quinta-feira, 27 de novembro de 2014

CAMPANHA NACIONAL PELO FIM DO CONTRATO QUE NOS ENVERGONHA! ENVIE A ASSINATURA DE SUA ENTIDADE! PARTICIPE!


Caros  amigos , simpatizantes  e  militantes internacionalistas 
O Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro, em parceria com a ONG Stop the Wall,  recolhem assinaturas para o lançamento de uma Campanha conjunta pelo fim do contrato com a empresa israelense ISDS , contratada pelo Comitê Olímpico RIO 2016.
Abaixo segue o documento (abaixo assinado) para colher as assinaturas .

O contrato com esta empresa, fundada pelos militares da Mossad nos envergonha e fere nossa dignidade!

O sionismo transformou a Palestina em um laboratório a céu aberto, onde testa seus instrumentos de guerra e tortura contra o povo palestino que luta contra a ocupação, o racismo e pela Palestina Livre.  Desta forma, assassina, prende e tortura crianças, jovens, homens e mulheres indiscriminadamente. Sendo esta uma vitrine dantesca e medonha para venda de seus produtos. Vende a morte, o sofrimento, a tortura para alegria dos carrascos dos povos que lutam.

Isso não é novidade, não é novo. Empresas de segurança israelenses já prestaram (e ainda prestam) enormes desserviços aos Direitos Humanos em todos os cantos do mundo, desde o Mundo Árabe, passando pela África   até chegar aqui , em nossa América Latina.

Não podemos deixar a escolha de tal empresa no barato! Em nome de nossa dignidade, de nosso espírito de luta e do compromisso que temos com a solidariedade internacionalista com a Palestina, e com todos os povos que lutam, vamos dar início a esta Campanha com um abaixo assinado onde as Organizações políticas, sociais e sindicais manifestem seu repúdio ao Comitê Olimpico RIO 2014 pela empresa escolhida.

PELO FIM DO CONTRATO QUE NOS ENVERGONHA!

 OBS: SOLIDARIEDADE EM AÇÃO – TODOS JUNTOS - Por favor, ajude a recolher as assinaturas das entidades representativas. Esse é um abaixo assinado para organizações. Esperamos poder juntar as assinaturas até o dia 10 de dezembro, quando iremos entrega-la. E viva a solidariedade internacionalista entre os povos!
Abaixo segue o documento (abaixo assinado) para colher as assinaturas
Abrimos um e-mail especial e específico para essa ação de solidariedade:
Envie a assinatura de sua entidade para

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PELO FIM DO CONTRATO QUE NOS ENVERGONHA!

EMPRESA SIONISTA ISDS ASSUME SEGURANÇA DA RIO 2016 !
A israelense ISDS -- ligada ao “terrorismo seletivo” na Palestina e em toda América Latina -- vai coordenar a “segurança” da Rio2016.
A situação na Palestina está cada dia mais dramática. Os crimes israelenses de ocupação, limpeza étnica e apartheid continuam. Depois do massacre no qual Israel matou mais de 2200 palestinos, Gaza permanece completamente cercada. No resto da Palestina, Israel intensifica a construção dos assentamentos, roubando mais terras, prendendo e torturando crianças e jovens e expulsando a população. O Muro do Apartheid encerra a população palestina da Cisjordânia em guetos cada vez mais herméticos. A política de genocídio e limpeza étnica conta com elevado apoio da sociedade civil israelense.
A solidariedade com o povo palestino é mais urgente que nunca! Em 2005 a sociedade civil palestina iniciou o movimento global de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra Israel, e pelo embargo militar em particular, como forma eficaz e concreta de apoio à causa Palestina e à causa dos direitos humanos.
Com esse espírito, vimos a público denunciar a decisão do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 de contratar a empresa militar israelense ISDS como empresa “integradora” responsável pela coordenação de toda a segurança (com um gasto total de 2,2 bilhões de dólares), pelo treinamento de policiais brasileiros e pelo fornecimento de equipamentos. Além disso, a ISDS vai receber espaço publicitário no valor de 20 milhões de reais. 
A ISDS é, ao mesmo tempo, um símbolo dos crimes contra o povo palestino e contra os povos latino-americanos. 
A ISDS nasce das experiências desenvolvidas por Israel na repressão e no massacre do povo palestino, exportando essas técnicas, metodologias e tecnologias em particular para a América Latina. De acordo com documentação existente, a empresa esteve envolvida com as ditaduras e golpes em Honduras, Guatemala, El Salvador e com o treinamento dos “Contras” na Nicarágua. Na Guatemala, oferecereu abertamente aulas de “terror seletivo” na época do genocídio. Em Honduras, treinou os quadros da ditadura nos anos 80 e forneceu as armas que foram usadas no ataque à embaixada brasileira onde o presidente Zelaya estava refugiado. 
O contrato com a ISDS não é somente uma violação a Campanha Mundial do BDS em defesa da população Palestina. Contratar esta empresa, vinculada a violação dos Direitos Humanos na Palestina e na América Latina, é uma afronta às lutas desses povos pela soberania. Além disso, fortalece a política e a estratégia central dos EUA e de Israel de limitar a soberania dos povos afim de manter a dominação política, econômica e militar, de instaurar e apoiar ditaduras cruéis e de criar instabilidade. O único lugar que a ISDS pode ocupar na América Latina é no banco dos réus. 
Na defesa dos direitos do povo palestino, por uma Palestina livre e, em memória e em solidariedade às lutas populares de toda América Latina e em nome da nossa dignidade as organizações que assinam este documento fazem um apelo ao Comitê dos Jogos Olímpicos – RIO 2016 que cancele imediatamente o contrato com a empresa militar israelense ISDS. 
PELO CANCELAMENTO IMEDIATO DO CONTRATO COM A ISRAELENSE ISDS !

1 - Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

COMITÊ ORGANIZADOR DOS JOGOS OLÍMPICOS DA RIO 2016 FECHA CONTRATO COM EMPRESA ISRAELENSE ENVOLVIDA COM OS CRIMES DA OCUPAÇÃO SIONISTA NA PALESTINA E COM DITADURAS E OS GOLPES MILITARES NA AMÉRICA LATINA



Campanha Palestina contra o Muro do Apartheid - Stop the Wall
Email: global@stopthewall.org -  Twitter: stopthewall

Fora ISDS!
ISDS - Símbolo dos crimes contra o povo palestino e os povos latino-americanos
A Rio2016 e a ISDS
No dia 22 de outubro o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016  anunciou a escolha da empresa israelense ISDS como empresa “integradora” da segurança dos Jogos Olímpicos. A mídia informa que o contrato prevê:
        como “integradora” de todo o sistema de segurança (gastos totais de 2,2 bilhões de dólares), a ISDS vai criar os planos de “segurança” e monitoramento que serão implementados em toda a cidade durante os Jogos (talvez depois). A ISDS vai treinar o pessoal de “segurança” e fornecer equipamentos de controle como escaners e outros. 
        a logomarca da ISDS vai ocupar um espaço publicitário durante a Rio2016 no valor de 20 milhões de reais.
        O vice-presidente da ISDS Ron Shafran explica que a ISDS vai oferecer soluções a problemas de “inteligência”, “controle de multidão”, segurança de grandes espaços etc.
O vice-presidente da ISDS Ron Shafran também comenta que "já contamos com equipes que atam no Brasil, e que atuaram extraoficialmente (sic!) aí durante a Copa do Mundo no verão passado”.

Empresa-líder de crimes contra a humanidade
Missão e serviços

Fundada no 1982, a ISDS se orgulha do fato de ter sido fundada por ex-agentes do Mossad. O fundador e diretor até hoje é Leo Gleser, um ex-coronel das forças armadas israelenses. Diz-se que entre as pessoas com as quais a ISDS trabalhou no passado estão figuras como Gerard Lachtanian, um traficante de armas armênio envolvido,  entre outros,  no golpe em Honduras em 1984; Yehuda Leitner e Emile Sa'ada,  ex-membros do exército israelense, que muitos dizem ter desempenhado um papel no caso Irã-Contras. Zelaya, o presidente de Honduras, informa que as armas utilizadas pelos golpistas, fornecidas pela ISDS, foram entregues por empresas de Yehuda Leitner.

Numa carta de apresentação para os militares da Guatemala de 30 de abril de 1985, Sammy Sapyr, então diretor do escritório guatemalteco da ISDS, descreveu que os serviços da empresa incluem: treinamento antiterrorismo, formação de "esquadrões" antiterrorismo, vigilância eletrônica e coleta de informações, bem como a venda de armas como helicópteros e aviões. Ele ofereceu também um curso de "terrorismo seletivo" sob a rubrica geral "a formação dos militares." Além disso, a ISDS especializou-se em interrogatórios e supervisão de prisioneiros na América Latina; no contexto das ditaduras a ISDS atuou, isso significa tortura e detenção ilegal.

A empresa está vinculada ao Estado de Israel e faz parte do sistema de intervenção militar israelense. Yossi Melman explica o funcionamento desse sistema num artigo escrito para o jornal israelense Haaretz: "O Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores ou o Mossad recebem um pedido para fornecer consultoria de segurança ou para treinar as forças militares e de segurança para o governante de um país, geralmente um tirano. Como as autoridades não podem ou não vão ajudar o presidente diretamente, veem o seu pedido tão importante para promover a segurança e os interesses políticos, pedem a uma empresa privada prestar os serviços solicitados”.

E, de acordo com Carl Fehlandt, um ex-vendedor de armas da ISDS na Guatemala entre 1982 e 1986, “o governo israelense controla a ISDS e quem dá as cartas é o Ministro da Defesa".

Operações e experiências na América Latina
Segundo relatos da mídia, somente na América Latina a ISDS esteve envolvida pelo menos no apoio das seguintes ditaduras e dos seguintes golpes:
        Honduras:
            Entre 1981 e 1984, a ISDS formou em Honduras tanto aa guarda pessoal do presidente Roberto Suazo Córdova como os homens do general Gustavo Álvarez Martínez, chefe das Forças Armadas e promotor da guerra suja contra a esquerda hondurenha. Gleser, da ISDS, contratou os ex-membros do IDF (exército de Israel) Yehuda Leitner e Emile Sa’ada para ajudar a treinar os membros de notório Batalhão 316 de Gustavo Alvarez Martinez, esquadrão da morte privado do general.
            A ISDS é acusada de estar envolvida no desaparecimento de 191 pessoas durante o golpe contra o presidente Zelaya. Além disso, a ISDS é acusada de ter fornecido as armas a Yehuda Leitner que depois foram utilizadas contra a embaixada brasileira.

        El Salvador: Autorizada pelo governo israelense, a ISDS teria fornecido instrutores e vendido material militar ao governo de El Salvador para formar unidades especiais contra a guerrilha de esquerda.

        Guatemala: Além da carta de apresentação da ISDS aos militares guatemaltecos reproduzida na mídia, o mesmo general Rios Montt declarou a um repórter da rede de televisão ABC que o golpe que o levou ao poder tinha sido tão bem-sucedido "porque muitos dos nossos soldados foram treinados pelos israelenses."

        Nicarágua: O geral hondurenho Walter López Reyes informou que os homens da ISDS treinaram os Contras nicaraguenses na base de Tamara, perto de Tegucigalpa.

        Venezuela: A ISDS forneceu serviços de segurança a empresas de petróleo venezuelanas pouco tempo antes do golpe fracassado de 2002 contra o presidente Hugo Chávez.

        Brasil: A ISDS foi acusada de ter fornecido armas a Yehuda Leitner que foram utilizadas contra a embaixada do Brasil em Honduras, onde se refugiou o presidente Zelaya. Com uma tecnologia nova, as armas provocaram diarreia, vômitos, hemorragias nasais e problemas gastrointestinais. A ISDS também está fornecendo serviços de “segurança” à Petrobrás e a Itaipu.
Os jornalistas Peru Egurbide e Ferran Sales afirmam que a ISDS também atuou também no México, no Pere e no Equador, neste último pais durante o governo de León Febres Cordero.
Considerando para quem trabalhou, o fato de Leo Gleser dizer que “Nunca rompi a lei”, vale muito pouco.

Fontes:
As informações foram extraídas das seguintes páginas web:

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Manifestação pelos estudantes assassinados em Ayotzinapa - 20 Noviembre Manifestación 2014

                                                                                                                                                                      Esta mañana durante la realización del desfile del 104 aniversario de la
Revolución Mexicana un nutrido grupo de estudiantes se manifestó en
apoyo y exigencia de la aparición de los 43 normalistas de Ayotzinapa...

Pela liberdade imediata de Laurence Maxwell - estudante chileno preso no México.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Breve História das Relações EUA-Israel

Como os sionistas manipularam e substituíram especialistas no

Departamento de Defesa dos EUA

 [*] Embaixador Andrew I. Killgore, Counterpunch
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu



Alison Weir escreve, no início de seu livro Against Our Better Judgment: The hidden history of how the U.S. was used to create Israel, que, por mais que tantos sejam levados a crer que o apoio dos EUA a Israel seria comandado pelo establishment norte-americano e obraria a favor dos interesses nacionais dos EUA, não há qualquer fato histórico que comprove essa crença.

A realidade é que, durante décadas, praticamente todos os especialistas norte-americanos sempre se opuseram à criação daquele estado; mas foram derrotados e, na sequência, foram substituídos por sionistas nas várias instituições em que trabalhavam, o que prossegue até hoje.

Alison Weir
O sionismo político começou no final dos anos 1800s, como movimento internacional para criar um estado judeu em algum lugar do mundo. Em 1897, o movimento era dirigido pelo jornalista austríaco Theodor Herzl, que organizara o 1º Congresso Mundial Sionista em Basel, Suíça, naquele ano. O sionismo norte-americano começara nos anos 1880s. A Comissão de Delegados dos Israelitas Norte-americanos foi organizada em 1861. Na Guerra Civil norte-americana, o grupo já tinha força suficiente para impedir esforço que a União estava empreendendo, para declarar os EUA nação cristã.

Theodor Herzl
Em 1887, o presidente Grover Cleveland indicou um judeu para o posto de embaixador dos EUA à Turquia, criando o precedente de sempre nomear judeus para aquele posto, ao longo dos 30 anos seguintes. É sinal claro do crescente poder do movimento sionista. Mas em 1912, quando a Sociedade Literária Sionista pediu que o presidente William Taft se manifestasse a favor do sionismo, o Secretário de Estado, Philander Knox, conseguiu fazer abortar o movimento. Knox argumentou que o sionismo “só tinha a ver com interesses de outros países, não com interesses dos EUA”.

E depois de Knox, simplesmente todos os funcionários e representantes do governo dos EUA passaram a se opor a quaisquer esforços para envolver os EUA nos esforços da propaganda sionista, e sempre sob o mesmo argumento: eram esforços que operavam contra os interesses dos EUA. Os sionistas sabiam e até hoje sabem disso; então recorreram, a partir de então, sempre, ao máximo de clandestinidade possível para mascarar seus reais objetivos.

Em 1912, o conhecido advogado norte-americano Louis Brandeis assumiu a presidência da Central Sionista, que se mudara de Berlim, Alemanha, um pouco antes. Brandeis é mais conhecido como juiz da Suprema Corte, mas teve papel sinistro nos altos negócios sionistas. Recrutou jovens advogados, sobretudo de Harvard, para trabalhar a favor da causa sionista. Foi o líder de uma sociedade secreta chamada “Parushim [1] para trabalhar a favor do sionismo, sob uma fachada de irmandade civil. Todos os membros faziam um juramento que, na prática, era como um juramento de sangue, de servir clandestinamente à causa do sionismo.

Donald Neff
Quando Brandeis foi nomeado para a Suprema Corte pelo presidente Woodrow Wilson, oficialmente renunciou a todos os seus clubes e irmandades. Mas foi só encenação. Weir cita o historiador/ jornalista Donald Neff:

Mediante seus lugares-tenentes, ele continuava como o poder por trás do trono. Um daqueles lugares-tenentes foi o altamente respeitado juiz da Suprema Corte Felix Frankfurter, cujas atividades sionistas passaram praticamente sem jamais serem jamais descobertas.

Weir, muito inteligentemente, analisa com brilho a Iª Guerra Mundial e a Declaração de Balfour (a Grã-Bretanha comprometendo-se a apoiar um “lar nacional” para judeus na Palestina). A Declaração foi crítica para o sucesso do sionismo, ocultando, simultaneamente, a promessa de que os sionistas trabalhariam para pressionar os EUA a entrarem na guerra ao lado da Grã-Bretanha. A autora de Against Our Better Judgment escreve que embora o papel dos sionistas para conseguir empurrar os EUA para a guerra tenha sido muito importante, como dizem os sionistas e os britânicos acreditaram, não se sabe exatamente o que os sionistas fizeram.

Chaim Weizmann
Numa das referências que se encontram no livro de Weir, Chaim Weizmann, que adiante seria o primeiro presidente de Israel, reclama, em sua Biografia, do mito criado por britânicos e sionistas, de que ele teria inventado a dinamite, em troca de cuja fórmula teria sido assinada a Declaração de Balfour. Diz ali que não inventou o explosivo. A origem do mito da invenção da dinamite foi tentativa óbvia para encobrir a real razão pela qual aquela Declaração foi assinada, e que claramente só tinha a ver com os EUA serem empurrados para a guerra ao lado dos britânicos, porque, sem essa ajuda, os britânicos perderiam a guerra.

A autora de Against Our Better Judgment cobre também, com excelente cuidado, a Conferência de Paz em Paris, em 1919. A Conferência fervilhava de sionistas trabalhando a favor da criação do estado judeu. O mais importante norte-americano que se opôs a eles naquela ocasião foi o Dr. Howard Bliss, presidente do Colégio Protestante Sírio, que adiante se converteria na Universidade Norte-Americana de Beirute. O presidente Wilson enviara sua Comissão King-Crane, para estudar o que o pessoal do Oriente Médio desejava. Os dois enviados logo descobriram que os árabes estavam monoliticamente na oposição a qualquer ideia de “lar nacional” para os judeus. Já era evidente que os representantes judeus queriam total expulsão dos palestinos, com saque de terras palestinas, e que mobilizariam as forças armadas necessárias para fazer acontecer esse projeto e respectivos planos.

Sionistas, aliados dos nazistas, compunham 
a Polícia Judaica no Gueto de Varsóvia
No livro, Alison Weir documenta fartamente a total falta de ética e moralidade, como se entendem esses conceitos, na ação dos sionistas. Por exemplo, inventaram histórias de terríveis ataques antissemitas na Polônia, para angariar simpatias. Quando o embaixador dos EUA na Polônia relatou que eram histórias falsas, Brandeis e Frankfurter declararam que o embaixador estaria boicotando a missão deles. Frankfurter ameaçou tentar impedir que o embaixador tomasse posse como senador eleito.

Os sionistas mantiveram campanha gigante de Relações Públicas e publicidade, tomando por alvo cada um e goros os setores da sociedade norte-americana, com especial atenção aos cristãos, que pouco conheciam da natureza e dos verdadeiros objetivos do sionismo. Assim os sionistas encenaram a tragédia do “suplício trágico de refugiados tentando fugir dos que os perseguiam, e sem ter casa para onde ir”.

Rabino Elmer Berger
Como diz em suas memórias do rabino antissionista Elmer Berger, houve

(...) campanha total de propaganda, que atingiu praticamente todos e cada um dos pontos de alavancagem política da vida nos EUA.

É importante enfatizar que essencialmente todo o funcionalismo e autoridades do governo dos EUA opunham-se aos sionistas. Evan Wilson, do Serviço Diplomático e cônsul geral dos EUA em Jerusalém opunha-se aos sionistas sob o argumento de que os EUA tinham de pensar, primeiro,  nos interesses do povo dos EUA.

Loy Henderson, diretor do Gabinete de Assuntos do Oriente Próximo e África, escreveu que apoiar a partição da Palestina “teria efeito fortemente adverso para os interesses dos EUA em todo o Oriente Próximo e Médio”. Quando Henderson insistiu em continuar a expor publicamente suas ideias, os sionistas o atacaram viciosamente, chamando-o de “antissemita”, exigindo que pedisse demissão e ameaçando a família de Henderson. O presidente Harry Truman transferiu Henderson para o posto de embaixador dos EUA no Nepal/Índia. É exemplo da realidade do que acontece a funcionários do serviço diplomático, até hoje, que critiquem Israel.

George F. Kennan
Outro que disse palavras de alerta a propósito do sionismo e o efeito danoso que tinha sobre os interesses nacionais dos EUA foi George F. Kennan, quando era diretor de Planejamento de Políticas do Departamento de Estado. Em 1947, escreveu que o plano da partição da Palestina já causara enorme dano aos EUA. O subsecretário de Estado, depois secretário, Dean Acheson, disse que transformar a Palestina em estado judeu poria em risco não só os interesses dos EUA, mas todos os interesses ocidentais no Oriente Próximo.

Judgment é prodigiosamente documentado, com bibliografia de mais de 200 livros e documentos citados. Weir cita duas fontes, uma delas um judeu iraquiano, que escreveu que os sionistas chantageavam-aterrorizavam judeus iraquianos para que pusessem bombas em sinagogas em Bagdá, para conseguir que mais judeus decidissem fugir para Israel, cuja população não estava aumentando. Judeus até mataram judeus para forçar a imigração para Israel.

Em 1948, houve uma batalha entre o Secretário de Estado (general) George Marshall e Clark Clifford, conselheiro político do presidente Harry Truman, em torno do apoio de Truman ao sionismo/Israel. Marshall argumentava a favor dos interesses dos EUA, Clifford pensava na política eleitoral. Marshall deixou de discutir essas diferenças, com Clifford.

Em abril de 1948, pouco antes de o estado de Israel ser criado, terroristas judeus atacaram a vila palestina de Deir Yassin, onde massacraram 175 homens, mulheres e crianças. Os fatos espalharam-se rapidamente pela Palestina, e 750 mil palestinos abandonaram as próprias casas, tornando-se refugiados. Os sionistas haviam previsto esse efeito, que deixou lugar para mais judeus nas cidades vazias com casas e sítios abandonados.

Dorothy Thompson
A crueldade dos sionistas aparece bem clara no destino de Dorothy Thompson, “uma das mais famosas jornalistas do século 20”, segundo a Enciclopaedia Britannica. Mantinha colunas em jornais em todo o país e um programa de rádio com audiência de milhões. Fora casada com um dos mais famosos romancistas dos EUA (Babbitt), Sinclair Lewis.

Thompson, no início, apoiara o sionismo. Mas mudou de posição depois de ver refugiados palestinos. Passou então a ser atacada como antissemita, as colunas foram excluídas dos jornais, o programa de rádio foi cancelado e acabaram os convites para palestras pelo país. Como diz Weir hoje, “já está praticamente apagada da história”.

Agora que Israel já existe há mais de 60 anos, com tantas virtudes cantadas pela imprensa-empresa norte-americana, é muito fácil esquecer, ou jamais, em toda a vida, ouvir dizer, que o país é um entrave grave aos interesses nacionais norte-americanos, e as políticas israelenses têm efeito destrutivo e perigoso para o bem-estar dos EUA. Também por isso, é preciso elogiar entusiasticamente o trabalho de Alison Weir, que lança luz tão brilhantemente iluminadora sobre o relacionamento entre os EUA e Israel.

Espero que esse livro maravilhoso receba toda a atenção que merece.
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Nota dos tradutores
[1] Sobre a palavra ver a página da Opus Dei, em: 24. Quem eram os fariseus, saduceus, essénios e zelotes?
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[*] Embaixador Andrew I. Killgore é o editor do Washington Report on Middle East Affairs e diplomata aposentado que serviu como oficial de carreira do serviço estrangeiro dos EUA em Frankfurt, Londres, Beirute, Jerusalém, Aman, Bagdá, Dacca, Teerã, Manama, e Wellington e como oficial de embaixada em outras posições Escritório Regional do Oriente Médio e Sul da Ásia do Departamento de Estado em Washington antes de sua missão como Embaixador dos EUA em Doha. O Embaixador Killgore recebeu o “Foreign Service Cup”, em 1997, com a citação:

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