sábado, 30 de abril de 2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

TV DE ISRAEL RIDICULARIZA CRUCIFICAÇÃO DE JESUS CRISTO



Se com os seus financiadores cristãos os nazi-sionistas fazem isso, é impossível imaginar as barbaridades que cometem contra o martirizado povo palestino. Todo o apoio ao movimento Boicote, Desinvestimento, Sanções
resistir.info

terça-feira, 26 de abril de 2011

Declaração Pública acerca da detenção de Joaquín Pérez Becerra


Os abaixo assinados repudiam a detenção do cidadão sueco de origem colombiana Joaquín Pérez Becerra, ex-vereador sobrevivente da União Patriótica que em 1994 obteve asilo político na Suécia devido às perseguições sofridas no seu país.

Como político, jornalista e escritor destacou-se pelo seu trabalho no portal de notícias ANNCOL, sítio criado por exilados políticos colombianos com a ajuda de personalidades nórdicas com uma posição de imprensa alternativa, independente, não neutra, que analisa a vida colombiana a partir de posições de esquerda. Actualmente é membro fundador da Associação Bolivariana de Comunicadores (ABC), organização fundada em Dezembro de 2009 em Caracas, no seu congresso de fundação.

Chama a atenção que o jornalista se movimentou em vários países da Europa em direcção à Venezuela sem ser detido em nenhum deles. Por acaso a INTERPOL só se activa na Venezuela? Ou se trata de uma detenção articulada pela inteligência colombiana, como reconheceu ontem José Obdulio Gaviria?

É alarmante que a República Bolivariana da Venezuela se preste a uma operação de perseguição política, negando-lhe além disso seus direitos fundamentais dentro do país ao mantê-lo incomunicável desde Sábado 23 de Março e ao mesmo tempo ponha em risco a sua liberdade e integridade ao pretender extraditá-lo com base em dados falsos. É necessário recordar que o alarmante número de jornalistas assassinados na Colômbia ascende 150 nestes últimos 20 anos, três só no ano passado.

Mais alarmantes ainda são os argumentos que se esgrimem contra Péreza Becerra o qual é acusado na Colômbia de um trabalho que não constitui delito em nenhum país democrático. Qual é o delito em publicar num sítio web informação e opiniões a partir de uma perspectiva dissidente para com um determinado governo? Tanto a acusação como a sua detenção constituem um grave atentado à liberdade de informação e opinião que põe em dúvida o direito dos milhares de sítios de imprensa alternativa que circulam na Internet.

Fazemos um apelo às autoridades venezuelanas para que não se prestem a um novo falso positivo mediático e actuem consequentemente para rectificar o erro de entregar o companheiro Becerra à polícia da Colômbia onde vai sofrer torturas e abusos.

AGENCIA BOLIVARIANA DE PRENSA, ABP.


ALBERTO ANGULO. GALIZA

ALBERTO MUÑOZ ANDRADE, ESTOCOLMO, SUECIA.

ALEJANDRA VILLEGAS G C.I: V-09.430.781, ORGANIZACIÓN BOLIVARIANA DE NACIONES UNIDAS (OBNU).

ALEJANDRA CIRIZA, DRA. EN FILOSOFÍA, INVESTIGADORA INDEPENDIENTE DEL CONICET, DIRECTORA DEL IDEGE - UNCUY, ARGENTINA.

ALEJANDRO LINAREZ, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

ALEX MENA, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

ALICIA FERNÁNDEZ GÓMEZ -ASTURIAS

AMILCAR FIGUEROA, ESCRITOR, DIRIGENTE NACIONAL MCB, EX PARLAMENTARIO, VENEZUELA.

AMILCAR MENDOZA, VENEZUELA

ANA ELSY MENDOZA, HONDURAS

ANA MARÍA NAVAS CAMINO, VENEZUELA

ANA MUÑOZ, ESPAÑA.

ANDRE CASTILLO ESCOBAR, COLOMBIA.

ANGEL ROBERTO SILVA BERBESI, C.I.: 10.534.760, VENEZUELA

ANGELA AURORA REATEGUI DELGADO, VENEZUELA

ANIBAL GARZÓN, SOCIÓLOGO Y MIEMBRO DEL CONSEJO EDITORIAL DE KAOSENLARED.NET

ANITA LEOCÁDIA PRESTES, HIJA DE LUIZ CARLOS PRESTES E OLGA BENÁRIO,BRASIL

ANNALISA MELANDRI, ACTIVISTA POR LOS DERECHOS HUMANOS, ITALIA.

ANTONIO FERRERO FORT.- DNI: 45040572V.- GRANADA. ESTADO ESPAÑOL.

ASOCIACION BOLIVARIANA DE COMUNICADORES.

ÁSTOR GARCÍA, RESPONSABLE ÁREA INTERNACIONAL, PARTIDO COMUNISTA DE LOS PUEBLOS DE ESPAÑA

ATENEA JIMÉNEZ LEMON. RED NACIONAL DE COMUNEROS/AS

BEATRIZ PIÑA R. VENEZUELA

BOLTXE KOLEKTIBOA, EUSKAL HERRIA.

CARLOS GARCÍA, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

CARLOS MARCOVITCH, VENEZOLANO.

CARLOS MORAIS, SECRETARIO GENERAL PRIMERA LINHA, GALIZA.

CARLOS ROS, FRANCIA.

CASIANO DIAZ DURAN, VALENCIA, ESTADO CARABOBO, VENEZUELA.

CASTRO. ARACELIS CASTRO: C.I.4799064. SAN ANTONIO DE LOS ALTOS, VENEZUELA.

CATHERINE HERNÁNDEZ, ISLAS CANARIAS, ESTADO ESPAÑOL.

CHARA LATTUF, PERIODISTA,CARACAS, VENEZUELA

CHEMA GODAY, COLABORADORA REBELION.ORG

COLECTIVO ALEXIS VIVE VENEZUELA

COLECTIVO COLOMBIANO DE DDHH EN EL EXTERIOR

COLECTIVO FEMINISTA GÉNERO CON CLASE, VENEZUELA.

COLECTIVO TUPACAMARU DE LA VEGA

COLECTIVO TUPACAMARU DE LA VEGA, VENEZUELA

COLECTIVO VOCES ANTIIMPERIALISTAS VENEZUELA.

COMITÉ CENTRAL PARTIDO POPULAR SOCIALISTA DE MÉXICO

COMITE NACIONAL DE AMISTAD Y SOLIDARIDAD CON LA REPUBLICA BOLIVARIANA DE VENEZUELA EN COLOMBIA

CONSEJO CÍVICO DE ORGANIZACIONES POPULARES E INDÍGENAS DE HONDURAS COPINH.

CONSEJO DE DIRECCIÓN DE "RESUMEN LATINOAMERICANO"

COOPERATIVA CONSTRUFEDE,VENEZUELA

COOPERATIVA DE TRABAJO MATE COSIDO DE LOS TOLDOS, BS. AS., ARGENTINA

COOPERATIVA UNION TELEVISION HTTP://WWW.COOPERATIVAUNIONTELEVISION.COM/Y SUS PERIODISTAS.

COORDINADORA SIMON BOLIVAR, VENEZUELA.

CORRIENTE COMUNISTA GUSTAVO MACHADO.

CRISTIAN CUEVAS ZAMBRANO, PRESIDENTE CONFEDERACIÓN DE TRABAJADORES DEL COBRE, CHILE.

CRISTINA CASTELLO, POETA Y PERIODISTA ARGENTINA, DESDE FRANCIA

CRISTINA STEFFEN, MÉXICO

DANIEL LUZARDO, MONTEVIDEO, URUGUAY.

DAX TOSCANO, COMUNICADOR SOCIAL Y PROFESOR UNIVERSITARIO ECUATORIANO.

DAYSI GONZÁLEZ SARABIA, C.I. Nº 4006393, VENEZUELA.

DICK EMANUELSSON, REPORTERO SUECO EN AMERICA LATINA.

DOMINGO PÉREZ, VENEZUELA

DORIS CASTILLO, VENEZUELA

DR SRECKO VOJVODIC, TORONTO, ONTARIO, CANADA

DR. ALFONSO RODRÍGUEZ, MILITANTE DEL PSUV – MÉRIDA.

DR. GILBERTO LÓPEZ Y RIVAS, PROFESOR-INVESTIGADOR, INSTITUTO NACIONAL DE ANTROPOLOGÍA E HISTORIA CENTRO REGIONAL MORELOS, ARTICULISTA DE LA JORNADA, CUERNAVACA, MÉXICO.

DR. ROBINSON SALAZAR PÉREZ, SOCIÓLOGO, DIRECTOR DE LA RED DE INVESTIGADORES LATINOAMERICANOS POR LA DEMOCRACIA Y LA PAZ, MEXICO.

EDUARDO LÓPEZ VENEZOLANO CI 3469205, VENEZUELA

EDUARDO VECTERMI, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

EL LÁPIZ REBELDE, MERIDA, VENEZUELA.

ELBA GUERRERO, C.I. V-12.308.751, VENEZUELA.

EMILIANO ZAPATA MACHIN, PROFESOR-ESTUDIANTE-OBRERO,VENEZUELA

EMILIO R RAMOS NÚÑEZ, VENEZUELA

ESCUELA DE BAILE FUSIÓN SALSERA, VENEZUELA

ESTHER MENDOZA MILLAN, VENEZUELA

EVA LÓPEZ, VENEZUELA.

EVA MARIA LOPEZ VARELA, VENEZUELA

FELIPE QUISPE DIRIGENTE SINDICAL CAMPESINO BOLIVIA

FERNANDO ACOSTA RIVEROS, COLOMBIANO-MEXICANO, SIMPATIZANTE DE LA REVOLUCIÓN BOLIVARIANA DE VENEZUELA.

FLÁVIO BRAGA PRIETO DA SILVA, BRASIL

FOGONEROS,URUGUAY

FORTUNE MODESTE VALERIO. REPUBLICA DOMINICANA.

FRANCISCO TORRES, PUERTO RICO

FRANKLIN LEDEZMA, PERIODISTA, ESCRITOR Y POETA, PANAMÁ.

FREDY MARQUEZ LOBO, VENEZUELA

FRENTE ANTI FASCISTA, CARACAS, VENEZUELA.

FRENTE DE ACCIONES POR COLOMBIA, ALEMANIA.

FRENTE PATRIÓTICO MANUEL RODRÍGUEZ

FUNDACIÓN CULTURAL SIMÓN BOLIVAR, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA.

FUNDACIÓN EMBAJADA DE LOS NIÑOS, VENEZUELA

GABRIELA DÍAZ, FEMINISTA EN RESISTENCIA. HONDURAS

GILBERTO ABEJALES, HTTP://GILBERTOABEJALES.BLOGSPOT.COM/, VENEZUELA.

GILBERTO OSWALDO SANTAMARIA VARGAS, C.I. V- 6.238.645, VENEZUELA.

GLADYS DE LEON, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

GREG BUTTERFIELD, EDITOR, ABSENT CAUSE MAGAZINE (NEW YORK, NY, U.S

GUADALUPE QUIÑONEZ, VENEZUELA.

GUADALUPE RODRÍGUEZ, COORDINADORA SIMÓN BOLÍVAR, VENEZUELA

GUILLERMO BARAHONA, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

GUILLERMO BENALCÁZAR A, ECUADOR.

GUSTAVO ROJAS C.I: 12.204.020 MOVIMIENTO CONTINENTAL BOLIVARIANO CAPITULO ARAGUA. VENEZUELA.

GUSTAVO ZELAYA. HONDURAS

HECTOR BELLO SILVA, C.I.: V-12.310.813, VENEZUELA.

HELEN OCAMPO, PERIODISTA, HONDURAS

HINDU ANDERI, PERIODISTA.

HONORIO GONZALEZ VENEZOLANO, C.I 5.364.647, VENEZUELA

HUGO COLMENAREZ, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

HUGO MOLDIZ MERCADO, DIRECTOR LA ÉPOCA, BOLIVIA

HUGO VERA CARCAMO,7520621-6, CHILE

IDA GARBERI, PERIODISTA ITALO-CUB-HONDUREÑA.

IÑAKI GIL DE SANVICENTE, ESCRITOR Y ENSAYISTA, PAIS VASCO

IRIS MENCIA, VENEZUELA

ISAAC KHARY, FRENTE POPULAR DE LIBERACION DE PALESTINA, VENEZUELA

ISRAEL SOTILLO, POLITICO EX DIPUTADO ASAMBLEA NACIONAL VENEZUELA.

IVAN PINHEIRO S. G. PARTIDO COMUNISTA BRASILEÑO BRASIL

IVONNE LEITES OLIVERA, RESPONSABLE DEL BLOG ATEA Y SUBLEVADA, URUGUAY

JAIME VASQUEZ SANCHEZ, PHD EN GEOGRAFÍA ECONÓMICA UNIVERSIDAD DEL VALLE, CALI COLOMBIA.

JAMES PETRA, ESCRITOR Y ENSAYISTA, EE.UU

JAVIER DEL VALLE MONAGAS MAITA, VENEZUELA.

JESUS DEL RIO, VENEZUELA

JONATAN GARRIDO, VALENCIA, ESPAÑA.

JORGE BEISTEIN, ECONOMISTA, ARGENTINA

JORGE FIGUEIREDO, WEBMASTER DE HTTP://RESISTIR.INFO , VENEZUELA.

JORGE REGALADO, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

JOSÉ BUSTOS, SAINT-EGREVE, FRANCIA.

JOSE FELIX VARELA DIRECTIVO CONSEJO LEGISLATIVO, ESTADO VARGAS, VENEZUELA.

JOSÉ GONCALVES, VENEZUELA.

JOSÉ JUAN REQUENA, VENEZUELA.

JOSÉ LUIS LIMIA VALLE, VENEZUELA.

JOSE REYES, VENEZUELA.

JOSÉ RODRÍGUEZ, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

JOSÉ VALERA, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

JOSEP M. PIJUAN, EDUCADOR, RUBÍ BARCELONA, ESPAÑA

JUAN DIEGO GARCÍA, ESPAÑA

JUL JABOUR, EX DIPUTADO PARLAMENTO ANDINO VENEZUELA

JUSTO PASTOR REYES, HONDURAS

KARLA LARA, ARTISTA Y FEMINISTA EN RESISTENCIA, HONDURAS.

KEMBERLIN MONTBRUN, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

LENA GARCÍA FEIJOO, MÉXICO DF

LEONARDO BRACAMONTE CI. 6721296, VENEZUELA.

LEONOR CORTÉS BOLÍVAR, COLOMBIANA, ANTROPÓLOGA FÍSICA Y LIC. EN TRABAJO SOCIAL, MÉXICO D.F.

LIC CARLOS MACHADO VILLANUEVA, PERIÓDICO ALTERNATIVO EL PEATÓN, VENEZUELA.

LIC. JOSE MARTINEZ ROSAS.MEXICO.

LIC. JUAN COTRERAS COORDINADORA SIMON BOLIVAR VENEZUELA.

LIDIA CAMACHO (URUGUAY-SUECIA).

LUIS EDUARDO MERGULHÃO RUAS- BRASILEÑO, PROFESOR

LUÍS EUSTÁQUIO SOARES, PROFESSOR (UFES), POETA E ESCRITOR, BRASIL.

LUIS FERNANDO TOVAR, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

MANUEL SALGADO TAMAYO, PROFESOR UNIV. CENTRAL DEL ECUADOR, EX VICEPRESIDENTE DEL CONGRESO NACIONAL DE LA REPÚBLICA Y EX PRESIDENTE NACIONAL DEL PARTIDO SOCIALISTA FRENTE AMPLIO DEL ECUADOR

MANUEL ZARATE, ESCRITOR Y ENSAYISTA PANAMA.

MARGARITA PLAZ, VENEZUELA.

MARIA CARDOSO, BRASIL

MARÍA FERNANDA TOVAR, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

MARILÓ TUDELA, ESPAÑA.

MARIN TRUSCA, CO PRESIDENTA LIGA COMUNISTILOR DIN ROMANIA, RUMANIA

MARINA MANZANARES MONJARÁS, LOCUTORA Y REDACTORA INDEPENDIENTE. EL SALVADOR, CENTROAMÉRICA.

MARINA RODRÍGUEZ, MÉXICO.

MARIO CALANDRA CASTELLÁ, EX EDIL (LEGISLADOR DEPARTAMENTAL) POR EL FRENTE AMPLIO MONTEVIDEO, URUGUAY

MÁRIO MAESTRI, HISTORIADOR , BRASIL.

MARISTELA ROSANGELA DOS SANTOS PINHEIRO, COMITÊ DE SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO PALESTINO RIO DE JANEIRO - BRASIL , CIENTISTA POLÍTICA

MARISOL MELÉNDEZ, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

MARTHA GODOY, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

MARTHIÑA DE MONTBRUM, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

MARYANN OSIS, C.I. 3.972.730, VENEZUELA

MATIZ GUSTAVO, ARTISTA COLOMBIANO

MELANI TOVAR, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

MELISSA SALAZAR, COORDINACIÓN DE PLANIFICACIÓN Y LOGÍSTICA DE WWW.INSUMISOS.COM, MEXICO.

MIGUEL ALBERTO JULIÁN, MOVIMIENTO MORENISTA PARA LA LIBERACIÓN NACIONAL

MILAGROS VALDEAVELLANO ROCA REY, LIMA PERÚ

MÓISES SANTANA, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

MORAVIA OCHOA, FRENTE CULTURAL ESTHER MARIA OSSES, DE PANAMÀ.

MOVIMIENTO CULTURA REBELDE, ECUADOR

MOVIMIENTO GAYONES, VENEZUELA.

MOVIMIENTO M-28

MOVIMIENTO TUPAMARO, VENEZUELA.

MOVIMIENTO VOCES, VENEZUELA.

NARCISO ISACONDE, ESCRITOR Y POLÍTICO, REPUBLICA DOMINICANA.

NELLY PEÑA, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

NELSON SIMON BLANCO, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

NESTOR KOHAN, ESCRITOR Y ENSAYISTA ARGENTINA.

NIURKA NINOSKA CALDERÓN, DOCENTE-COMUNICADORA POPULAR CORRESPONSALES DEL PUEBLO-VENEZUELA

NUEVA COLOMBIA DEUTSCHLAND, ALEMANIA.

ODALYS VECTERMI, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

OMAR GABRIEL VAZQUEZ HEREDIA, VENEZUELA.

OMAR MUÑOZ R, VENEZUELA.

OMAR NOGUERA, SOC. CIVIL DE COMBATIENTES DE LOS AÑOS 60,70 Y 80 PROYECTO DIGNIDAD,VENEZUELA

OSCAR FIGUERA DIPUTADO PCV ASAMBLEA NACIONAL VENEZUELA.

OSCAR KUPERMAN, DIRIGENTE SOCIAL Y POLÍTICO, COORDINADORA UNIDAD BARRIAL MOV. TERESA RODRIGUEZ, ARGENTINA.

OSWALDO TORRES, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO.

PARTIDO COMUNISTA DE LOS PUEBLOS DE ESPAÑA (PCPE).

PARTIDO COMUNISTA VENEZOLANO.

PARTIDO DE LA IZQUIERDA, SUECIA.

PATRIA ES SOLIDARIDAD, VENEZUELA.

PATRICIO HERMOCILLA, CHILE.

PATRICIO SILVA, ARAGUA, VENEZUELA.

PATRIZIA ORDONEZ, CIUDADANA COLOMBO-ITALIANA.

PEDRO EUSSE, DIRIGENTE NACIONAL UNETE.

PROGRAMA DE EDUCACIÓN PARA LA PAZ-PROEPAZ-EL AGUSTINO, LIMA PERÚ.

RADIO CAFÉ STEREO, SUECIA.

RAFAEL MUÑOZ. MARACAIBO, VENEZUELA.

RAFAEL TARACHE, VENEZUELA

RAFAEL VALERO, VALERA ESTADO TRUJILLO, VENEZUELA.

RENÉ BARALT, VENEZUELA.

RICARDO BALLESTEROS, ECONOMISTA, COLOMBIA

RICHI RUIZ, VENEZUELA.

ROLANDO CENTENO RAMIREZ, VENEZUELA

ROMÁN VALENTE, PERIODISTA, ARGENTINA.

ROSA PEÑATE, MIEMBRO DEL COMITÉ PARA LIBERAR A LOS CINCO CUBANOS, EE.UU

ROSALINDA CHANAGA, C.I. 4.815.730, CARACAS, VENEZUELA

ROSO GRIMAU, TRIBUNA POPULAR, PCV, VENEZUELA.

RUBEN VILLARROEL, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

SALAH AHMINE, MANAGUA, NICARAGUA.

SALVADOR GONZÁLEZ, VENEZUELA

SALVADOR LÓPEZ ARNAL, PROFESOR-TUTOR DE MATEMÁTICAS EN LA UNED (ESPAÑA) Y COLABORADOR DE REBELIÓN, EL VIEJO TOPO Y PAPELES ECOSOCIALES

SANDRA MARYBEL SÁNCHEZ, DIRECTORA DE RADIO GUALCHO, HONDURAS.

SARA LEUKOS, INVESTIGADORA Y COLABORADORA DE PORTAL REBELION.ORG.

SUSANA RODRÍGUEZ, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

TIBISAY HERNÁNDEZ, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

TOMAS ANDINO MENCIA, EX DIPUTADO HONDUREÑO, TEGUCIGALPA, HONDURAS

VALERIE GENTILE, ITALIA

VANDERLEI ELIAS NERY, PESQUISADOR PUC-SP , SÃO PAULO, BRASIL.

VANESSA BALLEZA, VENEZUELA

VICMAR MORILLO GIL, VENEZOLANA, RESIDENTE EN ALEMANIA.

VICTOR MANUEL RODRIGUEZ, COORD. GENERAL CORRESPONSALES DEL PUEBLO - VENEZUELA

VLADIMIR RAMÍREZ, VENEZUELA

WILFREDO CARDONA, TEGUCIGALPA, HONDURAS.

WILLIAM CASIQUE, TACHIRA, VENEZUELA

WILLIAM LARREAL, VENEZUELA.

WILMER MONTBRUN, PARROQUIA 23 DE ENERO, CARACAS, VENEZUELA

XARLO ETCHEZAHARRETA, PAIS VASCO, (ESTADO FRANCÉS)

YOLANDA VARELA ARRIETA

ZENAIDA TAHAN, MOVIMIENTO M-28, VENEZUELA.


RESISTIR.INFO, PORTUGAL.
25/Abril/2011
O original encontra-se em www.abpnoticias.com/...
Este abaixo assinado encontra-se em http://resistir.info/ .

segunda-feira, 25 de abril de 2011

AÇÃO HUMANITÁRIA URGENTE: LIBERDADE PARA JOAQUIM PÉREZ BECERRA


Mais uma vez o jornalismo alternativo é vítima de criminalização.

A detenção ilegal no Aeroporto de Caracas do jornalista colombiano-sueco Joaquín Pérez Becerra constitui uma vergonhosa capitulação das autoridades venezuelanas ao narco-fascismo colombiano.

Pérez Becerra é um sobrevivente do genocídio cometido contra a União Patriótica na década de 1980. Refugiado na Suécia há vários anos, adquiriu a nacionalidade sueca e dirige ali uma agência de notícias. O seu único "crime" é denunciar ao mundo os massacres do regime de Uribe e de Santos, as fossas comuns, os falsos positivo, o deslocamento de populações, o paramilitarismo e a violação sistemática dos Direitos Humanos por parte do Estado colombiano.

É preciso e urgente desenvolver um movimento de solidariedade e uma campanha contra a iminente entrega de Joaquín Pérez ao governo colombiano.
resistir.info


COMUNICADO DO MOVIMENTO CONTINENTAL BOLIVARIANO
25 Abril 2011
Crédito: Nodo50

Neste sábado, o cidadão Joaquín Pérez Becerra foi detido por autoridades venezuelanas. Segundo comunicado oficial do Ministério do Interior, o detido é requisitado pelos órgãos de justiça da República da Colômbia, através da INTERPOL, com alerta vermelha.

Cidadão sueco-colombiano, Becerra é ex-vereador sobrevivente da União Patriótica. Em 1994, obteve asilo político na Suécia por conta da perseguição empreendida por seu país. É reconhecido em diversos países por suas contribuições enquanto político, jornalista e escritor. Seu trabalho no portal de notícias Anncol merece destaque. Conforme seus porta-vozes, o sítio, criado por exilados políticos colombianos com o apoio de personalidades nórdicas, possui como objetivo apresentar uma imprensa alternativa, independente. Através do sítio, os acontecimentos colombianos são analisados a partir de uma ótica à esquerda. Atualmente, é membro fundador da Associação Bolivariana de Comunicadores (ABC), organização criada em dezembro de 2009, em Caracas, no marco do Congresso de fundação do MCB.

Chama a atenção o fato de o jornalista ter se movimentado por vários países da Europa, rumo à Venezuela, sem ter sido detido em nenhum deles. Por acaso a INTERPOL só atua na Venezuela? Ou se trata de uma detenção articulada pela inteligência colombiana, teoria reconhecida ontem por José Obdulio Gaviria?

É alarmante que a República Bolivariana da Venezuela se preste ao papel de corroborar com uma operação de perseguição política, violando o princípio da “não devolução”. Esse princípio protege as pessoas, na qualidade de refugiados, de serem submetidas em seus países de origem à perseguição indevida, cerceadas de liberdade e correndo risco de sofrerem maus tratos e torturas. Dessa maneira, se faz necessário recordar que a assustadora cifra de jornalistas assassinados na Colômbia é superior a 150, somente nos últimos 20 anos. Detalhe: três jornalistas foram assassinados somente no último ano.

Ainda mais absurdos são os argumentos apresentados contra Pérez Becerra. No país neo-granadino, ele é acusado por conta de um trabalho que não constitui delito em nenhum país democrático. Que delito existe em publicar num portal da Web informações e opiniões, sob a perspectiva dissidente, acerca de um determinado governo? Tanto a acusação como sua detenção resultam um grave atentado à liberdade de informação e opinião, pondo em dúvida o direito adquirido por milhares de sítios de imprensa alternativa que circulam na Internet.

Fazemos um chamado urgente a todos os Partidos revolucionários, organizações populares, jornalistas alternativos, ativistas de direitos humanos, internacionalistas e, especialmente, ao povo bolivariano da Venezuela para não permitirem a expulsão de Joaquín Pérez à Colômbia. É preciso a manifestação de rechaço a esta medida, que atenta contra a vida e a integridade do jornalista, perante as autoridades venezuelanas.

CAMPANHA PELA LIBERDADE DE JOAQUIM
Portanto, façam chegar seus e-mail e mensagens de repúdio à expulsão ou extradição de Joaquín Pérez Becerra à Colômbia aos contatos oficiais das páginas do Governo da Venezuela: http://www.gobiernoenlinea.ve, Ministério do Poder Popular para as Relações Interiores e Justiça: http://www.gobiernoenlinea.ve, Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores: http://www.mppre.gob.ve// e Ministério do Poder Popular para a Comunicação e Informação: http://www.mppre.gob.ve//


As mensagens também poderão ser enviadas as seguintes contas de Twiter: @chavezcandanga, @vencancilleria, @mincioficial e de outros associados ao Governo.


Também convidamos a somarem-se à Campanha de Solidariedade com Joaquín Pérez Becerra, enviando suas adesões ao seguinte correio eletrônico: libertadjoaquinperez@hotmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Carlos Casanueva
Secretário Geral do MCB
Narciso Isa Conde
Coordenador da Presidência Coletiva do MCB
Tradução: Maria Fernanda M. Scelza



segunda-feira, 18 de abril de 2011

A CIA por trás da rebelião O ataque euro-americano à Líbia nada tem a ver com 'protecção de civis'

O ataque euro-americano à Líbia não tem nada a ver com a protecção de ninguém; só os irremediavelmente ingenuos acreditam nesse disparate. É a reacção do Ocidente aos motins populares em regiões estratégicas, ricas em recursos e o início de actividades hostis contra o novo rival imperialista, a China.

O presidente Barack Obama já assegurou o seu lugar na História. É o primeiro presidente negro da América a invadir a África. O ataque à Líbia é chefiado pelo Comando África dos EUA (US Africa Command), instituído em 2007 para assegurar os lucrativos recursos naturais do continente, roubando-os às populações empobrecidas e à influência comercial da China, em crescimento rápido. A Líbia, juntamente com Angola e a Nigéria, é a principal fonte de petróleo da China. Enquanto os aviões americanos, britânicos e franceses vão incinerando líbios 'maus' e 'bons', assiste-se à evacuação de 30 mil trabalhadores chineses, provavelmente de forma permanente. As afirmações de entidades ocidentais e dos meios de comunicação de que 'um coronel Kadafi criminoso e enlouquecido' está a planear o 'genocídio' contra o seu próprio povo, continuam a carecer de provas. Isto faz recordar as afirmações fraudulentas que exigiram a 'intervenção humanitária' no Kosovo, o desmembramento final da Jugoslávia e a instalação da maior base militar americana na Europa.

Os pormenores também são conhecidos. Segundo se diz, os 'rebeldes pró-democracia' líbios são comandados pelo coronel Khalifa Haftar que, segundo um estudo da Fundação Jamestown americana, montou o Exército Nacional Líbio em 1988 "com forte apoio da CIA". Nos últimos 20 anos, o coronel Haftar tem vivido não muito longe de Langley, Virginia, o lar da CIA, que também lhe fornece um campo de treino. Os mujihadeen, que deram origem à al-Qaida, e o Congresso Nacional Iraquiano, que forjaram as mentiras de Bush/Blair sobre o Iraque, foram patrocinados por Langley, da mesma forma aceite por toda a gente.

Os outros líderes 'rebeldes' incluem Mustafa Abdul Jalil, ministro da Justiça de Kadafi até Fevereiro, e o general Abdel-Fattah Younes, que chefiou o ministério do Interior de Kadafi: ambos com estrondosas reputações de repressão brutal de dissidentes. Há uma guerra civil e tribal na Líbia, que inclui a rejeição popular contra a actuação de Kadafi em relação aos direitos humanos. Mas o que é intolerável para o ocidente não é a natureza do seu regime, é a independência da Líbia, numa região de vassalos; e esta hostilidade pouco mudou em 42 anos, desde que Kadafi derrubou o rei feudal Idris, um dos tiranos mais odiosos apoiados pelo ocidente. Kadafi, com os seus modos beduínos, hiperbólicos e bizarros, há muito que personaliza o 'lobo feroz' ideal (Daily Mirror), exigindo agora que os heróicos pilotos americanos, franceses e britânicos bombardeiem áreas urbanas em Tripoli, incluindo uma maternidade e um centro de cardiologia. O último bombardeamento americano em 1986 conseguiu matar a sua filha adoptiva.

O que os americanos, os britânicos e os franceses têm esperança de conseguir é o oposto da libertação de um povo. Ao sabotar os esforços dos genuínos democratas e nacionalistas da Líbia para libertarem o seu país de um ditador e dos corrompidos pelas exigências estrangeiras, o som e a fúria de Washington, de Londres e de Paris conseguiram turvar a memória dos dias de esperança de Janeiro em Tunis e no Cairo e desviar muitos dos que tinham criado esperanças da tarefa de assegurar que as suas conquistas não fossem roubadas furtivamente. A 23 de Março, as forças militares egípcias, apoiadas pelos EUA, emitiram um decreto proibindo todas as greves e manifestações. Isto praticamente não foi notícia no ocidente. E agora, com Kadafi identificado com o demónio, Israel, o verdadeiro cancro, pode continuar a sua espoliação de terras e expulsões. O Facebook, sob pressão sionista, removeu uma página apelando a um levantamento em grande escala na Palestina – uma 'Terceira Intifada' – a 15 de Maio.

Nada disto nos deve surpreender. A história exibe o tipo de maquinação revelado por dois diplomatas seniores nas Nações Unidas, que falaram ao Asia Times. Quando pretenderam saber porque é que as Nações Unidas nunca ordenaram uma missão de avaliação dos factos à Líbia, em vez de um ataque, disseram-lhes que já muita coisa tinha sido feita entre a Casa Branca e a Arábia Saudita. Uma 'coligação' dos EUA iria 'eliminar' o recalcitrante Kadafi se os sauditas abafassem o levantamento popular no Bahrein. Este último já foi concretizado e o sangrento rei do Bahrein vai ser um dos convidados às bodas reais em Londres.

A personificação desta reacção é David Cameron [NT] , cuja única verdadeira tarefa tem sido como homem de relações públicas de Michael Green, o oportunista da indústria da televisão. Cameron esteve no Golfo a vender armas aos tiranos inventados pelos britânicos quando a população se levantou contra Abdullah Saleh do Iémen; a 18 de Março, o regime de Saleh assassinou 52 manifestantes. Cameron não disse nada de jeito. O Iémen é 'um dos nossos', conforme o Foreign Office britânico gosta de dizer. Em Fevereiro, Cameron desmascarou-se num ataque ao que ele chamou de 'estado de multi-culturalismo' – um código para muçulmanos. Disse, "Precisamos de muito menos tolerância do que nos últimos anos!" Foi aplaudido por Marine Le Pen, líder da Frente Nacional fascista de França. "É exactamente este tipo de declarações que nos isolou da vida pública durante 30 anos", disse ela ao Financial Times. "Só posso felicitá-lo".

Num dos seus momentos mais exploradores, o império britânico produziu Davids Camerons aos montes. Contrariamente a muitos dos 'civilizadores' vitorianos, os actuais guerreiros sedentários de Westminster – através de William Hague [NT] , Liam Fox [NT] e do traidor Nick Clegg [NT] – nunca foram atingidos pelo sofrimento e banho de sangue que, à custa das diferenças culturais, são as consequências dos seus discursos e acções. Com o seu ar mais ou menos informal, sempre altivos, são uns cobardes no estrangeiro, visto que ficam sempre em casa. As suas prendas são a guerra e o racismo e a destruição da democracia social duramente conquistada da Grã-Bretanha. Lembrem-se disso quando forem para a rua às centenas de milhares, conforme é vosso dever.

NT
David Cameron: primeiro-ministro do Reino Unido, líder do Partido Conservador
William Hague: politico britânico conservador; secretário dos Estrangeiros e primeiro secretário de David Cameron.
Liam Fox: politico do Partido Conservador britânico; secretário da Defesa do Reino Unido
Nick Clegg: Líder do Partido Liberal Democrata; vice-primeiro-ministro do Reino Unido, na coligação com o Partido Conservador e presidente do Conselho.


O original encontra-se em www.johnpilger.com/... .   Tradução de Margarida Ferreira.  
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Assassinatos de dois grandes internacionalistas: Um recado de Israel

Continuar a construir um mundo colorido.
Vittorio vive entre nós!

15/04/2011 por Manuel Tapial

Hoje eu acordei com uma mensagem de texto, um ativista do ISM, confirmando as imagens dos meus pesadelos de hoje à noite: a morte de Vittorio Arrigoni, um ativista italiano que levou mais de três anos coletando informações a partir da Faixa de Gaza, mantendo-nos informados diariamente do sofrimento que estava causando o bloqueio e também a vida intensa que, apesar do bloqueio, os palestinos conseguem levar.

Não tenho dúvidas de que a morte de Vik não foi por acaso. Há pouco menos de uma semana também foi assassinado por desconhecidos Juliano Mer-Kamis, fundador do Teatro da Liberdade, uma outra morte que certamente não foi por acaso.
Nos últimos tempos, o Estado de Israel tem intensificado a construção dos assentamentos e o assédio à Gaza , apesar da resistência do povo palestino. Além disso, Israel tem sido dominado pela maré humana de solidariedade internacional ao povo palestino, que tem aumentado nos últimos anos, tendo seus maiores expoentes em duas campanhas: a do Boicote, Desinvestimento e Sanções e a da Flotilha da Liberdade que navegará, em sua segunda missão, no final de maio deste ano.

Israel tentou por todos os meios minimizar o impacto de ambas. O parlamento israelense, tem procurado fórmulas legais para perseguir e assediar as pessoas de Israel e as organizações de direitos humanos dentro de Israel que não concordam com as políticas de colonização, apartheid e judaização promovidas pelo governo israelense.

No caso da Flotilha da Liberdade, Israel enviou uma mensagem clara ao mundo, em 31 de maio de 2010, quando atacou a frota, matando nove trabalhadores humanitários, oito turcos e um turco - americanos, ferindo mais de 60 deles : " A hegemonia na região passa por Israel e que estava acima de qualquer lei". O custo desta ação de Israel foi tão alto em nível internacional após a colisão que nos leva à conclusão que a inteligência israelense infiltrou um grupo específico para espionar ativistas e a organizações de luta da Flotilha, como foi publicado em vários meios de comunicação, citando fontes da inteligência israelense.

O governo israelense tem feito, nos últimos meses, uma ofensiva diplomática , pedindo apoio da Itália de Berlusconi. Shimon Peres atravessou a Espanha e outros países europeus a procura de uma fórmula que fizesse nossos governos pararem nossos navios que farão parte da próxima Flotilha da Liberdade, tentando encontrar um caminho mais lógico do que as leis que não permitem que os governos parem as missões humanitárias da sociedade civil, se elas estiverem dentro da legalidade. O último país a responder a estes pedidos para parar o barco da Flotilha foi a Turquia.

Parece que a falta de apoio político e diplomático gerou conflitos no governo israelense. Nos últimos dias, temos visto declarações contraditórias do executivo de Israel. Enquanto Netanyahu vai à TV pública israelense dizer que deixará os barcos chegarem em Gaza, depois de uma inspeção da carga por competentes autoridades internacionais, comandantes militares israelenses anunciavam que estavam treinando as diferentes maneiras de abordarem os barcos, advertindo que qualquer cenário de abordagem implicaria a perda de vidas dos doadores.

O nervosismo de Israel pode, porque continua a ser uma hipótese, ter sido demonstrado nos assassinatos de Julian e Vittorio também. Dois homens de paz. Um israelense e um internacional. Dois assassinatos que poderiam ter um significado claro. No assassinato de Juliano, parar suas ligações com a sociedade palestina e sua luta por uma sociedade baseada na igualdade, no respeito, na tolerância, no amor à vida, na educação e na a arte. Estes valores são muito perigosos no contexto da supremacia militar porque amplia ainda mais a crescente rejeição global do que significa, para os palestinos, o Estado de Israel.

No caso de Vittorio, a ternura e solidariedade devem ser punidas como foi anteriormente a Flotilha da Liberdade.Uma mensagem clara de intimidação como a lançado em 2008 contra ele. Creio que as ameaças e intimidação das mais diversas formas que os membros da Frota vêm sofrendo me dizem que esses dois assassinatos não são inocentes e têm um denominador comum. Alguém enviou uma mensagem clara , a partir de Israel para a Palestina, tendo em vista os ativistas internacionais.
Eu não penso só no Grupo Salafista. Eu mesmo já estive em campos de refugiados palestinos do Líbano. Eu andava por aqueles bairros onde percebemos que é perigoso estar, mas que nosso trabalho e nosso compromisso fazem com que sejamos respeitados e aceitos por todos os grupos. Suspeitos estão por toda parte, mas eu acho que o Grupo Salafista pode servir a interesses externos, como muitos que conheci em minhas viagens ao Oriente Médio, financiado pela Arábia Saudita, o Mossad, CIA, etc ...

De qualquer forma,  Vittorio Arrigoni, com certeza estará entre nós de volta à Gaza na próxima Flotilha no final de maio. Vittorio Arrigoni foi uma das nossas referências e fonte de inspiração para homens e mulheres da Flotilha, e como todos os grandes homens que fizeram história, ele foi assassinado pelos tolos que servem aos interesses estrangeiros e que sob nenhuma circunstância buscam a paz.

Vittorio vive. A luta continua!

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Postado por Cipó de Aroeira no Viva a Palestina em 4/15/2011 04:32:00 PM

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A FEIRA DA MORTE E O DRAMÁTICO EPSÓDIO NA ESCOLA PÚBLICA EM REALENGO

A PLENÁRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DECIDIU QUE ESTAREMOS FAZENDO A DENÚNCIA DA REALIZAÇÃO DA FEIRA DA MORTE  NO BRASIL, JUNTO COM TODAS AS ENTIDADES,  NO ATO PELA REFORMA AGRÁRIA E CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS : dia 14/04 às 12 horas na Escadaria da Alerj
FEIRA DA MORTE : APOIO  DO GOVERNO FEDERAL &
Governo_Rio_de_Janeiro Riotur
 

Pelo segundo ano, a LAAD - feira de armamentos bélicos que reune as principais empresas israelenses  especializadas  há mais de 63 anos em assassinar o povo palestino, entre crianças e mulheres, estará instalada no Rio de Janeiro,no Rio Centro,  entre os dias 12 a 15 de abril.

A novidade deste ano é o descarado apoio oficial dos governos Estadual e Municipal e a grave denúncia dos acordos militares milionários entre o Estado brasileiro e o terrorista estado de Israel, envolvendo a compra de armamentos, equipamentos e aviões não tripulados de empresas comprometidas com o genocídio de povo árabe, que utilizam a ocupação da Palestina e do Iraque para   experiências com novas armas, como por exemplo: a utilização do urânio empobrecido- resto nuclear -contra o povo da cidade de Gaza e proíbidas pelas convenções internacionais, classificadas por relatório da ONU como crimes de guerra.

Algumas dessas empresa assassinas israelenses estão se utilizando de mecanismos legais, como a compra de parte de empresas nacionais , para que possam livremente, de acordo com a legislação brasileira, participar dos milionários contratos que serão licitados pelo governo brasileiro em torno dos preparativos para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
A FEIRA DA MORTE  se insere nessa conjuntura, o Brasil, ou melhor os governos Federais, Estaduais e Municipais abrem, literalmente, o mercado interno e doméstico da violência para empresas israelitas cujo know how em genocídio é incontestável e, ao mesmo tempo em que dão sua contribuição valiosa a entrada dessa lógica assassina na América Latina.

A cidade do Rio de Janeiro está de luto, estamos todos tristes e estarrecidos com o dramático episódio da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. A mídia corporativa e sionista pautou o episódio, num primeiro momento,  como se fosse um caso particular, para psiquiatra resolver; agora, nesta nova etapa, a estratégia é envolver a discussão  na neblina do racismo contra a religião árabe e produzir um discurso, já batido, mas eficaz, da cruzada contra o "terrorismo". À população é negado o direito a uma discussão franca e aberta sobre as origens de tais comportamentos assassinos, tão comuns nos EUA e em Israel.

A mídia corporativa sionista esconde a FEIRA DA MORTE, e manipula a informação dos assassinatos diários de milhares de crianças na Palestina, no Iraque, no Afeganistão, no Paquistão, no Haiti, na Colômbia, na Líbia e na África produzidos pelos exércitos dos Estados Unidos da América, pelo Estado de Israel, pela UE e a pela OTAN como se fossem assassinatos naturais e necessários para a "democracia" deles, para os "direitos humanos" deles.

Vivemos um período histórico delicado e complexo, onde a propaganda da morte, o estímulo ao assassinato, aos crimes de guerra estão subliminarmente marcados nos discursos dos principais meios de comunicação de massas do mundo e se escondem na teoria da defesa da democracia, dos direitos humanos e da ameaça "terrorista". Tudo é justificável e aceito , desde que os assassinos-heróis sejam eles e os povos "terroristas", as suas vítimas.

Podemos estar vivendo, como sentenciou um camarada palestino, a  "Terceira Guerra Mundial" , mas diferente da primeira e da segunda, esta não se caracteriza pela guerra entre exércitos constituídos, entre Estados-nações, mas dramaticamente, nossa época, se caracteriza pela violência dos exércitos super equipados dos Estados-nações contra os povos desarmados, no interesse do grande capital, e de suas corporações sedentas de mercadorias,como a água, e das riquezas naturais.

 Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino RJ


A Terceira Intifada Palestina

Jamal Harfoush

Convocada a Terceira Intifada do Povo Palestino com a Macha dos Milhões à Palestina

"O que está acontecendo na Palestina, não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico."
Gandhi


Dito isto, está marcada para o dia 15 de maio de 2011, a Terceira Intifada e a Marcha dos Milhões à Palestina. Milhões de Refugiados Palestinos estão se organizando ao redor do mundo, na própria terra que nos foi roubada e nas fronteiras, para iniciarem a maior Intifada (revolta) da história da humanidade contra a fundação terrorista de Israel na Palestina, em busca de seus direitos que foram violados pela fundação de Israel, no dia 15 de maio de 1947.
 
Desta vez, as mídias corruptas e compradas para mentir a nosso respeito, não conseguirão esconder as violações e manipularem a verdadeira história do Povo Palestino, como sempre fizeram.
 
Desde a sua fundação, os judeus-sionistas, que não são os judeus palestinos, sãos os internacionais, de outras terras, não pararam de violar os direitos do povo palestino e ainda continuam matando pessoas indefesas, expulsando famílias de suas próprias casas e dentro do seu próprio país e descaradamente roubando suas terras.
 
Os palestinos nunca aceitaram a fundação de Israel, sempre lutaram contra a sua existência dentro do território palestino. A Palestina é a nossa terra, é o nosso solo sagrado.
 
Nosso povo apelou a todas as entidades internacionais, para reaver seus direitos e obtiveram milhares de resoluções da ONU, favoráveis ao Povo Palestino, que sistematicamente condenam os atos terroristas praticados pelos fundadores de israel. Uma das resoluções imposta pela ONU a Israel é a 194, que afirma aos palestinos refugiados, o direito incontestável de retornarem a sua terra que lhes foi tomada a força.
 
A resolução nunca foi respeitada ou mesmo cumprida pelos israelenses, tanto que nunca permitiram que os palestinos retornassem ao seu próprio país do qual foram expulsos pelos judeus de outros países que acordados pelas Nações Unidas, invadiram e tomaram o nosso solo amado. Para piorar a nossa subsistência o estado terrorista denominado de Israel, conta com o apoio de governantes corruptos, como são os EUA, do regime nefasto da Jordânia e que nesta questão, sempre bloqueou os caminhos para impedir que os palestinos retornassem à sua pátria, garantindo, assim, a segurança dos terroristas israelenses que lhes pagam com o dinheiro que recebem do sionismo internacional. Lembrando que, a Jordânia tem fronteira com a Palestina, e lá vivem milhares de palestinos refugiados, que aguardam o retorno a Palestina. Não podemos também nos esquecer do governante corrupto do Egito, Osni Mubarak, hoje, destronado, mas que sempre garantiu também a tranquilidade e a segurança dos israelenses na fronteira do lado do Egito em troca, recebendo milhões e milhões de dólares dos Estados Unidos e de todo mundo sionista internacional.
 
Ainda existem mais governantes corruptos no mundo árabe, mas o povo de cada país começou a derrubá-los um a um para abrir os caminhos de retorno à Palestina onde está instalado um estado religioso ilegal, ocupando os espaços físicos do povo nativo palestino, constituído por árabes palestinos, por judeus palestinos e como diz a Constituição Palestina, liberdade religiosa para todos os povos que habitam o seu território, embora a religião oficial seja o islamismo.
 
A Revolução dos árabes tem vários objetivos claros, um deles é derrubar os regimes corruptos, abrir os países para o desenvolvimento sustentável, modernizar-se sem prejudicar a própria história, mostrar ao mundo a sua capacidade intelectual tão prejudicada ao longo dos anos pelos invasores ocidentais que lutam para destruir a nossa cultura milenar,passando a idéia de que sejamos primitivos, tudo com a intenção de nos intimidar e de roubar nossas riquezas nacionais. Os movimentos acontecem para limpar seus países dos falsos patriotas, para afastar os traidores, para afastar os exploradores e o principal, por uma questão de honra e justiça, abrir suas fronteiras para resolver a questão Palestina. Sem Israel, as guerras, as mortes, os prejuízos humanos, tudo desaparecerá e nossas crianças e jovens poderão sonhar com um país, com países livres da ingerência internacional e buscaremos o nosso futuro com alegria e muita satisfação.
 
Assim, até o mês de maio, muitos caminhos se abrirão para que a Marcha dos Milhões ultrapasse a fronteira e adentre na Palestina, ou seja, os palestinos refugiados irão retornar em uma Marcha histórica e pacífica a sua pátria assaltada e hoje gerenciada pelos sionistas-israelenses. É um direito nosso e garantido por todos os códigos de ética e apoiado por centenas de resoluções da ONU.
 
A Terceira Intifada Palestina, contará com apoio de todos os árabes e simpatizantes do mundo que entrarão junto com os palestinos, na Marcha dos Milhões, pela fronteira do Egito que, foi aberta com a queda do regime corrupto pró-Israel. Também, passarão pela fronteira da Jordânia, assim que os movimentos terminem de derrubar o regime corrupto do Rei, e, ainda, milhões irão marchar a partir das fronteiras do Líbano e da Síria, rumo a Terra Santa Palestina.
 
A organização dos jovens conta com milhões de apoiadores que estão se organizando em comissões para garantir o sucesso da sua realização.
Essas comissões encontram-se nos países Árabes, no mundo e no espaço virtual.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Os "rebeldes" apoiados pelo imperialismo não tem apoio das massas líbias


Nas últimas duas semanas a Líbia sofreu o mais brutal ataque imperialista, por ar, por mar e por terra, da sua história moderna. Milhares de bombas e de mísseis, lançados de submarinos, vasos de guerra e aviões de guerra, americanos e europeus, estão a destruir as bases militares líbias, os seus aeroportos, estradas, portos, depósitos petrolíferos, posições de artilharia, tanques, porta-aviões blindados, aviões e concentrações de tropas. Dezenas de forças especiais da CIA e do SAS têm andado a treinar, a aconselhar e a apontar alvos para os chamados 'rebeldes' líbios empenhados numa guerra civil contra o governo de Kadafi, as suas forças armadas, as milícias populares e os apoiantes civis ( NY Times 30/03/11).

Apesar deste enorme apoio militar e do total controlo dos céus e da linha costeira da Líbia pelos seus 'aliados' imperialistas, os 'rebeldes' ainda não foram capazes de mobilizar o apoio de aldeias e cidades e encontram-se em retirada depois de enfrentarem as tropas governamentais da Líbia e as milícias urbanas, fortemente motivadas ( Al Jazeera 30/03/11).

Uma das desculpas mais idiotas para esta inglória retirada dos rebeldes, apresentada pela 'coligação' Cameron-Obama-Sarkozy, e repetida pelos meios de comunicação, é que os seus 'clientes' líbios estão 'menos bem armados' ( Financial Times, 29/3/11). Obviamente, Obama e companhia não contabilizam o grande número de jactos, as dezenas de vasos de guerra e de submarinos, as centenas de ataques diários e os milhares de bombas lançadas sobre o governo líbio desde o início da intervenção imperialista ocidental. A intervenção militar directa de 20 potências militares estrangeiras, grandes e pequenas, flagelando o estado soberano da Líbia, assim como o grande número de cúmplices nas Nações Unidas não contribui com nenhuma vantagem militar para os clientes imperialistas – segundo a propaganda diária a favor dos rebeldes.

Mas o Los Angeles Times (31/Março/2011) descreveu como “… muitos rebeldes em camiões com metralhadoras deram meia-volta e fugiram… apesar de as suas metralhadoras pesadas e espingardas antiaéreas serem parecidas com qualquer veículo governamental semelhante”. De facto, nenhuma força 'rebelde' na história moderna recebeu um apoio militar tão forte de tantas potências imperialistas na sua confrontação com um regime instituído. Apesar disso, as forças 'rebeldes' nas linhas da frente estão em plena retirada, fugindo desordenadamente e profundamente descontentes com os seus generais e ministros 'rebeldes' lá atrás em Bengazi. Entretanto, os líderes 'rebeldes', de fatos elegantes e de uniformes feitos por medida, respondem à 'chamada para a batalha' assistindo a 'cimeiras' em Londres onde a 'estratégia de libertação' consiste no apelo, perante os meios de comunicação, de tropas terrestres imperialistas ( The Independent, Londres) (31/03/11).

É baixa a moral dos 'rebeldes' na linha da frente: Segundo relatos críveis da frente da batalha em Ajdabiya, “Os rebeldes… queixaram-se de que os seus comandantes iniciais desapareceram. Acusam camaradas de fugirem para a relativa segurança de Bengazi… (queixam-se de que) as forças em Bengazi monopolizaram 400 rádios de campo oferecidos e mais 400… telemóveis destinados ao campo de batalha… (sobretudo) os rebeldes dizem que os comandantes raramente visitam o campo de batalha e exercem pouca autoridade porque muitos combatentes não confiam neles” ( Los Angeles Times , 31/03/2011). Segundo parece, os 'twitters' não funcionam no campo de batalha.

As questões decisivas numa guerra civil não são as armas, o treino ou a chefia, embora evidentemente esses factores sejam importantes: A principal diferença entre a capacidade militar das forças líbias pró-governo e os 'rebeldes' líbios apoiados por imperialistas ocidentais e por 'progressistas', reside na sua motivação, nos seus valores e nas suas compensações materiais. A intervenção imperialista ocidental exaltou a consciência nacional do povo líbio, que encara agora a sua confrontação com os 'rebeldes' anti-Kadafi como uma luta para defender a sua pátria do poderio estrangeiro aéreo e marítimo e das tropas terrestres fantoches – um poderoso incentivo para qualquer povo ou exército. O oposto também é verdadeiro para os 'rebeldes', cujos líderes abdicaram da sua identidade nacional e dependem inteiramente da intervenção militar imperialista para os levar ao poder. Que soldados rasos 'rebeldes' vão arriscar a vida, a lutar contra os seus compatriotas, só para colocar o seu país sob o domínio imperialista ou neo-colonialista?

Finalmente, as notícias dos jornalistas ocidentais começam a falar das milícias pro-governo das aldeias e cidades que repelem esses 'rebeldes' e até relatam como “um autocarro cheio de mulheres (líbias) surgiu repentinamente (de uma aldeia) … e elas começaram a fingir que aplaudiam e apoiavam os rebeldes…” atraindo os rebeldes apoiados pelo ocidente para uma emboscada mortal montada pelos seus maridos e vizinhos pró-governo ( Globe and Mail, 28/03/11 e McClatchy News Service, 29/03/11).

Os 'rebeldes', que entram nas aldeias, são considerados invasores, que arrombam portas, fazem explodir casas e prendem e acusam os líderes locais de serem 'comunistas da quinta coluna' a favor de Kadafi. A ameaça da ocupação militar 'rebelde', a detenção e a violência sobre as autoridades locais e a destruição das relações de família, de clã e da comunidade local, profundamente valorizadas, levaram as milícias líbias e os combatentes locais a atacar os 'rebeldes' apoiados pelo ocidente. Os 'rebeldes' são considerados 'estranhos' em termos de integração regional e de clã; menosprezando os costumes locais, os 'rebeldes' encontram-se pois em território 'hostil'. Que combatente 'rebelde' estará disposto a morrer em defesa de um território hostil? Esses 'rebeldes' só podem pedir à força aérea estrangeira que lhes 'liberte' a aldeia pró-governo.

Os meios de comunicação ocidentais, incapazes de entender essas compensações materiais por parte das forças pró-governo, atribuem o apoio popular a Kadafi à 'coerção' ou 'cooptação', agarrando-se à afirmação dos 'rebeldes' que 'toda a gente se opõe secretamente ao regime'. Há uma outra realidade material, que muito convenientemente é ignorada: A verdade é que o regime de Kadafi tem utilizado a riqueza petrolífera do país para construir uma ampla rede de escolas, hospitais e clínicas públicas . Os líbios têm o rendimento per capita mais alto de África com 14 900 dólares por ano ( Financial Times, 02/04/11).

Dezenas de milhares de estudantes líbios de baixos rendimentos receberam bolsas para estudar no seu país e no estrangeiro. As infra-estruturas urbanas foram modernizadas, a agricultura é subsidiada e os pequenos produtores e fabricantes recebem crédito do governo. Kadafi promoveu esses programas eficazes, para além de enriquecer a sua própria família/clã. Por outro lado, os rebeldes líbios e os seus mentores imperialistas prejudicaram toda a economia civil, bombardearam cidades líbias, destruíram redes comerciais, bloquearam a entrega de alimentos subsidiados e assistência aos pobres, provocaram o encerramento das escolas e forçaram centenas de milhares de profissionais, professores, médicos e trabalhadores especializados estrangeiros a fugir.

Os líbios, mesmo que não gostem da prolongada estadia autocrática de Kadafi no cargo, encontram-se agora perante a escolha entre apoiar um estado de bem-estar, evoluído e que funciona ou uma conquista militar manobrada por estrangeiros. Muito compreensivelmente, muitos deles escolheram ficar do lado do regime.

O fracasso das forças 'rebeldes' apoiadas pelos imperialistas, apesar da sua enorme vantagem técnico-militar, deve-se a uma liderança traidora, ao seu papel de 'colonialistas internos' que invadem as comunidades locais e, acima de tudo, à destruição insensata de um sistema de bem-estar social que tem beneficiado milhões de líbios vulgares desde há duas gerações. A incapacidade de os 'rebeldes' avançarem, apesar do apoio maciço do poder imperialista aéreo e marítimo, significa que a 'coligação' EUA-França-Inglaterra terá que reforçar a sua intervenção, para além de enviar forças especiais, conselheiros e equipas assassinas da CIA. Perante o objectivo declarado de Obama-Clinton quanto à 'mudança de regime', não haverá outra hipótese senão introduzir tropas imperialistas, enviar carregamentos em grande escala de camiões e tanques blindados e aumentar a utilização de munições de urânio empobrecido, profundamente destrutivas.

Sem dúvida que Obama, o rosto mais visível da 'intervenção armada humanitária' em África, vai recitar mentiras cada vez maiores e mais grotescas, enquanto os aldeões e os citadinos líbios caem vítimas da sua força destruidora imperialista. O 'primeiro presidente negro' de Washington ganhará a infâmia da história como o presidente americano responsável pelo massacre de centenas de líbios negros e da expulsão em massa de milhões de trabalhadores africanos subsaarianos que trabalham para o actual regime ( Globe and Mail, 28/03/11).

Sem dúvida, os progressistas e esquerdistas anglo-americanos vão continuar a discutir (em tom 'civilizado') os prós e os contras desta 'intervenção', seguindo as pisadas dos seus antecessores, os socialistas franceses e os 'new dealers' americanos dos anos 30, que debateram nessa época os prós e os contras do apoio à Espanha republicana… Enquanto Hitler e Mussolini bombardeavam a república por conta das forças fascistas 'rebeldes' do general Franco que empunhava o estandarte falangista da 'Família, Igreja e Civilização' – um protótipo para a 'intervenção humanitária' de Obama por conta dos seus 'rebeldes'.
04/Abril/2011
[*] Professor Emérito de Sociologia na Universidade de Binghamton, Nova Iorque. É autor de 64 livros publicados em 29 línguas, e mais de 560 artigos em jornais da especialidade, incluindo o American Sociological Review, British Journal of Sociology, Social Research, Journal of Contemporary Asia, e o Journal of Peasant Studies. Já publicou mais de 2000 artigos. O seu último livro é War Crimes in Gaza and the Zionist Fifth Column in America.

O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=24142 .
Tradução de Margarida Ferreira.


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