quarta-feira, 18 de abril de 2012

Mais de mil prisioneiros palestinos estão em Greve de Fome nas prisões israelenses


http://www.palestinalibre.org/articulo.php?a=38479




Mais de mil prisioneiros palestinos entram no segundo dia consecutivo de greve de fome para protestar contra as duras condições de detenção, e até agora estão sem resposta das autoridades prisionais com relação ao início das negociações.

"Cerca de 1.200 prisioneiros se recusaram as refeições da manhã e segundo informes de dentro, eles não vão comer nada hoje. Eles seguirão com a greve," informou Efe, porta-voz do serviço de prisões israelenses Sivan Weizman.

O porta-voz explicou que "não se realiza qualquer tipo de negociação com os grevistas", a maioria dos quais - mil - estão em prisões no sul do país.

O Ministério de prisioneiros palestinos eleva para 1.600 presos os participantes da greve de fome e garante que este número vai crescer nos próximos dias e que o protesto se estenderá gradualmente para as 25 prisões israelitas.

Em uma carta que o "Comitê para a luta dos prisioneiro" conseguiu enviar de uma prisão, este organismo promete "que a luta vai seguir até que consigam garantir seus direitos e demandas," segundo publicado hoje pelo jornal Al Ayam.

A carta afirma que ou alcançam seus direitos ou "morrem como mártires".

Em outro documento aprovado na prisão de Nafha, o Comitê de prisioneiros concorda em não se retirar da greve "sem alcançar um mínimo das exigências", que incluiria o fim das penas de isolamento; a permissão para visitas de familiares de Gaza e para aqueles familiares da Cisjordânia que foram proibidos; melhoria das condições de detenção e o fim das incursões noturnas e das constrangedoras revistas aos visitantes.

O Comitê concorda que se uma facção política se retirar da greve , será aplicado medidas punitivas como "isolamento nacional durante pelo menos três anos, suspensão da organização pelo mesmo período e exposição midiática para aqueles que não cumprirem com o pacto".

O documento também define o que os presos podem consumir: apenas água e sal, deixando de fora soros, glicose e vitaminas.

As autoridades israelenses libertaram ontem o prisioneiro Jader Adnan, que permaneceu em greve de fome por 66 dias, no início deste ano. Trata-se do segundo prisioneiro liberado depois de uma prolongada greve de fome, depois de Hana Shalabi, que foi recentemente deportados para Gaza.

Outros dez reclusos palestinos já estão há semanas sem comer, pelo menos quatro deles há cinqüenta dias.


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