Reunidos por três dias, líderes de todas as comunidades palestinas de onze países da América Latina, realizaram uma conferência preparatória em Santiago para discutir novas bases transparentes e democráticas para refundar a Confederação Palestina que ficou inativa há mais de um quarto de século.
Na declaração final, se convocou a unidade das comunidades em torno da Palestina e de sua luta libertária, fizeram um chamado a comunidade internacional a se "solidarizar e exigir a responsabilidade por atos internacionalmente ilícitos de Israel diante de violações do sistema de proteção internacional dos direitos humanos do povo palestino, o direito internacional humanitário e as resoluções e opiniões dos órgãos jurídicos internacionais, em particular as resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Corte Internacional de Justiça, entre outros. As condenações e as censuras não são suficientes, é urgente tomar medidas reais e concretas tendentes a forçar Israel a respeitar e cumprir a lei. O silêncio, a hipocrisia e a dupla moral exibidos apenas sinaliza a luz verde aos opressores para continuar com suas atrocidades e violações ".
Este é o texto da Declaração Final entregue aos meios de comunicação e à opinião pública:
1. Com a unanimidade dos participantes, com base em uma análise jurídica e padrões éticos , nós membros latino-americanos do Povo Palestino, concluímos que o IV Congresso da COPLAC deve ser realizado de acordo com os aspectos jurídicos, democrático, com independência e genuínos representantes das comunidades, acordamos dar um prazo aproximado de seis meses para preparar as bases e condições para a convocação do referido congresso.
2. As delegações reunidas convocam a todas as organizações palestinas do continente que trabalhem juntas para alcançar um congresso bem sucedido, representativo e útil para nossas comunidades nos países de residência e especialmente para o nosso povo, tanto na Palestina sob ocupação como na diáspora.
3. Manifestamos que a COPLAC faz parte das organizações populares da OLP e, como tal, respeitamos esta e suas instituições, para as quais o canal oficial de comunicação será o Departamento de Expatriação da OLP.
4. As comunidades palestinas do continente reafirmam o direito, e o de todos os refugiados palestinos, ao retornar aos lugares de origem de onde fomos expulsos violentamente. Este direito está consagrado na legalidade internacional e especialmente na Resolução nº 194 das Nações Unidas (ONU).
5. Reafirmamos o nosso legítimo direito de resistir, com todos os meios, à opressão e à ocupação militar estrangeira, um direito consagrado em todos os níveis de legalidade internacional e humanitária.
6. Chamamos
a Comunidade Internacional a solidarizar-se e exigir a responsabilidade
pelos atos internacionalmente ilícitos de Israel frente aos
descumprimentos do sistema internacional de proteção aos Direitos
Humanos do povo palestino, ao direito internacional humanitário e as
resoluções e ditames das estâncias legais internacionais, em especial,
as Resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança da Nações
Unidas, da Corte Internacional de Justiça, entre outras. Não são
suficientes as condenações e reprovações, urge a adoção de medidas reais
e concretas para obrigar Israel a respeitar e cumprir com a legalidade.
O silêncio, a hipocrisia e a dupla moral mostrados, só dão luz verde
aos opressores a continuar com as suas atrocidades e violações.
7. Exigimos a esta mesma Comunidade Internacional exercer pressões e ações para lograr a libertação dos presos políticos palestinos, levantar o bloqueio e as sanções impostas a Gaza e deter as manobras de colonização nos territórios ocupados, incluindo Jerusalém ocupada.
8. Frente as estas sistemáticas e diárias violações, apoiamos as ações de resistência pacífica do Movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e fazemos um chamado a sociedade civil e aos governos democráticos a boicotar a entidade sionista como forma efetiva de enfrentar a colonização e o Apartheid.9. Nestes dias comemoramos os 100 anos da fátidica Declaração de Balfour, na qual a Grã-Bretanha, potência militar, colonial e imperialista da época, promete um “Lar Nacional” para os sionistas estrangeiros nas terras palestinas, prometendo o que não lhes pertence. Neste sentido, condenamos esta aberração e exigimos que a Grã-Bretanha reconheça este histórico erro, se desculpe e indenize as vítimas.
Finalmente, como latino americanos de origem palestina, amantes da paz e da justiça, desejamos construir uma Palestina livre, soberana, democrática e laica, com Jerusalém como sua capital e com o retorno de todos os refugiados palestinos a seus lares usurpados.
CHILE
1. Federação Palestina
2. Clube palestino
3. Comitê Democrata Palestino
4. Grupo Palestina Livre
5. União Geral dos Estudantes Palestinos (UGEP)
6. Organização de Solidariedade com a Palestina (OSP - UC)
7. Centro árabe de Concepción
8. Juventude chileno-árabe para a Palestina de Valdivia
BRASIL
9. União Democrática Das Entidades Palestinianas do Brasil
10. Sociedade Árabe Palestino Brasileira de Santa Maria
11. Socidade Palestina, Brasília
12. Sociedade Árabe Palestina de Porto Alegre
13. Sociedade Árabe Palestina Beneficente do Brasil
14. Centro Cultural Árabe Palestino de Mato Grosso Do Sul
15. Comitê Catarinense de Solidariedade Com o Povo Palestino, Florianópolis
16. Centro Cultural Árabe Palestino Brasileiro de São Paulo
17. Soceties Palestina árabe de Corumbá MS
18. Comitê da Palestina Democrática
19. Centro Cultural Palestino Brasileiro do Rio Grande do Sul
20. Instituto Brasil Palestina
21. Movimento palestino para todos
O SALVADOR
22. Clube árabe salvadorenho
23. Associação salvadorenha da Palestina
VENEZUELA
24. Associação de Canaã
25. Associação Al Nakba
26. Movimento venezuelano de solidariedade com a Palestina
GUATEMALA
27. Associação Comunitária Palestiniana
28. Associação Árabe da Guatemala
BOLÍVIA
29. Juventude Árabe da Bolívia
PANAMA
30. Câmara de Comércio Árabe Panameña
31. Comunidade Palestina do Panamá
32. Club Unión Árabe de Panamá
COLOMBIA
33. Fundação Cultural Colombo Palestina
34. Associação Damas Colombo Palestino
PERU
35. Instituto Cultural Palestino peruano
ARGENTINA
36. Casa palestina
CUBA
37. União Árabe de Cuba
Santiago, Chile, 31 de outubro de 2017.
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