quarta-feira, 22 de julho de 2009

FORA DO BRASIL MINISTRO FASCISTA DO ESTADO TERRORISTA DE ISRAEL !


Atenção: Os partidos e organizações que participam do Comitê estarão na Manifestação/Panfletagem hoje - 22/07 - quarta feira - 15 horas - na Cinelândia, Rio de Janeiro .
Venha se manifestar em repúdio a presença desse país terrorista, através de seu ministro fascista, no Brasil
!

O Estado terrorista de Israel fundado pela ONU em 1948 nos territórios palestinos, promove o genocídio étnico do povo palestino originário daquelas terras há 61 anos. Isso já causou cerca de 5 milhões de refugiados, milhares de assassinatos coletivos e mantém cerca de 11 mil presos entre homens , mulheres e crianças. O Implacável exército de ocupação israelense acusado de cometer crimes de guerra, conta com 400 ogivas nucleares e o segundo exército mais moderno e bem armado do mundo, deseja iniciar uma nova guerra com o Irã a fim de consolidar a dominação imperialista no Oriente Médio.

Hoje, encontra-se no Brasil a visita inoportuna e rejeitada de um dos seus ministros mais fascista, o Sr. Avigdor Liberman , ministro do exterio, que está com as suas patas em terras brasileiras para pressionar o governo de Lula a romper relações com o Iran e assinar o TLC - Tratado de Livre Comércio com o Brasil.

Conhecido pelo seu total acordo com a política sionista, se destaca por tornar público a posição racista e terrorista do Estado sionista de Israel.
Entre as declarações fascistas do ministro terrorista, destacamos:
Em 1998, propôs a inundação do Egito através do bombardeio da Represa de Assuã;
Em 2003, Lieberman defendeu que os milhares de prisionieiros palestinos detidos por Israel fossem afogados no Mar Morto, oferecendo para tal, o ônibus para o transporte;
Em maio de 2004 , afirmou que 90% dos 1,2 milhões de cidadãos palestinos de Israel "tinham que encontrar uma nova entidade árabe para viver", fora dos territórios ocupados por Israel.
Em maio de 2006 defendeuo assassinato dos parlamentares árabes do Knesset, atualmente o grupo de parlamentares se encontra preso nos cárceres do estado judeu;
Em dezembro de 2008, disse que " devemos jogar uma bomba atômica em Gaza para reduzir o tempo do conflito, assim com os EUA atacaram em Hiroshima na Segunda Guerra".
Em junho de 2009, ameaçou "transformar o Irâ num aterro", através do bombardeio do país com armas nuclçeares.

Nesse sentido, repudiamos a presença em nosso país desse que simboliza o terrorismo do Estado sionista de israel , ocupante dos territórios palestinos que promove entre outras atrocidades, o bloqueio mortal imposto a população de Gaza que sofre e morre sem alimentação, aguá potável, remédios, combustível, energia , etc,etc....fazendo da cidade palestina o maior "campo de concentração nazista sionista " do mundo.
E exigimos do governo brasileiro :

ROMPIMENTO DAS RELAÇÃOES DIPLOMÁTICAS e ECONÔMICAS ENTRE NOSSO PAÍS E ISRAEL!


NÃO AO TLC!


QUE EXIJA O FIM DO BLOQUEIO A CIDADE PALESTINA DE GAZA!


CONDENAÇÃO DE ISRAEL PELOS CRIMES DE GUERRA COMETIDOS CONTRA OS PALESTINOS!


COMITÊ DE SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO PALESTINO
DO RIO DE JANEIRO

terça-feira, 21 de julho de 2009

Defender a Palestina histórica é um desafio possível!



DEFENDER A PALESTINA HISTÓRICA É UM DESAFIO POSSÍVEL

A luta pela Palestina livre da invasão sionista nos une!

Defender a Palestina histórica é um desafio possível!
Temos na história o aporte da nossa defesa!
A verdade é concreta![1]
E se materializa no processo histórico!
A análise concreta da realidade nos revela os fatores objetivos e subjetivos de nossa luta e de nossas ações políticas.
Apresentamos aqui as nossas diretrizes de lutas e elas nascem da seriedade em compreender a correlação de forças em que vivemos.
Por isso reconquistar a Palestina Livre não é uma utopia!

A Palestina existia como país e foi surrupiada pelo movimento sionista para a criação do Estado de Israel, em 1947, com o apoio do Imperialismo britânico que colonizava a Palestina.
São mais de 120 anos de domínio Sionista sobre o Oriente Médio!
A invasão do Solo Pátrio da Palestina foi desenhado nas resoluções do Congresso Sionista, em 1897, na Basiléia, Suíça. E a Declaração Balfour, de 1917, foi o instrumento da vergonha utilizado entre a Grã-Bretanha e a Federação Sionista sinalizando a vontade de conceder as terras da Palestina para criação do Estado de Israel. .
A formação do Estado de Israel sobre o Solo Pátrio da Palestina deve ser criticado, pois a criação do Estado Teocrático de Israel não foi fruto da autodeterminação do povo hebreu. E deve ser combatido por ser resultado e produto da ação política do movimento sionista sob o pretexto de dar um Lar Nacional para os Judeus. Através de invasões violentas de grupos terroristas sionistas como Irgun e Stern usurparam as terras da Palestina, massacraram e expulsaram os palestinos, uma barbárie assegurada pelo processo "legal" da Resolução 181 (II) de 29 de Novembro de 1947 da ONU e do condenável silêncio do mundo.

Reconhecer o Estado de Israel não o coloca em condição de um Estado fruto de direito.
Direito de existir e direito a um Estado quem tem é o povo palestino.

Nossa luta é internacional! Apoiamos a luta de resistência do povo palestino para libertar o seu território.
Desta forma denunciamos os governos árabes corruptos. Os regimes árabes monárquicos conservadores impedem o progresso revolucionário na região. Temem que o avanço contagiante das massas palestinas alimentem as revoltas nos seus próprios países, desestabilizando seus governos burgueses e corruptos. A questão palestina insufla toda a região e não será neutralizada. Alguns governos árabes corruptos querem reduzir o fenômeno de 61 anos de resistência palestina trocando por territórios fragmentados, chamando isso de “Estado”. Isso é um desrespeito aos mártires palestinos e a história será implacável com esse regimes corruptos.
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O povo palestino tem o direito de ter de volta o seu País, seu lar, seu trabalho, sua escola e seu direito a viver!
E para viabilizar estes direitos defendemos a Unidade da Esquerda Palestina e a refundação da OLP!

Lutamos pelo:
1. O Direito de Retorno para os palestinos refugiados e indenizações.
2. Direito à autodeterminação e de construir o Estado Palestino laico, democrático e não racista, na área liberta na Palestina histórica.
3. A cidade de Jerusalém como capital da Palestina.
4. Libertação dos presos políticos palestinos - hoje em torno de 11.000 o número de palestinos detidos e submetidos a situações precárias e desumanas
5. Liberdade para os presos políticos nos cárceres de Abu Mazem. É inaceitável que a Autoridade Nacional Palestina – ANP detenha em cárceres presos políticos palestinos.

CONGRESSO DA FEPAL - 2010
Chamamos a construção coletiva do pré-congresso da FEPAL.
Defendemos a necessidade da transparência e do caráter democrático do Congresso da FEPAL.
As forças políticas que compõem o movimento palestino no Brasil precisam acertar um cronograma de reuniões para construir a unidade palestina como parte da construção do pré-congresso dentro de um trabalho unitário.
Essa unidade tão necessária e urgente será possível se pudermos nos reunir e definirmos juntos os critérios para tirar delegados; as relações com os Comitês de solidariedade; as crises e problemas existentes nas associações, sociedade e comitês locais e a pauta de discussão para o Congresso.
COMITE CATARINENSE DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Conferência Internacional da Esquerda Mundial na Palestina

Traduzido por: Ítalo Rocha

Tema: "Experiências de unificação de partidos e movimentos de Esquerda na Palestina e no Mundo"



A Resolução Final


Segue o relatório da Conferência de Unidade da Esquerda Palestina, que aconteceu em Ramalah, durante os dias 26 e 28 de julho de 2009.
Essa é uma experiência que devemos partilhar com os companheiros da esquerda mundial que participaram da conferência, assim como com toda esquerda brasileira militante da causa palestina . Sem dúvida essa atitude contribui para concretizar a desejada e necessária Unidade da Esquerda Palestina, na Palestina e na diáspora ! Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro

Conferencia Internacional
"Experiencias de unificación de partidos y movimientos de Izquierda en Palestina y en el Mundo"
Em um ambiente carregado de esperança e confiança pela retomada da esquerda palestina do seu papel e posição de liderança na luta de libertação do nosso povo da ocupação colonial, da hegemonia colonial imperialista e na liderança da luta democrática dos setores marginalizados contra a injustiça e a corrupção, para alcançar a justiça social, o Tayyar Nacional Democrático Progressista organizou na Palestina junto à Fundação Rosa Luxemburgo uma Conferência Internacional com o título "As experiências de unificação de partidos e movimentos de Esquerda na Palestina e no Mundo". Ao longo de três dias, desde 26 até 28 de Junho de 2009, a Conferência discutiu vários temas importantes com a presença de líderes e intelectuais de Brasil, El Salvador, Paraguai, Bolívia, Índia, Alemanha, França, Grécia, Bélgica, Espanha, Noruega e Palestina.

A Conferência foi aberta pelo Tayyar Nacional Democrático Progressista no papel de organizador e pela palavra da Fundação da Esquerda Alemã Rosa Luxemburgo na Palestina. A primeira sessão constou três intervenções que trataram das experiências das forças e partidos da esquerda em alcançar a unidade e liderar a luta dos setores marginalizados na Bolívia, em El Salvador e no Paraguai. A segunda sessão constou três exposições que abordaram o papel dos jovens e dos movimentos sociais, as experiências de unidade da esquerda e os avanços obtidos na Alemanha, França e Grécia. A terceira sessão focou em apresentar e tratar de resolver o problema sobre o pensamento ao redor do desenvolvimento dos movimentos políticos na América Latina, sobre a construção da unidade da esquerda no Sul da Ásia, sobre os efeitos da crise financeira internacional e sobre as opções da esquerda no mundo.
O Segundo dia foi aberto com a participação de Gaza através de Videoconferência com a palavra do comitê organizador, e logo na primeira sessão foram apresentadas três visões de três dos partidos da esquerda - o Partido do Povo Palestino, a Frente Popular e a Frente Democrática - sobre as necessidades e os mecanismos de unidade da esquerda palestina. Na segunda sessão três intervenções trataram das experiências do passado de unidade da esquerda na Palestina e das causas da divisão e das diferenças entre os partidos da esquerda desde 1967, enquanto a quarta intervenção tratou da realidade das forças da esquerda na Palestina 48 e das dificuldades que enfrenta a esquerda na Palestina em geral. A sexta sessão foi dedicada a apresentar as exposições do Tayyar, as justificações de sua existência e seu futuro, seus mecanismos e seu programa político. Foi finalizada com a sessão de recomendações na qual se formou um comitê de acompanhamento para efetuar as resoluções da Conferência.
À margem da conferência, os convidados dos países estrangeiros realizaram percursos nas regiões de Nablus, Jerusalém, Belém e Hebron, onde tiveram a oportunidade de ver de perto as práticas da ocupação - especialmente o colonialismo, a demolição de casas e o Muro de segregação racial. Além disso, visitaram algumas instituições e lugares importantes e se dedicaram às reuniões com os ativistas de esquerda nas regiões mencionadas.
Além disso, as delegações mundiais se reuniram com os ativistas do Tayyar, que explicaram todos os aspectos da vida do povo palestino, seu sofrimento com a ocupação, suas ações e sobre os preparativos para realizar o Congresso Constituinte do Tayyar. Também entrevistaram os líderes dos partidos de esquerda - o último foi esta manhã.
A Conferência após se encerrar alcançando seus objetivos ressalta o seguinte:

1. As tarefas de libertação nacional e o fim da ocupação colonial e da hegemonia colonial imperialista são enormes e requerem os grandes sacrifícios e a liderança da luta do povo palestino. Isto não se alcança sem a participação forte e ativa da esquerda palestina na luta nacional e nos órgãos de liderança.

2. A Resistência à ocupação e suas práticas de colonialismo - a construção do muro, a demolição de casas, a matança e a detenção - são tarefas permanente que requerem que a esquerda trabalhe para sua permanência e sua difusão para que se torne método de vida.
3. As forças de luta palestina devem estar unidas na luta contra a ocupação. As suas diferenças devem ser resolvidas através de profundo diálogo, evitando assim cair na violência e no uso das armas entre estas forças nacionais. Devem-se extinguir as detenções políticas.



4. Os participantes das forças, partidos, organizações, pessoas esquerdistas, democratas e progressistas acordaram sobre a importância da unidade da esquerda em qualquer lugar e especialmente na Palestina pela existência da ocupação e dos grandes sacrifícios para sua resistência e pela situação de divisão que existe e pela qual uma de suas causas é a debilidade da influência da esquerda sobre os assuntos sociais e políticos.



5. A tarefa de construir o estado livre e democrático baseado nos princípios de justiça social não se alcança sem a unidade ativa das forças da esquerda e das forças progressistas.

6. As duas tarefas de reativar e unificar a esquerda com seus componentes de forças e partidos políticos, organizações e marcos sociais e populares e personalidades são duas tarefas paralelas e inseparáveis.

7. As experiências fracassadas do passado por distintas causas não anulam a importância desta idéia e, pelo contrário, demonstram a necessidade da sociedade palestina por esta unidade e, em especial, dos setores mais prejudicados pela permanência da ocupação e de suas práticas e repressões, além dos setores que são mais prejudicados pelas políticas da direita na Palestina e pelo Islã político.

8. As forças da esquerda estão obrigadas a iniciar o que acordaram sobre a importância da sua unidade, e qualquer diferença com relação aos mecanismos desta unidade não deve representar meio de fugir desta obrigação por parte de alguma destas forças, visto que os impedimentos são internos das forças da esquerda.


9. A unidade da esquerda não é simbólica para as estruturas dos partidos de esquerda. Ela deve ser unidade de trabalho e ação que penetre na luta nacional e social de todos os componentes da esquerda, de partidos, forças e marcos sindicais e populares, instituições e personalidades. Esta unidade deve representar uma posição única de todos os temas presentes e, sobretudo a unidade de estruturas e marcos organizativos, sociais e populares.


10. As experiências de unidade da esquerda em outros lugares do mundo, entre os quais foram apresentados alguns exemplos bem-sucedidos, visto que os partidos unidos de esquerda têm alcançado o poder em distintos países e em alguns têm conseguido grandes êxitos, estas experiências representam um fator impulsionador para a unidade.

11. As experiências dos povos que vimos nesta conferência nos dão a esperança e o estímulo para o trabalho permanente com o fim de alcançar a unidade da esquerda na Palestina.


12. A Conferência aprecia as posições da Venezuela e da Bolívia por romper suas relações diplomáticas com o estado de Israel e solicita a todos os países do mundo, especialmente aqueles onde as forças de esquerda têm um papel importante, para que tomem ação semelhante. A conferência reivindica o desenvolvimento das relações de amizade baseadas na luta comum contra as forças de repressão, e para levar a cabo uma campanha de solidariedade com o povo da Palestina em sua luta para a libertação nacional. E aqui convocamos nossos companheiros nos partidos de esquerda para que apóiem a campanha de boicotar o estado de Israel, e para pressionar seus países para que não se aprove o tratado de livre comércio com Israel.

13. A Conferência aprecia e respeita as lutas do povo palestino e os grandes sacrifícios de seus membros de mártires, feridos, prisioneiros e resistentes. Além disso, louva as lutas de todos os povos reprimidos pelo colonialismo em todas as suas formas.

14. Nossos companheiros, após percorrer todas as regiões da pátria e de ver de perto as condições de vida do povo palestino através da conferência e de suas viagens pelas distintas regiões do país, expressam sua solidariedade e apoio total ao povo palestino e às suas forças esquerdistas e democráticas.

15. Hoje nos despedimos das delegações visitantes da Palestina e da esquerda palestina, apreciando muito a sua participação para o sucesso desta conferência através de suas intervenções e presença nas sessões e atividades desta conferência, e também por agüentar as dificuldades da viagem, passar por fronteiras, aeroportos e pontos de revista.

O Tayyar agradece a todos os que ajudaram na organização desta conferência, e em especial à Fundação da Esquerda na Alemanha Rosa Luxemburgo e à sua equipe de trabalho em Ramallah e na Alemanha. Agradece também ao comitê organizador desta conferência e aos voluntários de todas as regiões, bem como aos expositores e aos dirigentes das sessões, aos jornalistas e aos meios de comunicação por cobrir esta conferência, suas sessões e atividades. Além do mais, agradece a todos os que participaram nesta conferência de todas as cidades e províncias e a nossos companheiros dentro da linha verde (Palestina 1948) e na faixa de Gaza, os quais participaram em algumas sessões pela Videoconferência.



Finalmente, o Tayyar Nacional Democrático Progressista seguirá adiante para fundar-se como um marco unido e aglutinador dos esforços de todos os nacionalistas democráticos, e ao mesmo tempo estará aberto e disposto a aceitar qualquer iniciativa e mudança nas posições das forças e partidos existentes de esquerda.
O sucesso alcançado por esta conferência deve ser aproveitado para conquistar a unidade das forças de esquerda em todos os lugares onde não se tenha conquistado e, especialmente, nos países árabes pelos quais decidimos realizar esta conferência da esquerda em forma constante e anualmente.

Expedido na Palestina – Segunda-feira 29-06-2009.
Tayyar E-mail: palestiniantayyar@gmail.com


Palestina livre!
Viva a Intiffada Palestina!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

ONG denuncia condições de prisão de mulheres palestinas em Israel



JERUSALÉM, Israel, 15 Jul 2009 (AFP) - Uma ONG palestina denunciou nesta quarta-feira em um relatório as condições em que mulheres palestinas são mantidas presas em Israel, indicando que grávidas em trabalho de parto são transportadas para o hospital com as algemas.


"As mulheres grávidas não recebem nenhum tratamento especial em termos de regime alimetar, de qualidade de vida ou durante os deslocamentos para os hospitais", quando são mantidas algemadas, indica o relatório divulgado pela Addemeer, associação palestina de defesa dos direitos humanos."


Elas são amarradas à cama quando entram na sala de parto, e depois de dar à luz são mais uma vez algemadas", acrescenta o documento, patrocinado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem).Segundo a legislação israelense, uma prisioneira grávida pode manter seu filho na prisão por até os dois anos de idade.


Além disso, o relatório afirma que as detentas são mantidas em "prisões e centros de detenção israelenses (inicialmente) destinados a homens, e não respondem às necessidades das mulheres".


Procurado pela AFP, um porta-voz do departamento israelense que administra as prisões disse não ter sido informado sobre a existência deste relatório.


Segundo a Addemeer, "o regime alimentar desequilibrado, a quantidade insuficiente de produtos ricos em proteínas, a ausência de luz natural e de movimento, a ventilação ruim e a umidade contribuem para o desenvolvimento e a exacerbação de problemas de saúde como doenças de pele, anemia, asma, dores de estômago, nas articulações e nas costas".


Para escrever o relatório, a Addameer entrevistou 125 palestinas detidas em prisões israelenses entre novembro de 2007 e novembro de 2008. Delas, 65 continuam presas.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Impunidade em Pernambuco :Mulheres assassinadas e Massacre de Sem-Terra.


http://www.kaosenlared.net/noticia/impunidade-em-pernambuco-mulheres-assassinadas-massacre-sem-terra


Negras,pobres e de periferia do Recife–por isso não interessam às autoridades. Vergonha Brasil!!!!Cinco trabalhadores do MST assassinados num assentamento em Brejo da Madre de Deus,200Km do Recife.Tania Rocha (USP/Comissão Teotônio Vilela - Instituto Patricia Galvão) 2009-07-07 18:54:55
Cinco trabalhadores camponeses do MST assassinados em um acampamento de Sem-Terra MST, na fazenda Garrote, distrito de S. Domingos em Brejo da Madre de Deus na noite desta segunda feira..
Dois homens em uma moto chegaram atirando em seis trabalhadores.Pela disposição dos corpos, a polícia acredita que os trabalhadores foram executados deitdos no chão. A quinta vítima morreu a caminho do Hospital de Santa Cruz do Capibaribe.
A sexta vítima de 30 anos, levou um tiro no ombro e foi levada para um hospital regionaldo Agreste, em Caruaru- Pernambuco e não corre risco de morte.
O cordenador do assentamenteo, Jaime Amorim informouque o local é um assentamento com Título de Posse emitido desde 1998


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Denuncia apresentada pela USP/Comissão Teotônio Vilela - Instituto Patricia Galvão – PEBodyCount - Secretaria de Defesa Social de Pernambuco- Portal Capibaribe- Pe360Graus- TVCanal13- JConline

As mulheres em Pernambuco vivem no terror de serem assassinadas e nada se faz para mudar esta terrível realidade! São negras, pobre s e de periferia – por isso não interessam às autoridades. Terrível constatação, mas é esta a única explicação para que todos continuem com os olhos fechados para tamanha violência. O descaso é um absurdo, mas no Brasil é assim mesmo – pobre e negro não merecem atenção, não são respeitados e se for mulher, negra e pobre, ninguém se importa!! Vergonha Brasil!!!!


01 - 04/01/2009 - Maria Leonice Vieira, Caruaru.

02 - 05/01/2009 - Desconhecida, Altinho.

03 - 05/01/2009 - Desconhecida, Cabo de Santo Agostinho.

04 - 05/01/2009 - Fernanda Tenório Carneiro, Itaíba.

05 - 06/01/2009 - Desconhecida, Cabo de Santo Agostinho.

06 - 06/01/2009 - Jucilene dos Santos Justino, Olinda.

07 - 07/01/2009 - Severina Josefa da Hora, Jaboatão dos Guararapes.

08 - 11/01/2009 - Vanessa Carla Maria da Silva, Recife.

09 - 14/01/2009 - Desconhecida, 20 anos, Recife.

10 - 14/01/2009 - Nara Catarina da Silva, Recife.

11 - 16/01/2009 - Maria do Socorro Silva, Recife.

12 - 17/01/2009 - Havana Vieira da Silva, Recife.

13 - 16/01/2009 - Nanci Francisca de Santana, Recife.

14 - 19/01/2009 - Rosemeg Ribeiro de Sales, Recife.

15 - 19/01/2009 - Aurineide Maria de Souza, Petrolina.

16 - 20/01/2009 - Jéssica Patrícia Bezerra de Oliveira, Toritama.

17 - 23/01/2009 - Priscila de Luna Alves, Recife,

18 - 24/01/2009 - Joana Darc Batista, São Lourenço da Mata.

18 - 24/01/2009 - Daniele Júlia Nascimento, Jaboatão dos Guararapes.

19 - 25/01/2009 - Jane Correia da Silva, Jaboatão dos Guararapes.

20 - 25/01/2009 - Maria Eduarda Monteiro, Jaboatão dos Guararapes.

21 - 25/01/2009 - Dione Dias de Lima, Itaíba.

22 - 25/01/2009 - Selma Cunha da Silva, Moreno.

23 – 25/01/2009 - Adelina Josefa da Conceição, Carnaubeira.

24 - 26/01/2009 - Ivanice Galdino Andrade, Olinda.

25 - 26/01/2009 - Catarina Helena de Oliveira Costa, Paulista.

26 - 26/01/2009 - Simone Alves da Silva, Paulista.

27 - 27/01/200 9 - Alcidézia Maria de Oliveira, São Lourenço da Mata.

28 - 27/01/2009 - Mirtis Maria da Anunciação, Paulista.

29 - 28/01/2009 - Cíntia Lourenço da Silva, Jaboatão dos Guararapes.

30 - 29/01/2009 - Verinalva Gomes da Silva, Vitória de Santo Antão.31 -

31/01/2009 - Edjane Maria da Silva, Palmares.

32 - 30/01/2009 - Clécia Maria de Souza, Ibimirim.

33 - 01/02/2009 - Naiara da Silva Delmonde, arma de fogo, Trindade.

34 - 06/02/2009 - Desconhecida, Recife.

35 - 06/02/2009 - Ana Cláudia de Mendonça, Recife.

36 - 07/02/2009 - Maria José de Araújo, Recife.

37 - 07/02/2009 - Maria Auxiliadora Sampaio, Recife.

38 - 07/02/2009 - Edmara Lima dos Santos, Araripina,

39 - 07/02/2009 - Edileuza Caetano da Silva, Recife.

40 - 07/02/2009 - Selma Pacheco da Silva, Recife.

41 - 09/02/2009 - Maria de Fátima Batista de Lima, Itamaracá.

42 - 09/02/2009 - Rivaneide Epifânio de Melo, Recife.

43 - 09/02/2009 - Magdala Gomes, Caruaru.

44 - 12/02/200 9 - Helena Manoel da Silva, Jurema.

45 - 13/02/2009 - Rosélia Maria da Silva, Brejo da Madre de Deus.

46 - 14/02/2009 - Michele Costa Vieira, Olinda.

47 - 20/02/2009 - Vanilda Araújo Vitorino, Recife.

48 - 21/02/2009 - Identidade desconhecida, Recife.

49 - 22/02/2009 - Rosileide Azevedo Diniz, Igarassu

50 - 23/02/2009 - Maria Beatriz Silva, Cabo de Santo Agostinho.

51 - 25/02/2009 - Carla Daniela Gonçalves, Petrolina.

52 - 26/02/2009 - Flávia Gisele Vidal, Recife

53 - 02/03/2009 - Charlene Barros Ferreira, Araripina.

54 - 03/03/2009 - Jeovânia Antônia da Silva, Recife.

55 - 04/03/2009 - Carmem Gorete de Lima, Paulista.

56 - 05/03/2009 - Maria de Fátima Tavares, Belo Jardim.

57 - 05/03/2009 - Maria Márcia Leal, Recife.

58 - 06/03/2009 - Desconhecida, Recife.

59 - 08/03/2009 - Edjane Maria da Silva, Cabo de Santo Agostinho.

61 - 08/03/2009 - Cida Maria da Silva, Gravatá.

62 - 09/03/2009 - Maria Elizângela da Silva, Itamaracá.<>

63 - 12/03/2009 - Cristiane Maria da Silva, Caruaru.

64 - 13/03/2009 - Ana Cristina Nascimento, Jaboatão dos Guararapes.

65 - 13/03/2009 - Elaine Naiala de Lima, Recife.

66 - 15/03/2009 - Larissa Ursulina, Recife.

67 - 15/03/2009 - Desconhecida, Paulista.

68 - 16/03/2009 - Maria Anália dos Santos, Brejo da Madre de Deus.

69 - 20/03/2009 - Maria Auxiliadora da Silva, Belém de Maria.

70 - 22/03/2009 - Ângela Maria O. Nascimento, Riacho das Almas.

71 - 26/03/2009 - Rosane Valéria dos Santos, Recife.

72 - 27/03/2009 - Lidiane Cláudia Ferreira da Silva, Sanharó.

73 - 27/03/2009 - Stephani Estela dos Santos Costa Silva, Jaboatão dos Guararapes.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mobilizações em Irã ameaçam a estabilidade do regime teocrático


Raed El Arabi

Julho 2009


As manifestações que se realizaram desde a divulgação do resultado das eleições nos meados do mes passado, são a expressão consciente das tendências mais profundas da população a rejeitar o governo nacionalista, burgues e conciliador.As causas dos protestos que sacudiram o Irã, são profundas, e devem-se à dois fatores importantes, a existência de um regime teocrático de 30 anos e a profunda crise econômica no país, como inflação, pobreza, desempregado e a privatização desenfreada dos serviços públicos levada a cabo por Ahmadinejad para criar novos aliados. Os gastos sem limites com o sonho de um Iran nuclear e a deteriorção da economia tem aumentado os ja serios problemas sociais iranianos. Regime que substitui a defesa dos interesses das massas por demagogia religiosa, fanatismo e nacionalismo de fachada.


A crise social e o movimento de massas


Não apenas houve divisões dentro da elite do regime, há elemento importante que atuou como explosão da crise, que é o profundo repudio de importantes setores da sociedade, contra o regime teocrático, que mantém um rígido sistema de controle baseado na vigilância religiosa e no controle social e ideológico, expresso na opressão e na negação de direitos democráticos de organização política e sindical.A crise iraniana desencadeada com a eleição presidencial tem raízes no confronto entre as massas e o Estado, o conflito reflete um profundo mal-estar por parte do povo. A economia iraniana sofreu o impacto da crise capitalista internacional. Segundo o Banco Central Iraniano, a inflação chegou a passar o 24% (ainda que o governo reconheça somente 14%) e a taxa de desemprego passou os 17% até dezembro do ano passado. As perspectivas indicam outro ano de declinação no crescimento econômico, produto da oscilação nos preços do petróleo e da falta de investimentos e de uma infra-estrutura adequada para explorar os recursos petroleiros do país. Durante a campanha, Ahmadinejad quiz retomar sua retórica populista, inclusive acusou Rafsanjani e a vários integrantes da “velha guarda” da revolução de 1979 de enriquecer apropriando- se dos recursos do Estado.Cerca de 80% da economia iraniana está nas mãos do Estado e mais de 50% do Orçamento vem da exportação de petróleo. Os protestos se transformaram em um desafio não apenas ao resultado das eleições, não apenas ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, mas também ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Isso significa um desafio a toda a base política-espiritual da república islâmica.


As eleições rompem entre a sociedade e o regime


Desde sua chegada ao poder, os lideres religiosos tem distribuido entre eles o que antes o Xa roubava para ele só, e a burgesia iraniana da epoca continua a mesma até hoje e continua roubando as riquezas do petroleo. O aiatolah Rafsanjani se transformou em um dos homens mais ricos da região, e o mais odiado e detestado em Irã. Esta estagnacao economica e a corrupcao levaram Ahmadinejad ao poder. Com efeito, em 2005, Rafsanjani tentou ser eleito novamente como presidente, cargo que ele exerceu de 1989 ate 1997, mas o dilema era, se eleger novamente Rafsanjani, isso faria perder a pouca confianca que o povo tinha no regime Islamico. Assim Khamenei escolheu e decidiu, como alternativa , alguem honesto para reestablecer a imagem do regime como: Ahmadinejad.

O debate presidencial repleto de acusações de corrupção e roubos, entre o candidatio reformista Moussavi e Ahmadinejad, fez com que milhões de jovens e trabalhadores expressessem seus desejos de mudança em estas eleições históricas. Esta disputa pelo poder, abriu uma situação em que centenas de milhares têm saído às ruas. Mas estas mobilizações apresentam um caráter de levantar demandas democráticas legítimas como o fim da opressão de gênero, liberdades políticas e de expressão.

Os protestos às eleições, expressam a revolta popular contra o regime, situação que constitui a pior crise política desde o levante dos estudantes em 1999, contra o governo reformista do Khatami, que culminou com uma brutal repressão característica deste regime.


Características da Oligarquia religiosa


Os protestos atuais em Irã, revelam a crise da política de Estado, que se impõe ditatorialmente sobre o país, apoiado no clero ultra-reacionário que procura acomudações com o imperialismo. Na realidade toda a cúpula do regime religioso em Irã, estão a favor de abrir negociações oficiais com os Estados Unidos, este regime que colaborou com a ocupação norte-americana do Iraque e Afiganistão, da qual saiu amplamente beneficiada e até implantou um governo de fachada em Kordistão. Mas para garantir uma posição dura e forte nas negociações futuras com os Estados Unidos, Ahmadinejad e seus aliados da elite precisam manter as provas de mísseis, o programa nuclear, e o enfrentamento com o Estado de Israel através do Hezbollah e Hamas. Através do aumento do potencial militar, o regime iraniano quer proporcionar maior flexibilidade na plítica dos Estados Unidos, especialmente quando se combina com a diplomacia do petroleo, é a mesma estrategia que usava o Xa.


A repressão contra a ameaça levantada pela bandeira da democracia, demostrou o carater reacionario da política deste governo. Com a repressão brutal dos manifestantes pela Guarda Revolucionária o regime quer mandar um recado duro e claro para qualquer tentative futura de mobilização ou oposição e ao mesmo tempo para o imperialismo norte-americano dizendo que o governo iraniano não vai ceder muito nas negotiators, exige garantias para dividir os benificios do contrle na região. Devido ao caráter burguês e nacionalista de fachada, reacionário, atrasado e repressivo do regime dos aiatolás, acontece a roptura entre o povo e este regime.


Este regime dos aiatolás apóia-se na supressão dos direitos políticos da classe operária e dos explorados em geral. Daí o caráter mais retórico que efetivo do seu enfrentamento com o imperialismo. os aiatolás iranianos apoiam o vários partidos políticos xiitas iraquianos, que formam o governo pró-imperialista no Iraque. A República Islámica de Irã esta vazia de qualquer conteudo progresista. O regime se consolidou em 1979-1982 esmagando a revolução operária que havía derrocado ao Xa. Ao igual que em 1979 tratando de ganhar o apoio das massas, Ahmadinejad tem usado um linguagem anti-imperialista e a favor dos pobres, para neutralizar a situação real do povo iraniano.


A resposta do imperialsmo Norte Americano


O presidente americano declarou que estava disposto a conversar com o Irã. Ora, a reeleição de Ahmadinejad reforça os temores dos israelenses e dos sauditas a respeito da segurança. Os Estados Unidos esperavam a vitória dos reformistas. Essas esperanças foram frustradas, e os EUA terão que lidar com Ahmadinejad. Obama contava com a derrota de Ahmadinejad para facilitar as negociações e salvar um pouco da imagem derrotada dos EUA na região.


É por isso que Obama teve cautela para falar sobre a crise em Irã, e preferiu esperar para colher como resultado da crise o enfraquecimento do governo para uma negociação mais favorável aos EUA na questão nuclear


.Os Estados Unidos precisavam reconhecer que a eleição é um assunto interno iraniano. E proceder com profunda cautela, a fim de que não sejam vistos como tomando uma ação intervencionista. Porque qualquer acusações de fraude eleitoral contra o regime iraniano exige que os Estados Unidos recuem nas negociações com o governo do país.


Apoiamos a luta do povo iraniano para conquistar seus direitos democraticos, pela liberdade de expressão, organizções dos partidos políticos, sindical, prensa, e pela liberdade dos presos políticos e sindicais.


O caminho para seguir na luta é organizar os estudents e trabalhadores num partido revolucionário capaz de dirigir a luta até o fim. Este é o caminho!!! Viva o povo iraniano!!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A unidade do movimento Palestino se faz necessário.


Em respeito aos mártires fedayins e aos mártires da Intifada a refundação da OLP é nosso propósito, dentro e fora da Palestina!

Precisamos estar coeso e organizados para o perigoso cenário que se avizinha:
A visita de Avigdor Lieberman, ministro das Relações Exteriores de Israel ao Brasil, nos dia 26 e 27 de julho.
Esta visita tem, entre outro pontos, dois objetivos:
1. Consolidar a entrada do Estado de Israel ao TLC – Tratado de Livre Comércio com o Mercosul – Mercado Comum do Sul.

2. Preparar a vinda de Binyamin Netanyahu,primeiro ministro de Israel e líder do partido Likud, em novembro.

O que nos une é a OLP, e para isso vale lembrar as Resoluções de nosso XII Congresso da OLP:
1.O Direito de Retorno aos palestinos e indenizações.
2. Direito à autodeterminação e de construir o Estado palestino independente em uma área liberta na Palestina histórica, assim como um programa nacional que unifique o povo palestino.
3. A cidade de Jerusalém como capital da Palestina.
4.Libertação dos presos políticos palestinos - hoje em torno de 11.000 o número de palestinos detidos e submetidos a situações precárias e desumanas

Estes pontos programáticos foram decididos no décimo segundo Congresso Nacional Palestino da OLP em 1-8/06/1976.

A seriedade de nosso trabalho está em defender a Pauta Histórica dos Palestinos, pauta que há 61 anos simboliza a bandeira Palestina.

Nesse sentido o Estado brasileiro TEM QUE:
- se comprometer em não assinar a entrada do Estado de Israel no TLC – MERCOSUL
- se comprometer em considerar o Estado de Israel racista e romper relações diplomáticas, pelos crimes hediondos que comete há 61 anos contra o povo palestino, promovendo o genocídio de um povo inteiro.

CONGRESSO DA FEPAL - JANEIRO DE 2010
Trabalho unitário na construção do pré-congresso.
As forças políticas que compõem o movimento palestino no Brasil precisam acertar um cronograma unitário de reuniões para construir a unidade palestina como parte da construção do pré-congresso.

Essa unidade tão necessária e urgente será possível se pudermos nos reunir e definirmos juntos os critérios para tirar delegados; as relações com os Comitês de solidariedade; as crises e problemas existentes nas associações, sociedade e comitês locais e a pauta de discussão para o Congresso.

Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino
julho 2009

Médicos israelenses são coniventes com a tortura de prisioneiros palestinos


Por Jonathan Cook, The Electronic Intifada, 30 de Junho de 2009

A equipe de vigilância da ética médica de Israel não conseguiu investigar a evidência de que médicos que trabalham em casas de detenção naquele país estejam fazendo " vista grossa " a casos de tortura, de acordo com grupos de direitos humanos israelenses. A Associação Médica Israelense ( IMA ) ignorou as repetidas solicitações para que examinasse tal evidência, dizem os grupos de direitos humanos, muito embora tenham sido apresentados exemplos concretos de médicos israelenses que violaram seu dever ético e legal em relação a pacientes palestinos sob seus cuidados. As acusações representarão mais lenha na fogueira acesa por uma campanha levada adiante por centenas de médicos em todo o mundo, com o intuito de obrigar Yoram Blachar, que dirige a IMA, a abandonar seu posto, recém assumido, de presidente da Associação Médica Mundial (WMA ). Mais de 700 médicos assinaram uma petição afirmando que o Dr. Blachar não tem mais legitimidade para permanecer no comando da WMA, a entidade ética que regula a profissão, face à sua comprovada aquiescência à tortura em Israel.
A campanha contra o Dr. Blachar se intensificou após sua nomeação como presidente da entidade em Novembro. Os críticos afirmam que sua alegada cumplicidade com o uso da tortura em prisões israelenses remonta a 1995, quando se tornou dirigente da IMA. Até 1999, quando a alta corte de Israel passou a fazer restrições à tortura, médicos israelenses rotineiramentesupervisionavam o tratamento médico de prisioneiros torturados, em sua maioria palestinos dos territórios ocupados. Durante aquele período, o Dr. Blachar surpreendeu muitos colegas ao expressar, em carta ao The Lancet, jornal médico britânico, sua concordância com o uso de "pressão física moderada" por interrogadores israelenses. A expressão cobre um amplo espectro de práticas, que vão desde espancamentos até a manutenção de prisioneiros amarrados em posições dolorosas como meio de impedir que durmam. É considerada, pelas organizações de direitos humanos, como um eufemismo para a tortura. Apesar da decisão judicial de 1999, uma coalizão de 14 grupos humanos israelenses conhecidos como " Unidos Contra a Tortura " concluiu, em seu último relatório anual, em Novembro passado, que os órgãos de detenção israelenses continuam usando a tortura sistematicamente. Médicos israelenses também continuam a tratar dos ferimentos resultantes dessa prática.
Semana passada, os Médicos pelos Direitos Humanos - Israel (PHR-I) e o Comitê Público contra a Tortura em Israel (PCATI) publicaram um relatório conjunto em que examinaram centenas de casos de detenções nos quais palestinos eram amarrados em posições "contorcidas e desnaturadas", de forma a provocar "dor e humilhação" que se assemelham a tortura. O relatório aponta, ainda, situações em que prisioneiros, incluindo uma mulher grávida e um homem em fase terminal, foram algemados enquanto médicos efetuavam procedimentos de emergência em um hospital. De acordo com o relatório, os médicos violaram a Declaração de Tókio, o código máximo de ética médica adotado pela WMA em 1975, que estabelece o banimento do tratamento desumano, cruel ou humilhante por médicos. Ishai Menuchin, presidente do PCATI, disse que seu grupo vem fazendo uma campanha intensiva contra a cumplicidade de médicos israelenses com a tortura desde 2007, quando o grupo pôs em circulação um relatório denominado "Ticking Bombs", no qual sustentavam que a tortura era rotina em Israel. O PCATI ressaltou o depoimento de 9 palestinos que haviam sido torturados por investigadores. O relatório também informava que, na maioria dos casos, os médicos que cuidavam dos detentos torturados "os enviam de volta para mais rodadas de tortura e permanecem calados". Em Junho do ano passado, o PHR-I exigiu a atenção da IMA para dois casos em que o médico atendente deixou de comunicar sinais de tortura em um palestino. Anat Litvin do PHR-I disse à IMA: " Acreditamos que os médicos são usados pelos torturadores como uma rede de segurança -- retire-os do sistema e se tornará muito mais difícil continuar a torturar." Os grupos intensificaram sua pressão em Fevereiro, ao escreverem para Avinoam Reches, presidente do comitê de ética da IMA, exigindo que sua associação investigasse seis casos de médicos que deixaram de relatar sinais de torturas em pacientes. Em um dos casos, um médico da prisão, sob pressão dos interrogadores, concordou em voltar atrás e desfazer uma recomendação por escrito para que um detento fosse imediatamente hospitalizado para tratamento emergencial.
Reches prometeu instaurar um inquérito mas, no mês passado, os dois grupos de direitos humanos o criticaram por fracassar na investigação de suas reivindicações, acusando-o de ter, simplesmente, mantido conversas "amigáveis e não oficiais", por telefone, com alguns dos médicos envolvidos. "Enviamos`a IMA muitos depoimentos de vítimas de tortura que foram encaminhadas a esses médicos para serem tratados," disse o Dr. Menuchin, "mas a IMA ainda não fez nada a respeito!" Um número significativo de médicos em Israel, de casas de detenção e hospitais públicos, sabem que a tortura continua acontecendo, mas optam por se fazerem de cegos. "Este mês, o Defense for Children International - Palestine Section - emitiu um relatório sobre tortura de crianças palestinas, informando que, em vários casos notificados, médicos israelenses " fecharam os olhos " diante dessas situações. Um menino de 14 anos, que sofreu repetidos golpes em seu braço já quebrado, ao reportar a tortura a um médico, ouviu-o dizer que "não havia nada que eu pudesse fazer a respeito daquilo". O relatório afirma que o grupo não encontrou um único caso em que um adulto, em posição de autoridade, fosse como soldado, médico, oficial do judiciário ou das instituições prisionais, tenha feito qualquer intervenção em defesa de uma criança que fora maltratada.
Os que se manifestam pela destituição do Dr. Blachar da presidência da WMA afirmam que sua inoperância perante a tortura na associação irmã israelense é previsível, dada a posição pública do presidente. Derek Summerfield, do Instituto de Psiquiatria do King's College London, afirmou: " A IMA sob o Dr. Blachar está em conluio com a política de tortura do estado israelense. Seu papel é dar uma face benigna à ocupação. " O Dr. Blachar disse ao "website" israelense Ynet na semana passada que tais críticas foram "caluniosas", afirmando que ele e a IMA denunciaram todas as formas de tortura. A IMA, com nove milhões de membros em mais de 80 países, foi criada em 1947, como resposta às torturas endossadas por médicos alemãs e japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Em 2007, a Assembléia Geral da WMA conclamou todos os médicos a documentarem e relatarem todos os casos de suspeita de tortura.


Jonathan Cook é escritor e jornalista baseado em Nazareth, Israel. Seus últimos livros são Israel and the Clash of civilizations: Iraq, Iran and the Plan to Remake the Middle East (Pluto Press) e Disappearing Palestine: Israel's Experiments in Human Despair (Zed Books). Seu "website" é http://www.jkcook.net/. Uma versão deste artigo originalmente surgiu no The National, publicado em Abu Dhabi.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

UNIDADE PALESTINA NA LUTA CONTRA O INIMIGO MORTAL

RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO DA II CONFERÊNCIA DE PROMOÇÃO DE IGUALDADE RACIAL – II CONAPIR – BRASÍLIA 26, 27, 28 DEJUNHO 2009

Por Maristela R Santos – membro do Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de janeiro.



No final de junho participei como convidada da FEPAL da delegação palestina que participou da II Conferência de Promoção da Igualdade Racial, uma conferência promovida pelo Estado brasileiro e obviamente organizada e monitorada pelos partidos que compõem o governo.

A CONFERÊNCIA
A Conferência se caracteriza pela presença marcante da pauta do Movimento Negro, o que é absolutamente natural visto que historicamente em nosso país os negros pobres são vítimas de todo tipo de racismo e violência , em particular daquele que criminaliza os movimentos sociais que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária. Violência que se origina da aliança também histórica do poder repressor do Estado com o capital. Os movimentos sociais do Rio de Janeiro contabilizam os números de corpos da sua juventude pobre e negra assassinadas pela polícia do Estado para provar isso. Ou, ainda , não podemos esquecer, a violência com que os pentecostais tratam os templos, os rituais e os adeptos das religiões afro pela TV , ou nas comunidades. Religiões cuja principal referência onde buscam apoio estratégico e logístico internacional é Israel.

Estavam também presentes na Conferência o Movimento Indígena, também eles, os índios, historicamente vítimas da ganância dos colonizadores e contemporaneamente da burguesia financeira e do latifúndio ávidos, fortemente armados e contando com as forças repressivas do Estado, pelas riquezas naturais e terras dos povos originários, não medindo esforços para conseguir seus objetivos, o que quer dizer: muita violência praticada contra os povos indígenas.

Em minoria, mas bem representativo, se encontravam os ciganos e os palestinos. Duas delegações que se encontraram e se identificaram muito profundamente.

Ainda não temos o documento final da Conferência , que tem 90 dias para fazer a sistematização das propostas, mas a experiência nos indica que esse é o tipo de Conferência que já sabemos seu resultado, antes mesmo de ter começado.

A participação nela é absolutamente válida unicamente pelo espaço que podemos ampliar e garantir para a Causa Palestina. Durante os 4 dias da Conferência a delegação palestina composta por uma maioria de jovens palestinos brasileiros de primeira geração teve uma postura militante de muita garra na defesa da sua pauta histórica, esclarecendo e buscando alianças com mais de 2 mil pessoas presentes ao evento. Esse foi o grande saldo positivo da participação palestina no evento.

Não temos nenhuma ilusão de que a pauta que simboliza a solidariedade internacionalista com os bravos, os guerreiros e o sofrido povo palestino tenha espaço na sistematização de tal Conferência, em que pese, a postura pró-palestina que o ministro Edson Santos tinha quando era vereador no Rio de Janeiro .
Sem dúvida, essa é uma Conferência Chapa Branca, literalmente!
De outra forma não se entende a presença da bancada sionista participando ativamente na organização e nas discussões do evento contra o racismo. Aliás, presença questionada por muitos camaradas do movimento negro, indígena e cigano.
A presença daqueles que defendem um Estado teocrático, racista e que comete há 61 anos genocídio étnico e crimes de guerra contra um povo inteiro numa Conferência de Promoção da Igualdade Racial em nosso país não tem explicação!

Nesse sentido, fica absolutamente claro por que as questões tão caras ao povo palestino como a não participação do governo brasileiro no TLC – Tratado de Livre Comércio - com esse país racista e criminoso que não se submete a nenhuma resolução internacional ou ao direito internacional; a Condenação de Israel por Crimes de Guerra e a denuncia e declaração da natureza racista de Israel aprovadas no Encontro de Porto Alegre se perderam no caminho até chegar a Brasília.

No grupo de discussão de política internacional houve dois momentos de tensão, o primeiro quando a bancada sionista tentou baixar a mão de uma cigana que votava numa proposta dos palestinos e, outro, quando percebendo que estavam sendo manipulados pelos sionistas, vários camaradas do movimento indígena, cigano e negro, sob a liderança da mãe Dea de Pernambuco, se revoltaram e praticamente expulsaram os sionistas da sala que saíram sob vaias e ouvindo o coro de SOMOS TODOS PALESTINOS! OS PALESTINOS SÃO MEUS AMIGOS MEXEU COM ELES MEXEU COMIGO ! Momento em que todos os presentes se levantaram e se abraçaram emocionados!

Nesse grupo aprovamos:
· que o governo brasileiro assuma os projetos sociais, financeiros e médicos que visam adaptar os refugiados palestinos a nossa sociedade, considerando que a responsabilidade da ONU (ACNUR) termina agora;
· rechaçar a visita do super fascista ministro israelense Avgdor Leiebermann e declará-lo persona non grata no nosso país. Sua visita está marcada para 26 e 27 de julho;
· que o governo brasileiro integre e acompanhe oficialmente a comissão da ONU, em andamento, que investiga os crimes de guerra de Israel cometidos na sua última investida diabólica contra os palestinos da cidade de Gaza.
· que o IBGE e outros organismos oficiais ligados a este façam um mapa da comunidade palestina no país.

Como a Conferencia tem 90 dias para publicar sua sistematização que foi confiada a uma comissão, lamentavelmente alguns pontos votados estarão obviamente prejudicados. Será que isso é obra do acaso?



REFUGIADOS

Durante a Conferência, um grupo de refugiados estava acampado em frente ao Centro de Convenções, onde se realizava o evento, manifestando-se a fim de chamar atenção dos mais de 2 mil participantes para seu problema político, humano e social.

Esse grupo, composto de mais ou menos 4 famílias, é parte dos cerca de 120 palestinos que vieram dos campos do Iraque e antes da Jordânia, acolhidos no Brasil como refugiados. O pequeno grupo acampado são os que não conseguiram se adaptar a sociedade brasileira por vários e complexos motivos.
O principal motivo é a situação criada pelo estado fascista de Israel que nega-lhes o direito de retorno aos seus lares e terras. Os refugiados fazem parte de uma geração que nasceu em campos de refugiados, alguns muito parecidos com campos de concentração e que vivem daqui para lá, de lá para cá, separados de suas famílias, desenraizados , sem chão, sem sonhos, sem uma vida digna, sem sua pátria, sem sua língua, sem cidadania, sem nada.....

Esse grupo que está há meses acampado em frente da ACNUR/ONU em Brasília e que foi tratado por esta organização como marginais, doentes mentais, encrenqueiros, entre outras coisas morais são simplesmente seres humanos que precisam de um acompanhamento melhor, seja da ONU ou do governo brasileiro, para sua adaptação ou sua ida para outro país.

Essa não é uma questão que envolva a polícia federal ou hospital psiquiátrico, como querem fazer crer, mas antes de tudo , é uma questão política e humanitária provocada pela ocupação dos territórios palestinos por um estado fascista.

Muita gente utilizou essa justa manifestação para justificar suas miseráveis posições políticas. Não raro ouvi que isso era para desestabilizar o governo Lula! Nada mais oportunista e injusto que esse tipo de declaração! Não ajuda em nada!

Mas a delegação palestina dando uma grande demonstração de maturidade e solidariedade com os seus conseguiu reaproximar e promover um encontro dos manifestantes necessitados com sua Federação, a FEPAL. O Sr. Mohamed de Floripa teve um papel importante nessa tarefa.

No domingo, último dia da Conferência, a FEPAL através de seu Presidente Sr. Ellayyan Alladin e mais 4 membros da Diretoria, entre eles o Sr. Fawzi El Mashn, ex-embaixador da Palestina no México e o querido e muito atento Sr. Hanna Safieh sentou com 3 representantes dos refugiados acampados, a Sra Riba , o advogado Arcilino, que questiona na justiça o papel das ONGs na situação desse grupo e eu, do Comitê do Rio de Janeiro. Essa reunião foi realizada em uma sala dentro da Conferência.
Logo após a reunião, que terminou num clima de confraternização e promessas mútuas de unidade, os membros da diretoria da FEPAL foram visitar a barraca dos refugiados acampados em frente ao centro de Convenções Ulisses Guimarães. Dessa forma foi consolidado a reaproximação política dos refugiados com sua organização nacional no Brasil.

Sem dúvida, um momento mágico e emocionante! O melhor fato político que aconteceu durante a conferência. A unidade dos palestinos foi restabelecida com o compromisso de se buscar uma solução para o problema dessa grupo de palestinos refugiados.


FEPAL

Não é segredo para ninguém as diferenças políticas existentes na Palestina e obviamente, como não poderia deixar de ser entre os militantes organizados na solidariedade internacionalista e na comunidade palestina.
.
As sérias diferenças entre a Fatah , a FDLP, a FPLP, o Hamas ,entre outros são naturalmente refletidas dentro de todas as organizações de solidariedade ou associações da comunidade. Mas a pauta da OLP reivindicada por todos bastava para garantir a unidade necessária diante de um inimigo tão poderoso!

No entanto, de um tempo para cá, sem entrar no mérito das responsabilidades, houve uma grave ruptura que se refletiu na organização nacional palestina do Brasil, ou seja na Federação Palestina. Daí dois pólos distintos.

Chegando a Brasília temi que por minhas posições políticas alinhadas com a esquerda palestina da Palestina e no Brasil fosse difícil o diálogo com os camaradas da FEPAL que não escondem também suas posições políticas, como deve ser entre nós.

No entanto, fui recebida não só com carinho mas também convidada a participar em todas as reuniões da delegação onde discutíamos e decidíamos nossas posições e táticas para atuar na Conferência.

Em reunião bilateral com o Sr. Ellayyan este garantiu que a FEPAL está aberta a participação de todos, independente de suas posições políticas e que esse era o seu desejo e do conjunto da diretoria para o Congresso que se aproxima. Disse inclusive que gostaria que ajudássemos nesse sentido.

Em particular me admirei de ver a maturidade e a garra da juventude palestina e também dos mais velhos quando confrontados com posições de aliados, convidados como eu, que faziam propostas indignas como a que sugeria que a delegação deveria abrir mão de colocar sua pauta histórica, como o TLC, por exemplo, para não constranger o governo Lula, acrescentando o argumento de que a parceria com o governo é muito boa para Palestina.
Como se abrindo mão da pauta da OLP fosse possível conseguir consolidar uma parceria com o Estado brasileiro. Ledo engano!!! A parceria com o Estado só é possível, considerando que há interesses internos em fazer parcerias comerciais com o estado teocrático, se abrirmos mão da Palestina!

Os camaradas palestinos que lá encontrei não se deixaram enganar pelo canto da sereia ...... nem quando, vergonhosamente, o mesmo aliado convidado defendeu com muita garra que os dirigentes da FEPAL deveriam aceitar a proposta de Sergio Niskier , sionista presente à Conferência, de uma Moção abstrata de paz, que não dizia nada sobre o genocídio étnico, nada sobre a ocupação, nada sobre os crimes de guerra ou nada sobre o retorno dos refugiados, ou nada sobre os assentamentos na Cisjordânia e, pasmem, a proposta se complementava com a trocar das poucas moções que conseguimos apresentar e aprovar no grupo de política internacional por essa da “paz romana” elaborada por um sionista. Nesse momento, foi decisivo a firmeza, a experiência e a maturidade do Sr. Hanna Safieh que rejeitou veementemente a intervenção da proposta.

A causa palestina realmente necessita ser ampla o mais que se puder, mas, contudo, sem vendermos a alma dos que lá dão o seu sangue ou de seus filhos e netos para que a luta por um Palestina Laica e Livre se torne um dia realidade e para onde os 6 milhões de refugiados possam retornar. Esse é um preço muito alto!

Uma coisa é a sistematização da Conferência retirar por “motivos de Estado” nossas propostas ,esse é um ônus que o Estado deve assumir. outra, muito diferente, é agirmos com o princípio da auto repressão em troca de absolutamente nada! Ou seja: abrindo mão da pauta que há 61 anos simboliza a bandeira Palestina, em troca..... o Estado brasileiro..... não se compromete com não assinar o TLC, não se compromete considerar Israel racista e romper relações diplomáticas, pelos crimes hediondos que comete desde 1948, promovendo o genocídio de um povo inteiro e não se compromete com nada da pauta histórica.

Essa é uma discussão importante!
No Rio de Janeiro temos um baita orgulho de trabalhar em unidade com todas as forças desde a Fatah, Hamas, FDLP, FPLP, PCB, PSTU, PDT, PC DO B, PSOL, PT,CONLUTAS, INTERSINDICAL, CBT, CUT, além dos partidos ou organizações que não têm registro oficial. O fato de trabalharmos com os partidos que estão no poder como o PT e o PC do B não nos obriga a abrir mão da pauta da OLP, isso é importante e básico para unidade do Comitê. O que nos une é a pauta da OLP e o campo onde se realiza é a instância onde se encontram as organizações políticas e sociais da sociedade brasileira.

Fiquei muito impressionada e particularmente feliz com uma reunião que foi até duas horas da manhã cujo tema, proposto pelo Sr. Embaixador Ibrahim Alzeben , Delegação Especial da Palestina no Brasil, foi a reconstrução da FEPAL sobre outras bases.
Segundo ele, a FEPAL deve trabalhar para garantir a pluralidade no seu interior, ou seja é fundamental a presença das representações políticas de todas as forças existentes no movimento palestino e a garantia do respeito às posições políticas de todos, sem o confronto mortal, produzido pela hegemonia de uma força sobre as outras, prejudicial a unidade necessária para fazer frente a árdua tarefa da solidariedade internacionalista com o povo palestino.
Para essa discussão contribui com muita propriedade, entre outros, o Dr. Abdel Latif e sua linda esposa Jamile Latif. O casal concordou com o Embaixador e se apresentou como partidários militantes da construção dessa unidade que não pode excluir ninguém! Outros camaradas também se posicionaram nessa linha.

Naturalmente também nos comprometemos em ajudar a construir essa unidade. É também nosso desejo que ela se consolide no Congresso da FEPAL em janeiro próximo, mas para isso é necessário alguns passos importantes que vão no sentido do trabalho unitário na construção do pré-congresso.

Essa unidade tão necessária e urgente será possível se pudermos nos sentar e definirmos juntos os critérios para tirar delegados; as relações com os Comitês de solidariedade; as crises e problemas existentes nas associações, sociedade e comitês locais e a pauta de discussão para o Congresso, enfim em outras palavras: se as forças políticas que compõem o movimento palestino acertarem um cronograma unitário de reuniões para vencer esse desafio, como parte da construção do pré-congresso, não temos dúvidas que o desejo expresso pelo Embaixador e endossado por muitos camaradas será plenamente coroado em janeiro, no Congresso da FEPAL.

É justo nesse sentido que o Rio de Janeiro se coloca como aliado dessa construção!

Viva a Palestina Livre, Laica e Soberana!
Viva a pauta da OLP!
Viva a unidade palestina na luta contra o inimigo mortal!

Somos todos palestinos

Forças de Israel atacam "Barco da Justiça" e detém ativistas de direitos humanos

Italia Redazionehttp://www.pressenza.com/
As forças de ocupação israelenses atacaram o barco do Movimento Gaza Livre (Free Gaza Movement) o Espírito da Humanidade, seqüestrando 21 ativistas de direitos hunos de 11 países, incluindo a vencedora do Nobel, Mairead Maguire, e a ex-congressista dos Estados Unidos Cynthia McKinney. Os passageiros e a tripulação foram levados à força para Israel.
Gaza, 01-07-2009


“É uma violação atroz das leis internacionais contra nós. Nosso barco não estava em águas israelenses, e nós estávamos em uma missão de direitos humanos para a Faixa de Gaza”, disse Cynthia McKinney, ex-congressista e candidata presidencial. “O Presidente Obama pediu recentemente que Israel permita a entrada no país de suprimentos humanitários e de reconstrução, e isso foi exatamente o que tentamos fazer. Estamos pedindo à comunidade internacional que exija nossa libertação para que possamos retomar nossa jornada.”
De acordo com um relatório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha divulgado no último dia 30 de junho, os palestinos que vivem em Gaza estão “em desespero”. Milhares de pessoas em Gaza, cujas casas foram destruídos durante o massacre israelense de dezembro/janeiro, ainda estão sem abrigo apesar da promessa de quase 4,5 bilhões de dólares em ajuda humanitária, porque Israel se recusa a permitir a entrada de cimento e outros materiais de construção na Faixa de Gaza. O relatório também informa que hospitais estão lutando para atender às necessidades dos pacientes apesar da interrupção do fornecimento de medicamentos provocada por Israel.
“A ajuda que estávamos levando é um símbolo de esperança para o povo de Gaza, esperança de que a rota do mar se abriria para eles, e eles poderiam transportar seu próprio material para começar a reconstruir as escolas, hospitais e milhares de casas destruídas durante o violento ataque de "Cast Lead". Nossa missão é um gesto para as pessoas de Gaza, demonstrando que somos solidários a eles e que não estão sozinhos”, disse a passageira Mairead Maguire, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na Irlanda do Norte.
Antes de ser raptado por Israel, Huwaida Arraf, presidente do Movimento Gaza Livre (Free Gaza Movement) e coordenador desta viagem, afirmou que: "Ninguém poderia acreditar que o nosso pequeno barco represente qualquer tipo de ameaça a Israel. Levamos suprimentos médicos e material de construção, além de brinquedos para crianças. Nossos passageiros incluem um Prêmio Nobel da Paz e uma ex-congressista dos Estados Unidos. Nosso barco foi vistoriado e recebeu autorização de segurança por parte das autoridades portuária do Chipre antes de partirmos, e, em momento algum, nos aproximamos de águas israelenses.”
Arraf continuou, “o ataque deliberado e premeditado de Israel contra nosso barco desarmado é uma clara violação do direito internacional e nós exigimos nossa imediata e incondicional libertação”.
Para obter mais informações: http://www.freegaza.org/

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O MOVIMENTO PALESTINO SE COLOCA AO LADO DA LUTA DO POVO HONDURENHO CONTRA O GOLPE DE ESTADO

As organizações políticas e sociais que se reuniram no dia 30 na sede do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro resolveram convocar para (quinta-feira) um ato público na porta do prédio onde se localiza o consulado de Honduras no Rio de Janeiro, para protestar contra o golpe de Estado das oligarquias e hipotecar irrestrita solidariedade ao povo hondurenho.

Na ocasião, será entregue o manifesto abaixo, redigido pelas entidades que convocaram a reunião.

As organizações que desejarem aderir ao manifesto, devem dirigir-se urgentemente ao email: escritoriorj@mst.org.br, para que seus nomes sejam incluídos no documento.


ATO PÚBLICO:
2 DE JULHO, QUINTA-FEIRA, ÀS 11 HORAS:
na porta do prédio da Av. N. S. Copacabana, 1183

Carta aberta ao Consulado de Honduras e ao Povo Hondurenho É com o sentimento de indignação que nós, organizações e movimentos sociais, sindicais e estudantis abaixo assinados, recebemos a notícia de que o povo hondurenho sofreu um golpe militar a partir do seqüestro do seu Presidente Manuel Zelaya na madrugada do último dia 28

. Repudiamos veementemente tal ato, pois atenta contra o processo democrático em curso naquele país, construído à custa de muitas lutas sociais e populares por trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, que na edificação da democracia Hondurenha tombaram e tiveram suas vidas ceifadas.

O povo latino-americano vem assistindo e participando do processo de reconhecimento dos seus direitos e, junto com as organizações sociais, sindicais e estudantis, vem construindo processo internacional e continental de solidariedade. Em decisão soberana, a população hondurenha iria ratificar através de plebiscito a decisão contra o retorno das oligarquias ditatoriais ao poder. Como resposta a esse processo popular, essas oligarquias golpearam duramente tal processo democrático em curso, tentando imobilizar o povo.
Esse golpe de estado reacende nossa memória sobre as décadas de ditadura iniciada na década de 60 em toda América Latina, recordando-nos a permanente intervenção de outras países no continente, principalmente dos EUA. É essa memória de lutas e resistência que nos leva a reforçar e apoiar a luta do povo Hondurenho e exigir:
1. A volta imediata do presidente Manuel Zelaya ao comando do país;
2. O restabelecimento da ordem constitucional, sem o derramamento de sangue e sem repressão à população, que exige o retorno da democracia;
3. Que seja respeitada a integridade física das lideranças sociais;
4. Que as autoridades garantam em pleno exercício democrático a consulta popular, como forma de livre expressão; Reafirmamos nossa solidariedade ao povo hondurenho, ao presidente Manuel Zelaya e às organizações e movimentos sociais que levam a cabo - e seguirão levando - as decisões soberanas do povo hondurenho e condenamos veementemente essa ação antidemocrática.
Pela autodeterminação dos Povos!
Rio de Janeiro, 2 de julho de 2009
Entidades que assinam o documento:
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Casa da América LatinaMorena – Círculos
BolivarianosMandato Marcelo Freixo
PCB
UJC
Comite de Solidariedade ao Povo Palestino
CAMTRA
Núcleo Socialista de Campo Grande