segunda-feira, 27 de abril de 2009

O RACISMO NO DOMÍNIO DO MUNDO

A Conferência Mundial da ONU sobre Racismo, que aconteceu em Genebra entre os dias 20 a 24 de abril foi deliberadamente boicotada por nove países: Israel, EUA, Austrália, Itália, Canadá, Alemanha, Nova Zelândia, Polônia e República Tcheca. No entanto a mídia internacional não deu a importância devida ao boicote! Mal falou no assunto.

Entretanto, bastou o Presidente do Iran denunciar em discurso no plenário da Conferência o genocídio do qual os povos sob ocupação são vítimas para que as baterias midiáticas do establishment girassem em uníssono despejando ódio, mentiras e manipulação, criando dessa forma uma imagem invertida da realidade.

Lamentavelmente, a representação política de nosso governo no evento, o Senhor Ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, caiu nas malhas da mídia sionista e deu declarações condenando “a postura do presidente, que não condiz com o ambiente da conferência”.

Qual parte do discurso não condiz com o ambiente da Conferência?
1. A parte que denuncia que as guerras de ocupação, as perseguições, a escravidão, as colonizações na África e Ásia provocaram mais de 100 milhões de mortes e que apesar dessa experiência terrível com os horrores e os crimes de guerra pouco avançamos para termos mais esperanças quanto ao nosso futuro, o futuro da humanidade?
2. Ou foi quando disse que apesar de discursos e slogans contra a discriminação racial, países muito poderosos violam os direitos humanos e discriminam os povos por sua origem étnica.
Ou quando afirmou que por conta das terríveis conseqüências do racismo na Europa foi implantado o mais cruel, desumano, repressivo regime racista na Palestina?
3. Que essas atrocidades acontecem com a conivência do Conselho de Segurança da ONU, funcionamento despótico protege o regime ocupante há 60 anos, tolerando e legitimando todos os tipos de atrocidades, como ocorreu durante 22 dias em que a população desarmada de Gaza foi submetida aos mísseis e armas proibidas pelas Convenções Internacionais e que ainda hoje matam mulheres, jovens e crianças?
4. Talvez quando mencionou a poderosa indústria bélica, essa mesma que promoveu uma feira acolhida no Rio de Janeiro, que destruiu uma cultura de mil anos no Iraque, se apoderou das fontes de energia, assassinou mais de um milhão de seres humanos e converteu em exilados outros tantos milhões, cujo poderoso lobby, conseqüência da aliança pública entre os países fabricantes de armas e o sionismo foram os responsáveis pela carnificina que assistimos hoje no Oriente Médio?
5. Ou quando denunciou que a situação dos povos cujos governos estão injetando centenas de bilhões de dólares tirados do próprio povo e de outras nações para ajudar bancos, companhias e instituições financeiras falidas, tudo válido para manter o poder e a riqueza às custas da miséria e opressão.
6.Ou quando afirmou que “os EUA e seus aliados fracassaram na missão de conter a produção de drogas no Afeganistão. O cultivo de narcóticos multiplicou-se, depois da invasão. E questionou quem responderá pelo que o governo americano e seus aliados fizeram?”.
7. “Não são a invasão e a ocupação exemplos claros de autocentrismo, racismo, discriminação e violência contra a dignidade e a independência de tantas nações?” Pergunta o Presidente Ahmadinejad.
8. Ou quando denuncia que o sionismo, de fato, abusa dos sentimentos religiosos para esconder sua horrenda face de ódio e racismo e, assim, mobilizar em seu benefício, todos os recursos, inclusive a influência econômica, política e midiática. E que esse racismo sem limites é a mais grave ameaça que pesa sobre a paz internacional e que nesse sentido propõe que é dever e responsabilidade dos representantes das nações desmascarar essa campanha que corre na direção oposta a todos os valores e princípios humanitários.

Não foi somente a análise impecável do Presidente do Iran que provocou a reação de alguns países europeus entre os presentes na Conferência e a escandalosa reação da mídia mundial.
As reações são uma tentativa de esconder da opinião pública mundial o boicote, e os motivos do boicote dos nove países à Conferência, em especial o veto americano ao esboço da Declaração final e a posição política/militar assassina de Israel no Oriente Médio, sempre protegida pelos EUA desde Bush a Obama.

Para desvirtuar do centro das discussões o principal , a criminalização da pobreza e dos povos, as torturas e a agressão sofrida pelos povos que estão sob regime de ocupação, a mídia , como sempre faz, deu tratamento hollydiano ao sofrimento do povo judeu na segunda guerra mundial, como se fosse o único na história da humanidade e cuja perseguição jamais acaba.

Essa é a fórmula utilizada há muitos anos pelo sionismo para manipular a opinião pública, cuja intenção é que sejam ignorados os atuais crimes de guerra, genocídio e holocaustos promovidos pelos mesmos países que boicotaram a Conferência e que promovem e financiam essa estratégia de marketing.

O novo governo americano, que se apresenta como a cavalaria que vai salvar o mundo, mas que na essência não toma nenhuma medida de rompimento com a velha política americana imperialista, não poderia correr o risco de ver aprovado uma declaração anti-racista ou anti belicista justo num momento delicado de crise econômica, cuja saída pela ampliação da política belicista não está descartada, muito pelo contrário.

A busca desesperada por uma saída para salvar o capital financeiro da bancarrota abre a possibilidade real do imperialismo e seu aliado sionista ampliar a agressão sobre os povos do Oriente Médio. O maior exemplo disso são as ameaças ao Iran. Possibilidade ampliada pela eleição da ultradireita racista no Estado Judeu.

Sem dúvida, ampliar a guerra injusta seria uma saída clássica que pode dar fôlego à economia capitalista: Movimenta o comércio das armas, destrói a infra-estrutura do país atacado, domina e se apropria dos recursos naturais e riquezas energéticas dos povos, investe na reconstrução, faz alianças com as burguesias locais, e se mantém o domínio político e econômico do lugar.

Sobretudo, o que se quiz evitar com a campanha manipuladora midiática durante a Conferência Contra o Racismo é justamente mudar o foco da discussão sobre racismo, para esconder dos povos os crimes cometidos ainda hoje contra o povo iraquiano e afegão pelos EUA, contra o povo da Colômbia, na América Latina e o papel nazi fascista que acumula ao longo de 60 anos uma história de terror, torturas, assassinatos seletivos, apropriação territorial, campos de refugiados/extermínio, enfim um genocídio étnico praticado por Israel contra o povo palestino.

O que se quer esconder é que as atrocidades cometidas desde 1948 e que foram condensadas durante os 22 dias sobre a pobre e faminta cidade de Gaza não cessaram apesar da resistência dos palestinos que não permitiram a tomada militar da cidade, o povo está ilhado e Israel não permite a entrada de remédios, alimentos ou água; o que se quer esconder é que todas as resoluções da ONU ou dos Tribunais Internacionais são sistematicamente ignoradas por Israel que goza da impunidade e de muito prestígio internacional entre aqueles países capachos, dominados por interesses econômicos do capital financeiro e das armas.

Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Noruega acusa dez israelenses por crimes de guerra em Gaza


da Folha Online

22/04/2009 - 11h27


Um grupo de advogados noruegueses apresentaram uma ação ao procurador geral da Noruega contra dez autoridades israelenses, incluindo o ex-premiê Ehud Olmert, por "crimes de guerra" e "violações graves aos direitos humanos" durante a recente ofensiva na faixa de Gaza, que deixou mais de 1.300 mortos.
A demanda pede a prisão e extradição de Olmert, da ex-chanceler Tzipi Livni, do ministro da Defesa, Ehud Barak, e de sete oficiais superiores do Exército israelense.
"A demanda diz respeito ao ataque israelense contra a faixa de Gaza no período de 27 de dezembro de 2008 a 25 de janeiro de 2009", afirmam o seis advogados em um comunicado.
A ofensiva foi lançada por Israel com objetivo declarado de acabar com o lançamento de foguetes contra território israelense. Grupos de direitos humanos, contudo, criticaram os métodos utilizados por Israel, que invadiu com tanques e artilharia pesada regiões centrais do território de apenas 360 km¦ e cerca de 1,5 milhão de habitantes.
A ofensiva deixou 1.434 palestinos mortos, incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes, segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos. O Exército israelense confirma 1.370 mortes, entre elas 309 civis inocentes --dos quais 189 são crianças e jovens com menos de 15 anos.
A iniciativa tem como base os artigos do código penal norueguês sobre os crimes de guerra e outras violações graves dos direitos humanos, segundo as normas internacionais.
A acusação é de "ataque terrorista em massa contra residentes da faixa de Gaza", "homicídio de civis e atos desumanos que causaram sofrimentos graves", assim como a "destruição em massa de propriedade pública e privada com o objetivo de intimidar civis".
"Rumor"
As Forças de Defesa israelenses rebateram as críticas de crimes de guerra e encerraram recentemente uma investigação sobre os relatos publicados no jornal israelense "Haaretz" de soldados que lutaram na recente ofensiva na faixa de Gaza --no qual descrevem assassinato de civis inocentes, além de um bilhete que ordena ataques a equipes médicas e a campanha dos rabinos do Exército para transformar a operação em uma "guerra santa".
"A atmosfera em geral, não sei como descrever. As vidas de palestinos, digamos, são menos importantes que as de nossos soldados", diz um dos trechos da declaração de um chefe de pelotão que atuou em Gaza, ao justificar a morte de uma palestina e seus dois filhos, mortos por um atirador de elite israelense.
O Exército israelense afirma que as acusações foram baseadas em "rumores e não experiências vividas".
A investigação foi lançada no início do mês de março, após o jornal israelense publicar relato de soldados que lutaram na operação contra o movimento islâmico radical Hamas em Gaza. As denúncias vazaram de um encontro no último dia 13 de fevereiro entre membros das Forças Armadas, estudantes do curso preparatório de soldados de Yitzhak Rabin, que compartilharam experiências em Gaza. Alguns veteranos, formados na academia militar das Forças de Defesa de Israel, falaram sobre o assassinato de civis inocentes e de suas impressões de desprezo profundo aos palestinos dentro das forças israelenses.
O diretor da instituição, Danny Zamir, confirmou ao jornal israelense que os relatos são autênticos. O Exército, contudo, proibiu os soldados de conversarem com a imprensa.
Com agências internacionais

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Discurso do Presidente Ahmadinejad, do Iran, na "Durban Review Conference


" (20-24/4/2009), Genebra, Suíça* 20/4/2009, PressTV, Teeran -

http://www.presstv.ir/detail.aspx?id=92046

Ilustre presidente da Conferência, ilustre secretário-geral da ONU, ilustre Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos. Senhoras e senhores.
Estamos reunidos para dar prosseguimento à Conferência de Durban contra o racismo e a discriminaçao racial, para definir mecanismos que permitam pôr em ação nossas campanhas humanitárias e religiosas.
Ao longo dos últimos séculos, a humanidade tem passado por grandes sofrimentos e dores terríveis. Na Idade Média, condenavam-se à morte pensadores e cientistas. Depois se seguiu um período em que se praticaram a escravidão e o comércio de seres humanos. Inocentes eram capturados aos milhões, separados de suas famílias e entes queridos, para serem levados à Europa e à América, sob as piores condições. Período de trevas, em que a humanidade também conheceu a ocupação, a pilhagem e os massacres de inocentes.
Muitos anos passaram-se antes de que as nações erguessem-se e lutassem pela liberdade, pela qual sempre pagaram preço muito alto. Perderam-se milhões de vida na luta para expulsar os ocupantes e estabelecer governos nacionais independentes. Mas não demorou para que saqueadores do poder político impusessem duas guerras à Europa, que também varreram como praga parte da Ásia e África. Essas guerras terríveis custaram a vida de 100 milhões de pessoas e provocaram devastação massiva em todo o mundo. Se a humanidade tivesse aprendido o que havia a aprender daquelas ocupações, dos horrores e crimes daquelas guerras, já haveria um raio de esperança para o futuro.
Os poderes então vitoriosos autodesignaram-se conquistadores do mundo, ignorando ou subvalorizando direitos de outras nações e impondo leis de opressão e de arranjos internacionais.
Senhoras e senhores, consideremos por um momento o Conselho de Segurança da ONU, que é uma das heranças deixadas pelas duas guerras mundiais.
Que lógica há em o Conselho de Segurança assegurar apenas a alguns o direito de veto? Como essa lógica se harmonizaria com valores humanitários ou espirituais? Não seria lógica sempre discrepante dos princípios de justiça, de igualdade de todos ante a lei, do amor e da dignidade humana? O direito de veto não lhes parece sempre discriminatório e injusto, não implica sempre violação de direitos humanos e humilhação da maioria das nações e países?
O Conselho é o mais alto corpo político de decisores do planeta, para salvaguardar a paz e a segurança mundiais. Mas como se pode esperar que realize a justiça e a paz, se a discriminação está ali convertida em lei e a própria a lei é constituída mediante coerção e arbítrio, não pela justiça e respeito aos direitos de todos?
A coerção e a arrogância estão na origem da opressão e das guerras. Embora hoje muitos racistas condenem em seus discursos e slogans a discriminação racial, alguns países muito poderosos tem sido autorizados a decidir sobre suas políticas, baseados apenas em seus interesses e no próprio juízo. Assim têm podido facilmente violar todas as leis e todos os valores humanitários.
Logo depois da II Guerra Mundial, alguns daqueles países recorreram à agressão militar para arrancar de suas casas toda a população de uma nação inteira, sob o pretexto de que os judeus sofriam horrivelmente; aquelas nações enviaram migrantes refugiados para toda a Europa, para os EUA e para outras partes do mundo, e estabeleceram um governo totalmente racista na Palestina ocupada[2]. De fato, em compensação pelas terríveis consequências do racismo na Europa, ajudaram a implantar no poder, na Palestina, o mais cruel e repressivo regime racista.
O Conselho de Segurança ajudou a estabilizar o regime ocupante e apoiou-o durante os últimos 60 anos, dando-lhe pleno direito de cometer todos os tipos de atrocidades. É lamentável sob todos os aspectos, que alguns governos ocidentais e o governo dos EUA tenham-se comprometido na defesa desses racistas genocidas, enquanto a consciência dos homens e mulheres livres em todo o mundo condenavam a agressão, as brutalidades e o bombardeio contra civis em Gaza, Palestina. Os apoiadores de Israel têm defendido esses crimes e têm silenciado contra esses crimes.
Amigos, ilustres delegados, senhoras e senhores. Onde estão as causas radicais dos ataques dos EUA contra o Iraque ou da invasão do Afeganistão?
Não é outro o motivo que levou à invasão do Iraque, se não a arrogância do então governo dos EUA e a pressão crescente dos mais ricos e poderosos que visam sempre a expandir sua esfera de influência. Aí estão os interesses da poderosa indústria de armamento, destruindo uma cultura de mil anos, nobre em todos os sentidos, de longuíssima história. Tentam eliminar a potência e a ameaça direta que os países muçulmanos impõem hoje ao regime sionista, ao mesmo tempo em que defendem o regime sionista e querem assenhorear-se das fontes de energia do povo iraqueano?
Por quê, afinal, quase um milhão de seres humanos foram mortos ou feridos e mais outros milhões foram convertidos em exilados e refugiados? Por que, agora, o povo iraqueano sofre perdas que já alcançam as centenas de bilhões de dólares? E por que o povo dos EUA teve de ver consumirem-se bilhões de seus dólares, como custo dessas ações militares? A ação militar contra o Iraque não terá sido planejada pelos sionistas e seus aliados no governo dos EUA, cúmplices todos dos países fabricantes de armas e dos senhores da riqueza do mundo? A invasão do Afeganistão terá, por acaso, restaurado a paz, a segurança e o bem-estar econômico naquele país?
Os EUA e seus aliados fracassaram na missão de conter a produção de drogas no Afeganistão. O cultivo de narcóticos multiplicou-se, depois da invasão. A pergunta necessária é "quem responderá pelo que fizeram o então governo nos EUA e seus aliados, naquela parte do mundo?"
Representavam ali os países do mundo? Receberam de alguém algum mandato? Foram autorizados pelos povos do mundo a interferir em todos os lugares do globo – e sempre mais frequentemente na nossa Região? Não são a invasão e a ocupação exemplos claros de autocentrismo, racismo, discriminação e violência contra a dignidade e a independência de tantas nações?
Senhoras e senhores, quem é responsável pela crise econômica pela qual passa o mundo? Onde começou a crise? Na África? Na Ásia? Ou começou nos EUA, contaminando em seguida toda a Europa e os aliados dos EUA?
Por longo tempo, usaram seu poder político para impor regulações econômicas desiguais na economia internacional. Impuseram um sistema financeiro e monetário sem adequado mecanismo de supervisão internacional sobre nações e governos que nada podiam, no sentido de conter tendências ou políticas. Sequer permitiram que outros povos supervisionassem ou monitorassem suas próprias políticas financeiras. Introduziram leis e regulações que agrediam todos os valores morais, exclusivamente para proteger interesses dos senhores da riqueza e do poder.
Mais ainda, apresentaram uma definição de economia de mercado e competição que nega muitas das oportunidades econômicas que poderiam ser acessíveis para outros países do mundo. Também transferiram seus problemas a outros, enquanto ondas de crises repercutiam sobre a própria economia, gerando milhares de bilhões de déficit no orçamento. E hoje, estão injetando centenas de bilhões de dólares tirados de seu próprio povo e de outras nações, para ajudar bancos, companhias e instituições financeiras falidas, o que torna a situação cada vez mais complicada para sua própria economia e para seu próprio povo. Estão pensando simplesmente em manter o poder e a riqueza. Não dão nenhuma atenção aos povos do mundo, sequer ao próprio povo.
Senhor presidente, senhoras e senhores.
O racismo nasce da falta de conhecimento sobre as raízes da existência do homem como criaturas escolhidas por Deus. Também é produto de desvio do verdadeiro caminho da vida humana e das obrigações da humanidade na criação do mundo, que leva a falhar nos deveres de conscientemente servir a Deus; nasce tambem de não saber pensar sobre a filosofia da vida ou o caminho da perfeição que são os principais ingredientes dos valores divinos e humanitários. Assim, essas ignorâncias restringiram o horizonte do olhar humano, tornando-o superficial, e tomando, como instrumento de sua ação, só os interesses mais limitados. É por isso que o poder do mal ganhou forma e expandiu seu domínio, ao mesmo tempo em que privou outros de todas as oportunidades justas e igualitárias de desenvolvimento.
O resultado foi o surgimento de um racismo sem limites que é hoje a mais grave ameaça que pesa sobre a paz internacional e tem comprometido todos os esforços para construir a coexistência pacífica em todo o mundo. Sem dúvida, o racismo é o principal símbolo da ignorância; tem raízes históricas e, de fato, é signo de que o desenvolvimento de uma sociedade humana foi frustrado.
É, portanto, crucialmente importante denunciar as manifestações de racismo em todas as ocasiões e em todas as sociedades nas quais prevaleçam a ignorância e pouca sabedoria. A consciência e a compreensão geral da filosofia da existência humana é o principal objetivo e princípio da luta contra manifestações de racismo. E revela a verdade: os seres humanos são o centro da criação do universo. A chave para resolver o problema do racismo é o retorno aos valores espirituais e morais e, afinal, implica voltar a servir a Deus Todo-Poderoso.
A comunidade internacional têm de iniciar movimentos que visem a ampliar a consciência coletiva, sobretudo nas sociedades em que o racismo e a ignorância prevaleçam; só assim pôr-se-á fim ao avanço dos danos causados pelo racismo, que é perverso.
Caros amigos. Hoje, a comunidade humana enfrenta um tipo de racismo que macula a imagem de toda a humanidade, no início do terceiro milênio.
O sionismo mundial personifica o racismo que é falsamente atribuído a religiões mas, de fato, abusa dos sentimentos religiosos para esconder sua horrenda face de ódio. Contudo, é importante que não percamos de vista os objetivos políticos de alguns dos poderes mundiais, dos que controlam os imensos recursos econômicos e os lucros, no mundo. Mobilizam todos os recursos, inclusive a influência econômica e política – e a mídia em todo o mundo –, para tentar ganhar apoio para o regime sionista e para ocultar a indignidade e a desgraça daquele regime.
Não se trata aqui de simples questão de ignorância. Ninguém pode pôr termo a esses horrores mediante campanhas consulares e diplomáticas. É preciso trabalhar com muito empenho para deter os abusos praticados pelos sionistas e seus apoiadores políticos e internacionais, e para fazer respeitar o desejo e as aspirações dos povos. Os governos antissionistas devem ser encorajados e apoiados com vistas a erradicar esse racismo bárbaro e para que se reformem os mecanismos internacionais hoje existentes.
Não há qualquer dúvida de que todos os senhores aqui presentes têm perfeito conhecimento da conspiração movida por alguns governos e pelos círculos sionistas contra as metas e os objetivos dessa conferência.
Infelizmente, houve declarações e declarações de apoio aos sionistas e seus crimes. É dever e responsabilidade dos respeitáveis representantes de todas as nações desmascarar essa campanha que corre na direção oposta a todos os valores e princípios humanitários.
Deve-se reconhecer e declarar que boicotar uma reunião como essa, e tentar degradar a excepcional capacidade política internacional que aqui se acumula, é perfeita manifestação de apoio aos racistas e é escandaloso exemplo de racismo. Para defender direitos humanos, é fundamentalmente importante, em primeiro lugar, defender os direitos de todas as nações do mundo, de participar em condições de igualdade no processos de tomar toda e qualquer decisão, sem qualquer tipo de pressão que venha de apenas alguns poderes mundiais.
Em segundo lugar, é necessário reestruturar as organizações internacionais existentes e suas respectivas constituições e acordos. Essa conferência, portanto, é como um campo de testes. A opinião pública, hoje e no futuro, julgará nossas ações e nossas decisões.
Senhor presidente, senhoras e senhores. O mundo está passando por mudanças profundas e muito rápidas. Relações de poder consideradas estáveis já se mostram frágeis, muito fracas. Ouve-se o "crack" dos pilares dos sistemas mundiais. As principais estruturas políticas e econômicas estão em ponto de colapso. No horizonte, já aparecem crises políticas e de segurança. O agravamento da crise da economia mundial, para a qual não se vê futuro melhor, demonstra que estamos sob a força de uma maré de mudanças globais. Tenho repetido e enfatizado que é necessário que o mundo abandone a rota errada em que caminhou por tanto tempo, e na qual ainda insiste.
Também tenho alertado repetidas vezes contra as terríveis consequências de qualquer desatenção a essa responsabilidade crucial.
Aqui, nessa importante conferência, entendo que já possa declarar a todos os líderes do mundo, aos pensadores e a todos os povos de todas as nações do planeta aqui representados, e que anseiam por paz e bem-estar econômico, que aquela ordem injusta que comandou o mundo já chega, hoje, ao fim de sua caminhada. É fatal que aconteça, porque a lógica desse poder imposto sempre foi a lógica da opressão.
A lógica do governo compartilhado e dos negócios planetários deve-se basear nos mais nobres anseios que há em todos os seres humanos e na supremacia de Deus Todo-Poderoso. Portanto, operará tão mais eficientemente quanto mais se façam ouvir todas as vozes de todas as nações. A vitória do bem sobre o mal e a construção de um sistema mundial justo é promessa que Deus e seus mensageiros fizeram à humanidade. Esse sistema mundial justo tem sido objetivo partilhado de todos os seres humanos e de todas as sociedades ao longo da história. Realizar esse futuro depende de conhecer o espírito da criação e a força da fé dos crentes.
Construir uma sociedade global é, afinal, alcançar o alto objetivo de estabelecer um sistema global comum do qual participem todas as nações do mundo, ouvidos todos em todos os processos de decisão, com vistas a esse mesmo objetivo.
Capacidades científicas e técnicas e tecnologias de comunicações criaram novas vias de entendimento para a sociedade mundial, entendimento partilhado e disseminado; essa é a base essencial para um sistema comum. Cabe, doravante, aos intelectuais, pensadores e construtores de políticas, em todo o mundo, assumir a responsabilidade de cumprir esse seu papel histórico, com firme crença de que esse é o caminho a seguir.
Quero também destacar o fato de que o liberalismo e o capitalismo ocidentais não se mostraram suficientemente potentes para perceber a verdade do mundo e dos homens como são. Sempre tentaram impor objetivos e rumos que eram só deles, a todos. Sem qualquer atenção a valores humanos e divinos de justiça, liberdade, amor e fraternidade; sempre viveram em intensa competição, pensando mais, sempre, em interesses materiais, individuais e corporativos.
É tempo de aprender com a experiência e iniciar esforços coletivos para enfrentar os desafios que aí estão. Nessa mesma linha de argumento, quero chamar-lhes a atenção ainda para duas questões importantes.
Primeiro, que é absolutamente possível melhorar a situação em que o mundo vive hoje. Mas deve-se observar que, para tanto, é indispensável que todos os povos e países cooperem, com vistas a construir mundo melhor para todos, fazendo render o máximo possível, para todos, todas as capacidades e os recursos com que o mundo conta hoje.
Participo hoje, presente nessa conferência, porque tenho a firme convicção de que as questões que aqui se discutem são importantes. E porque é dever de todos, e é responsabilidade comum de todos, defender os direitos de todas as nações contra o racismo sinistro, aqui, e solidários aos melhores pensadores do mundo.
Em segundo lugar, considerada a ineficácia do sistema político, econômico e de segurança hoje vigentes, é indispensável voltar a considerar os valores humanos e divinos, a verdadeira definição do homem e da humanidade, baseada na justiça e no respeito aos valores de todos os povos, em todo o mundo. Para isso, é necessário denunciar os erros e vícios dos sistemas que até hoje governaram o mundo; e é necessário que tomemos medidas coletivas para reformar as estruturas existentes.
Para tanto, é crucialmente importante reformar imediatamente a estrutura do Conselho de Segurança, com imediata eliminação do discriminatório direito de veto; e é preciso mudar os sistemas financeiro e monetário mundiais. Claro que, quanto menos se compreenda a urgente necessidade de mudar, mais nos custarão os adiamentos e atrasos.
Caros amigos. Andar na direção da justiça e da dignidade humana é como seguir o fluxo rápido das águas de um rio. Tenhamos sempre em mente a potência do amor e do afeto. O futuro prometido para todos os seres humanos é patrimônio valiosíssimo. Temos de nos manter unidos para construir outro mundo possível.
Para que o mundo seja melhor lugar, cheio de amor e bênçãos, mundo onde não haja nem ódio nem pobreza, mundo abençoado por Deus Todo-Poderoso, que levará à realização de todas as perfeições dos seres humanos, temos de nos dar as mãos em amizade e solidariedade, e trabalhar para realizar esse mundo melhor.
Agradeço ao presidente da Conferência, ao secretário-geral e a todos os ilustres participantes, a paciência com que me ouviram. Muito obrigado.

NOTAS DE TRADUÇÃO
* 21-24/4/2009. É "conferência de revisão", prosseguimento da "World Conference against Racism, Racial Discrimination, Xenophobia and Related Intolerance" que foi iniciada em Durban, África do Sul, em 2001, chamadas respectivamente "Durban I" e, agora, "Durban II". A conferência de revisão foi organizada para estimular a ativação do que ficou definido como objetivos, na "Durban Declaration and Programme of Action"; visa a estimular o prosseguimento de ações, iniciativas e soluções práticas. Sobre a Conferência de Revisão, ver http://www.un.org/durbanreview2009/.


Em http://www.un.org/durbanreview2009/pdf/Draft_outcome_document_Rev.2.pdf pode-se ler a versão de documento a ser discutido nessa conferência de revisão.
Interessante observar que, entre 2001 e 2009, o mundo mudou muito dramaticamente. Em 2001, ainda não havia no mundo a clara consciência de que Israel opera como Estado racista, no coração do Oriente Médio. Hoje, o assunto já está em discussão, de fato, em todo o planeta – sobretudo depois do massacre de Gaza pelos israelenses e da ascenção ao governo de Israel, em eleições recentes, de partidos e políticos que manifestam clara ideologia racista. Nesse contexto é que se deve entender o 'boicote' à conferência de revisão. Os EUA de Obama e vários aliados europeus dos EUA 'boicotaram' a reunião. O presidente do Iran atacou diretamente o racismo sionista. Todas essas circunstâncias fazem desse discurso documento histórico importante.
[2] Hoje, a FSP publica versão diferente desse trecho: "Após a Segunda Guerra, eles recorreram à agressão militar para deixar uma nação inteira sem lar, sob o pretexto dos sofrimentos judeus e da ambígua e dúbia questão do Holocausto". Essa versão está publicada em FSP, 21/4/2009, "Ahmadinejad tumultua conferência da ONU", matéria assinada por Marcelo Ninio, de Genebra, em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2104200901.htm [só para assinantes]). Também na nota publicada hoje em O Globo (em

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/04/21/governo-brasileiro-externara-reprovacao-ao-discurso-de-ahmadinejad-contra-israel-755364490.asp), e que, segundo o jornal, teria sido divulgada pelo Itamaraty, há referência a comentário sobre o Holocausto, que haveria nesse discurso. Na versão publicada pela PressTV (BBC no Iran), em inglês, aqui traduzida, não há qualquer referência ao Holocausto.

II CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL - 23 e 24 de abril de 2009


O Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino convida a todos para participarem!

A Comunidade Árabe e Islâmica de Santa Catarina estará participando da mesa-

Etnia Árabe e Colônia Islâmica
Dia - 23 de abril - Quinta- feira
Hora- 17 horas às 17.30 horas
Local - Auditório Antonieta de Barros - Assembléia Legislativa de Santa Catarina
Centro - Florianópolis

Palestrantes -
Khader Othman -Representante da Comunidade Árabe- Palestina de Florianópolis
Amin Karam - Representante da Comunidade Islâmica de Santa Catarina
O referido Evento visa definir diretrizes que possibilitem o fortalecimento das Políticas de Promoção da Igualdade Racial Nacional, na perpectiva de superação das desigualdades raciais no município de Florianópolis.

Informações: Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial - COPPIR - coppir@pmf.sc.gov.br
http://www.pmf.sc.gov.br.portal.coppir/

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Palestra : Palestina no Rio de Janeiro


A palestra do Companheiro Jadallah Safa dia 01/04/2009 em Rio de janeiro


É uma grande honra para mim estar presente aqui com vocês pela primeira vez, falando sobre a Palestina, minha terra amada, dela eu sai em 1979, e por causa das leis racistas da entidade sionista; Israel, perdi meu direito de retornar para ela. E se for preciso ou eu queria voltar, tenho que voltar como estrangeiro e com passaporte estrangeiro, como turista por tempo limitado de no máximo 3 meses, caso o governo racista de Israel permita.

Eu sou da Cisjordânia ocupada em 1967, e meu companheiro Nabil é de Akka, cidade ocupada em 1948. Nós dois estamos aqui no RJ, pela primeira vez para falar sobre a luta do povo palestino, esta luta que dura quase um século, começou no início do mandato Britânico em 1917. É uma luta para conquistar e gozar nossos Direitos, como o de construir nosso Estado independente, Autodeterminação e o Direito de Retorno para Ramallah que é minha cidade e Akka que é a cidade de meu companheiro, são Direitos sagrados e não negociáveis.

A OLP ( Organização para libertação da Palestina), é a única e legítima representante do povo Palestino, que unifica o povo Palestino em um programa nacional mínimo; aprovado em 1976, e a OLP sempre representou o povo Palestino em todos os lugares e cantos deste mundo, os palestinos que se encontram nos territórios ocupados em 1948, 1967, dentro e fora da Palestina, no Líbano , Síria, Jordânia e na Diáspora.

Durante toda trajetória da OLP, ela enfrentou vários complôs com o objetivo de liquidá-la, perseguições na Jordânia, Líbano e Tunísia, vários massacres foram praticados contra o povo palestino desde 1948, Deir Yasin, em 08 de abril de 48, Sabra e Shatila no Líbano em 82 e o massacre no Campo de Refugiados de Jenin em 2002. E certamente os crimes e massacres recém praticados em Gaza, que não serão facilmente esquecidos ou apagados de história e memória da humanidade. Com certeza os crimes praticadas pelo exército de ocupação da entidade sionista; Israel, irão levar os responsáveis diante dos tribunais internacionais para serem julgados e condenados; porque são crimes contra a humanidade! Lembrando que os nazistas até o dia de hoje estão sendo perseguidos, capturados e condenados. E aqui pergunto: qual a diferença entre um nazista que mata uma criança judia e outro sionista que mata uma criança palestina? Respondo : para mim não existe diferença, existe semelhança no crime.

A entidade sionista; Israel e o movimento sionista mundial, estão tentando conquistar a simpatia mundial para seus planos, usando o sofrimento dos judeus durante a segunda guerra mundial, para justificar seus novos crimes contra os outros povos; seja no Líbano, Síria, Iraque ou Palestina, ou qualquer outro lugar no mundo, tentando usar a mídia que eles controlam para enganar a opinião publica mundial, mas o mundo e os povos não são cegos, eles veem e analisam, e sabem de que lado se encontra a razão,

A agressão e os crimes da entidade sionista; Israel, na Faixa de Gaza, que deixaram mais de 1.447 mortos, e mais de 5.500 feridos, milhares de casas destruídas completamente e parcialmente, escolas bombardeadas e atingidas, mesquitas destruídas, e até os prédios da UNO, e prédios da imprensa, ninguém tem direito `a proteção, todos são objetivos e podem ser alvos, esta é a língua desta entidade, assim ela foi criado, criada para fazer guerras, destruição, e espalhar o terror em todos os lados, não faz diferença entre adulto ou criança, mulher ou homem, branco ou negro, todos são palestinos; para eles “o bom palestino é o palestino morto!” Como disse Golda-Meier ex-primeira ministra de Israel em 1973.

Durante todo este massacre, a entidade sionista; “Israel”, usou a sua máquina de propaganda mentirosa, em suas declarações, dizendo que era uma “guerra contra o movimento Hamas”, “contra o terrorismo, e para destruir as bases de lançamento dos mísseis lançadas contra as colônias judias”, negando o tempo todo que é uma força ocupante, negando suas agressões contra o povo palestino. Não existe uma “guerra” contra grupo; existe ocupação, existe agressão que atinge os civis, as agressões que deveriam parar e os ocupantes deveriam desocupar as terras.

Com este massacre; “Operação Chumbo Derretido” a entidade new nazista; “Israel”, recebeu apoio de vários países ocidentais entre eles, os Estados Unidos e o silêncio de outros. A organização das Nações Unidas, ficou observando sem conseguir fazer nada, uma entidade que provou mais uma vez o seu fracasso em solucionar os problemas mundiais sem interferência dos Estados Unidos. Este massacre companheiros, levou os palestinos a ficarem mais convencidos que Israel é fruto do sistema imperialista e capitalista. Israel uma entidade criada para a ser uma base avançada, a linha de frente em defesa dos interesses dos países colonialistas e capitalistas, e por isso a luta do povo palestino deveria ser entendida como uma luta contra o imperialismo, colonialismo, racismo e contra o sionismo; porque sabemos que o sionismo é uma forma de racismo.

O cerco na Faixa de Gaza continua, o povo palestino naquela região sofre, está faltando alimentos, remédios e outros itens de primeira necessidades. Este cerco no idioma dos sionistas é um castigo para um povo que exerceu o direito de escolher seus representantes e seu governo, pela primeira vez em sua história, e a sua escolha foi punida, punida por Israel e pelos países ocidentais; por isso a nossa luta pela autodeterminação é fundamental,

Hoje todas as forças políticas da OLP, do Hamas e outras estão dialogando para fortalecer a unidade palestina e proteger nossos Direitos para alcançar nossos objetivos nacionais, pela Liberdade e Direito de Retorno, um diálogo Nacional Palestino, com a participação da Liga árabe, do Egito e outros países árabes. Nós, palestinos lamentamos muito o que aconteceu em Gaza a 20 meses atrás, isso deixou muitas feridas, e muitas tristezas.

As divergências políticas deveriam ser superadas pelo diálogo, somos um povo que ainda sofre pela continuidade da ocupação, pelos massacres e crimes praticadas pelo sionismo e sua entidade. Mas nós temos muita confiança em nossas forças políticas palestinas para que tenham as condições de ultrapassarem os obstáculos, com a união e unidade do povo nesta etapa difícil; assim venceremos e chegaremos a vitória.

A entidade sionista, “ Israel” quer manter as divergências dentro do povo palestino, e suas forças políticas, para com isso poder prolongar a sua ocupação e criar novas realidades, ( confiscar as terras para construir mais colônias judaicas, continuar construindo muro da apartheid, e outras realidades) que dificultem a criação do Estado palestino e impeçam o retorno do povo palestino, colocando suas condições para qualquer futuro governo e exigindo o reconhecimento de sua existência nos territórios palestinos,

As principais devergências do diálogo entre os palestinos no Cairo, são: a submissão aos acordos anteriores assinados com “Israel” pela OLP, aceitar as condições do Quarteto, e reconhecer a entidade sionista;” Israel”. Estes pontos são considerados para as várias forças políticas como concessões dolorosas demais, e não podemos nos submeter ou respeitá-las. Aqui afirmo : Qualquer futuro governo palestino, não deve se submeter à estes acordos assinados anteriormente ou às condições do Quarteto, ou o reconhecimento da entidade sionista; “Israel”. Declaração de Hamas e FPLP.

Respeitamos com certeza, o programa nacional mínimo que unifica o povo palestino. Construir nosso Estado independente em qualquer pedaço liberto, Autodeterminação, e Direito de Retorno.

A questão palestina é ampla e complicada, não pode ser exposta e discutida em questão de uma ou duas horas. Até agora eu não mencionei Al-Quds (Jerusalém), não quer dizer que estou dando menos importancia a esta questão vital para todos nós. Mas quando eu falo sobre a Palestina, falo de uma área de 27 mil Km², e não aceito discutir ou falar que estamos tratando de uma terra que é nossa, e de outra terra que pode ser discutida, negociada ou disputada. Nós estamos aqui para dizer para vocês que estamos falando da Palestina Histórica e estamos lutando pelos nosso Direitos Históricos, Nacionais e políticas. Nossa luta não é religiosa; nossa luta e contra os massacres, ocupação e limpeza étnica. Vamos por fim à ocupação.

Quanto às metas da entidade sionista; “Israel”, de acabar com a Resistência Libanesa em 2006 e a Resistência Palestina em 2009 fracassou, isto significa que “o jogo acabou”. A mentira sionista de uma “terra sem povo para um povo sem terra” não engana mais ninguém. O que nós testemunhamos hoje em dia é o fim do começo e o começo do fim, o que não levará muito tempo: 5 - 20 anos… “Palavras de Nizar Skakini”


Gostaria de falar sobre um tema muito delicado que quase ninguém fala; a questão dos Presos Políticos Palestinos,

Nos cárceres nazistas da entidade sionista; “ Israel”, hoje temos mais de 11 mil presos em condições precárias e desumanas, sendo torturados, colocados na solitária, etc... entre eles:

- Mais de 120 palestinas presas, 40 condenadas, e 24 em prisão preventiva, 5 em prisão administrativa,
300 menores, entre elas, um criança de um ano, 95 em prisão preventiva, 195 condenadas, 10 em prisão administrativo, 75 menores sofrem de várias doenças,
Desde 29 de setembro de 2000 mais de 7.500 menores foram presos.

Mais de 40 deputados de Conselho Legislativo Palestino, estão presos, entre eles o Presidente do Conselho e o Secretário Geral da Frente Popular .

700 palestinos em prisão administrativo
4.800 em prisão preventivo
5.500 condenados ( 750 presos condenados em prisão perpetua, 1600 sofrem de doenças diversas, 16 estão com câncer, 550 precisam de cirurgia urgente, 80 presos sofrem de diabete, 2 perderam a visão e dezenas estão ameaçados de perder a visão também)

3.650 presos são casados e tem filhos,
7.300 são solteiros
335 foram presos antes de 1993 - ano do Acordo de Oslo
3 das Colinas de Gola
45 de Jerusalém
21 dos Territórios Ocupadas em 1948
318 estão presos há mais de 15 anos
15 estão presos há 25 anos
2 estão presos há mais de 30 anos

25% da população palestina em Cisjordânia e Faixa de Gaza foram presos desde 1967.

O voto do Brasil na Assembléia das Nações Unidas, foi decisivo na partilha da Palestina em dois Estados, com o voto de Oswaldo Aranha, que presidiu a Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1947. Numa tentativa imperialista de legalizar a entidade sionista; “Israel”,utilizando de artifícios ilegais.Chegando ao ponto de pretenderem “doar” a terra Palestina aos colonos judeus sionistas; indo contra os Direitos e vontade do povo nativo; os palestinos.
Hoje estamos condenando todos estes crimes e massacres cometidos por esta entidade racista, contra a humanidade e contra o Povo Palestino. E aqui pergunto: o que será que levou o Brasil a votar em favor da Partilha da Palestina? Ou que levou Oswaldo Aranha a desequilibrar a votação em favor do Movimento Sionista Mundial ?

1- A principal explicação seria que a política externa brasileira, sempre seguiu a política externa norte-americana na época, que como hoje , era fortemente influenciada pelos sionistas.

O Brasil tem condição de usar a sua forças e influência, para ajudar o Povo Palestino no resgate de seus Direitos inalienáveis, conforme as Leis Internacionais, e o Povo Palestino com certeza espera do Brasil mais ações em favor de sua luta. Também solicitamos à todas as forças da esquerda e à todos que lutam contra o racismo, discriminação e ocupação, e que são pela liberdade dos povos, por um mundo mais justo e pela paz mundial que se mobilizem em favor do Povo Palestino na conquista de seus Direitos.

Antes de finalizar tenho que sublinhar aqui uma importante data no calendário dos militantes da Causa Palestina, tanto da área de 48, 67 como da diáspora. O dia 30 de março, é o Dia da Terra na Palestina !
Em 30 de março de 1976 milhares da minoria palestina em “Israel” protestaram contra os planos do governo israelenses expropriar 60.000 dunams de terras de propriedade árabe palestina na Galiléia (área de 1948). Nos confrontos com polícia da ocupação israelense, resultou em seis palestinos assassinados, centenas de feridos e centenas encarcerados. No decorrer dos anos, esse acontecimento tornou-se consagrado na memória palestina como o Dia de Terra.

Agora não é sómente uma comemoração palestina mas também árabe, é comemorado anualmente entre palestinos não só na área de 1948; “ Israel”, mas também nos territórios ocupados, no Líbano, Síria, Jordânia e Iraque. E é lembrado por duas razões. Depois de anos de regras militares e docilidade política, Dia de Terra em 1976 foi a primeira resistência de massa palestina dentro de “Israel”, contra a política explicitamente colonialista sionista na área interna. Um processo sistemático de expropriação tinha reduzido posse da terra palestina de ao redor de 94% de todo território no pré-1948 da Palestina a menos que 3% no atual “Israel”
A segunda razão foi que depois de anos de ostracismo e calma por parte da OLP e dos estados árabes, Dia de Terra reafirmou a minoria palestina em “Israel”como uma parte inseparável da nação palestina e árabe.

Com certeza este conflito deve ter fim, ele dura mais de 60 anos, os massacres e sofrimentos continuam. E com certeza os judeus também são vítimas do complô sionista, assim como os palestinos. Nós não procuramos prolongar este conflito, e sempre lutamos e continuaremos nossa luta pelos nossos Direitos; para estabelecer-mos a Paz com Justiça. E para isso é preciso que possamos gozar de nossos Direitos Nacionais e Históricos em nossa terra amada e querida ! A melhor e mais justa solução para este conflito é a criação de um Estado Democrático Palestino. E com certeza esta solução pode trazer a paz e a estabilidade na região e no mundo. Uma convivência sem discriminação e com igualdade , onde todos gozem seus Direitos e cumpram suas obrigações. Dois estados não solucionam o conflito, confisco das terras também não soluciona. A Questão dos Refugiados é fundamental neste conflito, e vai manter a região instável se não solucionada. Por isso a necessidade de uma luta internacionalista é tão importante, com suas propostas e suas mobilizações, apoiando a luta por um país democrático como a mais justa solução para por fim ao conflito.
Sempre acompanhei os movimentos e mobilizações de solidariedade com o povo palestino em todo Brasil. Em vários Estados e cidades, milhares de brasileiros foram as ruas se manifestando contra a ocupação, os massacres e a limpeza étnica praticada pelo estado sionista de Israel contra o povo palestino. Estes movimentos com certeza fortalecem a luta do povo palestino, e confirmo para vocês que nosso povo, o povo palestino, está sempre informado sobre todos os movimentos de solidariedade no Brasil, através de artigos e reportagens enviadas a imprensa nacional. E em nome do povo palestino, quero afirmar para todos os presentes: estamos orgulhosos do Comitê do Rio de Janeiro pela sua atuação firme, em solidariedade com o povo palestino.
Gostaria antes de terminar dizendo aos companheiros que nosso povo espera uma atuação mais forte de todas as forças e organizações mundiais e uma solidariedade mais ativa e mais firme. A nossa luta é a luta de vocês, a vitória do Povo Palestino é a vitória de todos os povos oprimidos.

Pela liberdade e pela estabilidade mundial !
Todo apoio à Resistência Palestina !
A Paz só é capaz de se concretizar se acompanhada da Justiça; com liberdade e com dignidade!



No final coloco na mão de vocês os seguintes pontos para um programa de luta pró- palestina:


a. Condenar o terrorismo da entidade sionista; “Israel”, todos crimes e a violação de todas as normas e valores humanos exercidos contra o Povo Palestino.
b. Aplicação de sanções rigorosas contra a entidade sionista “Israel”, tais como: ruptura das relações dilpomática, acadêmica e econômica, assim como e as convenções. Com a interdição de toda a venda de armas a este país, seguindo o exemplo de Venezuela e Bolívia,
c. Fim ao cerco da Faixa de Gaza, e ao povo palestino em geral.

d. Solicito a todos os partidos brasileiros que tinham representantes nas Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas em todo Brasil aprovação de Projetos de Lei de Solidariedade com o Povo Palestino, conforme Resolução da Assembléia Geral da UNO, numero 32/40 aprovado em 02 de dezembro 77, que considera o Dia 29 de Novembro o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.
e. Solicitamos também aos nossos companheiros que se mobilizem junto a tantos outros que lutam para levar os criminosos de guerra diante dos Tribunais para que paguem por seus crimes.
f. Apoio incondicional à Resistência Palestina.


Viva a solidariedade com o povo palestino
Viva a luta do povo palestino
A vitória para os povos que lutam pela sua libertação

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A nova moda em Israel

por Lejeune Mirhan

Já deveria ter tratado deste assunto em colunas anteriores, mas outros temas me ocuparam. O mundo tem assistido, ainda impassível, à divulgação de uma nova onda fashion adotada em especial por soldados israelenses. Camisetas de vários tipos, com imagens discriminadoras e agressivas contra palestinos, mulheres e crianças, provam o racismo e a discriminação existentes na sociedade degenerada que se tornou Israel.


Na semana que iniciou em 23 de março, o maior jornal – e muito respeitado inclusive – de Israel, o Haaretz estampou manchete que estarreceu boa parte do mundo: uma nova moda está fervendo entre soldados do exército de Israel. Trata-se de usar camisetas com dizeres discriminadores e agressivos contra os palestinos, um povo dominado e agredido desde o início do século 20, pelo menos. (1)

Ainda que não seja uma orientação oficial do exército e das forças armadas, a notícia menciona o fato que a maioria dos oficiais não só autoriza o uso como estimula que seus soldados adquiram essas camisetas. Uma confecção próxima da cidade de Tel Aviv informa que não estava vencendo a produção dessas camisetas.


As estampas variam nas camisetas, todas coloridas, algumas usando fotos e outras usando desenhos e ilustrações. A que mais chocou o mundo é a que diz “Um tiro, dois mortos”. O desenho é uma palestina grávida na mira de um fuzil israelense. Ou seja, com apenas um disparo, o soldado mataria de uma só vez dois palestinos. Essa camiseta surgiu no batalhão Shaked da Brigada Givati.

Mas, existem outros tipos de estamparia. Também chocam as camisetas com fotos de crianças palestinas mortas, mulheres palestinas chorando em túmulos de seus parentes e uma delas mostra um soldado israelense jogando uma bomba em uma mesquita. A camiseta com a criança morta aparece próxima à sua mãe e ao seu lado um ursinho de pelúcia. Cenas macabras que viram moda em peitos de jovens israelenses.

Num curso de franco atiradores do exército, há uma camiseta singela. Mostra um bebê palestino, depois um jovem combativo e depois um adulto armando e em seguida a frase: “Não importa como começa, nós colocaremos um fim nisso”. Um batalhão chamado Lavi, de treinamento de jovens soldados, há uma camiseta de apelo sexual. Uma delas mostra um desenho de uma jovem palestina, machucada, ferida, com a frase: “aposto que te violaram!”.

Uma camiseta que chegou a ser muito comum em anos anteriores, mas foi proibido pelo exército é a que diz “Não nos tranqüilizaremos enquanto não tivermos confirmado o morto”, ou como quem diz, mesmo depois de ferido, um palestino combatente da resistência deve ser assassinado mesmo que já imobilizado. Mesmo proibidas, essas camisetas são usadas por soldados do batalhão Haruv. Outra diz assim: “Que toda mãe árabe saiba que a vida de seu filho está em minhas mãos”, mostrando a foto de um soldado israelense apontando seu fuzil para um jovem ou criança palestina. Essa foi impressa às centenas, ainda que também tenha sido oficialmente proibida.

Essas camisetas são preparadas ao término de cada curso do exército de Israel, seja de novos soldados, da infantaria ou de franco atiradores, que são considerados a elite dos soldados pois possuem um “rendimento” elevado em termos de mortes de soldados inimigos. No caso, os inimigos são o povo palestino. Cada nova turma cria um novo desenho, uma nova estamparia. Os oficiais superiores dessas turmas fazem com que os cadetes e soldados em preparação as usem para que possam ir se familiarizando com suas condutas futuras, matar indiscriminadamente palestinos. É como se esse processo fosse parte de uma lavagem cerebral. No entanto, a grande maioria dos soldados israelenses usa essas camisetas com o maior orgulho.

Porque isso ocorre?
Camiseta como essa não é causa, mas sim consequência de um problema maior, de fundo. A base da sociedade e do Estado de Israel é profundamente racista, discriminadora. Aqui usamos o termo “racista”, como é empregado de forma usual no movimento negro, no Brasil e no mundo, mais como sinônimo de discriminador. Nada tem a ver com raça, pois reconhecemos apenas uma raça na terra, que é a humana.
Israel é um Estado judeu. Essa é a sua essência e não importa qual governo, seja de extrema direita ou dito de esquerda ou social-democrata, ele será sempre judeu. Assim, essas camisetas amplamente vendidas, de forma legal, em lojas da moda e usadas com orgulho pela maioria dos soldados, é parte de um fenômeno que tem na sua origem uma concepção de criação de um estado que nega a existência de um povo, que é o palestino, habitante da Palestina há milhares de anos. Essa é a essência do sionismo político.

Há muitos anos um documento da Organização Internacional do Trabalho – OIT, organismo do Sistema das Nações Unidas e muito respeitado em todo o mundo pelos seus estudos e pesquisas, publicou um trabalho mencionando as diferenças salariais existentes entre trabalhadores judeus e palestinos que moram em Israel. Tais diferenças ultrapassavam, em alguns casos, a 50%, ou seja, um trabalhador palestino ganha apenas metade do que ganha um trabalhador judeu para as mesmas funções. Mas, aqui ocorre uma segunda discriminação. Os trabalhos reservados aos palestinos são de segunda categoria, para funções e profissões de menor remuneração (pedreiros, faxineiros entre outras). Mas se não bastasse ganhar menos, muitas vezes os palestinos nem sequer conseguem chegar aos seus locais de trabalho, tamanhas são as exigências de locomoção, passar pelos chamados check points existentes às centenas por todo Israel. Para entrar no trabalho às 8h, um palestino deve sair de casa pelo menos quatro horas antes e mesma coisa para retornar. Uma verdadeiro martírio.

Por fim, não poderia deixar de mencionar uma das maiores provas que o Estado de Israel é um estado que discrimina pessoas. Trata-se da forma como as carteiras de identidades são confeccionadas e expedidas. Em todo os países do mundo, uma carteira emitida por um estado informa dados básicos de uma pessoa como, nome completo, filiação, data e local de nascimento e onde ela foi expedida. Pouca coisa mais do que isso. Em Israel, as carteiras teem uma informação adicional, que é vital para que uma pessoa seja tratada como cidadão ou como pessoa de segunda classe que é a informação sobre a religião ou etnia. Assim, se a pessoa se declarar “judeu” (e isso tem que ser provado até a quarta geração ascendente), ela terá todos os direitos básicos. Mas, se declarar-se muçulmano, cristão, ou árabe, será sempre considerado cidadão de segunda categoria.

Lamentável que isso ocorra, e aos olhos de todo o mundo, que nada faz.

Nota(1) O artigo a que me refiro é de Uri Blau e pode ser lido em espanhol no site Rebelión no seguinte endereço: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=82680

Ato contra a Feira da Morte e o Fórum da Miséria reúne movimentos sociais no RioCentro


Fonte: Agência Petroleira de Notícias e Jornal SurgenteVeja fotografias da atividade em http://www.apn.org.br/
Comerciantes da guerra, da repressão, da tortura e do massacre em todo o mundo foram recebidos na terça-feira (14), no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro, por um grupo de ativistas dos movimentos sociais que protestavam contra a violência no mundo. O fato do Brasil servir de local para realização da Feira de Armamentos Latin America Aerospace and Defence – LAAD revoltou sindicatos, organizações populares, intelectuais, artistas e partidos políticos da esquerda. Entre os participantes do evento estão empresas que se beneficiam do consumo de armas e munições pelas forças militares israelenses e do uso da Cisjordânia e da Faixa de Gaza como terrenos de teste para novos equipamentos e tecnologias militares.
O protesto também foi dirigido aos participantes do Fórum Econômico Mundial que acontece até sexta-feira (17) no Hotel Intercontinental reunindo autoridades responsáveis pela política econômica que produz uma das maiores crises mundiais desde 1929, com o crescimento do desemprego, da fome e da miséria em todo o planeta.
Feira da Morte – O ato, organizado pela Plenária dos Movimentos Sociais, Comitê do Rio de Janeiro de Solidariedade à Luta do Povo Palestino e pelo músico Marcelo Yuka, contou com apoio e participação de partidos políticos, mandatos parlamentares, centrais sindicais, diretórios estudantis e outras organizações populares. O MC Leonardo, do Movimento APAFunk, cantou raps e funks das antigas com letras críticas à violência e a criminalização da pobreza.
"Nós representamos a indignação da sociedade contra o comércio da morte que esses homens estão fazendo lá dentro" - comenta Marcelo Yuka, ex-baterista do grupo "O Rappa", que ficou paraplégico ao ser baleado após assalto
Durante aproximadamente duas horas, os manifestantes ocuparam a entrada do Riocentro distribuindo armas e balas de brinquedo para quem chegava à chamada “Feira da Morte”. Alguns estavam fantasiados de morte. As grades do Riocentro também foram ocupadas com faixas e cartazes dos milhares de mortos na Palestina.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

FORA DO RIO A FEIRA DE GUERRA ISRAELENSE!

Nós, entidades signatárias deste manifesto, manifestamos nosso veemente repúdio e indignação contra a Feira de artefatos militares e de segurança promovida por transnacionais, com destaque para a moderna e assassina indústria bélica israelense. Trata-se da LAAD 2009 – Latin América Aero & Defence, que transcorrerá entre 14 e 17 de abril, no Riocentro.

No rol dos expositores figuram quatro fábricas de Israel. A ELBIT SYSTEMS GROUP, grupo privado, está implicada na construção de um dos trechos do famigerado Muro do Apartheid, na Cisjordânia. Fornece ao Exército sionista, entre outros equipamentos, os veículos aéreos não-tripulados, manipulados por controle remoto, conhecidos como Drones. Cerca de 100 palestinos morreram por ação desse artefato na recente Operação Chumbo Derretido. É muito utilizado nos assassinatos seletivos de lideranças da Resistência Palestina. Um contrato assinado com a Embraer, em novembro de 2008, rendeu-lhe U$187 milhões. Participam do negócio a Aeroeletrônica, sua subsidiária em Porto Alegre, e a Elisra Electronic Systems. A RAFAEL ADVANCED DEFENCE SYSTEMS é estatal. Fornece mísseis, sistemas de mira e tecnologia para os tanques israelenses. A ISRAEL MILITARY INDUSTRIES (IMI), outra estatal, além de munição para infantaria, aviação e tanques, produz chapas blindadas para a escavadeira Caterpillar D-9, usada na demolição de residências palestinas para dar lugar às colônias israelitas. A ISRAEL AEROSPACE INDUSTRIES (IAI), grupo privado, é a principal indústria aeronáutica de Israel. Também produz sistemas terrestres, navais e aeroespaciais. Em 5 de abril, anunciou que estabelecerá uma parceria com o grupo colombiano Synergy para atuar no Brasil, onde pretende vender Drones, sistemas, etc.

Ainda guardamos na memória a última chacina cometida por Israel na Faixa de Gaza contra uma população desarmada, que ceifou a vida de mais de 1.400 pessoas, incluindo centenas de mulheres e crianças, e deixando um rastro de destruição e de dor: cerca de 1.200 órfãos e mais de 5 mil mutilados. Israel mantém Gaza sitiada, impedindo a entrada de medicamentos, alimento, combustível e tudo o mais necessário à sobrevivência.

Condenamos a atitude dos governantes, que desprezando a opinião pública brasileira, os movimentos de defesa dos Direitos Humanos e a própria comunidade internacional, que se empenha na investigação dos Crimes de Guerra cometidos por Israel na Faixa de Gaza, organiza, dá suporte e faz parcerias comerciais com o nazi-sionista Estado de Israel.

Certos de expressar a vontade do povo brasileiro, colocamo-nos ao lado de todos os povos agredidos pela máquina de guerra israelense, que além de executar, há 60 anos, o extermínio do povo palestino, fornece, há décadas, suporte militar e logístico às ações dos EUA em África e na América Latina, como é o caso da Colômbia, onde centenas de pessoas são assassinadas diariamente.

O Rio de Janeiro, palco de ação das milícias e de uma política criminosa e agressiva do governo do Estado contra os trabalhadores mais humildes das comunidades, fez escola justamente em Israel. Foi de lá que o governador Garotinho importou o “caveirão”, e é de lá que o atual governo importa a logística e as armas que matam a juventude e eliminam a pobreza.

Em todo o mundo, o alvo é inexoravelmente aqueles que ousam lutar por liberdade, democracia, terra, justiça e igualdade. O governo brasileiro, ao aceitar o papel de anfitrião da Feira da Morte, promovendo os negócios bilionários da indústria da guerra, expõe-se diante do mundo como aliado dos produtores da morte, os mercadores da guerra que lutamos por rechaçar.

FORA A FEIRA DA MORTE ISRAELENSE! PELO ISOLAMENTO DIPLOMÁTICO DO NAZI-SIONISTA ISRAEL PELO FIM DA OCUPAÇÃO DA PALESTINA! PELA CONDENAÇÃO DE ISRAEL POR CRIMES DE GUERRA! VIVA A PALESTINA LIVRE, LAICA E SOBERANA!

Para Assinar esta manifesta manda um e-mail para:
somostodospalestinos@gmail.com
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Assinantes
1- Comitê de solidariedade a luta do povo palestino- RJ
2- Comitê catarinense de solidariedade com o povo palestino
3- MST
4- Mandato Marcelo Freixo
5- Assembléia Popular - RJ
6- Forum Meio Ambiente do trabalhador
7- Mandato Eliomar Coelho
8- Coletivo Unidade Socialista
9- Intersindical
10- Movimento dos Trabalhadores Desempregados
11- Centro Cultural Arabe Palestino Brasileiro de RS
12- Comitê de solidariedade com a luta do povo palestino - CSLPP - DF
13- COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO
14- Soceidade Islamica de Rio de Janeiro
15- Conferencia Cultural Arabe Brasileiro de Rio de Janeiro
16- Cebrapaz núcleo Rio de Janeiro
17- Frente em defesa do povo palestino - SP
18- partido Comunista Brasileiro
19- Conlutas
20- PSTU
21- Camila Lamarão - Socióloga - Lisboa - Portugal.
22- Comitê Democratico palestino.
23- Comitê Arabe Palestino de apoio a intifada - CAPAI.
24- Soceidade Arabe Palestina Brasileira - DF
25- Mopat (Movimento Palestina para Tod@s)
26- Mayalu Matos - Psicóloga - Rio de Janeiro - Brasil
27- Emir Sader - Brasil
28- Wilma Lúcia Rodrigues Pessôa Prof. de Sociologia - UFF-Niterói-RJ
29- Instituto Arco-Íris - Florianópolis - SC Alexandre Martins - Presidente
30- Heloísa Fernandes, socióloga, professora da Universidade de São Paulo e da Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST
31- Rodrigo Lychowski Professor de Direito do Trabalho da UERJ
32- Cesar Cavalcanti Cineasta Florianópolis - SC Brasil
33- Rosângela de Souza - advogada - oab/sc:4305.
34- Movimento Direito Para Quem (DPQ)
35- Eduardo C. Chuairi
36- Sindicato dos Professores de Nova Friburgo e Região - RJ
37- Maria Emilia de Souza
38- Schirlei de Azevedo do Amaral Ribeiro Militante em Defesa da Vida Santa Catarina / Brasil
39- Milena Saad Maluhy – fotografa – Comitê de Solidariedade aos Povos Arabes
40- Francisco dos Santos Gick
41- Bruno Mohamad
42- Marcos Pinto Basto
43- FÓRUM DO MOVIMENTO SOCIAL DE MANGUINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO EQUITATIVO E SUSTENTÁVEL
44- ASSOCIAÇÃO DE MORADORES VILA MARIA
45- REDE CCAP MANGUINHOS
46- Fabiola de Souza
47- O Laboratório de Direitos Humanos de Manguinhos da REDECCAP
48- Luis Rafael Ribeiro de Porto Alegre/RS do Comitê pela Libertação da Palestina
49- Ana Paula David,Estudante.
50 - Comitê Viva Palestina Niterói
51 - Simone Marques Mulfinger

quarta-feira, 8 de abril de 2009

PROGRAMA NA TV - SOBRE PALESTINA


No próximo domingo, dia 12 de abril , o CEBRAPAZ participará de um debate na TV Educativa do Paraná.

Convidamos a todos para assistirem pois nos proporcionará mais elementos para o debate já tão acirrado.

Os convidados são especialistas no tema .


Cebrapaz convida a todos e a todas para assistirem a um debate sobre a Palestina, a ser exibido no próximo domingo (12), no Programa Brasil Nação, transmitido pela TV Educativa para o Estado do Paraná e para toda a América Latina.


Durante o programa, gravado no último dia 5 de abril, os debatedores Omar Nasser, jornalista da Associação Beneficiente Muçulmana do Paraná, o sociólogo e arabista Lejeune Mirhan, presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo e membro da direção nacional do Cebrapaz, José Reinaldo Carvalho, jornalista e diretor de Comunicação do Cebrapaz, e Ualid Rabah, diretor da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), deram uma aula sobre a Palestina.

Data: domingo,

12 de abril de 2009.Horário: 21h30

Emissora: TV Educativa do Paraná

Segue a matéria do site do CEBRAPAZ ( http://www.cebrapaz.org.br/)

Saudações a Bandeira do Brasil


Dr- Isam Ahmad Issa
Tradução:prof.. Marivone porto Rodrigues
Comitê brasileiro para a defesa do direito de retorno a Palestina

Hoje,faço uma manifestação sobre a solidariedade e humanismo do povo brasileiro acrescido da coragem política do governo deste país, que ampara refugiados palestinos, vitimas da guerra no Iraque, que injustamente e cinicamente foi chamada de “ libertação do Iraque “
O Brasil ao receber os refugiados, colocou em mais ampla escala os direitos individuais de cidadania de um povo ultrajado, oprimido e perseguido em nome de uma liberdade forjada, pois enquanto o mundo aplaudia a invasão, o povo palestino resistia bravamente e com altivez a degradação humana de um refugio e, por isso, esse conflito social passou a adquirir dimensões mundiais e é, nesse ínterim, que o Brasil destaca-se na maneira como recebe e abriga aos refugiados palestinos.
Dessa forma a coragem do Brasil é incontestável, por que assim, hoje, posso revelar que o campo de Rewached era:
1-Uma amostra catastrófica da invasão americana no campo político e humano.
2-Uma existÊncia de cinco anos, embaraçosa, para os países Árabes, que abrem suas fronteiras para tudo e para todos, menos para os palestinos do Iraque que fugiam da perseguição.
3-A negação do direito de retorno, o qual poderia ter sido concedido ás autoridades palestinas pelos países árabes.
O Brasil quando aceitou a entrada dos palestinos, salvou a vida deles, além disso, deu um exemplo para o mundo livre de como promover a justiça com significados políticos e jurídicos, por isso por quê:
- este governo não colocou nenhuma imposição para nos receber a não ser a de que respeitássemos as suas leis e constituição; em outras palavras, ainda a Cruz vermelho , ONU, tenha entregado a nós passaportes de “sem pátria”, O Brasil nos oferece documentos mantendo nossa nacionalidade, com o intuito de preservar a nossa primeira pátria, a nossa identidade de palestinos.
Em síntese, a solidariedade do Brasil superou até a maioria dos governos Árabes. Atualmente, O Brasil nos concede a verdadeira liberdade e por isso, grande é a nossa divida com este país, e como vamos pagá-la?
-Creio que honrando, preservando e amando a esta pátria que nos ampara com justiça!