quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Crianças usadas na estratégia de propaganda de guerra contra a República da Síria

Para Londres, a propaganda é uma arte

Ninguém normal pode aceitar ver crianças a sofrer, por isso elas são bons temas para a propaganda de guerra. Abaixo uma análise obre o uso de crianças pela Coligação Internacional durante a guerra contra a Síria.

Como em todas as guerras, esta contra a Síria dá lugar a uma avalancha de propaganda. E o argumento das crianças dá sempre resultado.
Assim, no início da guerra, o Catar queria demonstrar que a República da Síria, longe de servir o interesse geral, desprezava o Povo. A petro-ditadura difundiu, então, através do seu canal de televisão Al-Jazeera, a lenda das crianças de Deraa, torturadas pela polícia. Para ilustrar a crueldade do seu adversário, o Catar precisou que lhes haviam arrancado as unhas. É claro, apesar das suas pesquisas, nenhum jornalista encontrou o mínimo traço destas crianças. A BBC bem difundiu a entrevista de duas, mas elas tinham as unhas intactas.
Como a mistificação não era verificável, o Catar lançou uma nova história: a de uma criança, de Hamza, Ali Al-Khateeb (13 anos), que teria sido torturado e castrado pela polícia do «regime». Desta vez, dispunham de uma imagem de prova. Toda a gente podia observar nela um corpo sem sexo. Azar! A autópsia demonstrou que o corpo tinha sido mal preservado, que tinha fermentado e inchado. O ventre deformado escondia o sexo da criança, mais um falhanço.
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Neste magazine, Sir Arthur Conan Doyle imagina a captura de um espião alemão por Sherlock Holmes. O escritor trabalhava para o Gabinete da Propaganda de guerra.
No final de 2013, os Britânicos tomaram a cargo a propaganda de guerra. Eles dispõem de uma longa experiência na matéria, e são considerados como os inventores da moderna propaganda com o Gabinete de Propaganda de Guerra, aquando da Primeira Guerra mundial. Uma das características dos seus métodos é sempre o de ter recorrido a artistas, já que a estética neutraliza o espírito crítico. Em 1914, eles recrutaram os grandes escritores da época –-como Arthur Conan Doyle, H.G. Wells ou Rudyard Kipling--- para publicar textos atribuindo crimes imaginários ao inimigo alemão. Depois, eles recrutaram os grandes jornais para espalhar as informações imaginárias dos seus escritores.
Assim que os norte-americanos assumiram o método britânico, em 1917, com o Comité de Informação Público, eles estudaram com mais profundidade os mecanismos de persuasão com a ajuda do jornalista vedeta Walter Lippmann e do inventor da publicidade moderna, Edward Bernays (o sobrinho de Sigmund Freud). Mas, convencidos do poder da ciência, eles esqueceram a estética quanto a este assunto.
No início de 2014, o MI6 britânico criou a empresa Innovative Communications & Strategies (InCoStrat) [Comunicações Inovadoras e Estratégias] à qual se deve, por exemplo, os magníficos logos dos grupos armados, do mais «moderado» ao mais «extremista». Esta empresa, que dispõe de escritórios em Washington e em Istambul, organizou a campanha destinada a convencer os Europeus a acolher 1 milhão de refugiados. Ela realizou a fotografia de Aylan Kurdi, afogado numa praia turca, e conseguiu em dois dias fazê-la publicar, como manchete, nos principais jornais atlantistas, em todos os países da OTAN e do Conselho de Cooperação do Golfo.
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A cada ano, antes da guerra, uma centena de pessoas morria afogada nas praias turcas mas ninguém falava sobre isso. E, acima de tudo, apenas os jornais sensacionalistas mostravam os cadáveres. Bom, mas esta fotografia estava tão bem enquadrada...
Como eu tinha salientado que um corpo não pode ser rejeitado pelo mar perpendicularmente às ondas, o fotógrafo explicou, depois do golpe, ter deslocado o cadáver devido às exigências da foto.
Esta foto do menino Omran Daqneesh (de 5 anos), numa ambulância em Alepo Oriental, é, além disso, acompanhada de um vídeo. Os dois meios permitem atingir tanto a imprensa escrita como as televisões. A cena é tão dramática que uma apresentadora da CNN não resistiu a chorar, em directo, ao vê-la. É claro, quando se reflecte a propósito, observa-se que a criança não é cuidada por socorristas, que lhe providenciem os primeiros socorros, mas, sim, por figurantes(os «White Helmets») que o sentam em frente das objectivas.
Os realizadores britânicos não se importam com a criança que só lhes interessa para realizar as suas imagens. De acordo com a Associated Press, a fotografia foi tirada por Mahmoud Raslan, o qual vemos também no vídeo. Ora, segundo a sua conta do Facebook este homem é um membro de Harakat Nour al-Din al-Zenki (grupo apoiado pela CIA, que lhe forneceu mísseis anti-tanque BGM-71 TOW). Sempre segundo a sua conta do Facebook, e confirmado por um outro vídeo, foi ele pessoalmente quem, a 19 de julho de 2016, degolou uma criança Palestiniana, Abdullah Tayseer Al Issa (de 12 anos).
As leis europeias enquadram de forma estrita o papel de crianças na publicidade. Manifestamente, estas não se aplicam à propaganda de guerra.
Tradução Alva
http://www.voltairenet.org/article193043.html



quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Civis de um bairro de Aleppo acampam fora da cidade, próximo ao Exército, salvando suas vidas.

No final de julho, o bairro 1070, assim chamado por ter 1070 apartamentos em todos seus prédios residenciais construídos, foi ocupado por terroristas.
Os moradores desse bairro, que antes era um refúgio para o povo sírio de outras regiões do país, fugiram de suas casas para escapar da violência de militantes.
Em áreas de Aleppo que estão sob controle do Exército, eles organizaram um pequeno acampamento. Aqueles que não conseguiram obter um lugar no abrigo, dormem ao sol escaldante.
Samer, um dos moradores que fugiram do bairro 1070, disse à agência Sputnik, que ele teve que passar a noite ao ar livre por causa dos ataques terroristas em sua área residencial.
"É melhor dormir sob um sol escaldante, do que viver sob o jugo dos jihadistas. Muitos não podem ter um teto sobre sua cabeça, mas é ainda mais perigoso voltar para casa", disse Samer, o habitante do bairro.
Em áreas controladas pelos rebeldes, os civis são usados como escudos humanos. Os combatentes têm recorrido a seus métodos mais comuns para defender posições, concentrando as forças em edifícios residenciais. Ao mesmo tempo, os moradores locais são proibidos, sob a ameaça de punição, de fugir de casa, para que esta seja protegida por civis em confrontos armados com o exército sírio.
Postado de :http://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/20160817/6063992/video-aleppo-habitantes.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O Tribunal Internacional de Haia reconhece tardiamente a inocência de Milosevic

Nota do Blog: Só agora o Tribunal de Haia reconhece que o Presidente da antiga Iugoslávia foi vítima  da estratégia do imperialismo americano de destruir o Estado  e reconfigurá-los em novos estados dominados a partir de seus interesses, operação identificada como balcanização. Para tal, o imperialismo  sionista não exitou em utilizar as mais sórdidas estratégias com a utilização de dezenas de grupos mercenários  que implantaram o terror, a morte e o  exílio do povo. Guardada as devidas proporções e especificidades, a mesma estratégia a serviço do imperialismo sionista foi montada  contra o povo da Líbia, do Iraque e da Síria.
Resumen Latinoamericano/ Ojos para la Paz – agosto 2016 – 
Slobodan Milosevic foi vilipendiado de maneira sistemática por toda a imprensa ocidental e pelos políticos dos países da OTAN. Os meios de comunicação da época o qualificaram como “carniceiro” e o compararam com Hitler. Foi acusado de “genocida” e de ser “um monstro sedento de sangue”, segundo apregoavam os grandes diários europeus e estadunidenses de então. Com a utilização desse clichê falsificado, tratou-se de justificar não só as sanções econômicas contra a Sérvia, mas também os bombardeios da OTAN, em 1999, sobre a Sérvia, assim como a encarniçada guerra de Kosovo. O político sérvio passou os últimos cinco anos de sua vida na prisão, defendendo tanto seu país como a si mesmo das horrendas acusações de crimes cometidos durante uma guerra que, agora, o Tribunal Internacional reconhece ter Slobodan Milosevic tentado evitar. Todos os indícios apontam que Milosevic foi envenenado na prisão. Os EUA o queriam morto. E agora? Outro crime – de Bill Clinton e Javier Solano – impune?
Canarias Semanal – Dez anos depois de Slobodan Milosevic, ex-presidente da desaparecida Iugoslávia, morrer em estranhas circunstâncias, o Tribunal Penal Internacional exonerou o político sérvio da responsabilidade em supostos crimes de guerra cometidos na Bósnia, entre os anos de 1992-1995.
Em uma falha extraordinariamente reveladora, porém que os meios de comunicação ocidentais procuraram manter discretamente silenciada, a Sala de Primeira Instância do Tribunal de Haia, que condenou Radovan Karadzic, chegou à conclusão, unânime, em sua sentença de que Slobodan Milosevic não tomou parte da “empresa criminosa conjunta”para “limpar etnicamente” a Bósnia de muçulmanos e croatas.
A sentença estabelece que as comunicações interceptadas entre Milosevic e Radovan Karadzic colocam em evidência que o primeiro qualificou como ‘um ato ilegítimo em resposta a outro ato ilegítimo’ a tentativa da assembleia bósnio-sérvia de expulsar os muçulmanos e croatas do território bósnio.
Além disso, os juízes do Tribunal Internacional também encontraram provas irrefutáveis de que “Slobodan Milosevic expressou suas reservas acerca de que uma Assembleia sérvio-bósnia pudesse excluir os muçulmanos da Iugoslávia”.
A sentença diz, igualmente, que no curso das reuniões celebradas com sérvios e funcionários sérvio-bósnios, “Slobodan Milosevic afirmou que os membros de outras nações e grupos étnicos deviam ser protegidos, e que no interesse nacional dos sérvios não deve figurar a discriminação contra outras etnias”. Naquela ocasião, “Milosevic declarou, também, que o crime dos grupos étnicos devia ser combatido com energia”.
UM VILIPÊNDIO GENERALIZADO
Slobodan Milosevic foi vilipendiado de maneira sistemática por toda a imprensa ocidental e pelos políticos dos países daOTAN. Os meios de comunicação da época o qualificaram como o “carniceiro dos Bálcãs” e o compararam com Hitler. Foi acusado igualmente de “genocida” e de ser “um monstro sedento de sangue”, segundo rezavam as manchetes dos grandes jornais Com a utilização desse clichê falsificado, tentou-se justificar não apenas as sanções econômicas contra a Sérvia, mas também os bombardeios da OTAN, em 1999, sobre a Sérvia, assim como a encarniçada guerra do Kosovo.
O político sérvio passou os últimos cinco anos de sua vida na prisão, defendendo tanto seu país como a si mesmo das horrendas acusações de crimes cometidos durante uma guerra que, agora, o Tribunal Internacional reconheceuSlobodan Milosevic ter tentado evitar.
Não obstante, em sua última sentença, o Tribunal Internacional de Haia não fez nada para que fosse tornado público e expressamente conhecido que nela ficava limpo o nome de Milosevic dos crimes pelos quais era acusado. Sigilosamente, os juízes enterraram, entre mais de 2.590 páginas, sua inocência, sabendo que a maioria das pessoas nunca iria se ocupar de ler inteiramente tão profuso veredito. Porém, felizmente não aconteceu assim.
UM CRIME ENCOBERTO?
Assim, vale a pena recordar que Slobodan Milosevic morreu em obscuras circunstancias. Formalmente, sua morte se deveu a um ataque do coração. Este ocorreu apenas duas semanas depois que o Tribunal Internacional negou sua solicitação para submeter-se a uma cirurgia cardíaca na Rússia. Foi encontrado morto em sua cela, 72 horas após seu advogado enviar uma carta ao Ministério de Assuntos Exteriores da Rússia, na qual denunciava que Milosevic estava sendo deliberadamente envenenado.
Em um informe oficial do Tribunal de Haia acerca da investigação realizada sobre sua morte, confirmou-se ter sido encontrado rifamicina em uma análise de sangue realizada post morten.
A presença de rifamicina – um medicamento que nunca foi prescrito por seus médicos – no sangue de Milosevic atesta que este medicamento anulava os efeitos do remédio que estava tomando contra a pressão alta, fato que multiplicou as possibilidades de sofrer um infarto, que finalmente terminaria sendo a causa de sua morte.
Todas estas circunstâncias deram lugar à fundada suspeita de que poderosos interesses geopolíticos preferiam um Milosevic morto, antes que finalizasse o julgamento, a ver como o Tribunal Internacional terminava absolvendo-o por falta de provas. Um grande número de escutas do Departamento de Estado dos Estados Unidos, filtrados pelo Wikileaks, confirmaram que o Tribunal esteve discutindo sobre a condição médica de Milosevic, assim como sobre os registros médicos realizados pelo pessoal da Embaixada dos Estados Unidos em Haia, sem que para isso tivessem contado com o consentimento dos juízes. Todos os fatos levaram ao julgamento de que a morte de Milosevic se deu simplesmente por “causas naturais”, tal e como pretenderam apresenta-la os meios ocidentais.
Imagem: Um acontecimento que a imprensa ocidental oculta e reabre as suspeitas que rodearam sua misteriosa morte.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)