quinta-feira, 31 de março de 2011

Comitê Palestino para o Boicote denuncia o pacto militar entre o Brasil e Israel

Comitê Nacional Palestino para o Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS)
Palestina Ocupada, 30 de Março 2011

No terceiro dia de Acção Global de Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel a ter lugar no Dia da Terra Palestina (30 de Março), orgulhamo-nos de anunciar a publicação do desconcertante e potencialmente explosivo relatório da Stop the Wall, sobre as crescentes relações militares entre o Brasil e Israel.

Apesar do recente reconhecimento do Estado da Palestina pelo Brasil, e da sua longa tradição em apoiar os direitos palestinos e a lei internacional, o Governo Brasileiro assinou contratos no valor de centenas de milhares de dólares com a indústria de armamento de Israel.

O facto que Isarel continue a exercer, há já várias décadas, a brutal e ilegal ocupação de Gaza, recusando os direitos dos refugiados palestinos, aumentando descaradamente as políticas de apartheid, e rejeitando toda e qualquer tentativa internacional de atingir um justo acordo de paz com Palestinos e Árabes, não deteve o Brasil de se tornar um dos mais significativos importadores mundiais de armas israelitas, muitas das quais promovidas como “testes de campo”.

O documento de 30 páginas mostra detalhes dos programas assinados com Israel no valor de quase mil milhões de dólares. Israel, por sua vez, reforçou a sua presença na indústria de armamento brasileira através de aquisições, joint ventures e parcerias estratégicas. Os esforços israelitas para obter um amplo estabelecimento no Brasil e, desta forma, penetrar também noutros países progressistas sul americanos não é mera coincidência.  O Brasil mantém actualmente uma representação das suas forças armadas em Tel Aviv e recentemente assinou um acordo de cooperação de segurança entre com Israel, que permite a este último fazer negócios a um nível de segurança classificado “elevado”. A indústria militar israelita diz que de momento estão a ser preparados contratos no valor de vários milhares de milhões de dólares para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil. Das sete empresas noticiadas nos jornais que se encontram em competição para obtenção de contratos, seis têm ligações provadas com crimes de guerra israelitas e/ou são suspeitas de estarem envolvidas em actividades de espionagem.

As principais empresas de armamento israelitas activas no Brasil – a Indústria de Aviação Israelita (IAI) e os Sistemas Elbit – para além de estarem directamente envolvidas no fornecimento de armamento ao exército de ocupação israelita, a ser usado para cometer o que o relatório das Nações Unidas “Goldstone” classifica como “crimes de guerra” e possíveis crimes contra a Humanidade, estão também implicadas na construção do Muro na Cisjordânia e na construção de infra-estruturas para colonatos, ambas violações graves do IV Acordo de Genebra e do Parecer Consultivo de 2004 do Tribunal Internacional de Justiça. Por exemplo, espingardas israelitas Tavor produzidas no Brasil são desenvolvidas e testadas durante ataques do exército israelita contra cidades palestinas sob ocupação.

Leia aqui o relatório completo:
Portuguese:
http://stopthewall.org/enginefileuploads/content/rela__es_militares_entre_brasil_e_israel.pdf
English:
http://stopthewall.org/enginefileuploads/content/brazilian_military_ties_with_israel.pdf

Comentário da Stop the Wall:

“Entrar em negócio com a indústria de armamento israelita põe seriamente em questão o apoio do Brasil aos direitos do povo palestino, pois estes contratos garantem que as guerras, ocupação e colonização israelitas continuem a gerar lucros. Mais: estes laços militares põem em questão o compromisso do governo brasileiro em apoiar os direitos humanos, paz e  criação de um Estado Palestino e parecem contradizer as actuais alianças brasileiras e interesses na região. É preocupante que o Brasil entregue o dinheiro dos impostos dos seus cidadãos às empresas de armamento israelitas. O Brasil não pode conciliar a cumplicidade com as graves violações da lei internacional por parte de Israel e as aspirações a potência mundial emergente, defensora do respeito pela Lei Internacional e pelos Direitos Humanos.”

O Comitê Nacional Palestino para o Boicote, Desinvestimento e Sanções (CNB) reitera o seu apelo ao governo brasileiro para que este acabe com todos os laços militares com Israel, pedindo:
  •   a não ratificação e cancelamento dos acordos de cooperação de segurança com Israel;
  • o encerramento imediato do posto das forças armadas brasileiras em Israel;
  • a alteração dos regulamentos de contratos do exército brasileiro, de forma a que empresas que violam o direito internacional sejam excluídas dos concursos;
  • que seja assegurado que empresas envolvidas em violações do direito internacional sejam impedidas de se estabelecerem em território brasileiro através de meios indirectos, como aquisições de empresas, joint ventures ou licenças;
  • que seja assegurado que empresas que violam o direito internacional sejam excluidas de contratos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, pois não pode ter “fair play” o desporto que recompensa criminosos de guerra.
 Contato:
Hind Awwad (Palestina)                                     
hind.awwad@BDSmovement.net           
+ 972 (0) 599837796             
      

 * BNC membros são:

Council of National and Islamic Forces in Palestine
General Union of Palestinian Workers
Palestinian General Federation of Trade Unions
Palestinian NGO Network (PNGO)
Palestinian National Institute for NGOs
Federation of Independent Trade Unions
Global Palestine Right of Return Coalition
Occupied Palestine and Syrian Golan Heights Initiative
General Union of Palestinian Women
Union of Palestinian Farmers
Grassroots Palestinian Anti-Apartheid Wall Campaign (STW)
National Committee for Grassroots Resistance
Palestinian Campaign for the Academic and Cultural Boycott of Israel (PACBI)
National Committee to Commemorate the Nakba
Civic Coalition for the Defense of Palestinian Rights in Jerusalem

Palestinian Grassroots Anti-Apartheid Wall Campaign (Stop the Wall)
International outreach
Palestinian Boycott, Divestment and Sanctions National Committee (BNC)
Secretariat member

global@stopthewall.org
skype:STWoutreach
www.stopthewall.org

segunda-feira, 28 de março de 2011

EUA e aliados cometem crimes monstruosos na Líbia

 
Miguel Urbano Rodrigues

28.Mar.
Na Líbia de hoje, tal como sucedeu na Jugoslávia, no Iraque ou no Afeganistão, as “missões humanitárias” do imperialismo deixam um hediondo rasto de morte e destruição. Apesar do silêncio, da manipulação e da mentira dos grandes media internacionais e nacionais, a barbaridade da agressão imperialista contra o povo líbio começa a surgir em toda a sua criminosa dimensão.

Os EUA e os seus aliados repetem na Líbia crimes contra a humanidade similares aos cometidos no Iraque e no Afeganistão.
A agressão ao povo líbio difere das outras apenas porque o discurso que pretende justificá-la excede o imaginável no tocante à hipocrisia.
A encenação prévia, pela mentira e perfídia, traz à memória as concebidas por Hitler na preparação da anexação da Áustria e das campanhas que precederam a invasão da Checoslováquia e da Polónia.
Michel Chossudovsky, James Petras e outros escritores progressistas revelaram em sucessivos artigos - citando fontes credíveis - que a rebelião de Benghazi foi concebida com grande antecedência e minúcia e alertaram para o papel decisivo nela desempenhado pelos serviços de inteligência dos EUA e do Reino Unido.
A suposta hesitação dos EUA em apoiar a Resolução do Conselho de Segurança da ONU que criou a chamada zona de «Exclusão Aérea», e posteriormente, em assumir a «coordenação das operações militares» foi também uma grosseira mentira. Farsa idêntica caracterizou o debate em torno da transferência para a NATO do comando da operação dita «Amanhecer de Odisseia», titulo que ofende o nome e a epopeia do herói de Homero.
O Pentágono tinha elaborado planos de intervenção militar na Líbia muito antes das primeiras manifestações em Benghazi, quando ali apareceram as bandeiras da monarquia fantoche inventada pelos ingleses após a expulsão dos italianos. Tudo isso se acha descrito em documentos (alguns constantes de correspondência diplomática divulgada pela Wikileaks) que principiam agora a ser tornados públicos por webs alternativos.
OS CRIMES ENCOBERTOS
Os discursos dos responsáveis pela agressão ao povo líbio e a torrencial e massacrante campanha de desinformação montada pelos grandes media ocidentais, empenhados na defesa e apologia da intervenção militar, são diariamente desmentidos pela tragédia que se abateu sobre a Tripolitania, ou seja o ocidente do país controlado pelo Governo.
Hoje não é mais possível desmentir que o texto da Resolução do CS - que não teria sido aprovado sem a abstenção cúmplice da Rússia e da China – foi desafiadoramente violado pelos Estados agressores.
Os ataques aéreos não estavam previstos. Mas foram imediatamente desencadeados pela força aérea francesa e pelos navios de guerra dos EUA e do Reino Unido que dispararam em tempo mínimo mais de uma centena de mísseis de cruzeiro Tomahwac sobre alvos muito diferenciados.
Têm afirmado repetidamente os governantes dos EUA do Reino Unido, da França, da Itália que a «intervenção é humanitária» para proteger as populações e que «os danos colaterais» por ela provocados são mínimos.
Mentem consciente e descaradamente.
As «bombas inteligentes» não são cegas. Têm atingido, com grande precisão, depósitos de combustíveis e de produtos tóxicos, pontes, portos, edifícios públicos, quartéis, fábricas, centrais eléctricas, sedes de televisões e jornais. Reduziram a escombros a residência principal de Muamar Khadafi.
Um objectivo transparente foi a destruição da infra-estrutura produtiva da Líbia e da sua rede de comunicações.
Outro objectivo prioritário foi semear o terror entre a população civil das áreas bombardeadas.
Afirmaram repetidas vezes o secretario da Defesa Robert Gates e o secretario do Foreign Ofice, William Haggue que as forças daquilo a que chamam a «coligação» mandatada pelo Conselho de Segurança, não se desviaram das metas humanitárias de «Odisseia». Garantem que o número de vítimas civis tem sido mínimo e, na maioria dos bombardeamentos cirúrgicos, inexistente.
Não é o que informam os correspondentes de alguns influentes media ocidentais e árabes.
Segundo a Al Jazeera e jornalistas italianos, o «bombardeamento humanitário» de Adhjedabya foi na realidade uma matança sanguinária, executada com requintes de crueldade.
Outros repórteres utilizam a palavra tragédia para definir os quadros dantescos que presenciaram em bairros residenciais de Tripoli.
Generais e almirantes norte-americanos e britânicos insistem em negar que instalações não militares ou afins tenham sido atingidas. É outra mentira. As ruínas de um hospital de Tripoli e de duas clínicas de Ain Zara, apontadas ao céu azul do deserto líbio, expressam melhor do que quaisquer palavras a praxis dos «bombardeamentos humanitários». Jornalistas que as contemplaram e falaram com sobreviventes do massacre, afirmam que em Ain Zara não havia um só militar nem blindados, sequer armas.
Numa tirada de humor negro, no primeiro dia da agressão, um oficial dos EUA declarou que a artilharia anti aérea líbia ao abrir fogo contra os aviões aliados que bombardeavam Tripoli estava a «violar o cessar-fogo» declarado por Khadafi.
Cito o episódio por ser expressivo do desvario, do farisaísmo, do primarismo dos executantes da abjecta agressão ao povo líbio, definida como «nova cruzada» por Berlusconi, o clown neofascista da coligação ocidental.
Khadafi é o sucessor de Ben Laden como inimigo número um dos EUA e dos governantes que há poucos meses o abraçavam ainda fraternalmente.
O dirigente líbio não me inspira hoje respeito. Acredito que muitos dos seus compatriotas que participam na rebelião da Cirenaica e exigem o fim do seu regime despótico actuam movidos por objectivos louváveis.
Mas invocar a personalidade e os desmandos de Muamar Khadafi no esforço para apresentar como exigência de princípios e valores da humanidade a criminosa agressão ao povo de um país soberano é o desfecho repugnante de uma ambiciosa estratégia imperialista.
O subsolo líbio encerra as maiores reservas de petróleo (o dobro das norte-americanas) e de gás da África. Tomar posse delas é o objectivo inconfessado da falsa intervenção humanitária.
É dever de todas as forças progressistas que lutam contra a barbárie imperialista desmascarar a engrenagem que mundo afora qualifica de salvadora e democrática a monstruosa agressão à Líbia.
A Síria pode ser o próximo alvo. Isso quando não há uma palavra de crítica às monarquias teocráticas da Arábia Saudita, do Bahrein, dos Emirados.
Uma nota pessoal a terminar. Os líderes da direita Europeia, de Sarkozy e Cameron à chanceler Merkel, cultivam nestes dias – repito - o discurso da hipocrisia. Nenhum, porém, consegue igualar na mentira e na desfaçatez a oratória de Barack Obama, que, pelos seus actos, responderá perante a História pela criminosa política externa do seu país, cujo povo merecia outro presidente.
Vila Nova de Gaia, 26 de Março de 2011
www.odiario.info

Os comunistas e a revolução inacabada da Tunísia



O Partido Comunista dos Trabalhadores da Tunísia (PCTT) atuou durante 25 anos na mais estrita clandestinidade, perseguido pelo regime do ditador Ben Ali, derrubado na Revolução de 14 de janeiro. Uma conquista do movimento foi o restabelecimento das liberdades políticas e com estas a legalização dos partidos revolucionários. Na ocasião em que foi legalizado, na semana passada, o PCTT lançou um documento em que também faz uma análise do processo em curso no país do Magreb. Acompanhe a íntegra

A marcha deve continuar até que a revolução alcance seus objetivos

Depois de ter militado durante 25 anos na clandestinidade, o Partido Comunista dos Trabalhadores da Tunísia acaba de ser legalizado. É uma vitória não somente dos seus militantes, mas também do conjunto dos trabalhadores e do povo tunisiano.

Este acontecimento tem um importante significado simbólico, é fruto, entre outros, da revolução de 14 de janeiro que derrotou Ben Ali, impôs o direito de organização e inaugurou uma nova era para a Tunísia e seu povo.

O PCTT foi criado em 3 de janeiro d 1986, dia do segundo aniversário da gloriosa insurreição do pão, uma forma de mostrar nossa determinação de ligar nosso destino ao do povo tunisiano, a defender seus interesses e suas aspirações legítimas a uma vida digna, onde reinem a liberdade, a democracia e a justiça social. O PCTT traduziu seus compromissos em seu programa político e suas práticas militantes, sob a palavra de ordem da “revolução democrática nacional e popular”, ele continuou a defendê-lo, ao preço de enormes sacrifícios: Nabil Barakati morreu como mártir, centenas de nossos militantes foram torturados, presos e privados de seus direitos mais elementares, muitos deles conheceram o exílio.

Nosso partido acompanhou nosso povo durante um quarto de século, fazendo da derrubada da ditadura um objetivo primordial, considerando que ela constitui um obstáculo maior à emancipação do povo e ao renascimento da pátria. O partido tinha total confiança em nosso povo, lutou contra o pensamento reacionário que o subestimava, o acusava de impotência e resignação. Ele trabalhou continuamente para elevar sua consciência e organizá-lo de acordo com o que permitia a ação clandestina e a ausência de liberdades. Ele esteve em todas as suas lutas e contribuiu para unir a oposição para garantir a vitória contra a ditadura.

A revolução de 14 de janeiro é o coroamento de mais de 20 anos de luta e sacrifícios do povo tunisiano, de seus filhos com suas diferentes tendências ideológicas e políticas, opostas à ditadura, organizados nos partidos, associações e organizações sindicais e de defesa dos direitos humanos ou não organizados.

Esta revolução tomou muitas dimensões, é uma revolução política contra a tirania e a subjugação, uma revolução social contra a exploração e a corrupção, uma revolução patriótica pela dignidade. A revolução não parou na Tunísia, ela se estendeu a outros países árabes, onde os povos se levantam contra regimes tirânicos e corruptos e os fazem cair uns após outros.

A revolução de 14 de janeiro ainda não terminou, pois não atingiu todos os seus objetivos, malgrado o caminho percorrido. As forças reacionárias a espreitam e tentam fazê-la abortar, apoiadas nisso pelos Estados Unidos e a França, querem reduzi-la a uma simples reforma do antigo regime, sem entretanto atingir seus fundamentos e suas bases econômicas e sociais. A questão fundamental em toda revolução é o poder, e enquanto os sujeitos que fizeram a revolução não detenham o poder, não se pode concluir que conquistou seus objetivos e venceu. É o que ocorre na Tunísia, onde o povo se levantou mas ainda não obteve o poder.

Na primeira fase da revolução, o povo derrubou o ditador. Na segunda fase que concerne a vitória contra a ditadura, o povo conseguiu, graças a sua vigilância e determinação, derrubar o governo de Ganouchi e impor a reivindicação de convocar uma assembléia constituinte, assim como a dissolução do RCD e da polícia política. Igualmente, o povo alargou o campo das liberdades de expressão e de organização de maneira considerável.

Mas, o poder permanece nas mãos das forças reacionárias, implantadas em diferentes aparatos e instituições, seus interesses econômicos continuam preservados. Essas forças cometem crimes contra o povo (agressões, saques, tumultos...). Elas tentam fissurar sua união atiçando as visões tribais regionalistas e religiosas; elas tendem a dissuadi-las de seguir a revolução e a realização de seus objetivos semeando o medo e o terror.

A presidência interina e o governo provisório se empenham em sabotar a legitimidade revolucionária e rejeitam todo controle de suas decisões no interesse dos inimigos da revolução (nomeação de delegados, responsáveis pela segurança, pessoal do judiciário...). Eles se recusaram a tratar com o “conselho nacional de proteção da revolução” que eles substituíram por uma “instância” cujos membros designaram de maneira unilateral, assim como a decisão de dissolver o RCD (partido de sustentação da ditadura de Bem Ali) pode desaparecer através do retorno desse partido sob novas formas, sendo também este o caso no que se refere à decisão de dissolver a polícia política que está cercada de dúvidas e levanta sérias interrogações sobre sua aplicação.

As massas populares, particularmente no interior do país, começam a ter o sentimento de que nada mudou em sua vida política e em suas condições sociais, que sua revolução está prestes a ser roubada. É um sentimento legítimo por razões compreensíveis. O antigo regime permanece no lugar, com seu aparato e sua administração. O governo provisório não tomou nenhuma medida urgente para atenuar o peso do desemprego, da carestia de vida, da degradação do serviço público que golpeiam as regiões que mais sofreram a repressão e a pilhagem antes e durante o desencadeamento da revolução. É o caso da bacia mineral de Skhira, Benguerdane e muitas outras regiões.

O Partido Comunista dos Trabalhadores da Tunísia considera que a revolução não terminou, o povo tunisiano deve continuar vigilante para afastar os perigos que a ameaçam. O prosseguimento da mobilização, a conservação e a dinamização do “conselho nacional de proteção da revolução” e de seus comitês locais são missões urgentes hoje.

Neste momento, o povo continua sendo o único capaz de exercer um controle sobre a presidência interina e o governo provisório, ele tem o direito de supervisionar e exigir prestação de contas.

A eleição da “assembléia constituinte” é uma agenda importante no período futuro, os trabalhadores, as camadas laboriosas e o conjunto de nosso povo podem, em ligação com o PCTT e o conjunto das forças democráticas e revolucionárias, torná-la um momento decisivo para impor a vontade do povo e deter os inimigos da revolução.

Isto não se pode realizar sem uma mobilização imediata para prorrogar a data das eleições, a fim de permitir que o povo e as forças políticas se preparem bem, considerando a importância das questões que a assembléia constituinte vai selar.

Igualmente, é necessário preparar o terreno político propício para o saneamento da administração, da justiça, dos meios de comunicação, pela dissolução efetiva da polícia política e a instauração de uma lei eleitoral que leve em conta a questão do financiamento dos partidos, para garantir a transparência e a igualdade entre todos os participantes e evitar que essas eleições sejam marcadas pela corrupção.

A natureza do período transitório não impede em absoluto a necessidade de tomar medidas econômicas e sociais urgentes, sobretudo em favor dos desempregados, das regiões abandonadas, apesar das suas riquezas e do seu potencial.

O governo de transição continua preso ao orçamento decidido sob o governo de Ben Ali, no qual uma parte importante está destinada ao ministério do interior e para o pagamento da dívida contraída pela ditadura. Por que o governo não procede à anulação da dívida ou pelo menos à sua suspensão, como foi o caso nos países que viveram o mesmo esquema que a Tunísia? Por que não consagrar todo o seu montante para melhorar a vida cotidiana do povo? Por que o orçamento não é revisado em função das novas prioridades?
A revolução tunisiana se estendeu a numerosos países árabes. O ditador do Egito foi derrubado, enquanto que no Iêmen e no Bahrein os levantamentos populares são reprimidos de maneira atroz pelos regimes autoritários com a ajuda da Arábia Saudita. Ao lado de nós, o povo líbio se levantou contra seus torturadores, mas as coisas tomaram um grave caminho com a intervenção dos Estados Unidos e seus aliados, sob a cobertura de proteção aos civis. A administração americana não evocou nem um pouco o assassinato de civis no Iêmen e no Bahrein, como jamais fez com Gaza, o Líbano ou Iraque e Afeganistão que ela ocupa. Quanto a Sarkozy ele não apoiou o ditador tunisiano até o último momento?

O que leva Obama, Sarkozy e Cameron a intervir é a corrida desenfreada para compartilhar o petróleo líbio, depois do aborto de sua revolução. Nós respaldamos o povo líbio no seu levantamento, mas somos contra toda intervenção estrangeira que não somente atingirá a revolução na Líbia mas também na Tunísia e em todos os países árabes. Nós nos opomos à utilização de nosso território ou de nosso espaço aéreo na agressão contra a Líbia. Os colonialistas americanos, franceses e ingleses não têm nenhum interesse no triunfo das revoluções árabes devido ao perigo que isto representa para eles.

Viva a revolução do povo tunisiano!
Que a revolução continue até atingir seus objetivos!
Que o poder seja do povo!
Vivam os levantamentos dos povos árabes pela liberdade e a dignidade!

O Partido Comunista dos Trabalhadores da Tunísia

Tunis, 23 de março de 2011

Traduzido por José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho

quinta-feira, 24 de março de 2011

Líbia: Trio da Morte


Estados Unidos, França e Inglaterra despedaçam a  Líbia com o consentimento do Conselho de Segurança (CS) da ONU e da cínica conivência da Liga Árabe (LA). Embora, tenha se em conta,  a abstenção da Rússia, China, Brasil e Índia. Em todo o caso, o Conselho de Segurança  encarregado,  de acordo com a Carta das Nações Unidas, de garantir a soberania, autodeterminação, independência, integridade territorial das nações e a solução pacífica dos conflitos internacionais mais uma vez descaradamente atropela esses princípios.
A proposta de Hugo Chávez, em acorde com a Carta da ONU e que  Kadafi concordou, de uma comissão de países que buscassem uma solução política, através do diálogo entre as partes, foi imediatamente satanizado pela mídia , porta voz  dos beligerantes de ambos os lados do Atlântico. O trio franco-anglosaxão não quer discussão, nem ouvir qualquer debate.  
Quem  compõem o Liga Árabe (LA)? Em sua imensa maioria os regimes  que estão sendo abalados pela onda revolucionária do Marrocos até o Golfo de Aden.
E quem, cortar ali o bacalhau? Principalmente a Arábia Saudita e outros satrapias do Conselho de Cooperação do Golfo. Todos aliados dos EUA, corruptos, antidemocráticos, ferozes inimigos dos povos árabes e, por velhos rancores de  Kadafi. Por outro lado, também estão aterrorizados e com medo de enfurecer mais a seus povos se  envolvendo no bombardeio, por isso  adiam o envio contra a Líbia   de aviões caríssimos comprados dos Estados Unidos. Em suma,  o folheado verniz de legitimidade da "coalizão dos dispostos"  se derrete.  
A direção das operações , se supõe, passará dos EUA (que não querem aparecer na frente) para a OTAN, ou seja, de um general dos EUA para outro general dos EUA,  para o desgosto de Sarkozy, que quer toda a glória para si mesmo , mas até agora dois terços das ações foram realizadas por aviões estadunidenses, sem contar a chuva de mísseis Tomahawk, e apenas 18 por cento por aparelhos gauleses. A OTAN racha: A fenda aberta pela Turquia se junta a Alemanha, ambos países  negaram a participar na operação " Odisseia do amanhecer".
A apenas quatro dias após o início, é tão ostensivamente criminosa a  aventura do trio franco-anglosaxão que  o ministro da Defesa russo Anatoly Serdiukov  após concluir, recentemente, reunião com seu homólogo EUA, Robert Gates, reclamou um imediato cessar-fogo, e acrescentou em ... (Líbia) ...  a operação está destruindo instalações não militares e matando civis. Isso é algo que não pode permitir. 
 Enquanto isso,  o porta-voz do Ministério Exteriores da China afirmava: A resolução da ONU que estabelece uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia tem como objetivo proteger os civis. Nós nos opomos que o abuso da força cause mais mortes de civis e graves desastres humanitárias. Por sua parte, o primeiro-ministro turco Erdogan Recyp reiterou a sua forte oposição à intervenção da OTAN na Líbia: não imaginamos nossos aviões enviando bombas sobre civis líbios. Nós não queremos que a Líbia se torne um segundo Iraque, onde uma civilização entrou em colapso, onde  foram mortos  ... mais de um milhão de pessoas. E Mourad Medeci , chanceler da Argélia, país que se opôs decisão da Liga Árabe de solicitar a  zona de exclusão: os bombardeiros são desproporcionais e ameaçam agravar a crise.
No Brasil, onde o Nobel da Paz  Obama deu a ordem para abrir fogo contra a Líbia, o governo declarou que a intervenção militar está tendo um efeito contrário, não está protegendo os líbios, mas levando a mais mortes. Lembrar que esta é a posição da Rússia, China e Índia, também membros dos BRICs. Na América Latina, se opuseram a intervenção militar a Argentina,o  Uruguai e, naturalmente, os membros da ALBA, que apoiaram a proposta  de Chávez. 
 Cabe recordar que em 23 de fevereiro deste ano, Fidel Castro alertou para a ameaça dessa intervenção na Líbia, argumentou ele que seu objetivo não era somente  para apropriação do petróleo, mas com a intenção de travar a onda revolucionária árabe. 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Agora, vamos lavar as escadarias do Teatro Municipal da presença do imperialismo em nosso território. A partir das 16:30 na Cinelândia.



Obama, volte para casa!

Dia de luta Anti-imperialista e de Solidariedade aos Povos em Luta.

Obama, tire as garras do Pré-sal!

Liberdade para nossos presos políticos!

Contra a Guerra imperialista na Líbia!

Foi com essas bandeiras que conseguimos construir a unidade necessária para irmos às ruas em passeata contra a presença do representante máximo do imperialismo, coroando a jornada de luta anti imperialista decidida pela Plenária Unificada realizada na quarta- feria – 16 de março.

O domingo anti imperialista foi uma vitória dos movimentos sociais e partidos políticos. A concentração a partir das 10 horas da manhã na Glória, convocada pelos Movimentos sociais e partidos políticos, aglutinou um número significativo de pessoas de diversas gerações, pouco mais de 400 pessoas aderiram a mobilização com muita disposição e garra !

Mesmo sem o carro de som, que havia sido apreendido pela polícia ainda na concentração, realizamos um expressivo ato, onde todas as entidades presentes: partidos, sindicatos e o movimento social puderam expressar suas posições e rechaçar a entrega de nossas riquezas petrolíferas nas negociatas bilaterais entre o governo Dilma e o imperialismo estadunidense.

As intervenções, também, reforçaram o tom e o caráter antiimperialista do nosso ato: o repúdio veemente à guerra imperialista contra a Líbia, cujo pretexto de ajuda humanitária encobre seu verdadeiro motivo que é o colonialismo e a apropriação das riquezas petrolíferas desta nação rica em petróleo; a exigência da retirada das tropas brasileiras do Haiti, a denúncia do genocídio do povo iraquiano, afegão e palestino pelo imperialismo e seu aliado sionista e o compromisso com a solidariedade à luta desses povos prevaleceu no ato da glória.

Por volta das 13 horas, os camaradas do Conlutas, que haviam se concentrado no Largo do Machado, juntam-se ao ato; a esta altura havia em torno do nosso ato um cem números de carros do Batalhão Especial de choque da Polícia Militar. O comando unificado passou a dirigir a passeata unificada em direção ao ponto mais próximo possível da Cinelândia, ou seja até a barreira militar. A principal preocupação do comando era não colocar nenhum militante em situação de risco.

Obviamente, a estratégia esteve, absolutamente, pautada pelo contexto provocado pelas prisões de 13 militantes anti imperialistas na sexta feira, durante manifestação pacífica, também chamada pelo comando unificado dos movimentos sociais e pela Conlutas.

Este limite foi no passeio público , próximo a praça Mahatma Gandhi, onde a cavalaria da PM nos aguardava em um cordão de isolamento. Ali , sem carro de som e contando com o megafone do Sindipetros, afirmamos em coro toda nossa indignação através das palavras de ordem e dos refrões entoados. Assim , encerramos o ato vitorioso.

Todos os  militantes do Comitê de Solidariedade à Luta do Povo palestino do Rio de Janeiro participaram, juntamente com MST, Jubileu Sul, Sindipetrus, Círculos Bolivariano, MTL , Conlutas, CTB e a Intersindical, entre outros, ativamente do ato. Estivemos juntos na preparação desta jornada anti imperialista que teve seu sucesso e objetivos garantidos graças ao espírito de unidade e equipe com que a maioria das entidades estavam imbuídas, desde a Plenária Unificada de quarta feira , no Sindipetrus

Ao fim e ao cabo, com todas as dificuldades que se apresentaram, e que devem ser motivo de uma fraterna e necessária discussão de balanço, conseguimos mostrar ao mundo nossa disposição de lutar contra a entrega de nossas riquezas ao imperialismo e nossa profunda solidariedade aos povos em luta. Todas as organizações políticas da nossa classe estão de parabéns por terem expressado o sentimento anti imperialista de nosso povo!

Hoje a Justiça decidiu libertar nossos presos políticos do ato contra Obama


Assim que Barack Obama deixou o país, a justiça liberou os 13 manifestantes presos, na sexta feira, em frente a embaixada americana, durante a manifestação pacífica contra a presença do principal representante do imperialismo em solo brasileiro. Segundo Modesto da Silveira, advogado e ícone na luta em defesa dos presos políticos na época da ditadura, no sábado o tribunal negou a liberdade dos presos sob a alegação de que representavam uma ameaça ao ilustre visitante e poderiam macular a imagem do Brasil

Entre as detenções, havia uma senhora de 69 anos, Sra Maria de Lourdes pereira da Silva, que passando em frente à manifestação pacífica resolveu aderir ao ato . Ela foi presa e encaminhada para Bangu 8 com Gabriela Proença estudante da Uerj e a professora Pâmela Rossi.

Agora, vamos lavar as escadarias do Teatro Municipal da presença do imperialismo em nosso território. A partir das 16:30 na Cinelândia.

No Rio, nossa manifestação contra visita de Barack Obama ao Brasil

sábado, 19 de março de 2011

DOMINGO É DIA de LUTA ANTI-IMPERIALISTA E DE SOLIDARIEDADE AOS POVOS EM LUTA!


Abaixo o imperialismo!
Viva a resistência dos povos contra opressão, exploração e as guerras imperialistas!



Fora Obama de nosso país!

Domingo é dia de luta, vamos para as ruas nos manifestar contra a presença do principal representante do imperialismo em nosso país: todos à Glória, na saída do Metrô (do lado do Amarelinho da Glória). A concentração começará às 10 horas.

Ajude a convocar o ato!
 

Movimentos sociais repudiam lançamento de coquetéis molotovs em frente ao Consulado dos EUA.

Movimentos sociais convocam totos ao protesto contra a presença de Obama, neste domingo. Concentração no metrô da Glória às 10h

Movimentos sociais repudiam lançamento de coquetéis molotovs em frente ao Consulado dos EUA.  

Publicada em 19/03/11 08:15  
Organizadores do protesto contra Obama lançam nota criticando ação violenta de infiltrados no ato e exigem libertação imediata de manifestantes injustamente presos

As entidades e organizações sociais responsáveis pelos protestos contra a visita de Obama fizeram questão de divulgar documento em repúdio à ação violenta de agentes provocadores infiltrados no ato ocorrido nessa sexta (18). A manifestação em frente ao consulado dos EUA teve caráter pacífico e os coquetéis molotovs foram atirados por pessoas que nada tem a ver com a organização da atividade. Cerca de 14 manifestantes passaram a noite presos de maneira injusta pois não tiveram qualquer relação com a ação de violência cometida.
Existe rumores de que a polícia manterá essas detenções até o retorno de Obama aos EUA, isso representaria uma prisão política. Um ataque a democracia que os nossos governantes dizem tanto defender. Os movimentos sociais se solidarizam ao trabalhador ferido com o artefato e exigem a libertação imediata dos manifestantes presos.
O protesto de domingo, 20 de março, às 10h, no metrô da Glória está mantido. “Agora mais do que nunca temos que fortalecer nosso ato pacífico de domingo contra o imperialismo e as guerras. Não deixaremos que levem nossas riquezas e nos tratem com tanto desrespeito. Todos os brasileiros precisam estar juntos nessa hora e mostrar que somos uma nação livre e soberana” – conclama Francisco Soriano, diretor do Sindicato dos Petroleiros, uma das entidades organizadoras dos protestos contra a vinda de Obama ao Brasil. Leia abaixo na íntegra a nota de repúdio dos movimentos sociais.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias

Nota de repúdio à ação violenta de infiltrados no ato no Consulado dos EUA na sexta, 18 de março de 2011
 
Queremos Paz, não Guerra!
Nós, organizações que convocam as atividades no dia de luta anti-imperialista do próximo domingo, dia 20/03/2011,  repudiamos à ação violenta de agentes provocadores infiltrados no ato ocorrido hoje (18), em frente ao consulado dos EUA.  As organizações que convocaram o ato desconhecem as pessoas que tiveram atitude violenta atirando coquetéis molotovs.  Enfatizamos que não fazem parte de nossas organizações. Nem do ato de hoje, nem no de domingo. Por isso, denunciamos também a ação policial autoritária e repressora que prendeu cidadãos brasileiros que expressavam pacificamente suas idéias. Prisões injustas que fazem com que inocentes paguem pela violência cometida por agentes provocadores.

Nossos atos são pacíficos.  Nossa luta é a favor da soberania nacional, do direito democrático de se manifestar politicamente.  Nossa questão é enfrentar a dominação cultural, política e econômica. Enfrentar a dominação dos bancos e das empresas transnacionais.  A super-exploração da classe trabalhadora.  As estratégias de militarização, nos planos nacionais e internacionais: repudiamos tanto as guerras imperialistas no Iraque, Afeganistão e Líbia, quanto o aval dado ao golpe militar em Honduras.  Que os fatos de hoje não tirem o foco dos motivos que levam os movimentos sociais a repudiar a visita de Obama. Somos contrários a intervenção imperialista. Somos solidários a todos os povos em luta. Os recursos naturais são do povo brasileiro. Não aceitaremos a entrega do Pré-sal e das demais riquezas nacionais para os estrangeiros. Além de pagarmos uma dívida enorme aos bancos daquele país, agora querem que nós paguemos ainda mais para eles saírem da crise que eles mesmos criaram.

Somos a favor da paz não à Guerra. Toda solidariedade ao trabalhador ferido pelo artefato e aos 15 presos que foram produzidos nesse ato.

Continuamos convocando para o ato do dia 20 de março, no metrô da Glória, às 10h, Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta. Obama, tire as garras do Pré-sal!   Ajude a convocar esse ato!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Passeata hoje convoca Dia de luta anti imperialista no domingo




Com concentração às 16h, na Candelária, os movimentos sociais farão umapasseata convocando a atividade de domingo e informando a população sobre opapel nefasto que os EUA cumprem no mundo inteiro.
Obama, volte para casa! O ato do domingo terá concentração às 10h no metrô da Glória e integrará o Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta. As palavras de ordem da campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso neste dia serão “Leilão É Privatização!” e “Obama, tire as garras do Pré-sal!”.

A idéia da manifestação é partir em direção ao centro do Rio com bandeiras, faixas e panfletos. Cada movimento e ativista levará seus materiais específicos explicando para a população porque somos contra a vinda de Obama. É importante a presença de todos que querem um mundo sem guerras e defendem um Brasil livre e soberano. Vamos mostrar que a sociedade brasileira não está omissa, nem disposta a bater palmas para os EUA.


Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso lança manifesto contra a vinda de Obama ao Brasil:

O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro junto com diversas outras organizações sociais começam a divulgar hoje um manifesto de repúdio a visita do presidente estadunidense ao nosso país nesse fim de semana.
Com eixo na denúncia da cobiça imperialista sobre o nosso petróleo, o documento da campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso – RJ utiliza como palavra de ordem central: Obama, tire as garras do pré-sal! Os organizadores desse material exigem que o governo brasileiro seja soberano, cancelando os leilões do petróleo e garantindo que essa imensa riqueza esteja a serviço do povo brasileiro. Mais de 50 mil panfletos foram confeccionados. A distribuição começa hoje, sexta, às 16h, na passeata contra a vinda de Obama ao Brasil, comconcentração na Candelária, Centro do Rio.
Leia abaixo o manifesto que unificou boa parte do movimento social que não aceita o governo federal entregar de joelhos o ouro negro brasileiro.


Obama, volte para casa!

20 de março, Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta.

Obama, tire as garras do Pré-sal!


Principal representante das políticas imperialistas e das guerras contra os povos oprimidos de todo o mundo, o presidente dos EUA chega ao Brasil para falar de “democracia e inclusão social”. Apoiado por um mega show, vai se dirigir ao povo brasileiro utilizando como palco um símbolo das lutas populares, até então cenário exclusivo de grandes manifestações contra ditaduras e em respeito aos direitos humanos: a Cinelândia, no Rio.

O presidente dos EUA fala em direitos humanos, mas traiu uma de suas principais promessas de campanha, ao manter a prisão de Guantánamo, onde estão milhares de pessoas em condições desumanas e sob tortura, sem direito a um julgamento justo: no último dia 7, Obama revogou seu próprio decreto, permitindo que os presos de Guantánamo continuem a ser julgados por tribunais militares.

O presidente dos EUA fala em democracia e paz, mas apoiou o Golpe Militar em Honduras, mantém tropas no Iraque e no Afeganistão, mantém o bloqueio a Cuba e se arroga no direito de intervir militarmente em qualquer região do Planeta. Dá apoio à política terrorista de Israel enquanto sustenta as ditaduras monarquistas do Oriente Médio, calando-se frente à bárbara repressão às revoltas populares no Bahrein e na Arábia Saudita. O governo brasileiro se aproxima de tal postura ao manter a ocupação militar do Haiti, já castigado pela miséria do modelo neoliberal e refém de séculos de dominação imperialista. Depois do terremoto que devastou o país ano passado, os EUA enviaram marines e ocuparam militarmente parte do território haitiano, atrasando a chegada de ajuda humanitária.

A pretexto de “combater o terrorismo”, os Estados Unidos seguem e exportam políticas que criminalizam movimentos sociais, como fica claro nesta visita ao Rio de Janeiro: o que dizer do grande cerco que está montado, para impedir que os nacionalistas e anti-imperialistas se pronunciem contra as guerras e a entrega das riquezas nacionais aos estrangeiros, durante a visita de Obama?

Enquanto fala de paz, inclusão e direitos humanos no Brasil, o presidente dos Estados está prestes a provocar uma nova guerra, invadindo a Líbia. Ora, a Líbia está entre as maiores economia petrolíferas do mundo. A “Operação Líbia” pouco se importa com a repressão e o bombardeio à revolta popular líbia perpetrada por seu anacrônico governo. É parte de uma agenda militar no Médio Oriente e na Ásia Central, que almeja controlar mais de 60 por cento das reservas mundiais de petróleo e gás natural.

Depois da Palestina, Afeganistão e Iraque pretende uma nova guerra na Líbia.Que serviria aos mesmos interesses que levaram à invasão do Iraque, em 20 de março de 2003! Aliás, a escolha do “20 de março”, para fazer esse pronunciamento às massas, não acontece por acaso. Convocada no Fórum Social Mundial, nesta data estarão acontecendo manifestações em várias partes do mundo, em apoio às lutas dos povos oprimidos, contra as guerras que aprofundam a exploração dos ricos pelos pobres e que são movidas, exatamente, pelos Estados Unidos e pelos países da OTAN.

Também o Brasil, principal país da América Latina, não foi escolhido por acaso: eles estão de olho nas imensas riquezas do pré-sal e já falam em reativar a ALCA – uma proposta contrária aos interesses da maioria do povo brasileiro e que já havíamos derrotado nas urnas, em plebiscito popular.

Os governos esperam a comitiva composta por dezenas de empresários norte-americanos que, junto à Obama, negociarão contratos preferenciais de energia e infraestrutura, muitos aproveitando a “oportunidade” de lucros com mega eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. É dinheiro público sendo gasto sem licitações e com amplas denúncias de superfaturamento e desvios, veiculadas tanto pela grande imprensa quanto pelos Tribunais de
Contas. Podemos aceitar isso?

O ministro Antonio Patriota espera que tais acordos coloquem o Brasil na condição de “igual para igual” com os EUA. Em troca o capital norte-americano gozará de amplas vantagens em seus negócios no Brasil, com seus investimentos e lucros
assegurados, dentre outras coisas, pelos financiamentos do BNDES à megaempreendimentos com participação de empresas transnacionais, com sede nos EUA.

A captação de dinheiro público brasileiro é vista como uma das fontes de recuperação da economia norte-america, ainda em crise. Em suma, Obama quer que o povo brasileiro financie o setor privado norte-americano, causador da mesma crise de 2008!

Como pode o governo brasileiro se curvar ao imperialismo estadunidense, reproduzindo o mesmo modelo de exploração e, agora com o agravante, de utilizar dinheiro do BNDES para sustentar e reproduzir tal modelo? O mesmo imperialismo que nos ameaça reativando a Quarta Frota, e que ainda fala em deslocar para o Atlântico Sul os navios de guerra da OTAN?

A soberania nacional está ameaçada. Os Estados Unidos vêm ao Brasil para negociar a compra antecipada das reservas do Pré-sal, o que é ainda pior do que leiloar as nossas riquezas. Rechaçamos os leilões e qualquer outra forma de entrega das riquezas nacionais! O Petróleo Tem que Ser Nosso! A história está cheia de exemplos de países que esgotaram suas reservas e permaneceram mergulhados num mar de corrupção e de miséria! Não queremos repetir esses exemplos.

Campanha do Petróleo Tem que Ser Nosso – RJ //Sindipetro-RJ //MST //Sintnaval-RJ //Sintrasef //Condsef //Ascpderj //Comitê de Solidariedade àLuta do Povo Palestino do RJ //PCB //PSOL //PCBR //UJR //Movimento Luta de Classes//Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas //Modecon //Intersindical//PACS //Jubileu Sul Brasil //MTD //DCE-UFF //DCE-UFRJ //Núcleo Socialista de Campo Grande e de Santa Teresa.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias do Sindipetro-RJ (www.apn.org.br)



quinta-feira, 17 de março de 2011

AJUDE A CONVOCAR O DOMINGO ANTI IMPERIALISTA NO RIO DE JANEIRO

DOMINGO É DIA  de LUTA  ANTI-IMPERIALISTA
E DE SOLIDARIEDADE
AOS POVOS EM LUTA!

 AJUDE A AMPLIAR ESSA CONVOCATÓRIA! VAMOS MOSTRAR AO MUNDO NOSSA GARRA, NOSSA UNIDADE E NOSSA FIBRA : Fora Obama de nosso país!



Domingo é dia de luta, vamos para as ruas nos manifestar contra a presença do principal representante do imperialismo em nosso país: todos à Glória, na saída do Metrô (do lado do Amarelinho). A concentração começará às 10 horas.

A crise sistêmica do capital e a crise energética, provocada pelo início de um declínio da capacidade produtiva de petróleo da terra, faz com que o imperialismo se mova , com mais intensidade,  para os saques às riquezas minerais e energéticas dos povos do Oriente Médio, da África, e da América Latina.
Sob o pretexto de levar "sua democracia", ou "ajuda humanitária" e o combate ao "terrorismo internacional" invadem e ocupam países; utilizam bombas de nêutron empobrecido, proibidas pelas convenções internacionais, que deixam seqüelas por gerações, contra os povos desarmados; devastam suas terras, casas e suas vidas: Uma verdadeira carnificina  está sendo produzida no Afeganistão, no Iraque e na Palestina, onde Israel, base militar dos EUA no Oriente Médio e o exército americano cometem crimes de guerra, racismo e usurpação das  terras do povo palestino e usurpação das riquezas do povo afegão e iraquiano.
Essas ocupações imperiais também visam fomentar a indústria da guerra e da segurança. Tudo vale na busca incessante do lucro e do espólio de guerra! Diferente da segunda guerra mundial, os exércitos dos EUA, de Israel e seus mercenários não lutam contra outros exércitos instituídos, não há disputa bélica inter burguesa. A principal característica do momento histórico atual é a agressão mais brutal, genocida e fascista aos povos. O Oriente Médio rico em petróleo é o principal alvo desta política, mas o pentágono já apresenta ao mundo uma nova agenda: “combater e vencer decisivamente em múltiplos cenários de guerra simultâneos”, conforme Relatório220 do Project of the New American Century.

Aqui na América Latina estão com as patas na Colômbia através das   8 bases militares e um cem números de assessoria militar da Cia e da Mossad. Neste país irmão, todos os dias, trabalhadores, dirigentes sindicais, camponeses, índios são assassinados pela Estado terrorista. No Haiti, desgraçadamente, o povo é abatido diariamente pela fome, miséria e pela ocupação militar americana e pelos soldados do exército brasileiro sob seu comando.

Mantém um bloqueio criminoso a Cuba,  ameaçam a Venezuela e a Bolívia e financiam golpistas de direita, como foi o caso de Honduras. Suas tropas se movimentam na Costa Rica e no Panamá e, desde a descoberta de petróleo do pré-sal em nosso país, os EUA reativaram a Quarta Frota de marinha de guerra e ameaçam deslocar para o Atlântico sul, ou seja, para  a costa brasileira, os navios de guerra da OTAN.

E pensar que o governo brasileiro está promovendo acordos comerciais e montando palco para um assassino de povos, tal qual seu antecessor. Rechaçamos firmemente tais acordos e denunciamos o comprometimento político e a aliança que se desenha entre o governo Dilma e o império norte americano.

Por tudo, neste domingo a Plenária dos Movimentos Sociais realizada ontem, dia 16 de março, no SINDIPETROS decidiu que vamos mostrar ao mundo que estamos lutando, em unidade, com todos aqueles que querem construir uma agenda anti imperialista e de solidariedade à rebelião dos povos árabes e a luta de todos os povos oprimidos, rumo a nossa própria emancipação!

Fora imperialismo da América Latina!

Tire as patas do Afeganistão, Iraque, Haiti, Colômbia e Palestina!

Viva a rebelião árabe! Toda nossa solidariedade aos povos em luta!

Fora todas as ditaduras do Oriente Médio!


Tire as garras do Pré-sal !

Não a ocupação da Líbia!



Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro

quarta-feira, 16 de março de 2011

PCI denuncia a invasão do Bahrein por tropas da Arábia Saudita

Declaração do Partido Comunista Iraquiano:
O Povo deve resolver seus próprios assuntos e determinar o seu futuro!

 Artigo fornecido por colegas argelinos Partido Democracia e Socialismo (PADS) - correções AC http://solidarite-internationale-pcf.over-blog.net/

O Bahrein foi vítima de uma invasão militar da Arábia Saudita, encoberta pela escuridão da noite passada. Um porta-voz oficial saudita justificou a intervenção militar descaradamente declarando que seu objetivo é proteger as instalações do governo no Bahrein, acrescentando que a força de intervenção é parte de forças sauditas do Conselho de Cooperação do Golfo que "vai proteger a sua instalações".

A invasão ocorreu após uma intensa campanha violenta, realizada pelas forças governamentais  de Bahrein e gangues de "bandidos" armados (paramilitares) com espadas e outras armas, no dia 13 de março, domingo,  contra o movimento de protesto em massa realizado no país. O objetivo claro era, além de reprimir o movimento,  preparar o caminho à penetração das forças agressivas nas fronteiras de Bahrein.

Em sua primeira reação à invasão de forças da Arábia Saudita em Bahrein , a oposição anunciou  a sua firme convicção e interpretou a invasão saudita como uma declaração de guerra e tentativa de ocupação. Eles pediram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para proteger os civis do país de uma "intervenção militar externa."

É claro que a intervenção é ilegítimo e não pode ser justificado sob nenhuma circunstância. Protestos e manifestações pacíficas foram realizadas esta  semana no Bahrein, e os confrontos entre as forças da oposição e da autoridade do governo é um assunto interno do povo de Bahrein , nenhum país pode ou deve intervir.

Fica claro que esta interferência perigosa  reflete as tentativas dos governantes da Arábia Saudita e de outros regimes  do Golfo de reprimir o movimento de massa crescente por liberdade, democracia e justiça social, a fim de sufocá-lo antes que as chamas se espalhem para seus países e desta forma inflamar o   crescente descontentamento popular que sufocam.  É uma intervenção agressiva que viola os direitos  de soberania dos povos e do Estado, e constitui uma flagrante violação das normas e leis internacionais.

Afirmando a nossa firme condenação a intervenção militar da Arábia Saudita e do Golfo no Bahrein, reafirmamos nossa forte solidariedade com o povo do Bahrein, na sua firme rejeição e na resposta que deram à intervenção, e com a sua luta por democracia e pelos seus  direitos. Exigimos a retirada imediata das forças invasoras, impedindo a interferência em todas as suas formas, nos assuntos internos do Bahrain, e deixar o povo deste país livre  para cuidar de seus assuntos e determinar a sua próprio futuro e destino.


Bureau Político do Partido Comunista Iraquiano
14 mar 2011

VAMOS ORGANIZAR NOSSA MANIFESTAÇÃO 18 HORAS - SINDIPETROS

ERRATA: O texto que convoca a Plenária Unificada, que irá organizar nossa manifestação contra Obama, não foi assinado pela CSP-Conlutas e nem pela CUT.  O Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro retifica e esclarece que o  repassou com as assinaturas que recebeu por e-mail da APN. Lamentamos profundamente!
Abaixo reproduzimos a nota, sem a assinatura das centrais e reforçamos a convocatória da Plenária Unificada dos Moviemtos sociais.

VAMOS ORGANIZAR NOSSA MANIFESTAÇÃO

Plenária Unificada dos Movimentos Sociais RJ : Quarta feira no Sindipetro

A Plenária Unificada dos Movimentos Sociais contra a vinda do Obama será
realizada na próxima quarta-feira (16/03), às 18h, na sede do Sindipetro-RJ
(Av. Passos, 34, próximo à Praça Tiradentes). Participe!

Os movimentos sociais brasileiros consideram o presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, persona non grata no Brasil e rechaçam a sua presença
em nosso país.

O atual mandatário dos Estados Unidos mantém a orientação belicista de

ocupar países e agredir povos em nome da “luta ao terrorismo”. Obama tem
reiterado  que o objetivo fundamental do seu governo no setor externo é
reafirmação da hegemonia estadunidense no mundo, inclusive na área militar.

Dizemos que Obama é persona non grata no Brasil porque, como

latino-americanos, sabemos que a política dos Estados Unidos para a América
Latina não mudou em nada.  Não aceitamos a manutenção do bloqueio a Cuba, as
provocações contra a Venezuela, a Nicarágua, a Bolívia e o Equador.

O governo Obama apoiou o golpe militar em Honduras, que retirou do poder o

presidente legitimo Manuel Zelaya, e mantém o apoio ao atual governo de
fato, que é denunciado por inúmeras violações aos direitos humanos. Como
recompensa pelo apoio às forças golpistas, os EUA instalaram duas novas
bases militares neste país.

Temos acompanhado a ampliação da presença militar dos EUA na região, tanto

as iniciativas dirigidas a instalar novas bases militares na Colômbia,
quanto a movimentação de tropas na Costa Rica e no Panamá.

A disputa pelo petróleo está no centro das guerras promovidas pelo

imperialismo estadunidense. No caso do Brasil, logo após a descoberta de
petróleo nas águas do Atlântico Sul, reativaram a chamada Quarta Frota de
sua marinha de guerra e falam ainda em deslocar para estas pacificas águas,
os navios de guerra da OTAN. As imensas reservas do pré-sal, estimadas em
pelo menos 10 trilhões de dólares, atraem a imensa cobiça dos EUA. Com
certeza, o ouro negro brasileiro é uma das maiores motivações da vinda do
presidente estadunidense ao nosso país.

Obama também liderou a Organização do Tratado do Atlântico Norte que

consagrou um “novo conceito estratégico” a partir do qual se arroga o
direito de intervir militarmente em qualquer região do planeta. Os Estados
Unidos nunca abriram mão de dominar nossos países e continuam considerando
nosso continente como sua área de influência.

Os EUA sob a presidência de Barack Obama falam em Direitos Humanos, mas

mantém os cinco heróis cubanos presos injustamente, e reafirmam o apoio à
política genocida do Estado sionista israelense contra o povo palestino. Sob
Barack Obama, os Estados Unidos mantiveram a presença das tropas de ocupação
no Iraque e no Afeganistão, e desde este país bombardeiam o Paquistão. Só
nessas guerras já foram mortos dezenas de milhares de civis e inocentes. Sob
o seu governo os EUA ameaçam países soberanos como o Irã, a Síria e a Coréia
do Norte, e continuam em pleno funcionamento o centro de detenções e
torturas de Guantánamo, mantida em território cubano de forma ilegal e
contra a vontade deste povo.

Obama chega ao Brasil num momento em que os Estados Unidos e seus aliados,

principalmente os europeus, preparam-se, sob falsos pretextos, para
perpetrar novas intervenções militares. Agora, no norte da África, onde, com
vistas a assegurar o domínio sobre o petróleo, adotam a opção militar como a
estratégia principal. Os Estados Unidos querem arrastar as Nações Unidas
para sua aventura, numa jogada em que pretende na verdade instrumentalizar a
organização mundial e dar ares de multilateralismo à sua ação militarista e
imperial.

No mesmo 20 de março, dia em que Obama estará visitando o Brasil,

acontecerão manifestações em todo o mundo convocadas pela Assembleia Mundial
dos Movimentos Sociais realizada durante o Fórum Social Mundial de Dacar,
Senegal. O dia de mobilização global foi convocado para afirmar a “defesa da
democracia, o apoio e a solidariedade ativa aos povos da Tunísia e do Egito
e do mundo árabe que estão iluminando o caminho para outro mundo, livre da
opressão e exploração”. O 20 de março será um Dia Mundial de Luta contra a
multiplicação das bases militares dos Estados Unidos, de solidariedade com o
povo árabe e africano, e também de apoio à resistência palestina e saharauí.
O mundo não pode tolerar uma nova guerra, agora, na Líbia!

É nesse contexto que convocamos a Plenária Unificada dos Movimentos Sociais

contra a vinda do Obama, espaço onde os movimentos sociais de todo o país
construiremos uma grande manifestação de repúdio à presença de Obama no
Brasil com destaque para a ação que será organizada no Rio de Janeiro no dia
20 de março.

A Plenária Unificada dos Movimentos Sociais contra a vinda do Obama será

realizada na próxima quarta-feira (16/03), às 18h, na sede do Sindipetro-RJ
(Av. Passos, 34, próximo à Praça Tiradentes).

Abaixo o imperialismo estadunidense!


Assinam esta convocatória:


Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso


CMS - Coordenação dos Movimentos Sociais


Plenária dos Movimentos Sociais - RJ


UNE


MST


Intersindical

CTB


Sindipetro-RJ


Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do RJ