quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Faixa de Gaza sofre com frio e enchentes


gaza-enchenteAs chuvas torrenciais que atingiram a Faixa de Gaza nos últimos dias acentuaram o drama humanitário que se desenvolve no território palestino controlado por Israel. Mais de 40 mil habitantes permanecem desalojados, após as enchentes provocadas por chuvas torrenciais na região. Para chegar aos habitantes das localidades inundadas as equipes de resgate tiveram de utilizar barcos. As Nações Unidas declararam o norte da Faixa de Gaza uma zona de calamidade, também por causa do frio intenso.
O controle de fronteiras que cerca a Faixa de Gaza somente liberou a entrada do primeiro embarque de combustível industrial na noite passada, após 45 dias de bloqueio. A chegada do combustível representou um pequeno alívio após uma nevasca de intensidade rara ter atingido Jerusalém e parte da Cisjordânia ocupada. A nevasca, que começou na quarta-feira passada, foi descrita pelas autoridades como a pior em décadas, paralisou a cidade de Jerusalém e deixou milhares de pessoas sem energia em Israel e na vizinha Cisjordânia.
A falta de combustível dificultou os trabalhos de resgate em Gaza, onde a estimativa de autoridades do Hamas é de que grande parte das 40 mil pessoas desabrigadas ainda seguem ao relento, protegidas muitas vezes por uma lona apenas. Gaza vem sofrendo de desabastecimento crônico de combustível devido ao controle das fronteiras imposto por Israel e Egito, desde que o grupo fundamentalista Hamas tomou o poder em 2007.
Autoridades palestinas de fronteira disseram que o embarque de combustível neste domingo foi pago pelo Qatar, país rico em petróleo e aliado do Hamas no passado. A tempestade de neve atingiu Gaza em um momento difícil. A falta recorrente de energia levou à suspensão da maioria dos programa de saúde e serviços.
Segundo a polícia israelense quatro palestinos morreram em acidentes relacionados com a nevasca. Escolas foram fechadas em Jerusalém e Cisjordânia.
Área de desastre
Antes de declarar calamidade pública, as Nações Unidas já descreviam a Faixa de Gaza como “área de desastre”. As enchentes, provocadas por quatro dias de chuvas torrenciais, são tão graves que muitas casas só podem ser acessadas com barcos, já que estão submersas em até dois metros de água em alguns pontos.
gaza-criancas“Grandes partes do norte de Gaza se tornaram zonas de desastre, com água a perder de vista”, diz uma nota agência da ONU responsável pela administração de campos de refugiados nos territórios palestinos. Tempo ruim e nevascas também paralisaram, nos últimos dias, cidades palestinas como Hebron na Cisjordânia ocupada, além de Jerusalém e partes do norte da Galileia.
Na Cidade de Gaza, muitas pessoas ficaram presas em suas casas inundadas. Um homem palestino de 22 anos morreu intoxicado pela fumaça depois de incendiar sua própria casa, informou um porta-voz do governo. O ministério da Saúde de Gaza informou que outras 100 pessoas ficaram feridas nas enchentes que destruíram moradias ao longo do litoral. Muitos dos feridos foram atingidos por objetos que despencaram dos prédios inundados ou se envolveram em acidentes de carro nas ruas alagadas.
A cidade também vinham sofrendo com blecautes de cerca de 12 horas desde que a única usina de energia do território foi desligada há um mês por falta de combustível. Com a chegada de novo carregamento, nesta segunda-feira, a previsão é de que a energia volte aos poucos nas áreas atingidas pelas chuvas.

AntigüIdades da Siria encontradas em museus de Israel


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Una parte de las antigüedades de Siria ha sido traslada a los museos del régimen de Israel, ha anunciado en un informe el canal libanés de noticias 'Al-Mayadin', al referirse al contrabando de patrimonio cultural de Siria al régimen de Tel Aviv. 

De acuerdo con el informe, desde el inicio de los disturbios en ese país árabe, a mediados de marzo de 2011, 16 de los 36 museos en Siria han sido saqueados y al menos 4 mil piezas de su patrimonio cultural han sido robadas.

'Al-Mayadin' ha emitido vídeos sobre el contrabando del patrimonio cultural de Siria, a través de canales subterráneos, y ha señalado que una de las vías por la que los terroristas ganan dinero.

"Los traficantes de antigüedades funcionan como un vínculo entre los terroristas y el régimen de Tel Aviv", ha subrayado el informe, al aseverar que varios grupos de los takfiríes han sido enviados al lugar de investigación de antigüedades en Siria para traficar con ellas y enviarlas a los territorios ocupados a través de Jordania.

"La mayoría de los comerciantes occidentales de patrimonios culturales entran en Siria como un periodista y las operaciones de saqueo y robo se realizan bajo el control del régimen de Israel", ha afirmado el informe.

Desde hace más de dos años, Siria es escenario de una ola de violencia protagonizada por terroristas, financiados y dirigidos desde algunos países occidentales y varios regionales, como Arabia Saudí, Catar y Turquía, que tienen como fin acabar con el Gobierno sirio.

ha/aa/

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sábado, 14 de dezembro de 2013

Os prisioneiros políticos palestinos lutam contra o frio nas prisões de Israel


Um centro palestino dos direitos humanos advertiu nesta quinta-feira sobre a situação deplorável dos prisioneiros palestinos nos carceres  israelenses.
A sociedade Al-Wad, uma organização defensora dos prisioneiros palestinos, expôs que os detidos nas prisões do regime de Tel Aviv estão enfrentando uma situação difícil com a chegada do inverno,  porque, além de tudo, os presos são privados de elementos básicos do inverno, como aparelhos de aquecimento .
Em comunicado, a Al-Wad denunciou  que os guardas do regime israelense não fornecem cobertores nem roupas aos prisioneiros palestinos que, atualmente, protestam contra as condições que são submetidos, através de uma greve de fome.
Anteriormente,  o ministro dos Assuntos Prisioneiro  da Palestina, Isa Qaraque já havia afirmado que mais de 1400 prisioneiros palestinos estão doentes nas prisões do regime de Israel, dos quais 150 têm doenças crônicas e mais de 25 com câncer.
De acordo com fontes palestinas, mais de 170 desses prisioneiros necessitam de cirurgia, no entanto, o Estado de Israel   ignora.
Os prisioneiros políticos palestinos vivem em condições sub-humanas, sem direitos básicos, como água, alimentação adequada, cuidados médicos, educação, visitas regulares e um advogado, entre uma longa lista de injustiças.
Atualmente, cerca de 5.000 palestinos, incluindo mulheres e crianças, são amontoados nessas prisões. A maioria não foram julgados e alguns não têm acusação formal , uma estratégia que o Estado de Israel chama de "detenção administrativa".
Fonte: HispanTV / OICP

    Soldados israelenses prendem uma criança palestina

    Dois soldados israelenses prendem uma criança palestina que estava participando de uma guerra de bolas de neve próximo do assentamento judaico de Brahka e  a poucos quilômetros da cidade de Nablus na Cisjordânia (Palestina).
    Sete palestinos foram presos e pelo menos cinco feridos.
    A queda de neve intensa em Jerusalém e Ramallah nas últimas horas paralisou a atividade em ambas as cidades.
    Fonte: Terra / OICP
  • http://www.oicpalestina.org/?p=13583

    quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

    “A papai-noel-ização de Nelson Mandela” [1]

    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
    Nelson Mandela
    Por 9/12/2013, [*] Slavoj ŽižekThe Guardian, UK

    Nas últimas duas décadas da vida, Nelson Mandela foi festejado como modelo de como libertar um país do jugo colonial sem sucumbir à tentação do poder ditatorial a sem postura anticapitalista. Em resumo, Mandela não foi Robert Mugabe, e a África do Sul permaneceu democracia multipartidária com imprensa livre e vibrante economia bem integrada no mercado global e imune a horríveis experimentos socialistas. Agora, com a morte dele, sua estatura de sábio santificado parece confirmada para toda a eternidade: há filmes sobre ele (com Morgan Freeman no papel de Mandela; o mesmo Freeman, aliás, que, noutro filme, encarnou Deus em pessoa). Rock stars e líderes religiosos, esportistas e políticos, de Bill Clinton a Fidel Castro, todos dedicados a beatificar Mandela.

    Mas será essa a história completa? Dois fatos são sistematicamente apagados nessa visão celebratória. Na África do Sul, a maioria pobre continua a viver praticamente como vivia nos tempos do apartheid, e a ‘conquista’ de direitos civis e políticos é contrabalançada por violência, insegurança e crime crescentes. A única mudança é que onde havia só a velha classe governante branca há agora também a nova elite negra. Em segundo lugar, as pessoas já quase nem lembram que o velho Congresso Nacional Africano não prometera só o fim do apartheid; também prometeu mais justiça social e, até, um tipo de socialismo. Esse CNA muito mais radical do passado está sendo gradualmente varrido da lembrança. Não surpreende que a fúria outra vez esteja crescendo entre os sul-africanos pretos e pobres.

    Nelson Mandela e Fidel Castro
    A África do Sul, quanto a isso, é só a mesma versão repetida da esquerda contemporânea. Um líder ou partido é eleito com entusiasmo universal prometendo “um novo mundo” – mas então, mais cedo ou mais tarde, tropeçam no dilema chave: quem se atreve a tocar nos mecanismos capitalistas? Ou prevalecerá a decisão de “jogar o jogo”? Se alguém perturba esse mecanismo, é rapidamente “punido” com perturbações de mercado, caos econômico e o resto todo. Por isso parece tão simples criticar Mandela por ter abandonado a perspectiva socialista depois do fim do apartheid. Mas ele chegou realmente a ter alguma escolha? Andar na direção do socialismo seria possibilidade real?

    (...) Marx disse (...) em sua fórmula bem conhecida que, no universo da mercadoria, “as relações entre pessoas assumem o disfarce de relações entre coisas”.

    Na economia de mercado, acontece de relações entre pessoas aparecerem sob disfarces que os dois lados reconhecem como liberdade e igualdade: a dominação já não é diretamente exercida e deixa de ser visível como tal. (...) É preciso ter em mente que a grande lição do socialismo de estado foi, sim, que a abolição direta da propriedade privada e a regulação das trocas pelo mercado, se não vierem acompanhadas de formas concretas de regulação social do processo de produção, acabam sempre, necessariamente, por ressuscitar relações diretas de servidão e dominação.

    Se apenas se extingue o mercado (inclusive a exploração do mercado), sem substituí-lo por uma forma própria de organização comunista da produção e das trocas, a dominação volta como uma vingança, e com a exploração direta pelo mercado.

    A regra geral é que, quando começa uma revolta contra regime opressor semidemocrático, como aconteceu no Oriente Médio em 2011, é fácil mobilizar grandes multidões com slogans que só se podem descrever como “formadores de massa”: pela democracia, contra a corrupção, por exemplo.

    Mas adiante, quando nos vamos aproximando das escolhas mais difíceis, quando nossa revolta é vitoriosa e alcança o objetivo direto, logo nos damos conta de que o que realmente nos atormentava (a falta de liberdade pessoal, a humilhação, a corrupção das autoridades, a falta de perspectiva de, algum dia, chegar a ter uma vida decente) rapidamente troca de roupa e reaparece sob um novo disfarce.

    Presidentes Lula e Mandela
    A ideologia governante mobiliza aqui todo o seu arsenal para nos impedir de chegar àquela conclusão radical. Põem-se logo a dizer que a liberdade democrática implica responsabilidades; que a liberdade democrática tem seu preço; que ainda não estamos plenamente amadurecidos, se esperamos demais da democracia.

    Assim, rapidamente, passam a nos culpar, nós mesmos, pelo nosso fracasso: numa sociedade livre – é o que nos dizem – todos somos capitalistas que investimos na nossa própria vida; e temos de alocar mais dinheiro para a educação do que para nossas festas e noitadas e lazer. Que se não fizermos assim, nossa democracia não terá sucesso.

    Num plano diretamente mais político, a política externa dos EUA elaborou detalhada estratégia para controle de danos: basta converter o levante popular em restrições capitalistas-parlamentares palatáveis. Isso, precisamente, foi feito com sucesso na África do Sul, depois do fim do regime de apartheid; foi feito nas Filipinas depois da queda de Marcos; foi feito na Indonésia depois da queda de Suharto e foi feito também em outros lugares

    Nessa precisa conjuntura, as políticas radicais de emancipação enfrentam o seu maior desafio: como fazer avançar as coisas depois de acabado o primeiro estágio de entusiasmo, como dar o passo seguinte sem sucumbir à catástrofe da tentação “totalitária”, em resumo: como avançar além de Mandela, sem se converter num Mugabe.

    Se quisermos permanecer fiéis ao legado de Mandela, temos de deixar de lado as lágrimas de crocodilo das celebrações e nos focar em todas as promessas não cumpridas infladas sob sua liderança e por causa dela. Assim se verá facilmente que, apesar de sua indiscutível grandeza política e moral, Mandela, no fim da vida, era também um velho triste, bem consciente de que seu triunfo político e sua consagração como herói universal não passavam de máscara para esconder derrota muito amarga. A glória universal de Mandela é também prova de que ele não perturbou a ordem global do poder.




    Nota dos tradutores
    [1] Ver também sobre vários aspectos da crítica à papai-noel-ização de Mandela:

    (a) We Are Witnessing the “Santa Claus-ification” of Nelson Mandela [Estamos assistindo à papai-noel-ização de Nelson Mandela], 7/12/2013, Cornel West, Breibart TV.

    (b) “Converteram Mandela numa espécie de princesa Diana (em 7/12/2013, Jonathan Cook, Information Clearing House).

    (c) “O sequestro do legado de Mandela [The hijacking of Mandela's legacy], 8/12/2013, Pepe Escobar, Russia Today

    (d) “Manifesto sobre o Camarada Mandela, Partido Comunista da África do Sul, 6/12/2013, Workers Worldredecastorphoto (traduzido).

    (e) “Libertem Mandela (das grades da mentira), 20/7/2005, Tony Karon, em Moon of Alabama, (traduzido em redecastorphoto).
    __________________

    [*] Slavoj Žižek (esloveno) Liubliana, 21 de Março de 1949) é um filósofo e teórico crítico esloveno, professor da European Graduate School e pesquisador sênior no Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana. É também professor visitante em várias universidades estadunidenses, entre as quais estão a Universidade de Columbia, Princeton, a New School for Social Research, de Nova Iorque, e a Universidade de Michigan.

    terça-feira, 10 de dezembro de 2013

    Mandela e Israel

    Os Ocidentais choram a morte de Nelson Mandela, com mais tristeza que a manifestada a propósito pelos Africanos. Este luto é uma maneira de saldar a ideologia colonial e os crimes que foram cometidos em seu nome. Mais é incompreensível que esta torrente de homenagens mantenha o impasse sobre a persistência de um Estado racista, historicamente fundado como a África do Sul, segundo a visão do mundo de Cecil Rhodes, o teórico do «imperialismo germânico». Resta seguir o exemplo de Mandela.




    A 11 de Abril de 1975, em Jerusalém na residência do Primeiro-ministro. Da esquerda à direita: Eschel Rhoodie (director sul-africano da Propaganda), Yitzhak Rabin (Primeiro-ministro israelita), Henrik van den Bergh (director dos serviços secretos sul-africanos) e Shimon Peres (ministro israelita da Defesa).

    A obra de Nelson Mandela é celebrada, por todo o lado no mundo, por ocasião da sua morte. Mas de que serve o seu exemplo se aceitamos que perdure num Estado — Israel— a ideologia racial que ele venceu na África do Sul?

    O sionismo não é um fruto do judaísmo, que lhe foi longa e ferozmente oposto. É um projeto imperialista nascido da ideologia puritana britânica. No século XVII, Lorde Cromwell derrubou a monarquia inglesa e proclamou a República. Ele instaurou uma sociedade igualitária, e entendeu estender tanto quanto possível o poder do seu país. Para isso, ele esperava estabelecer uma aliança com a diáspora judia que se tornaria a guarda avançada do imperialismo britânico. Ele autorizou pois o retorno dos judeus à Inglaterra, donde tinham sido expulsos quatrocentos anos antes, e anunciou que criaria um Estado judeu, Israel. No entanto ele morreu sem ter conseguido convencer os judeus a juntarem-se ao seu projeto.

    O império britânico não cessou, após isso, de solicitar a diáspora judia e de propor a criação de um Estado judeu, como fez Benjamin Disraeli, Primeiro-ministro da rainha Victoria na conferência de Berlim (1884). As coisas mudaram com o teórico do imperialismo britânico, o «muito honorável» Cecil Rhodes —o fundador da diamantífera De Beers e da Rodésia—, que encontrou em Theodor Herzl o lobista que lhe convinha. Os dois homens trocaram uma extensa correspondência, cuja reprodução foi interdita pela Coroa aquando do centenário da morte de Rhodes. O mundo deveria ser dominado pela «raça germânica» (quer dizer, segundo eles, além de os alemães, pelos Britânicos, Irlandeses incluídos, os Norte-Americanos e Canadianos (Canadenses-Br), os Australianos e Neo-Zelandeses, e os Sul-Africanos), que deveriam estender o seu império conquistando, para isso, novos territórios com a ajuda dos judeus.

    Theodor Hertzl foi, não sómente, capaz de convencer a diáspora(judaica-ndT) a aliar- se a este projeto, como virou a opinião da sua comunidade, usando para tal os seus mitos bíblicos. O Estado judaico não seria estabelecido sobre uma terra virgem, no Uganda ou na Argentina, mas sim na Palestina com Jerusalém como capital. De tal modo que o actual Estado de Israel é, ao mesmo tempo, o filho do imperialismo e do judaísmo.

    Israel, desde a sua proclamação unilateral, virou-se para a África do Sul e Rodésia, únicos Estados, juntamente consigo, a arvorar o colonialismo de Rhodes. Pouco importa desde este ponto de vista que os Afrikaners tenham apoiado o nazismo, eles alimentavam-se da mesma visão do mundo. Embora só em 1976 o Primeiro-ministro John Vorster tenha visitado oficialmente a Palestina ocupada, desde 1953 que a Assembleia geral das Nações Unidas condenava «a aliança entre o racismo sul- africano e o sionismo». Os dois Estados trabalharam, em estreita colaboração, tanto em matéria de manipulação dos média(mídia-Br) ocidentais, como de transportes para contornar os embargos, como ainda para desenvolver a bomba atómica.

    O exemplo de Nelson Mandela mostra que é possível a ultrapassagem desta ideologia e de atingir a paz civil. Hoje em dia o único herdeiro, no mundo, do imperialismo segundo a cartilha de Cecil Rhodes é Israel. A paz civil supõe que Israelitas(Israelenses-Br) e Palestinos encontrem quer o seu De Klerk quer o seu Mandela.
    Thierry Meyssan

    http://www.voltairenet.org/article181411.html

    terça-feira, 3 de dezembro de 2013

    Por trás da provocação dos EUA à China: a sobrevivência do dólar

    1/12/2013, [*] Finian CunninghamInformation Clearing House
    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

    ZAID - Zona Aérea de Identificação e Defesa da China
    A escalada das tensões militares entre Washington e Pequim no Mar do Leste da China tem sido explicada, sempre superficialmente, por a China ter declarado uma Zona Aérea de Identificação de Defesa (ZAID). Mas a razão real da ira de Washington é o anúncio, pela China, de que o país planeja reduzir suas reservas de dólares norte-americanos. [1]

    O movimento de descarregar parte significativa dos 3,5 trilhões de dólares norte-americanos que a China armazena como reservas, combinado à sempre crescente compra de petróleo em todo o planeta em que os chineses estão empenhados, usando nessas compras moedas nacionais, é ameaça mortal contra o petrodólar norte-americano e toda a economia norte-americana.

    Essa ameaça contra a viabilidade dos EUA – que já balança à beira da bancarrota, endividamento recorde e quebradeira generalizada – pode explicar por que Washington respondeu com tanta beligerância à decisão dos chineses, semana passada, de definir uma Zona Aérea de Identificação da Defesa (ZAID) que cobre cerca de 400 milhas do litoral do Mar do Leste da China. Pequim informou que a ZAID visa a impedir manobras de aviões espiões sobre o território chinês (há décadas há aviões militares dos EUA que sobrevoam, sem qualquer notificação, território chinês. (...)


    Além de tudo mais, como Pequim já comentou, os EUA e o Japão, aliado dos EUA depois da guerra, têm, os dois países, suas próprias Zonas Aéreas de Identificação da Defesa. É absolutamente inconcebível que aviões espiões e grandes bombardeiros chineses apareçam nos céus da Costa Oeste dos EUA, sem que o Pentágono ordene feroz retaliação. Aparentemente, o Pentágono pode(ria), mas o resto do planeta, não. (...)

    Os EUA e a imprensa-empresa norte-americana controlada estão apresentando a ZAID que Pequim acaba de declarar como se se tratasse de a China “flexionar os músculos e escalar tensões”. E Washington insiste que estaria nobremente defendendo seus aliados japoneses e sul-coreanos contra o expansionismo chinês.

    De fato, as explicações devem ser buscadas noutro lugar.

    A causa mais provável para o surto de militarismo de Washington contra Pequim é o anúncio de que os chineses começam a desinteressar-se de “salvar” o dólar norte-americano. Os EUA estão, isso sim, ameaçando agredir a China, se o país insistir na decisão de política econômica anunciada no final de novembro. (...)

    A China – a segunda maior economia e a maior importadora de petróleo – construiu e continua a construir negócios de compra de petróleo com seus principais fornecedores (entre os quais Rússia, Arábia Saudita, Irã e Venezuela) que implicam compra e venda nas respectivas moedas nacionais desses países. Esse desenvolvimento é grave ameaça ao petrodólar e ao status do dólar como moeda de reserva global.


    O mais recente movimento de Pequim, anunciado dia 20/11 e que dá notícia de que a China trabalha para livrar-se de suas depauperadas notas de dólar, trocando-as por uma cesta de outras moedas, é sinal claro de que os dias da economia dos EUA estão contados – como Paul Craig Roberts observou semana passada. [2]

    É claro que a China tem pleno direito de declarar sua ZAID, como tem pleno direito de defender o próprio território. Mas, para a forma mentis imperialista, megalômana de Washington, a “ameaça” chinesa à economia dos EUA e ao fracassado “modo de viver” norte-americano seria ato de guerra. Por isso – não por causa de alguma ZAID – é que Washington está reagindo tão furiosamente (e tão desesperadamente) contra um simples corredor aéreo declarado pela China, que foi usado como o pretexto de que os EUA precisavam, para mais violência.
    ___________________

    Notas dos tradutores
    [1] A verdadeira bomba chinesa foi lançada dia 20/11, por um dos vice-presidentes do Banco do Povo da China, em conferência num fórum econômico na Universidade Tsinghua: “Já não interessa à China acumular moedas estrangeiras [dólares] de reserva”. (29/11/2013, citado em Valentin Katasonov, Strategic Culture e Blog do Gilson Sampaio (em português): A morte anunciada do Fed)
    [2] 25/11/2013, redecastorphoto, Paul Craig Roberts em: “A Morte do Dóllar.
    ________________________

    [*] Finian Cunningham nasceu em Belfast, Irlanda do Norte, em 1963. Especialista em política internacional. Autor de artigos para várias publicações e comentarista de mídia. Recentemente foi expulso do Bahrain (em 6/2011) por seu jornalismo crítico no qual destacou as violações dos direitos humanos por parte do regime barahini apoiado pelo Ocidente. É pós-graduado com mestrado em Química Agrícola e trabalhou como editor científico da Royal Society of Chemistry, Cambridge, Inglaterra, antes de seguir carreira no jornalismo. Também é músico e compositor. Por muitos anos, trabalhou como editor e articulista nos meios de comunicação tradicionais, incluindo os jornais Irish Times e The Independent

    ISRAEL, O CARRASCO, TOMARÁ ASSENTO NO CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU



    A MÃE DE TODAS AS VERGONHAS: Israel será membro do 
    Conselho de Direitos Humanos da ONU

    • Apesar das manifestações mundiais contra as políticas expansionistas e racistas do regime de Israel;
    • Apesar de Israel ter sido condenado mais de 46 vezes - o único país no mundo com tanta condenação e a figurar cotidianamente na pauta do conselho;
    • Apesar de ter aumentado, em comparação com o ano anterior, em 130% o roubo de territórios palestinos, destruindo e expulsando o povo;
    • Apesar das denúncias de brutalidade, maus tratos e torturas em crianças e adolescentes,
    •  Apesar da expulsão e perseguição dos 160 mil beduínos em seus territórios palestino


    O Conselho de Direitos Humanos da ONU convidou esse regime para aderir ao 
    bloco europeu do organismo!!!!!!!!!!!!!


    Segundo a AFP, citando um funcionário de alta patente israelense, sob condição de anonimato, o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a inclusão do regime de Tel Aviv.

    A medida é um exemplo claro da dupla moral da Comissão mundial de Direitos Humanos, já que por mais de cinco anos lançou duras acusações contra a colonização dos territórios palestinos por parte do regime israelense.


    No começo de 2009, o Conselho de Direitos Humanos da ONU começou uma campanha para investigar a guerra imposta a Gaza, e ao finalizar o ato condenou o regime de Israel por cometer crimes de guerra.

    Sem precisar ir muito longe, na semana passada, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou como “motivo de grave preocupação” a construção de assentamentos israelenses em solo palestino.

    Mesmo assim, em meados de novembro, o regime de Tel Aviv se viu obrigado a cancelar a construção de cerca de 20 mil novas moradias ilegais nos territórios palestinos, sob as pressões da União Europeia (UE).

    Em julho deste ano, a UE adotou uma série de pautas, nas quais proibia seus 28 membros de financiarem projetos nos assentamentos ilegais israelenses nas zonas ocupadas desde 1967, ou seja, em Al-Quds (Jerusalém), Cisjordânia ou nos territórios altos de Golam.

    O convite partiu do grupo europeu:

    Europeus convidam Israel para  grupo de Direitos Humanos na ONU

    Os países da Europa Ocidental enviaram nesta segunda-feira um convite oficial a Israel para que participe de seu grupo no Conselho de Direitos Humanos na ONU, com o qual o Estado judeu está em conflito há muitos anos.
    "Hoje, o Grupo de Estados da Europa Ocidental e Outros (GEOA) enviou uma carta a Israel", declarou à AFP uma fonte diplomática em Genebra. A carta foi enviada nesta segunda ao representante permanente de Israel nas Nações Unidas, disse. A mesma fonte ressaltou que os membros do GEOA (que inclui os Estados Unidos) não precisaram votar sobre o convite a Israel. "Agora, eles (do grupo de países da Europa Ocidental) esperam uma resposta", acrescentou.
    Israel rompeu todo o contato com o Conselho em março de 2012, quando foi anunciada a abertura de uma investigação sobre os assentamentos israelenses em territórios palestinos ocupados. Em janeiro, Israel tornou-se o primeiro país a se recusar a participar da análise periódica sobre a situação dos direitos Humanos no mundo.

    Embora geograficamente localizado na Ásia, Israel teve seu acesso negado pelo grupo Ásia-Pacífico por vários países árabes e muçulmanos, o que deixou o país sem representação de um grupo geográfico. Além das investigações dos assentamentos israelenses, Israel é o único país com um ponto fixo na agenda (item 7) de cada sessão do Conselho (três vezes por ano).

    segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

    Cristãos sofrem perseguição de grupos terroristas

    Aumento da escalada terrorista takfirista que tem como

     alvo a unidade nacional da Síria

    Principais pontos:

    A Síria, berço das mensagens divinas e pátria dos profetas e santos, enfrenta uma guerra bárbara promovida por quadrilhas takfiristas extremistas, que querem atingir seu presente, seu futuro e seu legado civilizatório e histórico, buscando desacredita-la e desacreditar tudo o que ela representa, por ser um eixo de paz e convívio comum entre os seus filhos, através das fatwas (julgamentos) extremistas que fogem aos princípios de tolerância do Islã e que são feitos por sheikhs patrocinados por países bem conhecidos, como o Catar e a Arábia Saudita, a fim de promover motins.

    As várias organizações terroristas, ligadas organizacionalmente ou ideologicamente à Al Qaeda, ou que compartilham de suas crenças extremistas, estão atacando o estado e o povo sírio, através de ações terroristas suicidas e tiroteios aleatórios contra os bairros civis, utilizando-se diariamente de morteiros capazes de matar vários civis ao mesmo tempo.

    Observou-se, nos últimos meses, o envolvimento sistemático dos grupos terroristas no plano que tem como alvo os cristãos da Síria, através de ataques a bairros onde há uma predominância de moradores sírios cristãos em Damasco e, especialmente, em Aleppo, com a utilização de morteiros massivamente lançados, num ritmo diário, atingindo casas, propriedades, escolas, igrejas e templos destes cidadãos.

    Os ataques aos bairros civis nas grandes cidades coincidem com os ataques ostensivos à algumas cidades e vilarejos, no subúrbio de Damasco e no subúrbio de Homs, onde vive uma maioria cristã. Estes ataques incluem ofensas morais e físicas, roubos e destruições de casas, como ocorreu recentemente em Maalula, Sadad e Deir Atieh.

    Este plano mencionado, visa disseminar o terror entre os cristãos para força-los a deixar o país e a imigrar, num contexto mais amplo que tem por objetivo livrar o Oriente Médio dos cristãos.

    Curiosamente, o fato que levanta suspeitas sobre este cenário é a hipocrisia de alguns países que se aliaram para derramar o sangue dos sírios, principalmente os países ocidentais que alegam estarem preocupados com o povo sírio e seus interesses e ao mesmo tempo fornecem suporte financeiro, militar e logístico à estes grupos terroristas para que continuem praticando seus crimes, que afetam os mais diferentes componentes do povo sírio e, por outro lado, facilitam a imigração destes cidadãos sírios para estabelecê-los no exterior, como parte de um plano que começou no Iraque.

    O combate ao terrorismo, que tem como objetivo os cidadãos sírios, é crucial para o êxito de uma solução pacífica para a crise na Síria e para dar credibilidade, do ponto de vista sírio, ao processo político. O fim da violência e do terrorismo exige que os países envolvidos no apoio aos grupos terroristas armados parem de fornecer qualquer tipo de suporte militar, financeiro, logístico, abrigo e treinamento à estes grupos, principalmente a Arábia Saudita, o Catar e a Turquia, além de outros países encabeçados pela França e Estados Unidos da América.

    O Estado sírio zela pelo seu dever constitucional de proteger seus cidadãos, muçulmanos e cristãos, dos crimes dos grupos terroristas.

    O diálogo nacional entre sírios, sob uma liderança síria e sem interferências externas garantirá ao povo sírio, único dono do direito constitucional de decidir o futuro de seu país e de escolher sua liderança, o direito de expressas suas escolhas através das urnas. Baseado neste princípio, o Governo da Síria reiterou sua disposição de participar da Conferência de Genebra a fim de alcançar o êxito em seus trabalhos, de forma a garantir o respeito às escolhas do povo sírio.

    É necessário combater os planos que objetivam livrar o Oriente Médio dos cristãos, historicamente enraizados na região, e alertar para os perigos reais que estes planos terão sobre a unidade nacional em vários países da região e suas civilizações ao longo da história.

    O combate às crenças extremistas e a pressão sobre os países que apoiam os grupos terroristas armados, que tem como alvo os valores patrióticos e o convívio comum, é o único meio de preservar a diversidade que sempre foi a fonte de força que privilegiou a Síria e sua civilização ao longo da história.

    Tradução: Jihan Arar
    Fonte:PATRIA LATINA


    Ataque a Deir Martakla, no município de Maalula

    Grupos terroristas atacaram o Convento de Deir Martakla, no município de Maalula, situada na zona rural de Damasco, protagonizando vários atos de destruição e hostilidades. 
    Segundo fontes da cidade, os terroristas invadiram o convento e tomaram a Madre Plagia Sayaf e outras freiras do convento e do orfanato como reféns. Além disso, os terroristas cometeram vários atos de terror e tiroteios aleatórios contra os moradores da área e de outros bairros da cidade. 
    Agencia Sana de Notícias 

    Embaixada da República Árabe da Síria