis no Líbano em 2006; e também depois da morte de mais de mil palestinos em Gaza, esse ano.
E se ao mesmo tempo matamos alguns homens armados "terroristas", claro , é sempre a mesma velha tática dos "escudos humanos" e, em resumo, a culpa sempre é dos "terroristas". As táticas militares de EUA e Inglaterra estão agora perfeitamente alinhadas às táticas militares de Israel.
A verdade é que a lei internacional proíbe que exércitos ataquem com armamento pesado áreas densamente povoadas e que bombardeiem vilas e pequenos aglomerados humanos mesmo que haja inimigos nessas áreas.
Claro. Todas essas leis foram-se pelo ralo, quando EUA e Inglaterra bombardearam o Iraque em 1991; e a Bósnia; e na guerra da Otan na Sérvia; e na aventura ocidental no Afeganistão em 2001; e, em 2003, no Iraque.
E sempre houve investigações. E sempre houve "escudos humanos". E terror, terror, terror.
E há mais um detalhe a observar: inocentes ou "terroristas"; civis ou taliban... Os culpados, em todos os casos, sempre são muçulmanos.