quarta-feira, 29 de abril de 2015

"REVOLUCIONÁRIOS" ( LEIA-SE: MERCENÁRIOS) SÍRIOS FELICITAM ISRAEL PELO 67 ° ANIVERSÁRIO DA OCUPAÇÃO SIONISTA DE TERRAS PALESTINAS



"REVOLUCIONÁRIOS" SÍRIOS FELICITAM ISRAEL PELO ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DO ESTADO SIONISTA
Por Beth Monteiro

O grupo terrorista Ahrar al-Sham ( Síria) felicitou o regime israelense pelo 67 ° aniversário da ocupação sionista de terras palestinas.


De acordo com o jornal israelense Maariv, Musa Ahmad al-Nabhan, um alto funcionário do Birô Político do grupo enviou uma mensagem em nome da organização , no qual felicitou as autoridades israelenses pelos 67 anos de manutenção do emprego em territórios palestinos. 

Em sua carta, ele também expressou a esperança de que no próximo ano, este dia seja comemorado na Embaixada de Israel em Damasco.

Note-se que, de acordo com o calendário judaico, os israelenses consideram 23 de abril como o dia da criação do Estado sionista , enquanto no calendário gregoriano, a data é é 15 de maio, que os palestinos conhecem como Dia da Nakba (catástrofe).

Na mensagem do grupo citado por Maariv, lê-se: "Em meu nome e do movimento Ahrar al-Sham felicito Israel e seu povo respeitável pela comemoração dos 67 da independência, na esperança de que vamos comemorar esta importante ocasião no próximo, na embaixada israelense em Damasco...”


Nota do Blog: Acho que esta notícia não deixa mais sombra de dúvidas sobre a natureza da "revolução" (com muitas, muitas aspas) colorida ou da maldita "primavera" árabe. Processo contra revolucionário, cujo objetivo é a dominação imperialista/sionista das riquezas do mundo árabe e seus territórios. Os mercenários a serviço de Israel e dos EUA  espalham e provocam o caos, o medo, a destruição da infraestrutura e a morte ou o desterro de centenas de famílias sírias. Assim tentam abrir caminho a fragmentação do Estado e a intervenção imperialista. Mas o povo sírio tem resistido bravamente ao assedio assassino dos mercenários. 

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA RESPONDE QUE NÃO POSSUI NENHUMA RELAÇÃO COMERCIAL COM A EMPRESA ISRAELENSE ISDS PARA OS JOGOS OLÍMPICOS NO BRASIL



Comunicado à Imprensa - 24 de abril de 2014


Em resposta a sociedade civil, Ministério da Justiça diz que não possui nenhuma relação comercial com a empresa israelense ISDS

Movimentos afirmam que haverá campanha contra o patrocínio da ISDS ao Comitê Olímpico Internacional.

Movimentos de solidariedade com a Palestina e em defesa dos direitos humanos celebram um avanço positivo na polêmica a respeito do envolvimento de empresas conectadas com violações do direito internacional e dos direitos humanos nos Jogos Olímpicos Rio 2016.  Em 8 de abril, a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (Sesge/MJ) respondeu ao chamado de dezenas de entidades e movimentos brasileiros pela exclusão da empresa israelense International Security and Defense Systems (ISDS) da operação de segurança, afirmando que “não há qualquer relação comercial entre a Sesge/MJ e a empresa multimencionada [ISDS]” (1).

Há poucos meses atrás, em outubro de 2014, a ISDS anunciara  internacionalmente ter sido escolhida pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos para coordenar a segurança do evento, uma operação avaliada em de 2.2 bilhões de dólares (2). Em fevereiro de 2015, a competência sobre a segurança das Olimpíadas passou à Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016 (Coesrio 2016), o que fez com que poucas semanas depois, em 16 de março desse ano, dezenas de movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais, diferentes coletivos e associações enviassem uma carta ao presidente da Coesrio, Andrei Rodrigues. A carta revindica ao órgão a exclusão da empresa israelense ISDS das operações de segurança e demais contratações dos Jogos Olímpicos e que empresas com semelhante cumplicidade e ligação com graves violações de direitos humanos e do direito internacional tampouco fossem contratadas (3).

Em resposta, a Sesge/MJ também esclareceu que “qualquer contratação realizada pela Rio 2016 não acarretará qualquer compromisso por parte do Governo Brasileiro” e informou que o “modelo para a execução das atividades de segurança das instalações encontra-se em desenvolvimento no bojo da COESRIO2016 e ainda não está definido pelas instituições com atribuição para a atividade.” Os signatários carta veem esses recentes desenvolvimentos como um primeiro passo para excluir a ISDS de demais contratos da Rio 2016 e e de qualquer contrato público, não somente no Brasil.

Para os autores da carta, trata-se de uma vitória do movimento de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) que cresce internacionalmente. Esse movimento pacífico, busca pressionar Israel pelo cumprimento de suas obrigações com o direito internacional em defesa da igualdade, liberdade e justiça reivindicadas pelo povo palestino com base no direito internacional.  O movimento de BDS é uma resposta da sociedade civil internacional à impunidade de que vem desfrutando o Estado israelense e à cumplicidade empresas e entes privados que seguem lucrando e viabilizando ações ilegais e imorais.

De acordo com documentação do movimento palestino Stop the Wall sobre a ISDS (4), a empresa é acusada de ter laços com os golpes, esquadrões da morte e ditaduras da América Central. “Para nós o boicote dessa empresa é paradigmatico: Israel desenvolve suas metodologias e tecnologias na matança e repressão do povo palestino para depois vende-las em todo o mundo. O fim das relações militares e de segurança com Israel é um ato de defesa não somente do povo palestino. É um ato de defesa da humanidade”, comenta Jamal Juma’, coordenador do movimento Stop the Wall.

“Ficamos felizes com a informação de que o governo se distancia da ISDS. Seria ilegal e vergonhoso contratar uma empresa que desenvolve suas tecnologias em cumplicidade com os crimes israelenses e que coleciona denúncias sobre sua participação nas ditaduras da América Central”, disse Julio Turra, diretor executivo da CUT nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma das organizações signatárias da carta enviada à COERSRIO2016. “Seguiremos atentos à definição do processo de contratação de empresas para os Jogos 2016. Empresas conectadas ou cúmplices de graves violações de direitos humanos e do direito internacional não podem ter espaço nas licitações”, acrescentou Pedro Charbel, coordenador latino-americano do Comitê Nacional Palestino de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BNC).

Mahmoud Nawajah, coordenador geral do BNC comentou a notícia: “Saudamos o fato do Governo Brasileiro afirmar categoricamente que não tem nenhuma conexão comercial com a ISDS. Esperamos que isso permaneça e que companhias similares não sejam contratadas. É importante que o Brasil caminhe rumo a um embargo militar completo a Israel”.

“O pedido de embargo militar a Israel tem apoio de grandes nomes internacionais, como os ganhadores do Nobel da Paz Desmond Tutu, da África do Sul e Adolfo Perez Esquivel, da Argentina. O Brasil não pode seguir na contra mão disso”, afirmou Felipe Butelli do Kairos Brasil, grupo de cristãos e teólogos brasileiros em solidariedade ao povo palestino.

Em relação ao contrato que faz da ISDS fornecedora oficial das Olimpíadas, junto ao Comitê Organziador dos Jogos Olímpicos, Soraya Misleh, da Frente de Defesa do Povo Palestino, afirma que haverá uma ampla campanha pelo seu fim: “Não podemos permitir que Jogos Olímpicos em nosso país tenham o logo de uma empresa como essa estampado em suas publicidades. É uma afronta a todas e todos que acreditam nos direitos humanos e na justiça”.

“Com certeza teremos uma campanha forte contra o patrocínio da ISDS ao Comitê Organziador dos Jogos e continuamos a monitorar a COESRIO. As Olimpíadas não podem beneficiar empresas que lucram com graves violações de direitos humanos. Os Jogos Olímipicos não podem aprofundar as práticas repressoras em nosso país ou referendar práticas ilegais e imorais compactuando com empresas como essa”, afirmou Maristela Pinheiro, do Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro. Mahmoud Nawajah do BNC disse que “os brasileiros podem ter certeza de que terão o suporte da sociedade civil palestina e internacional na campanha contra o envolvimento da ISDS nos Jogos Olímpicos”.


Contato:
+55 11 9 7603 5014




Notas:

  1. Texto integral da resposta da Sesge:

Prezados Senhores,

Incumbiu-me o Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos de ofertar-lhes respostas ao conteúdo da missiva em anexo.

O Governo Brasileiro assumiu diversas tarefas anteriormente atribuídas à Empresa Rio 2016 (Comitê Organizador Local dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos), em cumprimento a acordo firmado. Dentre elas, estão as ações relacionadas à segurança das instalações, cujo planejamento e coordenação estão a cargo da Secretária Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, por meio da COESRIO2016 (Comissão Estadual de Segurança e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016 no Rio de Janeiro).

O modelo para a execução das atividades de segurança das instalações encontra-se em desenvolvimento no bojo da COESRIO2016 e ainda não está definido pelas instituições com atribuição para a atividade. Dessa maneira, não há qualquer relação comercial entre a Sesge/MJ e a empresa multimencionadano documento. Relembro que, qualquer contratação realizada pela Rio 2016 não acarretará qualquer compromisso por parte do Governo Brasileiro.

Por isso, assim que definido o modelo de atuação, caso haja a utilização de entes privados, todos os ditames legais , notadamente os normativos relacionados à licitação e à segurança privada, serão necessariamente cumpridos pela Sesge/MJ.

Sem mais para o momento, coloco-me a disposição para esclarecimentos porventura necessários.

Atenciosamente
Virgínia Palharini
Chefe de Gabinete - Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos - Ministério da Justiça

  1. Texto integral da carta: http://goo.gl/nhVURO
  2. Relatório da Stop the Wall: http://goo.gl/nNevh2
  3. Texto integral da carta dos movimentos contra a contratação da ISDS: http://goo.gl/UKl2Pc

quinta-feira, 16 de abril de 2015

AS VÍTIMAS IGNORADAS DAS GUERRAS IMPERIALISTAS : 4 MILHÕES DE MORTOS NO AFEGANISTÃO, PAQUISTÃO E IRAQUE DESDE 1990

En los países occidentales, la opinión pública vive convencida de que el colonialismo es cosa del pasado, cree que sus Estados ya no practican las matanzas en masa. La realidad es muy diferente. Varias asociaciones internacionales acaban de demostrar que sólo en Afganistán, Pakistán e Irak, las guerras impuestas por las naciones occidentales ya han dejado probablemente más de 4 millones de muertos.

JPEG - 38.5 KB

Vistas desde Asia, las guerras occidentales no han aportado ayuda ni democracia. Tampoco han vengado los atentados del 11 de septiembre de 2001. Sólo han sembrado muerte y desolación.

Un importante estudio demuestra que la «guerra contra el terrorismo» encabezada por Estados Unidos ha matado a 2 millones de personas. Pero sólo se trata de un conteo parcial de las muertes de las que Occidente es responsable en Irak y Afganistán desde hace más de 2 décadas.
El mes pasado, Physicians for Social Responsibility (PSR), prestigiosa ONG con sede en Washington DC, publicó un estudio clave [disponible para su descarga a través del vínculo que aparece al final de este trabajo]. Ese estudio demuestra que el balance sobre las pérdidas de vidas humanas de más de una década de «guerra contra el terrorismo», desde los atentados del 11 de septiembre de 2001, se eleva como mínimo a 1,3 millones de muertos. Según esta ONG, ese conteo podría alcanzar incluso los 2 millones.
Publicado por un equipo de doctores que obtuvo el Premio Nobel de la Paz [En 1985, cuando ganar ese premio todavía significaba algo. Nota de la Red Voltaire.], este informe de 97 páginas es el primer conteo del número total de bajas civiles provocadas por las intervenciones «antiterroristas» desatadas bajo la égida de Estados Unidos contra Irak, Afganistán y Pakistán.
Este informe del PSR fue redactado por un equipo interdisciplinario de expertos de primera línea en materia de salud pública, entre los que se encuentra el Dr. Robert Gould, director a cargo de la sensibilización y la educación de los profesionales de la salud en Centro Médico de Universidad de California (San Francisco). Entre sus redactores también podemos citar al profesor Tim Takaro, quien enseña en la Facultad de Ciencias de la Salud de la Universidad Simon Fraser (Canadá).
Sin embargo, este estudio ha sido casi totalmente ignorado por los medios de difusión anglófonos [al igual que por la prensa francófona y por la prensa en español. Nota de laRed Voltaire.]. Se trata del primer intento –realizado por una organización mundialmente prestigiosa– de presentar un cálculo científicamente realizado del número de personas muertas a causa de la «guerra contra el terrorismo» desatada por Estados Unidos [, Francia] y Gran Bretaña.
Cuidado con las lagunas
El Dr. Hans von Sponeck, ex secretario general adjunto de la ONU, describe este informe del PSR como una
«importante contribución para reducir el abismo entre los estimados confiables sobre las víctimas de la guerra –en particular la cifra de civiles en Irak, Afganistán y Pakistán– y los balances tendenciosos, manipulados e incluso falsificados».
Este estudio contiene un reexamen científico de los antiguos estimados sobre el número de víctimas de la «guerra contra el terrorismo». En el caso de Irak, el estudio es particularmente crítico al referirse al balance habitualmente citado por los grandes medios de difusión, o sea los 110 000 muertos que expone el Iraq Body Count (IBC). Esas cifras se obtuvieron mediante el conteo de las bajas civiles anunciadas en los medios de prensa. Pero el PSR ha encontrado graves lagunas y otros problemas metodológicos en esa forma de conteo.
Por ejemplo, de los 40 000 cadáveres enterrados en Nayaf desde el inicio de la guerra de Irak en 2003, el IBC contó solamente 1 354 muertos en esa ciudad durante el mismo periodo. Ese ejemplo indica la gran diferencia entre las cifras del IBC en la ciudad de Nayaf y el balance real. En este caso, las cifras reales son 30 veces superiores.
La base de datos del IBC está llena de esas diferencias [entre las cifras que registra y la realidad]. En otro ejemplo, esta organización registró solamente 3 incursiones aéreas en cierto momento de 2005. En realidad, la cantidad de ataques aéreos había aumentado aquel año de 25 a 120. Nuevamente, los datos reflejados son 40 veces inferiores a la realidad.
Según el informe del PSR, el controvertido estudio de la revista británica The Lancet, que había estimado en 655 000 el número de muertos en Irak entre 2003 y 2006 –y en más de 1 millón hasta hoy, mediante una extrapolación– estaba probablemente mucho más cerca de la realidad que las cifras del IBC. En realidad, este informe confirma un cuasi consenso entre los epidemiólogos sobre la confiabilidad del estudio publicado en The Lancet.
A pesar de una serie de críticas justificadas, la metodología estadística aplicada en ese trabajo es el modelo universalmente reconocido para determinar la cantidad de muertos en las zonas de conflicto. Por cierto, es la que utilizan los gobiernos y las agencias internacionales.
Una negación politizada
El PSR analizó también la metodología y las conclusiones de otros estudios que indican un balance inferior de pérdidas humanas, como un artículo del New England Journal of Medicineque también contiene cierta cantidad de lagunas.
El mencionado artículo no tiene en cuenta las cifras de las provincias más afectadas por las operaciones militares, o sea Bagdad, al-Anbar y Ninive. En realidad, el artículo del New England Journal of Medicine se basa en los datos erróneos del IBC al extrapolar las cifras sobre esas regiones. Y también impuso «restricciones motivadas por razones políticas» a la recolección y análisis de los datos. Por ejemplo, las entrevistas fueron realizadas por el ministerio iraquí de Salud, en aquel momento «totalmente dependiente de la potencia ocupante». Bajo la presión de Estados Unidos– ese ministerio iraquí se había negado a publicar sus datos sobre las muertes de iraquíes oficialmente registradas.
En particular, el PSR analizó las alegaciones de Michael Spaget, John Sloboda y otros críticos que describieron como «fraudulentos» los métodos de recogida de datos del estudio deThe Lancet. Según la ONG, tales argumentos carecen de fundamento.
Las pocas «críticas legítimas», según el PSR, «no afectan la credibilidad de los resultados de las investigaciones de The Lancet en su conjunto. Esas cifras siguen siendo los mejores estimados actualmente disponibles». Las conclusiones de «The Lancet» también se ven corroboradas por los datos de un nuevo estudio realizado por la revista científica PLOS Medicine, que contabilizó 500 000 víctimas de la guerra en Irak. En total, el PSR ha logrado determinar que la cantidad más probable de muertos civiles en ese país desde 2003 asciende a 1 millón.
El estudio del PSR agrega a ese balance al menos 220 000 muertos en Afganistán y 80 000 en Pakistán, víctimas directas o indirectas de la campaña militar encabezada por Estados Unidos. En otras palabras, esta ONG presenta un «estimado conservador» que se eleva a 1,3 millones de muertos en Irak, Afganistán y Pakistán. Sin embargo, las cifras reales podrían fácilmente «sobrepasar los 2 millones».
Pero el propio estudio del PSR también presenta ciertas lagunas. Primeramente, la «guerra contra el terrorismo» iniciada después del 11 de septiembre de 2001 no era nada nuevo sino una simple prolongación de las políticas intervencionistas ya iniciadas anteriormente en Irak y Afganistán.
Por otra lado, la carencia de datos sobre Afganistán significa que el estudio del PSR probablemente subestimó el balance de bajas humanas en ese país.
Irak
La guerra de Irak no comenzó en 2003 sino en 1991, con la primera guerra del Golfo, a la que siguió la aplicación de un régimen de sanciones impuesto a través de la ONU.
Un estudio anterior del propio PSR, realizado por la entonces demógrafa del Buró de Censos de Estados Unidos Beth Daponte, ha demostrado que la cantidad de muertes de iraquíes provocadas por la primera guerra del Golfo se elevaba a cerca de 200 000, principalmente víctimas civiles [1]. Aquel estudio fue censurado por las autoridades.
Después de la retirada de la coalición encabezada por Estados Unidos, [la primera guerra del Golfo] prosiguió en el plano económico, a través de las sanciones de la ONU, impuestas por Estados Unidos y Gran Bretaña. El pretexto que se invocó para justificar aquellas sanciones fue impedir que el presidente Sadam Husein lograse tener acceso a los elementos necesarios para la fabricación de posibles armas de destrucción masiva. Pero bajo aquel embargo, los bienes cuyo acceso se prohibió a Irak incluían gran cantidad de productos de primera necesidad, indispensables para la población civil.
Cifras de la ONU, que nunca han sido puestas en dudas, demuestran que alrededor de 1,7 millones de civiles iraquíes murieron por causa de ese brutal régimen de sanciones impuesto por Occidente y que la mitad de esos muertos fueron niños [2].
Y parece que las sanciones tenían como objetivo provocar esa gran cantidad de muertos. Entre los bienes prohibidos [a Irak] por las sanciones de la ONU estaban los productos químicos y el equipamiento esencial para el funcionamiento del sistema iraquí de tratamiento del agua. El profesor Thomas Nagy, de la Escuela de Comercia de la Universidad George Washington, descubrió un documento secreto de la agencia de inteligencia del Pentágono (la DIA, Defence Intelligence Agency), documento que, según el profesor Nagy, constituye
«un plan inicial de genocidio contra el pueblo iraquí».
En un artículo científico redactado en el marco de la Asociación de Investigadores sobre los Genocidios de la Universidad de Manitoba (Canadá), el profesor Nagy explicó que el documento de la DÍA revelaba con «lujo detalles, un método perfectamente operacional para “degradar completamente el sistema de tratamiento de aguas” de toda una nación» a lo largo de una década. De esa manera, la política de sanciones crearía
«las condiciones favorables a la amplia propagación de enfermedades, como epidemias de gran envergadura (…) liquidando así gran parte de la población iraquí» [3].
Por consiguiente, sólo en el caso de Irak, la guerra de Estados Unidos contra ese país mató 1,9 millones de iraquíes, desde 1991 hasta 2003. Y a partir de 2003 se registran más o menos 1 millón de muertes más. Así que la agresión de Estados Unidos contra Irak costó en total cerca de 3 millones de vidas de iraquíes.
Afganistán
En Afganistán, el número total de víctimas mencionado en el estimado del PSR también parece estar muy por debajo de la realidad. Seis meses después de la campaña de bombardeos de 2001, el periodista del Guardian Jonathan Steele reveló que entre 1 300 y 8 000 afganos habían sido víctimas mortales directas [4]. Steele agregaba que las consecuencias de la guerra habían provocado un exceso de mortalidad al provocar la muerte de unas 50 000 personas.
En su libro, Body Count: Global Avoidable Mortality Since 1950, el profesor Gideon Polya aplicó la misma metodología que el Guardian para analizar los datos anuales de mortalidad de la División de Población de la ONU [5]. Así pudo calcular las cifras plausibles del exceso de mortalidad en Afganistán. Bioquímico retirado de la Universidad de La Trobe (Melbourne, Australia), Polya llegó a la conclusión de que el total de decesos evitables en Afganistán –país en estado de guerra permanente desde 2001 y sometido a las privaciones que le impone el ocupante– se elevaba a 3 millones (entre los que se cuentan los fallecimientos de 900 000 niños de menos de 5 años).
Aunque ninguna revista universitaria publicó los descubrimientos del profesor Polya, el estudio que presenta enBody Count, su libro de 2007, ha sido recomendado por Jacqueline Carrigan, profesora de sociología de la Universidad del Estado de California [6]. Jacqueline Carrigan ha presentado este estudio como «una mina de datos sobre la situación global de la mortalidad» en una reseña publicada en la revista Socialism and Democracy de las ediciones universitarias Routledge.
Como en el caso de Irak, la intervención de Estados Unidos en Afganistán comenzó, mucho antes del 11 de septiembre de 2001, en 1992 bajo la forma de una ayuda militar, logística y financiera clandestina de Estados Unidos a los talibanes. Aquella ayuda secreta favoreció la conquista violenta de cerca del 90% del territorio afgano por parte de los talibanes [7].
En 2001, la Academia Nacional de Ciencias publicó un informe titulado Forced Migration and Mortality [8]. En ese estudio, Steven Hansch –epidemiólogo de primer plano y director de Relief International– subrayaba que el incremento de la mortalidad provocado en los años 1990 por las consecuencias de la guerra había dejado entre 200 000 y 2 millones de muertos en Afganistán. Por supuesto, la Unión Soviética es en parte responsable de la devastación de la infraestructura civil de ese país, la cual creó las bases de ese desastre humanitario.
Al adicionarlas, esas cifras sugieren que en Afganistán el balance total de las consecuencias directas e indirectas de las operaciones estadounidenses [y occidentales] desde el inicio de los años 1990 hasta el día de hoy podría ser estimado entre 3 y 5 millones de muertos.
La negación
Según las cifras que acabamos de estudiar, el total de muertes provocadas por las intervenciones occidentales en Irak y Afganistán desde los años 1990 –entre las muertes provocadas directamente por la guerra y las que se deben a las privaciones provocadas a largo plazo por la guerra– podría elevarse a unos 4 millones: 2 millones de muertos en Irak entre 1990 y 2003 y 2 millones a causa de la «guerra contra el terrorismo». Si tomamos en cuenta los elevados estimados sobre el exceso de mortalidad [consecuencia de la guerra] en Afganistán, este balance podría elevarse incluso a 6 u 8 millones de muertos.
Es posible que esas cifras sean demasiado altas pero nunca podremos saberlo con certeza. En efecto, las políticas de las fuerzas armadas de Estados Unidos y de Gran Bretaña consisten en no contabilizar las muertes de civiles provocadas por sus operaciones, muertes consideradas como incidentes sin interés.
Debido a la grave carencia de datos en Irak, a la cuasi total inexistencia de archivos en Afganistán así como a la indiferencia de los gobiernos occidentales ante todo lo concerniente a las muertes de civiles, resulta literalmente imposible determinar la verdadera cantidad de fallecimientos que esas intervenciones han provocado.
Al no existir ni la más mínima posibilidad de comprobarlas, esas cifras proporcionan estimados plausibles basados en la aplicación de la metodología estadística basada en las mejores pruebas disponibles –aún tratándose de pruebas particularmente escasas. A falta de datos precisos, estos estimados nos proporcionan una idea de la magnitud de la destrucción.
La mayoría de esas muertes fueron justificadas invocando la lucha contra la tiranía y contra el terrorismo. Sin embargo, gracias al silencio cómplice de los medios masivos de difusión, la mayoría de la ciudadanía no tiene la menor idea del verdadero alcance de este terror permanente que la tiranía estadounidense y británica impuso en Afganistán e Irak, en nombre de los ciudadanos de Estados Unidos y del Reino Unido.
[1] “Toting the Casualties of War”, Bloomberg Business, 5 de febrero de 2013.
[2] Behind the War on Terror: Western Secret Strategy and the Struggle for Iraq, Nafeez M. Ahmed, New Society Publishers, 1º de septiembre de 2003).
[3] “The Role of Iraq Water Treatment Vulnerabilities in Halting One Genocide and Preventing Others”, Thomas J. Nagy, Association of Genocide Scholars, 12 de junio de 2001.
[4] “Forgotten victims”, Jonathan Steele, The Guardian, 20 de mayo de 2002.
[5] Body Count Global Avoidable Mortality Since 1950, Gideon Polya, G.M. Polya, Melbourne (2007).
[6] “Body Count: Global Avoidable Mortality Since 1950”, Jacqueline Carrigan, Socialism and Democracy, 13 de abril de 2011.
[7] “Islamic State is the cancer of modern capitalism”, Nafeez M. Ahmed, Middle East Eye, 27 de marzo de 2015.
[8] Forced Migration and Mortality, Holly E. Reed and Charles B. Keely, Editors; Roundtable on the Demography of Forced Migration; Committee on Population; Division of Behavioral and Social Sciences and Education; National Research Council (2001).
 http://www.voltairenet.org/article187311.html

COMBATES ENTRE O DAESH E AS RESISTÊNCIAS PALESTINAS NA SÍRIA

Quarta-feira, 1 de abril de 2015, desenrolava-se no campo palestino de Yarmouk, nos arredores de Damasco, uma cerimônia organizada pelo Ministério Sírio da Reconciliação.
Na altura, o acampamento foi atacado por elementos vindos da aldeia vizinha de Hajar al-Aswad, aliados com certos ex-militantes do Hamas, que antes tendo-se passado para a Frente Al-Nusra (al-Qaida), agora se juntaram ao Daesh (Exército Islâmico).
Durante várias horas, intensos combates opuseram o Daesh ás várias milícias palestinianas, entre as quais os seus antigos camaradas do Hamas. Ao fim da noite, os jiadistas controlavam a maior parte do acampamento. Mas, durante a noite, o Exército Árabe Sírio enviou reforços e o Daesh retirou-se por completo.
Os campos de «Yarmouk» e de «Palestina», não são acampamentos formados por tendas ou barracas (favelas-br) como em outros Estados árabes, mas, sim, cidades em cimento, construídas segundo as normas sírias. Tradicionalmente, a República Árabe da Síria administra-os em parceria com os partidos políticos palestinianos.
No fim de 2012, milicianos do Hamas, leais a Khaled Mechaal, deixaram penetrar no campo jiadistas da Frente Al-Nusra (al-Qaida) e agentes da Mossad israelita para tentar o assassínio dos líderes da Fatah e da F.P.L.P [1]. A República Árabe da Síria havia, de imediato, enviado uma chamada por SMS a 160. 000 habitantes para fugirem. Em 48 horas, 120 mil deles foram realojados em escolas e hotéis da capital. O Exército Árabe Sírio realizou, então, o assalto militar com o apoio da Autoridade Palestiniana. No final, após intensos combates e um terrível cerco, um acordo político levou ao «congelamento» do acampamento onde ainda permaneciam 18. 000 pessoas. A cerimónia de ontem deveria ter marcado a reconciliação entre, por um lado, a República Árabe da Síria, a FPLP e a Fatah e, por outro lado, um ramo do Hamas e os elementos da al-Nusra.
Durante dois anos, grupos palestinos contrários à República árabe da Síria atacaram todos os comboios de abastecimento alimentar que entram no acampamento, confiscam os bens e depois revendem-nos a 3,5 vezes o seu preço aos outros habitantes do acampamento. Para se alimentar a população é, pois, forçada a juntar-se a estes grupos que lhes pagam, então, um salário em dólares.
A imprensa do Golfo lançou uma campanha de propaganda acusando o Exército Árabe Sírio de matar à fome e de bombardear os palestinos, tal como Israel faz em Gaza.
A Síria, é o único Estado árabe a garantir igualdade jurídica absoluta aos palestinos, e, o acesso gratuito às suas escolas, ás suas universidades e a todos os seus serviços sociais. Vários generais do Exército Árabe Sírio são Palestinianos.
Tradução Alva
http://www.voltairenet.org/article187236.html#nb1

[1] «Des agents du Mossad dans l’unité d’Al-Qaida qui a attaqué le camp de Yarmouk» (Fr- «Agentes da Mossad na unidade da Al-Qaida que atacou o acampamento de Yarmouk»- ndT), Réseau Voltaire, 31 décembre 2012.