quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

POLÍCIA DO EGITO AGRIDE MANIFESTANTES DA MARCHA DA LIBERDADE‏


Quinta-feira 31 de dezembro de 2009
A polícia egípcia feriu duas mulheres e um homem durante as manifestações da Marcha da Liberdade para Gaza, nesta quinta-feira..Centenas de pessoas, incluindo ativistas internacionais, protestaram em ambos os lados da fronteira da Faixa de Gaza contra o fechamento de passagem de Israel impostas ao território. Apenas oitenta e seis ativistas internacionais tiveram permissão para entrar nem Gaza na quarta-feira, através do posto fronteiriço de Rafah.Outros 1.300 ativistas de cerca de 40 países tiveram de permanecer no Cairo depois que as autoridades egípcias se recusaram a permissão para que o grupo inteiro entrasse na Faixa.

TUMULTOS NO CAIRO
Quando cerca de 200 ativistas se reuniram no centro da cidade para protestar contra a decisão, a polícia egípcia agrediu com socos e chutes os manifestantes, deixando um com as costelas quebradas, disseram os organizadores. As identidades dos três manifestantes feridos não foram imediatamente liberados.
Entre os manifestantes estava um pequeno grupo de anti-sionista barbudos judeus religiosos vestidos com roupas tradicionais ultra ortodoxos e sinais holding que dizia: "O judaísmo, sim, o sionismo não. Estado de Israel tem acabar."

Maan agência de notícias Xinhua.
http://www.worldbulletin.net/news_detail.php?id=52030

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

GOVERNO DO EGITO MOSTRA SUA CARA:CAPACHO DO SIONISMO

(Por Beth Monteiro)
Com a cheganda da grande imprensa, o governo egípcio não tem mais como esconder sua verdadeira natureza de cúmplice do massacre em Gaza e de capacho do imperialismo e do sionismo. A grande mídia começa a divulgar em todo o mundo a a intransigência deste governo para com os ativistas da Marcha Mundial da Liberdade para Gaza e do comboio Viva Palestina , impedindo-os de atravessarem a fronteira de rafah para prestar ajuda humanitária aos habitantes de Gaza e participarem das atividades que marcam um ano do massacre que Israel desferiu sobre os palestinos de Gaza .
ATIVISTAS DA MARCHA DA LIBERDADE REJEITAM PROPOSTA DO EGITO
Quarta-feira, 30 dezembro, 2009Belém - Ma'an - Os organizadores da Marcha da Liberdade para Gaza rejeitaram uma oferta egípcia, na quarta-feira,30/12, que permitiria que apenas 100 dos 1.300 adeptos da Marcha entrem na Faixa de Gaza."Nós categoricamente rejeitamos a proposta do Egito. Nós nos recusamos a branquear o cerco de Gaza ", disse Ziyaad Lunat, um membro da marcha do Comitê de Coordenação em um comunicado. "Nosso grupo vai continuar trabalhando para obter todos os 1.362 manifestantes em Gaza como um passo rumo à meta final para o fim completo do cerco e da libertação da Palestina", acrescentou.A Marcha da Liberdade vai andar a 41 km do extremo sul da Faixa de Gaza na passagem de Rafah para o fim do norte de Israel, de passagem de Erez, a marcha foi programada para ocorrer na Quinta-feira. Alguns organizadores alegadamente congratulou-se com a oferta egípcia."É uma vitória parcial", disse Medea Benjamin, uma ativista americana dos organizadores da Marcha, citado pela AFP. "Isso mostra que a pressão de massa tem um efeito".Segundo a AFP, o governo egípcio ofereceu uma permissão para os organizadores escolherem quem iria entrar em Gaza. O grupo de 100 deveria viajar para a fronteira de Rafah, na manhã de quarta-feira. Outros denunciaram a medida como divisionista e prometeram continuar os protestos.Na segunda-feira, disseram os organizadores, cerca de 40 manifestantes americanos foram detidos por forças egípcias na Embaixada E.U. no Cairo, onde foram buscar ajuda em sua tentativa de entrar em Gaza.O grupo encenou outros protestos em frente à embaixada francesa e na sede local da ONU. Alguns membros do grupo fazem greve de fome.A marcha foi organizada para chamar a atenção para o bloqueio israelense à Faixa de Gaza, o que impediu a reconstrução do território da ofensiva militar no Inverno passado, que deixou 1.400 palestinos e 13 israelenses mortos.Egito prazo estabelecido para um comboio de ajuda humanitária internacional, cuja viagem de Aqaba para El-Arish deve durar aproximadamente 12 horas.Egito prazo estabelecido para um comboio de ajuda humanitária internacional, que foi forçado a fazer um desvio para a Síria, após quase cinco dias encalhado na cidade portuária da Jordânia, Aqaba.
NOVA ROTA IMPOSTA PELO GOVERNO EGÍPCIO ATRASA A ENTRADA DO COMBOIO "VIVA PALESTINA" EM GAZA
Os 450 membros da Palestina-Viva comboio que tem 220 caminhões e ambulâncias deixou a Jordânia para a Síria na terça-feira na esperança de chegar a Gaza antes de 3 de janeiro depois que o governo egípcio se recusou a deixá-los entrar no país através do porto do Mar Vermelho de Nuweiba, a rota mais direta , para chegar Gaza.Governo egípcio disse que iria fechar a fronteira de Rafah, nesta data, colocando dificuldades que o comboio terá que superar no caminho para Gaza.Terça-feira à noite, dezenas de caminhões estavam enfileirados na fronteira com a Síria aguardando autorização para entrarem em território sírio. Os 250 veículos e 450 delegados estão a caminho da Síria, ao porto mediterrânico de Latakia, de onde viajará para El Arish, no Egito. A jornada de Aqaba para El-Arish deve durar aproximadamente 12 horas.O Egito recusou-se a permitir que o comboio entrasse no seu território a partir do porto do Mar Vermelho Nuweibeh, insistindo que só recebe a ajuda para Gaza a partir do porto mediterrâneo de El Arish."Atenção"Ativistas esperavam chegar até 27 de dezembro em Gaza, o primeiro aniversário da ofensiva mortal de Israel na Faixa, que deixou quase 1.500 palestinos mortos, sendo um terço delas crianças, e feriu mais de 5.000, mas não conseguiram.http://www.worldbulletin.net/news_detail.php?id=51965


--Postado por Cipó de Aroeira no Viva a Palestina em 12/30/2009 07:51:00 PM

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Rota de mudanças do comboio Viva Palestina

Polícia egípcia já prendeu cerca de 70 ativistas internacionais da Marcha da Liberdade.

Centenas de pessoas no Cairo foram impedidas de chegar perto da fronteira com a Faixa de Gaza.

Ativistas franceses da Marcha da Liberdade para Gaza cercados pela tropa de choque egípcia.

Centenas de militantes estão acampados fora da missão das Nações Unidas, no Cairo, tentando pressionar o governo egípcio para deixá-los atravessar a fronteira com a Faixa de Gaza.

Um americano de 85 anos de idade, sobrevivente do Holocausto, disse à agência AFP (BBC News): "Eu nunca fiz isso antes, eu não sei como meu corpo vai reagir, mas vou fazer o que for preciso”

28/12/2009

Os organizadores do Viva Palestina, comboio de ajuda à Palestina, que estão tentando chegar à Faixa de Gaza, já concordaram em ir via Síria em rota para o Egito. O acordo aconteceu depois de um mediador turco negociou com o cônsul do porto egípcio no Mar Vermelho e da Jordânia, Aqaba.

O comboio vai agora se dirigir ao porto sírio de Latakia e navegar de lá para o porto egípcio de El Arish, e então para Gaza. Os membros do Viva-Palestina, que ficaram presos em Aqaba, por cinco dias é liderado por George Galloway, um parlamentar britânico.

A Turquia enviou um oficial neste sábado para tentar convencer os egípcios a permitirem que o comboi ofosse até o porto do Mar Vermelho de Nuweiba, o caminho mais direto para Gaza, após Egito insistir que o comboio só pode entrar através de El-Arish, na costa do Mediterrâneo.

Ativistas da Marcha da Liberdade para Gaza, planejam chegar no domingo para marcar o primeiro aniversário da agressão de Israel em Gaza, que matou 1.400 palestinos e feriu cerca de 5.000.

Enquanto isso, pelo menos 300 participantes franceses da Marcha da Liberdade para Gaza passaram a noite acampadas em frente à sua embaixada no Cairo. Eles fizeram uma grande estrada na capital egípcia, a parada foi rodeada por policiais empunhando escudos plexiglass .

Hossam Zaki, porta-voz do ministério do Exterior egípcio, acusou os manifestantes franceses de mentir e tentar constranger o Egito. "Eles alegaram que tinham ajuda para levar aos palestinos na Faixa de Gaza, o que é uma mentira", relatou a agência de notícias MENA Zaki "Eles querem exposição na mídia exercer pressão e embaraçar o Egito", disse Zaki.

No domingo, a polícia deteve brevemente 38 participantes internacionais no Sinai, na cidade de El-Arish, disseram os organizadores. "Ao meio-dia de 27 de dezembro, as forças de segurança egípcias detiveram um grupo de 30 ativistas em seu hotel em El-Arish quando se preparavam para deixar a Faixa de Gaza, colocando-os sob prisão domiciliar.

"Outro grupo de oito pessoas, incluindo americanos, britânicos, espanhóis, japoneses e grego, foram presos na rodoviária de El-Arish, na tarde de 27 de dezembro", disseram os organizadores da Marcha da Liberdade

No domingo, a polícia egípcia também impediu que cerca de 200 manifestantes alugassem barcos no Nilo para a realização de uma procissão para comemorar aqueles que morreram no massacre em Gaza, no inverno passado.

“Em 31 de dezembro, os participantes estão esperando se juntar os palestinos , em uma marcha não-violenta do norte de Gaza à fronteira de Erez-israelense", disseram os organizadores.

Fontes: Agências e outros

sábado, 26 de dezembro de 2009

EGITO CAPACHO DO SIONISMO

Ativistas e veículos do comboio de ajuda " Viva a Palestina" estão presos no porto jordaniano de Aqaba .

25 de dezembro de 2009
Centenas de toneladas de ajuda que o povo de Gaza necessita desesperadamente, incluindo os equipamentos médicos especializados e leite em pó para bebês, estão, agora, armazenadas na cidade de porto jordaniano de Aqaba à espera de permissão para entrar no Egito através do Estreito de Aqaba. O comboio internacional, com aproximadamente 210 veículos e mais de 400 pessoas de 17 países, recebeu a notícia (de que estava proibida a travessia) pelo consulado egípcio em Aqaba, na noite de véspera de Natal.
O parlamentar britânico George Galloway, que viaja com a comitiva, disse que "Nós nos sentimos muito tristes porque o Egito privou-nos do dia de Natal, mas esperamos que reconsidere. Este é um comboio muito determinado e nós não estamos indo a lugar algum, exceto para Gaza ".

O comboio, organizado conjuntamente pelo Fundo de Solidariedade da Campanha Palestina no Reino Unido, deixou Londres em 6 de dezembro. A caravana tem desfrutado de uma passagem segura através da Europa, Turquia, Síria e Jordânia em seu caminho para Gaza.
Eles esperam entrar em Gaza e romper o bloqueio ilegal de Israel sobre Gaza , que já dura três anos, através da fronteira de Rafah com o Egito em 27 de dezembro. A data marca o primeiro aniversário do início d o assalto de Israel à Gaza, que matou mais de 1.400 palestinos.

Embaixadas do Egito em todo o mundo tem sido inundada com pedidos de liberação do Comboio e da Marcha da Liberdade para Gaza. A pressão é tanta que funcionários dizem que não podem operar normalmente nas embaixadas “sitiadas”.


24/12 -"São 23,25h. Devíamos ir a bordo de uma balsa a noite para o Egito mas, como esperado, o comando da balsa foi orientados a não permitir nossa travessia. Não temos certeza se vamos ter outra opção de balsa amanhã; vamos esperar informações das orgs para amanhã cedo. Então é isso: estamos um dia fora da programação, porque não há barca à noite. E os nossos amigos cristãos, terão que acordar de manhã para um Natal triste. A missão de auxílio da sociedade civil foi desarmada pelo poderio de Israel e de seus lacaios árabes-muçulmanos. Boa-noite e Feliz Natal . São nossos votos daqui de Aqaba, JORDÂNIA. Que a paz esteja convosco.” Mensagem de um membro do comboio.

Rota do Comboio “Viva Palestina” - Hoje 25/12/2009

17:20h -Jordanianos palestinos continuam a chegar ao nosso parque de estacionamento para se juntar ao comboio. Outros doam dinheiro. Temos de chegar a Gaza.
16:00h -Primeiros-ministros da Turquia e Malásia foram falar pessoalmente com o presidente do Egito, Mubarak, pedindo que ele nos deixe entrar .Talvez amanhã?
13:00h-Ainda em Aqaba. Podemos ver a Palestina através da água, belas montanhas nebulosas, tão perto que você quase pode tocá-los .
09:00h-Ao contatar a embaixada egípcia, por favor, expresse sua decepção. Mas não sua raiva, hostilidade ou grosseria (Eles usam isso como desculpa para dificultar a passagem do comboio para o Egito e depois para Gaza).
07:00h-Um dia de Natal ensolarado em Aqaba (Jordânia) enquanto esperamos por notícias do Egito. Todos sentaram fora, no parque de estacionamento de uma mesquita. Espíritos estão elevados.

Entre em contato com a embaixada egípcia,no Brasil. A ajuda humanitária e a solidariedade para o povo palestino precisa chegar em Gaza.
http://twitter.com/Pal_S_Campaignhttp://www.vivapalestina.org/home.htm

Postado por Cipó de Aroeira no Viva a Palestina em 12/25/2009 07:21:00 PM

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

As coordenações dos Comboios e da Marcha da Liberdade para Gaza pedem que ativistas, partidos e comitês se comuniquem com as embaixadas do Egito em seus países, pedindo para deixá-los entrar em Gaza.




Hoje, o governo egípcio, citando preocupações de segurança,decidiu não deixar a Marcha atravessar a fronteira do de Gaza!

As embaixadas do Egito e missões em todo o mundo deve ouvir pelo telefone ou ser notificados por fax e e-mail de delegados e dos defensores da Marcha da Liberdade de Gaza uma mensagem clara: “deixe a delegação internacional entrar em Gaza e permita que a Marcha da Liberdade prossiga.” Isso é crucial por esses dias.

Precisamos da sua ajuda! Aja a parir de seus escritórios com e-mails, telefonemas, faxes e mesmo manifestações em frente dos seus edifícios!

Partimos para romper o cerco de Gaza e é exatamente isso que vamos fazer.

Vamos enviar mensagens de apoio à Marcha em defesa da Palestina para as embaixadas do Egito!

embegito@opengate.com.br ----- E-MAIL DA EMBAIXADA DO EGITO NO BRASIL



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NOTÍCIAS DA MARCHA:

Viva Palestina chega em Amã na Jordânia

22/12/09

Todo o comboio parado. Um enorme congestionamento.Em Amã, a polícia da Jordânia bloqueou a rodovia nos arredores da cidade.

Muita comemoração na chegada na Jordânia
Escapando do bloqueio da polícia para participar da recepção oferecida pelo Associação dos Engenheiros da Jordânia.

George fala na recepção e diz : “nós vamos acampar no Sinai, se o Egito impedir nossa entrada em Gaza.
Permissão para continuar, após negociações tensas. Felizmente, George Galloway escapou na frente
(foto: recepção na Síria)
http://www.palestinecampaign.org/Index5bwide.asp?m_id=1&l1_id=79&l2_id=87

Mais de 1.300 membros da Marcha da Liberdade se preparam para embarcar, rumo à Gaza.

O comboio "Viva Palestina" chega em Damasco, na Síria.

Comboio da África do Sul se junta ao "Viva Palestina" .

Dos Estados Unidos,vários veículos, com ajuda, chegam pelo mar.
Governo do Egito está tentando barrar a entrada da Marcha e do Comboio
As coordenações dos Comboios e da Marcha da Liberdade para Gaza pedem que ativistas, partidos e comitês se comuniquem com as embaixadas do Egito em seus países, pedindo para deixá-los entrar em Gaza.


Segunda-feira, dezembro 21, 2009

O grande comboio da liberdade de Gaza, de Londres, chegou à capital síria, Damasco, com dezenas de apoiadores, e espera chegar na Jordânia, na terça-feira. Sete caminhões de ajuda irão juntar-se ao comboio.

Embora poucos palestinos participem na organização do Comboio, as pessoas que aderiram à causa dizem "Todo aquele que apóia a Palestina está em seu coração, é um palestino".
Um representante da organização IHH turco disse que "Conversamos com as equipes do comboio no hotel onde estão hospedadas. Todo mundo tem uma história."

"Sakir Yildirim (40) foi capaz de chegar a Gaza no ano passado a sós com uma ambulância de RISTOL por terra. Agora, ele está levando um caminhão para Gaza, com o comboio. Yildirim fundou uma associação chamada Gaza link Bristol,após o retorno de Gaza no ano passado . Ele e seus amigos compraram um caminhão e quatro carros com o dinheiro que têm recolhido. "

Além disso, um jovem palestino, Yusuf saiu do Texas para ir a Gaza. Ele planeja comprar suprimentos de emergência e um carro no Egito para levar para o país onde nasceu, a Palestina. Ele foi perseguidos por Israel , ainda muito jovem e teve que deixar o seu país; primeiro foi para o Líbano e, em seguida, emigrou para os Estados Unidos. Ele se juntou ao comboio em Istambul, na Turquia.

Yusuf explicou seus sentimentos, dizendo "eu vou me encontrar com meus parentes, quando chegar à Palestina. Estou separado, mas eles e a Palestina nunca saíram de minha mente. Eu cresci com eles e eu sou um palestino. Acho que vocês também são palestinos. Não há necessidade de ter nascido lá. Todo aquele que apóia a Palestina está em seu coração; é um palestino ".

Talal Abdulrashid de Jerusalém, disse que "eu vim da Inglaterra. Eu sou um palestinos, de al-Aqsa . Partimos da Inglaterra para romper o cerco. Esperemos que permitam nossa entrada em Gaza. Israel nos expulsou de nossas casas, em 1982. Atravessamos para o Líbano e, em seguida, a Grã-Bretanha. Meus parentes ainda vivem em Jerusalém ".

Uma mulher, motorista da ambulância, Lewelyn Lia, é uma judia britânico de 55 anos . Vinda de Londres, Lia disse ao representante da IHH : "Existem muitos judeus que se opõem à guerra de Israel contra os palestinos. Eu sou um deles. Não sei se seremos capazes de entrar em Gaza. Eu acredito que Egito e Israel enfrentam uma grande pressão por causa da imprensa e do povo. Eu não acho que a repressão de Israel tenha a ver com religião. É tudo causado pelo sistema de exploração. Estou preocupada que a questão da religião torne-se proeminente. Partimos da Inglaterra para ajudar a para pôr um fim à guerra que dura mais de 60 anos. Espero que possamos ter sucesso".

Sam Rez, que vem de Londres, disse : "Quando estourou a guerra em Gaza, eu fui afetado pela violência lá dentro. Eu estava doente por causa da minha tristeza. Eu estava deprimido. Então eu comecei a pesquisar e, desta forma eu aprendi sobre o comboio. Sou um pesquisador de drogas, um especialista. Eu não sou um muçulmano, mas fico muito triste ao ver todas as perseguições e guerras que acontecem no mundo islâmico.”

O Comitê do governo da Turquia contra o cerco de Gaza anunciou que um grupo de 140 ativistas turcos se juntou ao comboio europeu de ajuda "Viva Palestina-3", que cruzou a Turquia e a Síria e entrará no domingo em Gaza. Ele disse que o povo turco doou 65 veículos carregados com ajuda médica e humanitária à população sitiada de Gaza.

A comissão espera que o comboio cumpra a rota programada, sem obstáculos de qualquer natureza.
Viva Palestina-3, que é liderado pelo britânico George Galloway, deixou Londres, em 6/12/2009 por via terrestre e cruzou França, Itália, Grécia, Turquia e Síria e atualmente está programada para atravessar Jordânia depois o Egito, antes de se dirigir a Gaza onde ele está previsto para chegar em 27/12



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ENTENDA O SENTIDO DA MARCHA:
www.kaosenlared.net/noticia/apelo-pela-palestina-livre

No dia 31 de Dezembro realiza-se a marcha pela liberdade de Gaza. Este tem de ser um acto histórico, com centenas (porque não milhares?) de cidadãos do mundo que vão-se juntar aos Palestinianos de Gaza, expressar-lhes a sua solidariedade e com eles marcharem. A Marcha quer chamar a atenção do mundo para a urgência absoluta de se pôr fim ao cerco israelita, ilegal e genocida, contra um milhão e meio de Gazenses.

No mesmo dia, uma outra marcha saiá do checkpoint de Bei Hanoun (Eretz), organizada pelo Arab Higher Monitoring Committee (coligação dos mais grandes grupos de Palestinos de 1948). Na Cisjordania (West Bank), vários grupos de resistência contra o muro e os colonatos organizam manifestações locais nos campos de refugiados, nas aldeias e nas cidades. Estão previstas acções espectaculares.

Os que não tem a possibilidade de se juntarem à Marcha, podem organizar, no seu próprio país, manifestações de solidariedade.

Endereços dos organizadores : http://www.gazafreedommarch.org

Omar Barghouti http://www.pacbi.org http://www.bdsmovement.net

Más información:

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Palestina Livre!

Essa luta é de todos nós.

(Nota Política do PCB)


O próximo dia 27 de dezembro marca um ano da invasão genocida do Estado de Israel à Faixa de Gaza, que destruiu toda a infraestrutura da região, saneamento, distribuição de água e eletricidade, comunicação e rodovias, além de escolas, creches, hospitais, dezenas de milhares de residências e centenas de prédios públicos.


A insana investida israelense ocorreu às vésperas da posse do então recém eleito presidente dos EUA, Barack Obama, candidato pelo Partido Democrata, que, durante a campanha, havia prometido uma mudança radical na política externa norte- americana, incluindo a retirada das tropas estadunidenses do Iraque e do Afeganistão, além do reconhecimento do Estado Palestino e do fim dos conflitos na região.

Passado um ano, nada disso ocorreu. Ao contrário, o que se vê é justamente o recrudescimento da agressividade imperialista na região do Oriente Médio.

A população da Faixa de Gaza foi submetida a um dos maiores ataques por terra e ar desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Mais de uma tonelada de bombas foram despejadas por dia sobre um povo indefeso, em condições desiguais para combater.

Além dos ataques militares, Israel aumentou o cerco a Gaza, proibindo a entrada de remédios e alimentos durante dias, o que agravou sobremaneira a condição de penúria do povo palestino, vítima de um verdadeiro genocídio.

Até hoje, diversos hospitais operam em condições precárias, falta distribuição de água em várias partes de Gaza e o embargo a diversos produtos de primeira necessidade ainda continua nas fronteiras policiadas por Israel.

De tudo o que se tentou destruir, a única coisa que não se abalou foi a determinação do povo palestino em resistir heroicamente, como tem feito há décadas contra a invasão israelense, promovida e apoiada pelo imperialismo, sobretudo o norte-americano.

A cada dia que passa cai mais a máscara de Obama, cujas promessas de campanha para o Oriente Médio não passaram de palavras ao vento: mantém-se o processo de opressão e o quadro de instabilidade na região. Acima do discurso fácil de campanha eleitoral, estão os interesses das grandes empresas bélicas e do petróleo, que de fato mandam na Casa Branca e operam as ações no Oriente Médio.

Nós do PCB sempre estivemos ao lado dos povos que lutam contra a opressão e o domínio imperialista em seus territórios. Estivemos ao lado do povo palestino em todos os momentos mais difíceis da sua resistência e luta política e não será diferente enquanto não se conquistar a autonomia do Estado Palestino.


Conclamamos toda a nossa militância e as organizações internacionalistas a promoverem atos de solidariedade aos povos do Oriente Médio que lutam contra as ocupações e imposições imperialistas e, em especial ao povo palestino que, a cada ataque, a cada ação fascista do Estado de Israel e dos EUA, nos dão uma lição de heroísmo, resistência e persistência pelo direito de viver em sua terra, com paz, liberdade e dignidade.



Comitê Central do PCB.

Dezembro de 2009.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino emite saudações de Natal para os palestinos e aos solidários a causa palestina!

O Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino vem compartilhar com todos que amam a Palestina a linda emoção do Natal e o ardoroso desejo de que em 2010 conquistaremos, juntos, a Palestina Livre!


Sonhos, nos fazem voar, nos fazem agir!

2010 - o ano que derrubaremos todos os muros!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Tribunal britânico emite mandado de captura contra Tzipi Livni



Um juiz britânico emitiu um mandado de captura contra a ex-ministra israelita dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, por crimes relacionados com a ofensiva em Gaza de há cerca de um ano, numa acção inédita na justiça do Reino Unido

A actual líder da oposição tinha cancelado a sua presença numa reunião em Londres, que teve lugar no domingo, aparentemente ainda antes de saber desta decisão, diz o diário britânico "The Guardian". O jornal adianta, aliás, que o juiz apenas emitiu o mandado de captura após ser informado de que a dirigente israelita, actualmente líder da oposição, estava em Londres. Mas o magistrado terá sido erradamente informado, já que Livni teria cancelado a sua participação há uma semana.

O Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros reagiu com embaraço. “O Reino Unido está determinado a fazer todos os possíveis para promover a paz no Médio Oriente e para ser um parceiro estratégico de Israel. Para isso, é necessário que os líderes israelitas possam vir ao Reino Unido para conservações com o Governo britânico. Estamos a analisar com urgência as implicações deste caso”.

Em Setembro, advogados britânicos de um grupo de 16 palestinianos pediram a um tribunal que ordenasse a detenção do ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, enquanto este estava em Londres, também por ligação com a ofensiva em Gaza, em que morreram, segundo a organização israelita de defesa dos direitos humanos B’Tselem, 773 civis palestinianos (entre um total de cerca de 1400 mortes, segundo a Amnistia Internacional). O tribunal recusou acusar o responsável israelita, alegando que Barak tinha imunidade diplomática.

http://www.publico.pt/Mundo/tribunal-britanico-emite-mandado-de-captura-contra-tzipi-livni_1413878

domingo, 13 de dezembro de 2009

Direito à educação: Israel expulsa estudante de Gaza que estudava na Cisjordânia

Por:Vinicius Valentin Raduan Miguel




Faltando apenas dois meses para concluir seu bacharelado em Administração, estudante foi presa e expulsa para casa sem nenhuma acusação.
"A educação e a propaganda palestina são mais perigosas para Israel do que as armas palestinas." - Ariel Sharon, então primeiro-ministro israelense (1)
O Caso Berlanty Azzam
Na última quarta-feira (09 de dezembro de 2009), a Alta Corte de Israel negou permissão para uma estudante palestina de Gaza continuar seus estudos na cidade palestina de Belém, que fica situada na Cisjordânia, território palestino ocupado ilegalmente por Israel.
A estudante Berlanty Azzam de 22 anos cursa administração e lhe faltam apenas dois meses para concluir seu curso. No entanto, no dia 28 de outubro deste ano, ao retornar de uma entrevista de emprego, ela foi detida pelas autoridades da força de ocupação israelense.
Após a detenção, ela foi algemada, teve os olhos vendados e foi removida na mesma noite para Gaza, apesar da promessa explícita feita ao seu advogado de que ela teria direito de se encontrar com ele. A força de ocupação israelense alega que ela estava ilegalmente na Cisjordânia - ignorando que ninguém pode ser considerado habitante ilegal de seu próprio país.
Assistida por uma ONG (GISHA - Centro Jurídico para a Defesa da Liberdade de Ir e Vir), ela recorreu ao judiciário da força de ocupação contra a decisão, mas o Tribunal acatou a decisão do governo israelense e manteve a expulsão, mesmo tendo reconhecido que a expulsão imediata da estudante violava o seu direito a prestar declarações para a Corte.
O Judiciário da Ocupação havia também solicitado as autoridades israelenses que permitissem que a estudante concluísse seus estudos, uma vez que faltavam apenas dois meses para tal, mas não emitiu uma ordem ao ter o pedido recusado pelas autoridades coatoras.
Contrariando os Acordos de Oslo, que determinam que a alteração de endereço deve ser comunicada à Autoridade Palestina e essa última apenas notifica Israel, as autoridades da ocupação se recusaram a aceitar os vários pedidos de Berlanty Azzam para alteração de seu endereço.
Azzam não é acusada de nenhum crime e mesmo as autoridades militares da força de ocupação israelense não apresentaram razões de segurança para sua expulsão. O comandante militar israelense da área de Azzam havia concedido uma permissão para que ela entrasse na Cisjordânia após o extremamente rígido procedimento de investigação.
Após a decisão ela declarou que estava desapontada: "Eu estou profundamente desapontada e não entendo porque Israel está me impedindo de continuar meus estudos. Eles não alegam que meu retorno à Universidade de Belém é uma ameaça à segurança, não havendo, portanto motivos para a expulsão. Estudar em uma universidade palestina é meu direito e o direito de todo estudante palestino".
Desde 2000, Israel se recusa a permitir que estudantes de Gaza possam sair para estudar em outros lugares. O número estimado por organizações de direitos humanos é de 25.000 estudantes palestinos nascidos em Gaza tenham ido para a Cisjordânia e hoje estão em situação de risco e constante ameaça, podendo ser aprisionados e "enviados" para Gaza a qualquer momento.

Como Israel impede o direito à educação palestina?
A temática da educação de árabes-palestinos ou árabes-israelenses em Israel também é ampla e marcada por fortes violações aos direitos humanos promovidas pela força ocupante, mas para delimitação do texto, iremos nos deter as questões concernentes à educação palestina nos territórios palestinos serão consideradas.
O Estado de Israel, que ocupa ilegalmente desde 1967 os territórios palestinos, impede o acesso de estudantes árabes-palestinos à educação por variadas estratégias. A primeira delas é através de barreiras físicas, como os incontáveis pontos de checagem instalados no território palestino e estradas cujo trânsito é proibido para palestinos, impedindo a liberdade de movimento. Podemos colocar o Muro do Apartheid de Israel nesta categoria de bloqueios físicos.
Outras barreiras materiais são (i) os obstáculos não-permanentes como os cercos e toques de recolher militares e (ii) incursões (incluindo em universidades e acomodações estudantis que são fechadas por tempo indeterminado). Israel também controla a entrada de livros e certos periódicos, mantendo um banimento aos livros produzidos nos países árabes vizinhos, como Síria e Líbano, livros que poderiam ser adquiridos a menores custos para os acadêmicos palestinos. O intercâmbio de acadêmicos é severamente prejudicado e Israel controla rigorosamente a concessão de vistos de trabalho para pesquisadores estrangeiros.
Por fim, não podemos esquecer-nos dos bombardeios constantes promovidos por Israel na infra-estrutura civil e governamental (pontes, rodovias, ruas) que, destruídos, impedem o deslocamento da população.
Israel usa persistentemente força bruta e injustificada contra instituições de ensino palestinas. Apenas como exemplo, em janeiro desse ano, durante a Operação Chumbo Fundido (Operation Cast Lead), Israel destruiu duas escolas palestinas mantidas pela ONU, sendo um centro de formação e uma escola para meninas e bombardeou o Departamento de Ciências da Universidade de Gaza. Na guerra de junho de 2006, em que Israel atacou simultaneamente o Líbano e Gaza, a Universidade de Gaza foi atacada.
A destruição da infra-estrutura educacional é acompanhada pelas constantes prisões "administrativas" de intelectuais, jornalistas e professores, sem nenhum direito à defesa e sem acusação alguma (Hammond, 2006) e que podem durar mais de três anos.
Os dados são muitos: em dezembro de 2007, o presidente do diretório dos estudantes da Universidade de Birzeit foi preso por um ano por pertencer à organização estudantil. Ao menos outros 21 estudantes estão na mesma condição. Pelo menos 30% dos estudantes dessa universidade já foram sujeitos a interrogatórios arbitrários. Na mesma instituição, em 2006-2007, 13 estudantes estrangeiros foram impedidos de entrar para fazerem cursos ligados à língua e cultura árabe. Em 2008, oito estudantes foram impedidos de realizarem os mesmos cursos e, no ano acadêmico de 2008-2009, outros dois estudantes tiveram vistos negados.
Essa estratégia para impedir a maturação político-social e a reprodução de seus valores culturais elegeu o patrimônio educacional e intelectual palestino como inimigo prioritário da segurança israelense.
Essas medidas israelenses visam atacar a história e identidade árabe-palestina para impedir o desenvolvimento do seu capital humano e assegurar a atual condição de subdesenvolvimento, negando o direito fundamental ao acesso à educação de gerações inteiras. A tentativa de cercear direitos sociais e culturais causa impacto imediato nas possibilidades de desenvolvimento econômico e de soberania política de uma nação. Deixando bem simples, a prática israelense é uma tentativa de destruição de uma sociedade inteira e como tal deve ser denunciado.

Nota
(1) Em inglês, "The Palestinian education and propaganda are more dangerous to Israel than Palestinian weapons". A notícia foi divulgada em 18 de novembro de 2004 pelo próprio Ministério de Relações Exteriores de Israel sob a acusacao de que o textos educacionais palestinos são apologia ao terrorismo.


Referências
BIRZEIT UNIVERSITY. R2E fact sheet. RIGHT TO EDUCATION CAMPAIGN. 30 de abril de 2009. Disponível em . Acesso em 09/12/2009.
GISHA: Legal Center for Freedom of Movement. Israel's High Court Decides: Berlanty Azzam Not Allowed to Finish Her BA at Bethlehem University. 09/12/2009. Disponível em . Acesso em 09/12/2009.
HAMMOND, Keith. Palestinian Universities and the Israeli Occupation. 2006. Texto fornecido pelo autor.
HASS, Amira. High Court: Gaza student cannot complete studies in West Bank. Haaretz. 09/12/2009. Disponível em . Acesso em 09/12/2009.
Ministry of Foreign Affairs. PM Sharon: Palestinian education and propaganda are more dangerous to Israel than their weapons. Press Release - Embassy of Israel in London. Disponível em . Acesso em 09/12/2009.

Vinicius Valentin Raduan Miguel é Cientista Social pela Universidade Federal de Rondônia e Mestre em Ciência Política pela Universidade de Glasgow; é tradutor do Marxists Internet Archive.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Autoridade Palestiniana contra a libertação da Palestina e contra a solidariedade internacional

A forma como a Autoridade Palestiniana (AP) se comportou em Genebra foi como o último prego no caixão da solidariedade internacional para com a causa palestiniana, no seu sentido mais usual.

3 de Novembro de 2009

Aqueles que tomaram esta decisão sabiam-no bem. A solidariedade internacional ficou confundida com as questões instigadas pelos Acordos de Oslo, um tratado firmado com a potência que exercia a ocupação antes mesmo de se avistar uma solução. Será que a luta pela libertação estava em progresso quando a ocupação estava ainda no terreno? Ou o processo de Oslo significou que a questão residia agora na capacidade dos "dois lados" chegarem a um acordo? Embora o movimento de solidariedade tenha feito lembrar um pouco a segunda Intifada, o desacordo dos palestinianos e o comportamento da AP em relação à guerra em Gaza lançou o acordo novamente para o meio da confusão. Mesmo assim, por mais fragmentadas e desordenadas que fossem, as organizações e movimentos militantes ou semi-militantes reuniram toda a energia que puderam para apoiar os palestinianos, mesmo divididos, no seguimento do ataque israelense a Gaza. O Relatório Goldstone foi o resultado deste dinamismo. Mas actualmente, após o dia 2 de Outubro em Genebra, quem vai mostrar solidariedade para com os palestinianos, como e por que razão o fariam?

O partido palestiniano que declarou em Genebra a retirada do seu apoio ao Relatório Goldstone agiu não como se os palestinianos precisassem de todo o apoio que pudessem reunir, mas como se fizesse parte da ordem internacional. Estavam junto com os da Casa Branca; por isso, quem precisa da solidariedade do povo quando é convidado do presidente dos EUA? Por outro lado, esse movimento de solidariedade pode, por vezes, ter efeitos negativos. O movimento apoia o povo de Gaza, por exemplo, enquanto as autoridades palestinianas em questão se encontram do outro lado do bloqueio, agindo no sentido de impedir qualquer esforço que possa ser vantajoso aos seus adversários políticos palestinianos. Estas autoridades disseram adeus ao movimento de libertação há já algum tempo. "Adeus, movimento de libertação", disseram, muito antes de este estar sequer nas previsões. Para quem tem olhos e ouvidos, esta é a dura realidade. Porém, o seu comportamento em Genebra foi um adeus definitivo e inequívoco ao espírito e à lógica da libertação e dos movimentos de solidariedade.

No meio das minudências das manobras políticas e dos rodeios em relação ao processo dos colonatos que dominavam os noticiários, perdeu-se não só o todo, mas também a essência da causa palestiniana. Este é precisamente o problema que os meios de comunicação social, que se pautam pela objectividade, deviam ultrapassar.

A arena internacional da era Obama fervilha em acções políticas mais direccionadas a dar o pontapé de saída no processo de paz do que em chegar a um acordo justo de paz. É provável que venhamos a assistir a uma conferência de paz no prazo de três meses, que trará de volta as "glórias" dos acordos de Camp David II, embora sem Arafat (que se recusou a abrir mão de Jerusalém), mas com Netanyahu. Mas nesse caso, poderemos confiar no segundo para recusar as mesmas propostas que Arafat rejeitou e, porque é um israelense extremamente patriótico, podemos até esperar mais do que isso. Também não devemos esperar que a administração actual em Washington se afaste das regras estabelecidas pelos seus antecessores para o suposto processo de paz. A administração Obama poderá ser o resultado do fracasso das políticas neoconservadoras, até ao ponto de se ver forçada a abandonar a exportação da democracia e reconhecer o fracasso da aventura no Iraque. Contudo, a situação dos estados árabes é tal que estes não podem tirar partido das fraquezas desta administração na área da política externa. Mesmo que fossem capazes, os governos do "eixo moderado" não estão interessados em entrar numa disputa por causa da Palestina, pois andam deliciados com a chegada de uma administração que abandonou a retórica da disseminação da democracia e dos direitos humanos.

Aparentemente, algumas autoridades árabes viram aqui uma oportunidade de "pressionar" Washington no sentido de não insistirem para que Israel pare a expansão dos colonatos e se concentre, pelo contrário, em reabrir as negociações para uma solução duradoura, com o pretexto de que a questão dos colonatos se resolveria, em todo o caso, nesta conjuntura. Mas mesmo no Iraque, onde a política externa dos EUA mais fraqueja, a ordem árabe instituída não conseguiu transformar esta debilidade (que é o produto dos empreendimentos alcançados pela resistência árabe) numa política que assegurasse a prioridade dos seus interesses e causas na agenda negocial entre os EUA, o Irão e a Turquia. Por isso, no que diz respeito à pressão norte-americana sobre Israel, Washington está aprisionada aos velhos hábitos. O cerne da mediação diplomática de George Mitchell, enviado norte-americano ao Médio Oriente, pode resumir-se em três pontos: convencer os árabes a adoptar iniciativas benevolentes na normalização das relações com Israel, assegurar a ajuda árabe no financiamento da AP, que é principalmente apoiada pela Europa; e garantir que os árabes estejam oficial e solidamente contra os que governam em Gaza.

Apesar de todas estas movimentações, a administração Obama espera terminar aquilo que as administrações de Clinton e Bush não conseguiram, na tentativa de convencer Israel e o mundo árabe a transformar o estado palestiniano proposto num "pacote negocial" completo. O "pacote", neste caso, é a fundação de um estado palestiniano em troca da renúncia dos árabes, primeiro, ao direito de regresso dos refugiados palestinianos e, segundo, da abdicação do desejo de que Israel abandone todos os territórios que ocupou desde Junho de 1967, incluindo Jerusalém Oriental. Para os árabes, a conclusão deste acordo significaria não só abandonar a causa palestiniana tal qual a entendemos historicamente, mas também abandonar o ponto de partida das suas iniciativas de paz. Israel, por seu lado, tem abraçado esta causa desde Sharon. Tem concentrado esforços em reduzir o estado proposto à mais pequena faixa de território possível e com o mínimo de direitos de soberania. Para que tal aconteça, Israel está a tirar vantagem da renúncia por parte da AP e da ordem árabe oficial a todos os instrumentos de gestão de conflitos, para além do seu formato de negociações para impor uma paz " de facto " no terreno (onde o nível e condições de vida do povo, incluindo bloqueios nas estradas e coisas do género, são as prioridades), e está a tirar igualmente partido da ideia dos dois estados para forçar os árabes a reconhecer a natureza judaica de Israel, o que implicitamente envolve a renúncia ao direito de regressar, a aceitação retroactiva do sionismo e também do facto de que Israel tem estado histórica e moralmente certo, enquanto os árabes têm estado histórica e moralmente errados.

Entretanto, a nova administração norte-americana começou a exigir uma paragem na expansão dos colonatos israelenses. Os árabes, incluindo os palestinianos, reiteraram a exigência. Aqui seria talvez útil recordar que na história da construção dos colonatos, as épocas em que esta foi mais rápida foram aquelas em que foi anunciado publicamente uma paragem na construção. Qualquer pessoa que conheça Israel e a forma como opera, sabe que a planificação e a construção são uma actividade central deste estado, que foi fundado com base em planos e construções. Israel planeia com um avanço de 20 anos. Qualquer paragem que dispense projectos de construção, para os quais já existiam planos, dá azo a que a construção continue por mais 20 anos.

Seja como for, o actual governo israelense nem sequer teria coragem de parar oficialmente porque este governo, ao contrário do seu antecessor, confia nas forças políticas que afirmam que a mera proclamação de uma paragem, por mais fraudulenta que seja, é um compromisso moral. Israel, na opinião dos extremistas de direita, tem de declarar oficialmente a sua legitimidade em expandir os colonatos, em vez de o fazer de forma dissimulada. Em Israel, o debate não se tem centrado na paragem (uma vez que realmente nunca houve uma), mas sobre se o estado deve ou não proclamá-la. Mas é de lamentar que os meios de comunicação social árabes entrem no jogo e, consequentemente, mantenham os árabes concentrados nas particularidades deste debate, pois isto oculta o facto de que a construção prossegue actualmente a todo o gás, especialmente em Jerusalém, e que o bloqueio a Gaza continua tão apertado quanto antes, sendo apenas uma ligeira variação da guerra de Dezembro/Janeiro.

Regressemos à questão fundamental, cuja implementação colide com as ambições de Israel: e então, o que é feito do direito a regressar? Acima de tudo, convém realçar que esse direito não emana de uma resolução internacional e que o povo palestiniano e árabe não abdicam deste direito, mesmo sem uma resolução que lhes dê aprovação oficial, se bem que, na verdade, essa resolução exista. É impossível recuperar o direito a regressar através de um acordo com Israel. Isso só poderá acontecer pela derrota de Israel no contexto do conflito entre árabes e sionistas. Por isso, se os árabes desistirem do conflito ou da estratégia de luta, então, estarão efectivamente a renunciar ao direito de regressar. Mesmo que a Organização para a Libertação da Palestina existisse enquanto organização militante, e mesmo que a AP fosse uma autoridade que operasse em conformidade com a lógica de libertação, os árabes não conseguiriam recuperar o direito a regressar na mesa de negociações com Israel, pelo simples facto de que Israel considera este direito como uma negação do seu próprio estado. Talvez por isso, muitos árabes se tenham afastado da retórica de recuperar este direito pela vitória sobre Israel e da retórica da recusa em naturalizar os refugiados palestinianos no contexto do processo de negociação. Para além disso, como se viu na prática, a rejeição da naturalização significou, na maioria dos casos, um "não à naturalização neste país, embora se outros países lhes quiserem dar direito de cidadania, é lá com eles".

De facto, esta posição é racista e, tal como o sectarismo e faccionismo, inserir-se na filiação numa única identidade árabe. A rejeição do conceito de naturalização em países que mantêm relações de paz com Israel e cujos acordos não incluem o princípio do direito a regressar, e nos países que contam com um eventual acordo de paz para recuperarem os territórios que Israel ocupou em 1967 e nos anos seguintes, não acarreta o direito de regresso. Será que estes países consideram que o assunto deve ser deixado para o governo de Abbas-Fayyad? Certamente que não, pois na prática a AP renunciou há muito tempo ao direito de regresso e mesmo que não o tivesse feito, não poderia impor esse direito no contexto da sua relação com Israel. Então, todos estes países encaram o direito de regresso como um assunto a ser abordado não entre eles e Israel, mas sim entre os palestinianos residentes nestes países e Israel. O único resultado lógico seria incentivar o racismo contra os refugiados palestinianos nestes países, o que estaria em conformidade com a disseminação de mentalidades sectárias, provincianas e tribais na cultura política das sociedades árabes e dos seus regimes vigentes.

Como é que a criação de um estado palestiniano poderá ser um pacote negocial? Chegados a este ponto, temos de entrar no reino da imaginação árabe e norte-americana, independentemente da posição israelense. Na imaginação de Washington, os ditames do realismo levarão os árabes a aceitar uma troca de território em vez de ser Israel a voltar às suas fronteiras de 1967. Acreditam ainda que "soluções criativas" para os locais sagrados resolverão o problema de Jerusalém sem que Israel tenha de se retirar da zona árabe da cidade. No que diz respeito à questão dos refugiados, esta resolver-se-á automaticamente por si só pela mera existência de um estado, que transformará os refugiados em cidadãos palestinianos residentes no estrangeiro com passaporte palestiniano. Segundo esta imaginação pragmática, embora muitos problemas fiquem pendentes, o estatuto legal dos refugiados resolver-se-á sem necessidade de regresso ou naturalização.

Este é actualmente o desafio. A indignidade que se desvenda em Genebra e Nova Iorque possui servos ávidos para os quais, mais do que nunca, os fins justificam os meios. Estes servos acreditam ser uma parte integrante da ordem internacional. Já não estão do lado de fora, como militantes revolucionários. Nem estão nas margens, como Arafat durante as Intifadas e no período após Oslo. E apesar da sua mera filiação na ordem internacional, eles imaginam que irão ter sucesso na sua busca por um estado. Encontramos aqui a fonte do desprezo por aquilo que os movimentos de libertação geralmente consideram como o centro da sua missão, ou seja, mobilizar o mundo contra os crimes da ocupação estrangeira na esperança de pelo menos refrear a mão do país que exerce a ocupação. Encontramos também um motivo para abandonar a própria ideia de conflito com a nação colonialista. Eles vêem-se a si próprios como pares hipotéticos desse estado, o que lhes dá o direito de usar os mesmos termos e a mesma linguagem pragmática, e de diminuir os apelos de justiça e respeito pelos direitos humanos, como fizeram escandalosamente quando votaram o Relatório Goldstone em Genebra.

Estão financeiramente corrompidos, colaboram em questões de segurança com a potência invasora, estabelecem uma entidade de governo repressivo com uma milícia para arrancar a própria noção de "solidariedade" da mente das pessoas e tomam parte num bloqueio económico cruel contra um grande número de concidadãos palestinianos. Estão, de facto, a agir de acordo com a natureza e espírito de uma ordem internacional que mente sobre crimes de guerra. Não vale sequer a pena tentarmos explicar as nossas razões a pessoas assim porque elas dir-nos-ão que estavam lá, que amadureceram e nós somos ingénuos. Pertencem a uma geração que teve um movimento de libertação, mas infectaram-no com a sua própria decadência antes que o movimento pudesse resultar num estado. Neste aspecto, deram provas de que não têm rivais.

Azmi Bishara
Al-Ahram Weekly, No. 968, 15-21/Outubro/2009

Dia internacional de solidariedade ao povo palestino em Brasília




Seria realizada a Sessão Solene da Câmara Distrital no dia 29 de novembro, porém antecipada para o dia 25 de novembro na Sede da Sociedade Palestina do DF com presença de mais de 220 pessoas, com um jantar oferecido pela Sociedade Palestina do DF e com presença do Deputados Raed Masuh e Paulo Tadeu, como autores dessa sessão. Foi também registrada a presença do Geovane, administrador de Taguatinga e de Geroto, administrador do Park Way e a presença da Deputada Distrital Érica Kocai, nos quais compuseram a mesa acompanhados do Presidente da Sociedade Palestina Khaled Hilal Naser.
Quem presidiu a mesa foi o deputado Raed Masuh, que abriu a sessão com seu discurso, repudiando firmemente o ato da Camêra Distrital, que sedia o título de Cidadão Honorário para Shimon Peres, presidente de Israel.
Por outro lado, elogiou o ato da Câmara que homenagiava o Presindente da Palestina Mahmud Abbas, como também falou sobre o tema do dia 29 de novembro, Dia Internacional da Solidariedade com o povo Palestino. Depois foram as palavras dos Administradores de Taguatinga e Park Way, que falaram sobre os laços entre o povo brasileiro e palestino. Depois foi a palavra da Deputada Erika Kocai, que falou sobre a importância da mulher palestina e da resistência indispensável do povo palestino até a libertação da sua Terra e da criação do Estado Palestino como Jerusalém, capital eterna da Palestina.
Seguido pela palavra do Cher Muhamad Zeidam, que falou sobre a importância da luta do povo palestino e da importância de Jerusalém como Terra Sagrada.
O Senhor Salah, que também estava compondo a mesa, representando a Embaixada Palestina do Brasil, agradeceu os autores da Sessão Solene, os Presidentes e os autores do título de cidadão Honorário para o presidente da Palestina Mahmud Abbas. Também falou sobre a importância da luta e resistência, do diálogo igual por igual, citou sobre os 12 mil prisioneiros e a indignação do povo Palestino com o Governo de Israel. Ele saudou a posição do governo palestino pelo pedido do congelamento total dos acentamentos judáicos ao território palestino, inclusive os acentamentos de Jerusalém.
Por final, veio a palavra do presidente da sociedade palestina Khaled Hilal Naser, que mostrou e condenou os atos da camêra distrital pelo título de Cidadão Honorário para Shimon Peres e deixou uma mensagem para os líderes palestinos atuais e futuros, para não abrirem mãos de 2 linhas, que são os pilares da libertação da palestina, ou seja, a linha da resistência armada e o diálogo igual por igual. Alertou que jamais conseguiremos a libertação do povo palestino e citou como exemplo a luta do povo vietnamista quando dialogaram com os americanos que não renuciarão a luta e a resistência, por isso que os vietnamistas vencerão a guerra e expulsarão os americanos do seu território. Citou também sobre quando o presidente Yasser Arafat entrou na assembléia das nações unidas com um ramo de oliveira em uma mão e uma arma na outra e disse "não deixem que o ramo de oliveira caia da minha mão". Khaled Hilal Naser agradeceu a todos os convidados presentes, inclusive os autores da sessão solene e demais autoridades presentes, desejou que a próxima comemoração do dia 29 de novembro seja junto com a libertação da palestina e da criação da sua pátria. Concluiu dizendo "viva a palestina e viva a luta armada!".

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nota do Itamaraty sobre a Expansão de Assentamento na Cisjordânia

Vamos publicar na íntegra as notas que o governo publicou sobre a visita de Abbas no Brasil. 

 

Nota nº 595 - 19/11/2009

Expansão de Assentamento na Cisjordânia

O Governo brasileiro recebeu com profunda preocupação a notícia de que o Governo israelense aprovou a construção de 900 novas casas no assentamento de Gilo, localizado em Jerusalém Oriental.


A decisão do Governo israelense de expandir assentamento situado em território palestino viola resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas a respeito do tema e contraria as obrigações assumidas por Israel no âmbito do “Mapa do Caminho”. 

Representa um duro golpe nos esforços internacionais que visam à retomada do processo de paz na região e constitui novo obstáculo à consecução do objetivo de um futuro Estado palestino geograficamente coeso e economicamente viável.



O Governo brasileiro conclama o Governo de Israel a rever a decisão anunciada, de modo a ampliar as condições políticas necessárias para que israelenses e palestinos voltem à mesa de negociações, com vistas a alcançar um acordo que viabilize a solução de dois Estados. 

Clique aqui para ver no site 

 

AQUI OS COMPROMISSOS DE ABBAS NO BRASIL.

 

Nota nº 594 - 19/11/2009

Visita ao Brasil do Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas

 


O Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, visitará o Brasil de 19 a 21 de novembro. Hoje, dia 19, em Salvador, será recebido pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o homenageará com jantar. 

Na sexta-feira, os dois Presidentes manterão reunião de trabalho, quando será assinado Protocolo de Intenções sobre Cooperação Técnica entre as duas chancelarias.

Em Salvador, ao longo dos dias 19 e 20, o Presidente Abbas manterá ainda encontros com Embaixadores de países árabes no Brasil, com representantes da comunidade palestina e com parlamentares brasileiros.



No dia 21, o Presidente palestino estará para Porto Alegre, onde deverá encontrar-se com a Governadora Yeda Crusius e com o Prefeito José Fogaça, além de cumprir agenda com a comunidade palestina no Rio Grande do Sul. 

Esta é a segunda visita do Presidente Mahmoud Abbas ao Brasil, que aqui esteve por ocasião da I Cúpula América do Sul – Países Árabes, em 2005. 



Ademais de contribuir para fortalecer os laços bilaterais, a visita servirá para renovar o diálogo a respeito do processo de paz israelo-palestino, bem como para reiterar a disposição brasileira de colaborar com os esforços da comunidade internacional em promover o entendimento e a paz na região.

Abbas busca apoio de Lula à independência palestina

Está nos jornais, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, está no Brasil, chegou nesta quinta-feira (ontem) para uma visita oficial de três dias em que deverá buscar o apoio do governo brasileiro ao plano de declaração de independência da Palestina. Vamos reproduzir a matéria publicada hoje no site da BBC Brasil, a mais completa em informações e que cita trechos da nota que o Itamarati divulgou condenando as ações de Israel ao mandar ocupar território palestino. 

A viagem ocorre depois de o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, ter anunciado, no domingo, que vai pedir ao Conselho de Segurança da ONU que reconheça um Estado palestino independente.

"O assunto deverá ser tratado no encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", disse à BBC Brasil o primeiro conselheiro da Delegação Especial da Palestina no Brasil, Salah El-Qatta.

O presidente palestino também deverá visitar a Argentina e o Chile em busca de apoio. Estados Unidos e União Europeia já afirmaram que não vão respaldar o plano de declaração unilateral de independência.

Abbas desembarcou em Salvador, na Bahia, na manhã desta quinta-feira. Nesta sexta-feira, também na capital baiana, os dois líderes se reúnem para a assinatura de um protocolo de intenções sobre cooperação técnica.

No encontro com Lula, o presidente palestino deverá discutir o apoio brasileiro aos esforços de paz no Oriente Médio.

"Os dois presidentes discutirão temas em comum, como a paz no Oriente Médio e o papel do Brasil, que cada vez é mais importante", disse à BBC Brasil o embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Alzeben.

"O Brasil mantém relações boas e históricas com ambas as partes, tanto com o lado israelense quanto com o lado palestino, e pode ajudar a convencer Israel a cumprir com o direito internacional", afirmou o embaixador.

Impasse

Abbas vem ao Brasil uma semana depois da visita do presidente de Israel, Shimon Peres, e em um momento de impasse na retomada das negociações de paz.

Nesta semana, logo após o anúncio do plano palestino de declaração de independência, Israel autorizou a construção de mais 900 casas no assentamento de Gilo, que fica em território ocupado, reivindicado pela Autoridade Palestina, em Jerusalém Oriental.

A medida foi recebida com críticas por parte de diversos países. Em nota, o Itamaraty afirmou que "a decisão do governo israelense de expandir assentamento situado em território palestino viola resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas a respeito do tema e contraria as obrigações assumidas por Israel no âmbito do Mapa do Caminho".

"Representa um duro golpe nos esforços internacionais que visam à retomada do processo de paz na região e constitui novo obstáculo à consecução do objetivo de um futuro Estado palestino geograficamente coeso e economicamente viável", diz o comunicado.

A nota afirma ainda que o governo brasileiro "conclama o governo de Israel a rever a decisão anunciada, de modo a ampliar as condições políticas necessárias para que israelenses e palestinos voltem à mesa de negociações, com vistas a alcançar um acordo que viabilize a solução de dois Estados".

Há duas semanas, Abbas anunciou que não pretende concorrer à reeleição devido ao impasse nas negociações. O principal motivo seria a recusa de Israel em congelar os assentamentos judaicos em territórios palestinos, uma questão considerada crucial pelos palestinos para a retomada das negociações de paz.

Na semana passada, a Comissão Eleitoral Palestina recomendou o adiamento da votação, inicialmente prevista para 24 de janeiro, depois de o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, ter anunciado que iria impedir a realização do pleito no território. Outro motivo seria a indefinição sobre se Israel vai ou não colaborar com a votação.

O anúncio de Abbas provocou uma crise de liderança na Autoridade Nacional Palestina (ANP), instituição que, no papel, governa os territórios palestinos, mas, na prática, governa a Cisjordânia.

Clique

Esta é a segunda visita de Abbas ao Brasil. Em 2005, ele participou no país da 1ª Cúpula América do Sul - Países Árabes.

Após deixar Salvador, o presidente palestino irá a Porto Alegre, onde se reúne com a comunidade palestina no Rio Grande do Sul - a maior do Brasil. Depois, segue para a Argentina.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

MANIFESTAÇÃO EM FRENTE A PETROBRÁS NORIO DE JANEIRO





















Nós éramos poucos, como poucos foram os panfletos. Nem carro de som tínhamos, no entanto , nossa manifestação foi um belíssimo exemplo de internacionalismo e solidariedade. Os militantes do Rio de Janeiro, mais uma vez , deram uma demonstração inequívoca de consciência internacionalista, daqueles que compreendem a contradição fundamental que une todos os oprimidos em uma só luta, a luta da classe trabalhadora contra seus opressores e exploradores , nossos inimigos são os donos da mesma indústria. A arma que mata na Palestina, no Iraque, no Afeganistão, na Colômbia, no Haiti, na África e nas vielas do Brasil não tem pátria, busca lucros e terras para sua expansão.
Esses bravos cariocas mantiveram, contra um gigantesco aparato fascista, a tradição internacionalista que transborda na história das lutas de classes de nosso povo.
Os fascistas ainda não haviam chegado à Petrobras quando lá já nos encontrávamos pendurando o bandeirão da Palestina na rampa central , que passa por cima de uma avenida movimentada , na entrada principal do prédio e por onde a maioria dos funcionários entram.

Éramos poucos ..... mas distribuímos os panfletos que espelhavam nossa indignação e conversamos com os funcionários, que não sabiam o que estava acontecendo. Não tínhamos carro de som... mas unimos nossas vozes e todos nos ouviram!

Quando o criminoso de guerra chegou com seus comparsas parecia que estavam tomando de assalto a Petrobrás.... helicópteros com atiradores, uma grande pickup com dois enormes rambos segurando duas enormes, diferentes e modernas metralhadoras de última geração.... muitos carros com agentes da mossad armados até os dentes, alguns da Polícia Federal, dois micro ônibus , vários carros negros, duas ambulâncias e muitos agentes na rua armados... tinha mais agentes da mossad no nosso entorno que manifestantes.

Entraram pela lateral e não houve tempo de chegarmos de onde estávamos.

Mas quando saíram lá estávamos nós com nossas bandeiras palestinas, nossa indignação e revolta.... nesse momento algumas pessoas do povo pararam e se juntaram a nós e em uníssono gritamos para Shimon Peres e todos os sionistas: ASSASSINOS! ASSASSINOS!ASSASSINOS!







quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino condena veementemente a visita do Shimon Peres ao Brasil:


Uma visita condenada
Lamentamos a visita da velha raposa Shimon Peres ao solo Brasileiro,
Esta visita é indesejada pelo povo brasileiro, pois o povo brasileiro respeita a vida e o ser humano.
Israel pratica terrorismo de Estado, massacrando o povo palestino através de políticas violentas de usurpação de terras, de vidas, de dignidades dos árabes.
O que o exército nazi-fascista de Israel pratica diarimente sobre os palestinos é odiado pelas forças vivas e organizadas do mundo.
Esta visita é bem vinda somente pelos negociadores de armas que visam lucros materiais sem primar pela paz e com os direitos dos palestinos.

Nosso recado ao Governador Cabral e ao Prefeito Paes: Este encontro é contrário ao espírito Brasileiro de paz e de solidariedade, pois vocês estarão recepcionando o carrasco e um assassino profissional.
Esse assassino ordenou pessoalmente que as forças aéreas israelenses bombardeassem as Instalações da ONU no sul de Líbano na cidade de QANA em 1996 matando assim 104 crianças e mulheres que pensavam que tal instalação ofereceria abrigo seguro confiando na ONU , que esta instituição seria poupada, que teria respeito que seu nome merece.
Esse assassino profissional tem ficha longa!
Foi o mentor da operação punho de ferro contra a intifada palestina, participou com a operação Chumbo derretido contra Gaza esse ano.
Esta ficha longa é a prova que a humanidade necessita para colocar esse tipo de político atrás das grades!
Desta forma, o Brasil não pode recepcionar esse político como se fosse uma visita diplomática!
Atitudes como estas servem de proteção para todos os assassinos e corruptos do mundo. Não podemos compactuar com isso!
Este encontro é contrário ao espírito Brasileiro de paz e de solidariedade, pois vocês estarão recepcionando o carrasco e um assassino profissional.

Viva os 62 anos de luta e resistência do Povo Palestino!

Pela autodeterminação e pela construção da Palestina democrática e laica sobre todo os seu Solo Patrio histórico e Jerusalém capital!
Pelo retorno assegurado dos refugiados palestinos!
Pela libertação dos 11000 presos políticos palestinos!
pelo fim do Muro da Vergonha!

Somos todos palestinos, somos todos brasileiros!
novembro 2009

E não se esqueçam!! TODOS À MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO À PRESENÇA DE UM CRIMINOSO DE GUERRA, ASSASSINO E TERRORISTA EM NOSSO TERRITÓRIO!

DIA 13 - SEXTA-FEIRA - 9 HORAS DA MANHÃ - EM FRENTE A PETROBRÁS - RJ

No dia 13 de novembro às 9:00 da manhã, os movimentos sociais, partidos políticos e entidades participantes do Comitê convocam todos os internacionalistas, ativistas dos direitos humanos, militantes e população em geral para manifestação que faremos na frente da Petrobrás neste dia. 

COMPAREÇAM!

Memórias de um genocídio

Shimon Peres é responsável pelo massacre de centenas de pessoas que tentavam se proteger no quartel-general das Nações Unidas, na aldeia de Qana, no sul do Líbano, em 1996. Um genocídio que horrorizou o mundo com as terríveis imagens de crianças decapitadas e civis cortados em pedaços.

NENHUMA NEGOCIAÇÃO COM O 
ESTADO FASCISTA! O PETRÓLEO É DO POVO BRASILEIRO!

NÃO AO TLC! FORA ISRAEL DO MERCOSUL

PRISÃO PARA OS CRIMINOSOS DE GUERRA ISRAELITA!

FORA SHIMON PERES! FORA ISRAEL!


Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino Rio de Janeiro e Niterói

Senador João Pedro critica governo de Israel e diz que falta coerência a discurso de Shimon Peres

O senador João Pedro (PT-AM) criticou ontem, no Plenário, o governo israelense, logo após a visita do presidente de Israel, Shimon Peres, que foi recebido com sessão solene no Senado. Para João Pedro, falta coerência entre o discurso de Peres em favor da paz e a situação de violência vivida pelos palestinos na Faixa de Gaza, na Cisjordânia. O parlamentar visitou a região em julho deste ano.

"Vamos desconhecer os ataques à cultura muçulmana, vamos fazer de conta que não existem muros na Palestina construídos por Israel? A paz que prega o presidente de Israel ou a guerra que matou crianças em janeiro e fevereiro" condenou o parlamentar, nesta terça-feira.

João Pedro criticou o bloqueio da Faixa de Gaza, à qual nem mesmo a Organização das Nações Unidas tem acesso e que faz com que o povo palestino dependa dos israelenses até mesmo para beber água. Ele pediu à ONU - que condenou os ataques de Israel à Palestina em janeiro no Relatório Goldstone - mais empenho pela criação do Estado Palestino.

João Pedro condenou os bombardeios de Israel, com sua superioridade bélica, que causaram a morte de 1.500 palestinos, em ofensiva no início deste ano, assim como prisões ilegais existentes no deserto árabe, onde estão presos milhares de palestinos. O parlamentar pela Amazônia condenou igualmente a proibição imposta por Israel aos palestinos de cidades como Belém, Ramallah e Hebrom de visitar a capital Jerusalém, bem como o controle por Israel das fronteiras da Jordânia.

"Quem defende a paz tem que fazer a paz e não a guerra. Espero que a paz reine para o povo palestino, que padece da violência, do ataque covarde da aviação israelense, das prisões ilegais nos desertos do mundo árabe feita por Israel", criticou.

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

TODOS À MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO À PRESENÇA DE UM CRIMINOSO DE GUERRA, ASSASSINO E TERRORISTA EM NOSSO TERRITÓRIO!

DIA 13 - SEXTA-FEIRA - 9 HORAS DA MANHÃ - EM FRENTE A PETROBRÁS - RJ
No dia 13 de novembro às 9:00 da manhã, os movimentos sociais, partidos políticos e entidades participantes do Comitê convocam todos os internacionalistas, ativistas dos direitos humanos, militantes e população em geral para manifestação que faremos na frente da Petrobrás neste dia.

Esse criminoso de guerra está enchendo o bolso da burguesia internacional armamentista vendendo armas modernas, aviões militares não-tripulados produzidos por essa fábrica de armamentos e de morte que se chama israel.

A burguesia sionista também está de olho em nossas riquezas do pré-sal, do petróleo; na sua comitiva 40 empresários israelitas.

Lamentavelmente o governo brasileiro, ignorando as campanhas de boicotes contra o estado fascista e sionista e ignorando o relatório da ONU sobre os crimes de guerra praticados contra os palestinos, assinou nesta quarta feira acordos nas áreas de turismo, cinema e cooperação técnica, além do tratado de extradição. Uma vergonha!!!!

Todos sabemos que o objetivo dessas armas tem um destino fixado e não é nenhum país inimigo. O inimigo é o nosso povo, o povo excluído, o povo pobre, criminalizado,que luta, as resistências populares, enfim, o combate , como disse o ministro Jobin ao criminoso de guerra, não será contra uniformizados, contra outro exército ....

O Governo Federal, o governador Sergio Cabral e o Prefeito Eduardo Paes estão recebendo o assassino com honras de aliados. Lula assinou o perigoso acordo de extradição, que pode significar que mandaremos palestinos para as terroristas prisões israelitas... E o Governador e o prefeito estão atrás de tornar mais eficientes e bem armadas suas polícias, exatamente como o é o terrorista exército sionista ,obviamente, para matar nossa população dos guetos e favelas, como fazem em Gaza?

Shimon Peres, presidente de Israel, está a serviço de um estado com sangue nas mãos, que realiza uma ocupação ilegal e criminosa dos territórios da Palestina, que mata, prende, tortura, rouba órgãos humanos e humilha; que aprisiona todo o povo palestino com um grau de crueldade sem precedente na história. Israel está asfixiando três milhões de pessoas na Palestina ocupada, impondo, todos os dias, um crescente desespero.

Peres mantém a tradição de todos os governos israelita: um comportamento nazistas contra os palestinos. Está sitiando 1,5 milhões de pessoas em Gaza, impondo a morte lenta pela fome, pela falta de atendimento médico e de infra-estrutura, criando, na prática, um campo de concentração. O que faz jus a seu passado: ajudou a África do Sul do apartheid a adquirir armas quando estava sob um embargo internacional.

O atual chefe do estado de Israel esteve presente e atuou para aumentar a cota de sofrimento dos palestinos, desde a Nakba ("Catástrofe") em 1948, passando pela ocupação em 1967 e o sítio de 2002 e esteve à frente da implantação do primeiro assentamento judaico, Kedumim, em 1970, no coração da Cisjordânia ocupada. Ele comandou também a Operação Punhos de Ferro (1983-7) que exterminou (após prender e torturar) milhares de paupérrimo aldeões libaneses e palestinos.

Como todos os criminosos e assassinos em massa, Peres tenta encobrir seus crimes, utilizando uma retórica mentirosa e cínica em "favor da paz". Mas este "ilustre" laureado com o prêmio Nobel da Paz de 1994 tem uma imensa folha corrida, recheada de crimes que inclui o seu papel na formação da Haganah-milícias que praticaram atos terroristas, com assassinatos em massa, para forçar os palestinos a deixarem suas casas em 1947/48. Só a degeneração moral, que tomou conta da classe dominante do mundo, explica tal premiação.

Esse porta-voz de Israel está sendo recebido pelos dignatários brasileiros e pelos empresários paulistas, na semana em que o mundo novamente se levanta contra o Muro do Apartheid. Na programação da visita, encontros com o Ministro da Defesa, Nelson Jobin, e com o presidente Lula. No Rio, o presidente israelense será recebido pelo presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, pelo governador do Rio, Sérgio Cabral e pelo com o prefeito, Eduardo Paz. Em pauta, discussões sobre as relações comerciais Brasil-Israel, o Acordo de Livre Comércio Mercosul-Israel, armamentos, tecnologia da morte e, com certeza, o pré-sal e combustível barato para alimentar a incrível máquina israelense de fabricar cadáver. No seu staff , está o representante da empresa Elbit, desenvolvedora dos principais armamentos e tanques israelenses usados no massacre em Gaza e fornecedora de sistemas de segurança para o muro do Apartheid na Cisjordânia e para assentamentos ilegais.

Vergonha!

A participação da empresa Elbit em obras ilegais de Israel, como o muro da segregação, e o fornecimento de veículos aéreos não tripulados e outras tecnologias para os militares israelenses, levou o governo da Noruega a romper relações comerciais com essa empresa. Infelizmente, para o governo Lula, essas questões éticas são tão irrelevantes que o representante dessa empresa é recebido com todas as honras pelo Brasil.

Memórias de um genocídio

Shimon Peres é responsável pelo massacre de centenas de pessoas que tentavam se proteger no quartel-general das Nações Unidas, na aldeia de Qana, no sul do Líbano, em 1996. Um genocídio que horrorizou o mundo com as terríveis imagens de crianças decapitadas e civis cortados em pedaços.

NENHUMA NEGOCIAÇÃO COM O
ESTADO FASCISTA! O PETRÓLEO É DO POVO BRASILEIRO!

NÃO AO TLC! FORA ISRAEL DO MERCOSUL

PRISÃO PARA OS CRIMINOSOS DE GUERRA ISRAELITA!

FORA SHIMON PERES! FORA ISRAEL!


Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino Rio de Janeiro e Niterói