quinta-feira, 30 de junho de 2016

SIONISTAS PERSEGUEM PROFESSOR, CAUSANDO SUA DEMISSÃO!

 Nota do Blog:Não é a primeira vez que uma entidade sionista tenta intimidar e criminalizar as posições dos brasileiros contra a política de genocídio, racismo, de militarização e imperialista que o Estado de Israel exporta para o mundo.

Em 15 de julho de 2011, denunciávamos que a CONIB ( Confederação Israelita do Brasil) havia entrado com representação contra o PCB (Partido Comunista Brasileiro) no TSE, sob a mesma acusação que distribui entre aqueles que levantam sua voz em defesa dos palestinos que lutam, desde 1948, contra a ocupação militar sionista de seu território histórico.  

Na época, alegaram  a prática de "anti-semitismo" por ter a página na Internet do PCB publicado o artigo "Os Donos do Sistema: o Poder Oculto de onde nasce a impunidade de Israel", reproduzido na página de nosso blog.  http://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2013/11/o-poder-oculto-de-onde-nasce-impunidade.html.

Agora, o comando central  dos interesses sionistas, em nosso país, a CONIB, tenta  calar o Blog do PC do B e intimidar  o professor Thomas de Toledo. (Abaixo será esclarecido)
 Queremos expressar nossa total solidariedade aos camaradas e afirmar que por estarmos todos juntos na defesa da Palestina, esse ataque nos atinge igualmente. Vivemos  em um país cujos habitantes lutaram muito para garantir a liberdade de expressão e nenhum de nós irá abrir mão desse direito, em particular, quando manifesta  o exercício do internacionalismo entre os povos.

Essa nova investida contra aqueles que denunciam as atrocidades executadas pelo Estado sionista, nesses 68 anos de ocupação militar e genocida, é uma tentativa de intimidar a todos  nós e nos fazer  calar diante do aumento de intensidade e expansão geográfica das crueldades, tais como o aumento exponencial:  das prisões das crianças palestinas, dos  assassinatos de jovens palestinos desarmados, dos bloqueios no acesso à agua, da destruição  da infraestrutura básica como a educação e a saúde.  

O Estado sionista de Israel é um Estado terrorista que lança todo aparato bélico moderno, tipo exportação, contra a população nativa da Palestina histórica, para roubar mais território através da "faxina étnica".

Além disso,  os sionistas querem esconder  o alcance  de sua estratégia, bem alinhada com a do imperialismo dos EUA, para o mundo, em particular aquela que expandem para o  Mundo Árabe. O empreendimento  levado a cabo por Israel e o imperialismo sionista  ( e,  claro, seus parceiros/lacaios da Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos,  Bahrein e cia) de domínio militar e econômico do Oriente Médio e seu entorno já atingiu e destruiu a Líbia, o Afeganistão,  o Iraque e tenta a mesma coisa com a Síria. 

O significado disso é morte e destruição para todos os povos árabes e adjacentes  que sofrem com a ampliação dessa desgraça , do NAKBA.


Por uma Palestina Livre, Laica e soberana, 
com o retorno dos refugiados. 
Comitê de Solidariedade à luta do povo palestino do Rio de Janeiro
Somostodospalestinos.blogspot.com
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"Poucos se atentaram ao fato de que Israel passou a controlar com seus sionistas três setores-chave do governo golpista: a Defesa (Raul Jugmann), a Inteligência (Sergio Etchegoyen) e o Banco Central (Ilan Goldfajn)." Prof. Thomas de Toledo

Todo apoio ao professor Thomas de Toledo e ao 
portal Vermelho.
Por Baby Siqueira Abrão e Marcos Tenório:
Mais uma vez a Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) leva a público uma denúncia infundada e persegue pessoas que fazem críticas ao sionismo e a Israel, acusando-as, de maneira injusta e leviana, de “antissemitas” . Já havia feito isso com o cartunista Carlos Latuff, com o jornalista José Reinaldo de Carvalho, do Portal Vermelho, e com um dos fundadores do Pink Floyd, Roger Waters, todos contrários às políticas de Israel em relação ao povo palestino. Dessa vez a vítima foi Thomas de Toledo, historiador formado pela USP, com mestrado em desenvolvimento econômico pela Unicamp. Essa sólida formação acadêmica, unida a informações que a mídia corporativa brasileira omite mas que a internacional publica, levou-o a escrever o artigo “Os dedos de Israel e dos Estados Unidos no golpe no Brasil”, publicado em seu blogue, no portal de notícias Vermelho, do PCdoB, e em vários outros portais, como o Pravda.
A Fierj fez críticas duras e sem nenhum fundamento ao texto. Seu presidente, Paulo Matz, postou um vídeo na página do Facebook da Federação ameaçando processar Toledo, o portal Vermelho e o partido por racismo e antissemitismo. As pressões estenderam-se ao trabalho do acadêmico na Universidade Paulista (Unip), e provocaram sua demissão em 20 de junho, sob a justificativa de “ordens superiores”. As ameaças dos sionistas e da Fierj foram tantas que o professor e o portal Vermelho decidiram retirar o artigo do ar. Toledo ainda publicou uma retratação, esclarecendo que em momento algum atacou ou teve a intenção de atacar os judeus — algo que nem precisaria de esclarecimento, uma vez que de seu texto não consta uma única palavra sobre a comunidade judaica.
O que Toledo fez, em somente três parágrafos de um artigo bem mais longo, foi reportar fatos comentados abertamente por jornalistas bem informados em sites internacionais, além de criticar os sionistas e Israel pela ingerência em assuntos que não lhes dizem respeito, pois se trata da soberania do povo brasileiro. Matéria no jornal Times of Israel mostra que o professor teve razão em suas considerações: o governo israelense aplaudiu o golpe, considerando Michel Temer um “amigo do país” e lembrando que Dilma Rousseff desagradou as autoridades sionistas ao classificar o ataque militar massivo de Israel a Gaza, em 2014, de “massacre” e ao se negar a receber, como embaixador no Brasil, o sionista Dani Dayan, conhecido por sua defesa intransigente das colônias judaicas construídas ilegalmente em terras confiscadas aos palestinos — ele chegou a presidir a entidade que as congrega, Yesha, além de residir numa delas, Ma’ale Shomron — e por advogar a anexação, por Israel, de toda a Palestina histórica, posição contrária à do Brasil, que tampouco apoia a construção ilegal das colônias exclusivamente judaicas na Palestina.
A ilegalidade das colônias — verdadeiras cidades com toda a infraestrutura necessária a quem vive nelas — que os governos israelenses vêm construindo, ao longo dos anos, em território palestino, e do muro de oito metros de altura mínima usado para confiscar terras pertencentes à Palestina e segregar seu povo, bem como todo o aparato que lhes é relacionado (estradas de uso proibido a palestinos, postos militares e torres de controle, câmeras, cercas eletrificadas etc.), foi estabelecida por parecer do Tribunal Internacional de Justiça em 9 de junho de 2004 e aprovada por ampla maioria pela ONU. Em seu parecer, que tem força de lei , o Tribunal solicita, aos países-membros da ONU, evitar todo tipo de apoio às colônias e ao muro — solicitação cumprida pela presidenta eleita Dilma Rousseff ao recusar Dayan como embaixador de Israel no Brasil.
Essa posição firme da presidenta Dilma, e sua recusa a negociar a soberania brasileira, incomodaram corporações e países de olho em nossos recursos naturais, como o pré-sal, a água, a grande extensão de terras cultiváveis, a riqueza dos minérios e a biodiversidade. Dizer que Israel e empresas com sócios sionistas não fazem parte desse grupo é faltar com a verdade. Todas as companhias e todos os países com interesse em petróleo, gás, água, minérios e biodiversidade salivam pela América Latina, e por isso apoiam, direta ou indiretamente, a atual política externa estadunidense em sua tentativa de retomar o controle dos governos do continente. Também é fato conhecido que, para isso, utiliza-se o método da desestabilização crescente dos países-alvo, até a derrubada de dirigentes progressistas por meio de golpes a um só tempo judiciais, legislativos e midiáticos. A obra do professor Gene Sharp e os manuais da CIA nunca esconderam esse método. Não se trata de segredo.
Tampouco é segredo que o Mossad, serviço de inteligência israelense ao qual o professor Thomas de Toledo faz referência em seu artigo, dirige operações em solo estrangeiro. Sendo responsável por atuar fora de Israel, é o Mossad que leva a cabo as ações que as autoridades israelenses decidem realizar em outros países.
O mais grave é que, em sua sanha em defender Israel e o sionismo, a Fierj fez acusações apoiadas numa leitura apressada e descuidada do artigo do professor Toledo e desrespeitou a Constituição do país onde está sediada, cujo art. 5º garante, em II, que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”; em III, que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” e, em IV, que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal , o “rol de liberdades” contido no art. 5º da Constituição inclui “livre manifestação do pensamento, livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação e livre acesso à informação”.
A Fierj não pode tentar impor a censura num país onde ela não existe mais. E sua atitude, destinada a identificar o sionismo com o judaísmo é, no mínimo, equivocada , e tem como objetivo criminalizar, sob a acusação de “antissemitas”, aqueles que criticam o modo como Israel trata os palestinos e as operações dos sionistas ao redor do planeta. Feitas por milhões de cidadãos e cidadãs do mundo todo, reunidos em grupos organizados de apoio à soberania do povo palestino, tais críticas acabaram isolando política e economicamente Israel, que vem sofrendo perdas consideráveis com a campanha BDS — de boicote, desinvestimento e sanções às empresas apoiadoras do Estado sionista ou sediadas nele, em particular aquelas estabelecidas nas colônias exclusivamente judaicas a que já nos referimos, construídas de modo ilegal no território palestino ocupado por Israel.
Em lugar de respeitar o direito internacional e desocupar a Palestina, recolhendo-se às fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias (junho de 1967), reconhecidas pela comunidade internacional, as autoridades israelenses, os sionistas e seus apoiadores exercem pressão e censura em diversos países, chegando a alterar leis para criminalizar indivíduos e grupos críticos a Israel. Isso aconteceu recentemente na França e nos Estados Unidos, países em que a legislação foi modificada para transformar o apoio à campanha BDS em delito judicialmente punível.
Tanto a Fierj como os sionistas que criticaram duramente Thomas de Toledo exerceram seu direito de fazê-lo, assegurado pelo art. 5º, IV, de nossa Constituição. Acontece que suas críticas não tinham fundamento no artigo do professor. O que eles não podiam e não podem fazer, de modo algum, é persegui-lo com ameaças, assediá-lo a todo momento por telefone e em redes sociais, exigir sua demissão e submetê-lo a tratamento degradante, principalmente em público. Esses são crimes que não podem ficar impunes. Uma coisa é discordar da posição de alguém e manifestar tal discordância; outra, muito diferente, é transformar a vida de um cidadão respeitado num inferno, imputar-lhe acusações falsas, tirar-lhe o ganha-pão e ameaçar sua integridade moral e física.
Não podemos ficar calados diante desse grave cenário montado pela Fierj. É preciso denunciar atos e intenções inconstitucionais, portanto criminosos, contra alguém que apenas cumpriu a obrigação de informar seu público e exerceu o direito de manifestar seu pensamento.
Esperamos que esse tipo de atitude, atentatória à nossa Constituição e à nossa liberdade, tão duramente conquistada, não se repita.
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O artigo do professor -> http://port.pravda.ru/news/mundo/20-06-2016/41204-israel_estados_unidos-0/

Abaixo reproduzimos o texto do professor que gerou a perseguição da entidade sionista no Brasil: 

 As digitais de Israel e dos Estados Unidos no golpe brasileiro

20.06.2016 | Fonte de informações:

Pravda.ru

As digitais de Israel e dos Estados Unidos no golpe brasileiro


O governo golpista de Michel Temer é comandado por Israel e Estados Unidos e tudo indica o DNA da CIA e do Mossad na derrubada de Dilma.

Por Thomas de Toledo*

Poucos se atentaram ao fato de que Israel passou a controlar com seus sionistas três setores-chave do governo golpista: a Defesa (Raul Jugmann), a Inteligência (Sergio Etchegoyen) e o Banco Central (Ilan Goldfajn).

Nos últimos anos, Israel passou a controlar os principais ministérios e a influir na eleição de praticamente todos os deputados e senadores dos Estados Unidos. Agora avançam sobre os principais países latino-americanos com Macri na Argentina e como Temer no Brasil. Para quem achava que a luta palestina era um distante conflito no Oriente Médio, ele bateu às portas e chegou ao poder.

Um banqueiro sionista dos Estados Unidos dizia: "entreguem-me o controle das finanças de um país e pouco importo-me com o que fazem com as leis". Pois bem, Temer nomeou um sionista representante dos banqueiros como presidente do Banco Central do Brasil. Agora, um país minúsculo e arrogante chamado Israel controla as finanças de um gigante adormecido chamado Brasil.

Na Política Externa, Serra pediu para avaliar custos de embaixadas na África e no Caribe visando fechá-las. Também pretende dar ênfase a tratados comerciais e negociações bilaterais como o Tratado Transpacífico. Ele partidariza as relações exteriores ao atacar governos de esquerda, virar as costas para o Sul global e dar prioridade absoluta aos Estados Unidos.

Esta é a típica visão de vira-lata que acha que um país da dimensão do Brasil só deve ter relações com países ditos desenvolvidos Voltaram os tempos em que o Brasil falava grosso com países pobres e fininho com os Estados Unidos:

Esta submissão aos EUA é correspondida pelo outro lado. A embaixadora estadunidense no Brasil durante o golpe foi a mesma que articulou a derrubada de Lugo no Paraguai. Agora, os EUA a substituíram pelo embaixador deles no Afeganistão, um especialista em "reconstrução econômica" em lugares de conflito, onde se impõe uma agenda ultra neoliberal.

O Wikileaks já revelou que Temer foi informante para os Estados Unidos. Então não acredita que o governo golpista de Temer trabalha para o imperialismo dos Estados Unidos? Veja os dois documentos vazados pelo Wikileaks e tire a própria conclusão:


Tem algo com fedor de enxofre sendo gestado pelo Departamento de Estado para o Brasil e consequentemente para a América Latina.

Este pútrido odor lembra as fumaças negras de 1964...

Contudo, cresce a resistência internacional ao golpe. Em Nova York, EUA, no Congresso de Estudos sobre America Latina - LASA, intelectuais protestam contra o golpe no Brasil e repudiam a palestra de FHC que, temente de manchar ainda mais sua biografia, cancelou sua participação no dia 28/5/2016.

Mais de 500 argentinos protestaram com José Serra em Buenos Aires. Não se tem notícias de que um ministro brasileiro tenha sido recebido com protesto na Argentina. Macri age como um lacaio do Império ao receber Serra em tais condições.

Para entender os próximos passos do governo golpista de Temer, assistam este documentário: "A doutrina do choque".

Da mesma forma que um golpe de Estado no Chile abriu o caminho para a imposição do neoliberalismo, agora a mesma receita segue em implantação no Brasil. É preciso resistir a este governo. Todas as suas medidas serão antinacionais e antipopulares.

*Historiador pela FFLCH/USP, Mestre em Desenvolvimento Econômico pelo IE/Unicamp e Professor de História Econômica e Relações Internacionais da UNIP.

terça-feira, 28 de junho de 2016

O Projeto dos Falcões liberais

O Vice-presidente Biden foi o convidado da conferência anual do CNAS. Ele limitou-se a pronunciar palavras de circunstância.

 «Falcões Liberais», ou seja, os democratas favoráveis a intervenções militares em todos os azimutes, como meio de afirmar a supremacia dos Estados Unidos sobre o resto do mundo, lançaram uma vasta operação no seio da administração Obama. Eles esperam aproveitar-se da campanha eleitoral, em curso, para forçar o próximo presidente a derrubar a República Árabe Síria.
O primeiro ato desta campanha terá sido a assinatura de um telegrama diplomático por 51 diplomatas, transmitido a John Kerry através de um procedimento legal de contestação da sua política à cabeça do Departamento de Estado. Infelizmente, ignora-se o nome dos signatários, e os postos que ocupam, de modo que não se pode de momento medir a sua influência. O assunto foi tornado público a 17 de Junho pelo Wall Street Journal, órgão tradicional dos belicistas republicanos, e do New York Times [1].
O segundo ato foi a publicação, a 20 de Junho, de um relatório do Center for a New American Security (CNAS, Centro para uma Nova Segurança Americana) [2] sobre a luta contra o Emirado Islâmico(Daesh). Ele foi divulgado durante a conferência anual desse “think tank”, ao secretário da Defesa, Ashton Carter, e ao vice-presidente, Joe Biden.
Este documento [descarregável no fundo da página], intitulado Defeating the Islamic State, A Bottom-Up Approach(«Vencer o Estado Islâmico, uma Aproximação de alto a baixo»- ndT) assegura que a luta contra a organização islâmica será muito longa. Não será possível triunfar senão com o apoio das populações sunitas, o que descarta a atual estratégia baseada nos Curdos e, sobretudo, implica, segundo os autores, o derrube prévio do presidente alauíta da Síria. Volta-se assim ao ponto de partida: o mais urgente seria a mudança de regime em Damasco.
No entretanto, este documento clarifica a posição dos falcões liberais —e especificamente a do General David Petraeus, mentor do CNAS e membro do grupo trabalho—. Eles não buscam, mais, justificar a destruição da República Árabe Síria imputando, para tal, crimes ao regime. Pelo contrário, admitem que Damasco é apoiado por uma grande parte da população. Mas, eles colocam como condição prévia o facto que certos sunitas não podem aceitar nem um regime laico, nem um presidente alauíta ; uma posição ideológica que é a das monarquias wahhabitas da Arábia Saudita, do Catar e do emirado de Sharjah, e que é igualmente apoiada, não pela Turquia, mas pelo seu Presidente, ele próprio saído da Milli Görüş.
Buscam os Falcões liberais unicamente preservar o «seu» instrumento, o Daesh (EI)? Seja como fôr, a sua táctica é impossível de implementar porque ignora a presença da Rússia. Ela pretende instalar um «estado de guerra permanente» no Levante, sob controle norte-americano. A guerra continua desde a queda do Talibãs no Afeganistão, depois da de Saddam Hussein no Iraque, e depois da de Muammar Kaddafi na Líbia. O derrube dos regimes não é um fim, em si mesmo, mas um meio para instaurar o caos. Esta estratégia, que surpreende vinda da parte de um grande Estado, corresponde à do exército Israelita face aos Palestinos. [3].
Nem o secretário da Defesa, nem o Vice-presidente reagiram ao relatório. O primeiro proferiu um discurso sobre a manutenção da supremacia militar dos EUA no mundo, o segundo lançou farpas contra Donald Trump. Ficando a administração Obama impassível, o CNAS espera pela eleição de Hillary Clinton.
Tradução Alva
Fonte Al-Watan (Síria)
Postado: http://www.voltairenet.org/article192547.html


Documentos anexados

[1] “American Diplomats Protest U.S. Syria Policy”, Maria Abi-Habib, The Wall Street Journal. “51 U.S. Diplomats in Dissent Urge Strikes on Assad. A Break with Obama. Violence ‘Overwhelmed’ Hands-Off Policy, Memo Says”, Mark Landler, The New York Times, June 17th, 2016.
[2] “CNAS, a versão democrata do imperialismo de conquista”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Al-Watan (Síria) , Rede Voltaire, 6 de Janeiro de 2015.
[3] « Faire la paix avec les États, faire la guerre contre les peuples », par Youssef Aschkar, Réseau Voltaire, 19 juin 2003.

A guerra contra a História é campanha a longo prazo da OTAN

Por Mateusz Piskorski

 A OTAN é uma aliança imemorial que libertou a Europa do nazismo e nos protege contra o Urso Russo... é o que deveríamos acreditar. A verdade histórica é bem outra, mas a OTAN está empenhada em revisar. Uma tarefa longa, de consequências sombrias.

Aviso: Enquanto este artigo era publicado em vários idiomas,seu autor foi preso e detido em 18 de maio de 2016.







Nos dias 8 e 9 de julho, Varsóvia vai hospedar a nova cúpula da OTAN, reunião dos chefes dos estados-membros do tratado e da direção da OTAN no formato do Conselho do Atlântico Norte. Esta cúpula será a 25ª de sua história, e nela os acordos firmados na anterior, em Newport, 2014, serão desenvolvidos. Estaremos lidando, em particular, com a criação de uma força de reação rápida em território de países da Europa Ocidental que sejam capazes de conduzir operações de combate no chamado flanco leste do tratado. O Ministro dos Assuntos Externos da Polônia, Witold Waszczykowski, enfatizou que o estabelecimento de bases militares da OTAN e em particular dos Estados Unidos no território da Polônia será anunciado durante a cúpula.
São esperados 2,5 mil participantes e 1,5 mil jornalistas estrangeiros. O moderno Estádio Nacional no centro de Varsóvia foi alugado para o evento. As medidas de segurança foram intensificadas por conta de possíveis ameaças terroristas e protestos de associações civis que já declararam a intenção de realizar uma espécie de anti-cúpula na capital polonesa.
Em linha com os preparativos, uma intensa campanha de informação vem sendo conduzida com o objetivo principal de espantar os temores quanto a alegadas ações e planos supostamente agressivos da Rússia. A guerra contra a memória histórica é parte desta campanha de longo prazo. Neste aspecto, é preciso reconhecer que a reavaliação dos fatos históricos e a negação do papel da União Soviética na Grande Vitória de 1945 encontram um certo terreno histórico e político nos Estados Báltico e na Romênia, onde os autores da história oficial da OTAN costumam evocar diretamente os movimentos colaboracionistas locais, cujas atividades apresentam como exemplos da “luta pela independência” em relação à União Soviética.
A situação é vista por outro viés na Polônia, onde é muito difícil encontrar adeptos da tese de que não foi a libertação que salvou o povo polonês do genocídio de Hitler. A reformatação da história moderna tem sido coordenada pelas agências nacionais, tais como o Instituto da Memória Nacional polonês (Instytut Pamięci Narodowej. N. do T.). Toda essa atividade almeja evitar a dissonância cognitiva e assim impedir que a população euro-oriental, ao contemplar monumentos, lembre-se de que o Exército Vermelho libertou-a da Alemanha Nazista, algo que a faria duvidar se a Rússia seria mesmo o inimigo e agressor histórico e eterno.
Reformatar as percepções dos fatos históricos é parte deste tão complexo projeto de longo prazo, impossível de ser realizado ao longo dos dois meses que faltam para a cúpula [O artigo original foi escrito em maio de 2016. N. do T.]. Mas outras providências podem ser tomadas.
No contexto da guerra de informação, os meios de comunicação do Leste Europeu publicam regularmente matérias sobre a instalação de ogivas nucleares na região de Kaliningrado. A própria existência dessa região como súdita da Federação Russa é exibida como ameaça à existência dos países vizinhos. No flanco sul, esse papel no processo de aumento da sensação de perigo cabe à Transnístria. Assim, Kaliningrado amedronta os povos Bálticos e os poloneses, enquanto a Transnístria é utilizada para atemorizar os romenos e, em menor escala, os búlgaros.
A guerra de informação vem sendo conduzida sistemática e profissionalmente, e começou vinculada à necessidade de preparar a opinião pública para o posicionamento bélico dos sistemas de mísseis defensivos no Leste Europeu.
Quanto ao processo de normalizar as relações entre o Ocidente e o Irã, os encarregados das relações públicas da OTAN tiveram que admitir: os sistemas de mísseis visam exclusivamente à imaginária ameaça russa.
A Polônia vem tentando desempenhar o papel de líder nas zonas setentrionais e Bálticas da corrida armamentista no Leste Europeu. A Romênia, por sua vez, tenta tomar a iniciativa na região do Mar Negro. Tarefa bem mais difícil, porém, porque ali a Turquia vem atuando como líder da coalizão anti-russa há mais de ano e meio. Esta mesma Turquia que tem demonstrado certas ambições geopolíticas.
Contudo, Bucareste vem tentando usar a falta de confiança absoluta de Washington em Erdogan para fornecer serviços alternativos ao Pentágono. A iniciativa de criar uma esquadra conjunta da OTAN no Mar Negro com a participação de países ainda não membros da aliança, Ucrânia e Geórgia, como propôs o Ministro da Defesa romeno Mihnea Motoc, é um exemplo de tal abordagem.
A preparação da cúpula vem sendo observada com todo cuidado pelo Departamento de Estado estadunidense. Como representante de John Kerry, Anthony Blinken visitou há pouco alguns países do Leste Europeu. Suas conversas com os colegas europeus orientais encontraram um ponto de encontro: os antigos membros do bloco leste deveriam apoiar sem reservas a posição de Washington durante a cúpula, em especial no tocante ao fortalecimento militar no chamado flanco oriental, e arcar com as despesas de defesa nos respectivos orçamentos nacionais.
Blinken destacou que a Rússia tem intenção de provocar as forças da OTAN antes da cúpula, e citou como prova as patrulhas da Força Aérea Russa sobre o Mar Báltico. Mas esqueceu de dizer que a causa daquela preocupação russa era a presença ali de navios de guerra dos Estados Unidos. Que, para os oficiais estadunidenses, porém, era coisa pouca que não valeria levar em conta na atual situação da guerra de informação.
Blinken assegurou-se de que o presidente dos Estados Unidos vai sentir-se à vontade na capital polonesa. Para manter a boa ordem durante o encontro, o governo de Varsóvia, em atenção à ameaça terrorista, promulgou lei proibindo quaisquer comícios ou exibições durante o transcurso daquele evento internacional tão importante, a cúpula.
Tudo por conta da preocupação com o bem estar do chefe da nova Europa pró-Estados Unidos, Barack Obama. As despesas oficiais do ministério da defesa polonês para a reunião dos chefes da aliança são de 40 milhões de dólares, informação que pode por si só gerar incompreensão e levar os cidadãos da capital polonesa a realizar, em dias de pleno verão, piquetes durante a cúpula da OTAN.
Postado: http://www.voltairenet.org/article192550.html

segunda-feira, 27 de junho de 2016

CAMPANHA DE ABAIXO ASSINADO PELA LIBERTAÇÃO DO PALESTINO, MILITANTE DA FPLP, BILAL KAYED - PRESO DESDE 2001



Camaradas

Estamos iniciando uma campanha de abaixo assinado conforme anexo, solicitando apoio e solidariedade dos partidos, movimentos sociais, entidades civis, sindicais, intelectuais e ativista
Aguardamos seu apoio e solidariedade pela liberdade dos presos políticos palestinos

Atenciosamente

Jadallah Safa




Enviar as assinaturas para: capaibr@hotmail.com
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Pela libertação do prisioneiro Bilal Kayed

Bilal Kayed foi preso em 14/12/2001 na sequência da sua participação nas atividades de resistência durante a segunda Intifada (Alaqsa) como militante da Frente Popular para a Libertação da Palestina.

Foi submetido a dura e longa interrogação durante dois meses, não conseguindo a obter qualquer informação dele. Foi apresentada uma lista de acusação pelos investigadores e condenado a 14 anos e meio, e mais tarde acrescentou a esta condenação mais seis meses para iniciar uma nova fase de luta combativa dentro dos cárceres no início de 2002. Sob feroz ataque foi lançado contra os presos pela administração de serviço dos prisioneiros durante a segunda Intifada e invasão das cidades palestinas na época.

Em 13 de junho de 2016, o prisioneiro Bilal Kaed deveria deixar a prisão, mas as forças de ocupação Israelenses transferiram para prisão administrativa de seis meses, estilo de prática pelas autoridades de ocupação, como uma maneira de tortura contra os presos palestinos.

A detenção administrativa é sem acusação ou julgamento, com base em provas e arquivos secretos. O preso e seu advogado não podem ter acesso a elas, e conforme as ordens militares israelenses podem ser renovadas várias vezes, a ordem de prisão administrativa é para um período de seis meses e poderá ser renovável.
A prisão administrativa é uma lei existente desde 1945, da época da ocupação do imperialismo britânico na Palestina.

Os prisioneiros palestinos ultrapassam 7 mil presos, entre eles 500 em detenção administrativa, 400 menores de 18 anos, 13 deputados, 69 mulheres, 461 com condenação perpétua,

Exigimos a libertação imediata do prisioneiro palestino Bilal Kaed e todos os prisioneiros políticos palestinos e por fim a prática de prisão administrativa que viola os direitos humanos conforme as leis internacionais.

1 -   Comitê de Palestina Democrática
2 -  Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro